Conforme prometido, eu e a Mari finalmente fomos assistir um jogo do São Bernardo, o Tigrão do ABC, lá no Baetão, pela Copa Paulista.
Confesso que chegamos atrasados, porque foi um dia bem punk.
Pela manhã fomos assistir ao filme da Coco Chanel, depois passamos na livraria da Vila, onde comprei o novo livro do Lourenço Mutarelli, e quando pensei que estava voltando pro ABC, não pude recusar um encontro com os Banditos Cósmicos Fer e Hélião, lá na lanchonete da Cidade, no cruzamento da Alameda Tietê com a Augusta. Mas enfim… Fomos.
De tão atrasados que estávamos, o cara quase não deixou a gente entrar, mesmo tendo pago R$ 5 cada ingresso.
Logo de cara, vi a garotada do Projeto Tigrinho, que tem comparecido em bom número nos jogos do São Bernardo.
Na minha opinião, a salvação dos times do ABC está no incentivo a esses meninos e meninas que hoje são ainda crianças, e que não tem necessariamente um time definido, dando espaço para essa paixão pelo time da cidade.
Ao entrar no Baetão, confesso que nos surpreendemos com o público presente. Tinha bastante gente tanto na arquibancada, quanto na numerada.
Mesmo sendo um jogo mata-mata pela sequência da Copa, o ingresso custava R$5, e a gente sabe que hoje em dia não tá fácil…
Como eu disse, muitas crianças estavam nas bancadas acompanhando o disputado jogo do São Bernardo contra o forte Votoraty.
Aliás, não é que o pessoal Grená, pegou a estrada e veio lá de Votorantim até o ABC para acompanhar o time da cidade?
Jovens, tiozões… os caras compareceram e foram muito bem recebidos pela torcida local, diga se de passagem.
Como eu já disse em outro post, o Baetão pode ter seus defeitos, mas ainda é um daqueles estádios que vc assiste o jogo bem perto do campo.
Do outro lado, a galera da Guerreiros e da Chopp, faziam a festa! O Gui, do Expulsos de Campo também estava lá filmando a rapaziada e fez um vídeo muito legal, veja aê:
A faixa azul ali do lado direito é do pessoal do São Bento que veio acompanhar o jogo, e tem amizade com as torcidas dos dois times (São Bernardo e Votoraty):
O pessoal da Berno Choop também tava lá com suas faixas, cervejas e cantos…
E claro, 0 pessoal da Guerreiros!:
Sem esquecer os torcedores autonomos, que também compareceram!
O placar final foi magro, mas suficiente para colocar o Tigrão em vantagem, dependendo de um empate lá em Votorantim para passar de fase.
Depois do jogo ainda fomos pra um som punk, do 88não, Menstruação Anárquica, DZK e Cólera, lá em São Caetano, onde trombamos vários amigos do rolê e das pistas.
E como dito, estou atrás da minha camisa do São Bernardo para publicar a história do time aqui.
Parabéns pela vitória e pela festa!
Leia outros textos em www.asmilcamisas.com
Abraços
MAU! e MARI!]]>
A 57ª camisa de futebol pertence à Sociedade Esportiva Guaxupé e essa eu consegui do pior jeito possível: pagando. Ao menos, mais uma vez consegui achar por um bom preço bem razoável: R$ 29,90, numa loja no centro da cidade, mesmo. Guaxupé é uma pequena e muito agradável cidade do sul de Minas Gerais. Estivemos lá em junho de 2009 e pudemos aproveitar a ótima festa junina no centro da cidade. A Mari pirou num restaurante que infelizmente não lembramos o nome, mas que fica ali no centro mesmo:
Achei um vídeo “vendendo” o lado turístico da cidade e posso dizer que recomendo um final de semana por lá, foi uma ótima estadia!
Eu e a Mari fomos pra lá dar um relax, mas já que estávamos por lá, demos um pulo no estádio e por sorte conseguimos bater um papo com a diretoria e alguns integrantes da comissão técnica. O segundo da esquerda para a direita é o polêmico “Lélio Borges“, que foi muito gente boa conosco e relembrou várias histórias.
A S.E. Guaxupé foi fundada em 12 de março de 1952,e é um ótimo exemplo do que o futebol moderno faz com times “fora dos grandes eixos”. Depois de ter chegado a disputar a primeira divisão mineira,de 1975 até o início dos anos 80, disputa hoje o “módulo II” do Campeonato mineiro (existem ainda o módulo I e a primeira divisão).
Manda seus jogos no Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro, inaugurado no início da década de 50 e com capacidade para 6.000 pessoas.
A entrada do estádio é muito loca! Parece que a gente estava entrando numa mistura de vila com parque ecológico.
A bilheteria fechada é sempre triste, mas ainda assim dá pra ver um pouco do espírito do estádio.
Do lado de dentro, pode se ver os holofotes e ao fundo uma arquibancada descoberta…
A estrutura que separa o campo da torcida não é lá muuuuuuuuito resistente…
O gramado apresentava condições muito boas, mesmo numa época de frio (era inverno, lembre):
Ali ao lado direito, pode se ver a arquibancada coberta:
No dia em que estivemos por lá, havia um jogador do continente africano que acabara de chegar para fazer uns teste no clube. Os demais jogadores disseram se assustar ao vê-lo rezar, já que seus costumes não são lá muito próximos aos dos cristãos…
É muito difícil encontrar dados sobre a história do clube, que hoje sofre do mesmo mal que muitas equipes tradicionais: perde seus torcedores para os “grandes clubes”, e pela sua localização ainda sofre perdendo torcedores para times de MG e SP. Assim, o único jeito que encontrei de retratar sua história é por meio de imagens. Abaixo, o time do fim dos anos 50 e início dos 60, que enfrentou lá em Guaxupé o Santos de Pepe e Orlando Peçanha:
Daquela época, um dos destaques era o atacante PACHÁ:
Segundo os dados do site do Milton Neves, Palimércio Nasser, Pachá, nasceu em São José do Rio Pardo, em 19 de outubro de 1934 e logo cedo se mudou para Guaxupé-MG. Ficou famoso como o camisa nove da Esportiva Guaxupé. Chegou a marcar 6 gols numa só partida (em 1959, contra a Paraisense de São Sebastião do Paraíso). Hoje, o ginásio poliesportivo de cidade de Guaxupé (MG) tem o nome do ex-atacante. Abaixo, outras fotos da década de 60, com Pachá no time:
O time nos anos 70:
Em 1975:
Em 1980 conquistou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Abaixo, foto do time de 1998:
Atualmente:
O vídeo abaixo mostra um pouco do triste caminho seguido pela Esportiva Guaxupé, mas que foi feito no final de 2006, antes de volta do time ao profissionalismo e do próprio Lélio Borges (conforme a foto que tiramos mostrou):
Num país tão machista, fica um exemplo interessante: em 2008 o clube foi dirigido por Terezinha de Jesus Vaz. Confira a entrevista dela no final do vídeo:
A Torcida Guaxupeana acompanha de perto o time e agora começa a tentar se organizar para apoiar os “Tigres de Minas”. Veja a rapaziada que está formando a “Avalanche Verde SEG“:
Pra finalizar, quer ver como é o momento antes do jogo? Vamos lá!
Clique aqui para lembrar o que escrevi.
Lembro que terminei o post meio triste, questionando se nos dias atuais, valeria a pena colecionar figurinhas .
Por isso, quando vi na banca o álbum do brasileirão desse ano, me desafiei. “Vou comprar umas figurinhas para ver se ainda me emociono”.
Isso porque hoje em dia, existem várias fatores que desanimam uma coleção.
Da ausência de times (Corinthians, Atlético/PR, Santos e Botafogo não constam no álbum do Brasileirão 2009) à mudança voraz dos jogadores (que fazem seu álbum terminar quase que totalmente desatualizado), passando pela ausência de figurinhas dos técnicos (que também não param nos times onde começam o campeonato) e estádios (essas substituídas por imagens já no próprio álbum).
Os primeiros “pacotinhos”, abertos pela Mari ainda no carro, acordaram minha memória…
É fantástico!!! Principalmente para alguém como eu, que torce para um time como o Santo André, que não teve o costume de frequentar os álguns de figurinhas do últimos anos.
Quando você menos espera, já tem um álbum, um bolão de repetidas e começa a perguntar para os amigos (que já não ligam o hábito de comprar figurinhas a uma pessoa de 31 anos) se eles querem trocar.
O álbum da Panini, de 2009, traz as figurinhas da série A e da série B (essas em número menor e apresentando 2 atletas por cromo):
E, claro, um dos prazeres é colar as que você ainda não tem no álbum (de preferência, em frente a TV, assistindo ao futebol).
Mas acho que ainda melhor é a expectativa de abrir o pacotinho e….
E tirar o atacante do seu time!!!!
Já faz uns dois meses que comprei o álbum, e faltam poucas figrurinhas para completá-lo. Agora estou na fase de trocar para finalmente imortalizar o Ramalhão no brasileiro 2009.
Aos colecionadores… boa sorte!]]>
A 56a Camisa de Futebol vem do Perú, da cidade de Arequipa, que fica a 2.300 metros de altitude, num vale da cordilheira dos Andes.
A cidade teria sido fundada em 15 de Agosto de 1540, pelo explorador espanhol, Francisco Pizarro, no local de uma antiga cidade inca.
O time dono da camisa é o FBC Melgar Arequipa. FBC é a sigla de FootBall Club.
O FBC Melgar foi fundado em 1915, por um grupo de jovens que se reuniam no Parque Bolognesi, hoje Parque Duhamel para jogar futebol. Nasceu como “Juventud Melgar“.
Além do futebol a união destes jovens se deu em torno da música, principalmente por Mariano Melgar, cantor romântico que deu origem ao nome do time. Eram tempos de boemia juvenil, que não tem mais o mesmo valor hoje em dia, mas que ainda ressoam como ecos distantes pela cidade…
O FBC Melgar é o clube mais querido de Arequipa, por ser o único da região que se mantém na primeira divisão, desde 1971, quando conquistou a Copa Perú. Só pra ficar claro, esse é um clube “provinciano”, ou seja, não está na capital (Lima), o que faz as coisas serem muito mais difíceis.
O time é considerado a 4a força do futebol peruano, pelas boas campanhas que já realizou, e por isso, possui uma grande torcida.
Faz com o Cienciano (já mostrei a camisa dele, veja aqui!), clássico de maior rivalidade, por serem os clubes de províncias como maiores torcidas no Perú. A
liás, existe um site muito legal feito pelos torcedores: www.hinchasfbcmelgar.com .
Bom, vale lembrar alguns pontos da história do clube. Em 1919, viaja pela primera vez a Lima para participar de um torneio amistoso.
Em 1930 fez uma turnê pelo Chile, sua primeira apresentação internacional.
Em 1937, representou o futebol do sul do Perú no campeonato nacional, terminando na posição 9 da tabela.
Aliás, pelo fato do time ser da região sul, o time é chamado de “O leão do sul”:
Dando sequência na história do time, em 1962, foi Campeão da Segunda Divisão de Arequipa, e em 1964 conquistou o título da primeira divisão e o bicampeonato em 1965.
Em 66, o fato que mais marcou foi terem enfrentado o Santos de Pelé:
Nesse ano, graça ao seu prestígio na região, foi convidado pela Federação Peruana a disputar o primeiro Campeonato de Futebol descentralizado. No plantel do time que disputou esse campeonato, existiam dois brasileiros, Puglia y Oliveira, e o FBC Melgar terminou em 8o lugar.
Em 1971, conquistou a Copa Perú.
Outro título importante foi o conquistado em 1981 (única vez que um time do interior realizou o feito). No jogo final, o time rubronegro só precisava de um empate para sair campeão do Estádio Nacional de Lima, frente a 35 mil torcedores adversários, e com um 1×1, conseguiram o título e o direito de disputar a libertadores de 1982.
Na Libertadores de 1982, caiu no grupo do também peruano “Municipal” , além dos paraguaios “Olímpia” e “Sol de América”, sendo eliminado ainda na primeira fase, graças a uma fórmula que só dava sequência ao primeiro colocado do grupo. (veja mais informações sobre esta libertadores aqui: www.rsssf.com/sacups/copa82.html)
Em 1983, chegou ao vice campeonato, e mais uma vez com o acesso à Libertadores, do ano seguinte, onde caiu no grupo dos times da Venezuela, e acabou novamente se despedindo ainda na primeira fase.
O time foi Campeão da “Regional Sul” oito vezes nos anos seguintes ( 81,82,84,86,90-I, 90-II, 91-I y 91-II).
O mais legal é que sempre se montou o time com jogadores locais, da região de Arequipa, bem diferente do que se faz aqui pelo Brasil.
O primeiro estádio do FBC Melgar foi o “Campo de Santa Marta“, hoje, um presídio.
Assim como muitos clubes no mundo todo, o FCB Melgar enfrentou diversas crises econômicas correndo por vezes o risco de desaparecer.
Manda seus jogos no Estádio Mariano Melgar, com capacidade para 20 mil torcedores, e foi um dos estádios utilizados no Campeonato Sulamericano Sub 17 de 2001. Que tal uma olhada no estádio?
Abaixo algumas fotos que encontrei pela net:
O site oficial do time é www.fbcmelgaraqp.com .
Pra quem gosta de vídeos, existem uma porção deles no youtube, segue abaixo um que mostra um pouco da torcida do time:
Boa sorte ao Melgar!
a camisa do Palestra de São Bernardo
Eu, a Mari e o Gui fomos até o Estádio do Baetão para assistir ao jogo Palestra x Desportivo Brasil, pelo Campeonato Paulista, série B.
A entrada dos jogos no Baetão é meio triste. Sem ingressos, sem ninguém… Mas vale a pena!
Que droga… Exatamente o mesmo jogo que havíamos assistido na fase anterior (veja aqui o post sobre aquele jogo), mas tudo bem.
A noite chuvosa não esfriou os ânimos dos atletas. Foi um jogo bem pegado, as duas equipes são bem montadas e tem grande chance de chegar à série A3 de 2010.
Dessa vez, como chovia demais, preferi ficar nas numeradas e assistir o jogo quase na grade que separa o campo.
Encontramos nosso amigo “Toninho” por lá. O Toninho é o dono de uma banca de discos e livros ali perto da estação de Santo André e uma das pessoas que eu mais gosto de debater futebol, rock, política e rolês de rua.
A hinchada “Loucos do Palestra” também compareceu, cantou o tempo todo (mesmo embaixo de chuva) e ainda fez a festa com fogos de artifício.
A chuva vinha e parava, atrapalhando o bom andamento do jogo, ainda mais pra duas equipesque tocam a bola como Palestra e Desportivo.
O público foi pequeno, mas o campeão do desânimo foi o gândula quase dormindo na grade…
Torcedor solitário… Jogo duro… Garoa… É assim a realidade da última divisão do Campeonato Paulista, e vale a pena, acredite!
Mesmo a pequena arquibancada coberta não estava cheia e nem muito empolgada com o jogo.
Pra dizer que não houve emoção, ainda no primeiro tempo, uma lâmpada da cabine de imprensa estourou e levantou a torcida.
Vale lembrar que o principal diferencial do Estádio do Baetão é que o gramado é sintético:
Chuva, jogo pegado… Falta pra todo lado. Num dia desses, os que usam a 10 ficam mais no chão do que em pé.
Um momento “artístico”. O lateral do Desportivo segura a bola e olha para o vazio enquanto espera o juiz autorizar o reinício da partida.
No segundo tempo as cadeiras cobertas ficaram mais cheias porque a chuva apertou, e foi dali que viram os dois gols da partida (primeiro do Desportivo e depois do Palestra).
Uma visão final do jogo…
Ah, e um detalhe legal, o pessoal do São Bernardo, outro time da cidade estava por lá para acompanhar o jogo.
Abraço ao pessoal e fica aqui a promessa de em breve irmos assistir um jogo do Tigre. Ah, e estou buscando uma camisa do São Bernardo, assim que der posto ela por aqui.
Abraços a todos!]]>
A 55a camisa de futebol do nosso blog é de um dos times mais antigos do ABC. Foi um presente do amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense, e fã do futebol da nossa região. Detalhe para as mangas compridas que deixam a camisa com uma cara ainda mais legal!
Trata-se do Palestra São Bernardo, que representa a cidade de São Bernardo do Campo. Se quiser ler mais sobre o time, vale a pena dar uma olhada no post que eu fiz sobre o jogo contra o Desportivo Brasil.
São Bernardo é o “B”, do Grande ABC, berço das montadoras, do sindicalismo, do hardcore (daqueles que não se faz mais) e da minha educação (fiz ETE e Metodista).
O Palestra Itália de São Bernardo foi fundado em 1° de setembro de 1935, por um atleta do rival Esporte Clube São Bernardo.
Filho de italianos, Alfredo Sabatini mostrou o famoso “sangue quente italiano” ao fundar o time, após não ser escalado num amistoso contra um grande clube paulistano.
Óbvio que com este nome o clube representou a grande colônia italiana da cidade,e assim como ocorreu com Cruzeiro, Coritiba e Palmeiras, na época da Segunda Guerra Mundial, foi obrigado a mudar sua denominação, retirando o “Itália” do nome, tornando-se o Palestra de São Bernardo.
Seu maior rival é o Esporte Clube São Bernardo, considerado o time dos afortunados, enquanto o Palestra seria o clube de massa, cuja torcida era formada em sua maioria por funcionários das fábricas moveleiras, que formariam a famosa “rua dos móveis” (Rua Jurubatuba).
Seu antigo Estádio era na Rua Marechal Deodoro, onde hoje localiza-se a Praça Lauro Gomes.
Assim, o clube encontrou sua nova casa no bairro Ferrazópolis, onde nasceu o Instituto Palestra de Educação e Cultura (IPEC), o primeiro clube-escola do Brasil.
Aqui, a cara da sede, no passado:
Em 1985, o historiador Ademir Médice (gente boa pra caramba, esse cara!), que escreve para o Diário do Grande ABC, publicou o livro Palestra de São Bernardo – Meio Século, como presente pelo seu Jubileu de Ouro.
Entre 1950 e 1951, o Palestra disputou a Segunda Divisão do Paulista.
Em janeiro de 1974, o time enfrentou o Santos de Pelé, perdendo por 4×0. E em 1975, foi a vez do Corinthians, de Rivelino aportar no ABC para enfrentar o Palestra. Iria demorar alguns anos até que em 1990, o Palmeiras viesse fazer o duelo dos “Palestra Itália”.
O clube ficou bom tempo em recesso e só voltou a jogar profissionalmente em 1986, na Terceira Divisão.
Depois, em 1992 voltou a fechar suas portas, só voltando a disputar o profissionalismo em 1997, quando foi vice-campeão da Série B1-b, a então 5a divisão do paulista.
Em 2005, a diretoria do Palestra endoidou e tentou “remodelar” o clube, mudando suas cores, escudo, mascote e hino. O time passaria a se chamar PSB (sigla para Palestra São Bernardo), e o verde seria substituído pelo vermelho.
Felizmente, em 2006 o time voltou a se chamar Palestra e em 2008 voltou às cores de origem, além de ter novamente seu escudo inicial.
Da época “maluca”, fica o belo hino:
Um dos orgulhos dos torcedores é que o meia-lateral Zé Roberto (Seleção brasileira, futebol alemão, Portuguesa, Santos, entre outros) atuou nas categorias de base do time.
Olha ele aí no time de 92:
O time é também chamado de Alviverde batateiro.
Seu mascote já foi um Periquito e agora, um cão São Bernardo.
Atualmente, manda seus jogos no Estádio Baetão, com gramado sintético, e capacidade de 8.000 pessoas.
Eu e a Mari jáfomos em vários jogos do time, nesta fase recente:
Mas até pouco tempo, mandou seus jogos no Estádio Primeiro de Maio:
O palco das greves e das mobilizações do ABc, nos anos 80…
Esse é o time em 2009:
Atualmente disputa a fase final Segunda Divisão do Campeonato Paulista, com boas chances de chegar à série A3.
Mais informações, existe um blog feito por torcedores: http://semprepalestrasb.blogspot.com/ e um site (não sei se oficial): www.palestrasb.webs.com/ , ambos valem a pena!
E por fim, algumas imagens das bancadas do Baetão:
A 54a camisa de futebol do blog é novamente de uma seleção, a Seleção Israelense de Futebol, que representa Israel nas competições de futebol da FIFA.
A relação de Israel com o futebol mostra a força desse esporte. O Estado de Israel foi criado por um decreto da ONU em 1948, mas a Associação de Futebol Israelense funciona desde 1928.
Um dos primeiros duelos entre brasileiros e israelenses se deu numa excursão do Cruzeiro a Israel, em 1953, onde foi feita a foto abaixo:
Apesar de não ser um país europeu, atualmente, compete nas competições europeias.
A seleção israelense chegou a sagrar-se campeã continental asiática, em 1964. Encontrei um blog que oferece uma bela descrição da partida final, no Estádio Ramat-Gam lotado (35 mil israelenses estavam lá). Para ler, clique aqui (o post está logo após o texto sobre a excursão do Santos de Pelé por lá).
Seguindo a história, após disputar as eliminatórias com seleções da Ásia e da Oceania, classificou-se pela primeira vez para uma Copa do Mundo, a do México, em 70.
Essa geração era encabeçada por Mordechai Spiegler, autor do único gol de Israel em Copas, contra a Suécia e que conseguiu jogar no Paris Saint Germain e depois no New York Cosmos, ao lado de Pelé.
Quando sua permanência nas disputas asiáticas tornou-se insustentável, Israel virou nômade.
Assim, no início dos anos 80, disputou as eliminatórias européias, assim como fizera para as Copas de 54, 62 e 66. Terminou a competição na lanterna de seu grupo.
Para as Copas de 86 e 90, tentou a sorte na confederação da Oceania, e chegou a disputar o play-off contra o representante da América do Sul, a Colômbia de Valderrama, Higuita e cia, e após empatar por 0x0, no estádio Ramat Gan, perdeu de 1 a 0 em Bogotá.
E já que falamos de novo no estádio Ramat Gan, que tal uma olhada nele?
O Estádio fica no Distrito de Tel Aviv na cidade de Ramat Gan, e foi construído em 1951. É o maior estádio do país com capacidade de 41.583 lugares;
Voltando à seleção, em 92, Israel filiou-se à Uefa. o que colaborou com uma notável melhoria do nível da seleção, prova disso é que mesmo não tendo se classificado à Copa seguinte (94), eliminou a França da disputa com uma vitória em pleno Parc des Princes, por 3 a 2.
Mesmo não tendo se classificado para a Copa nas três últimas eliminatórias seguintes (1998, 2002 e 2006), Israel não perdeu nenhuma partida em casa.
É, já há alguns anos, a vaga para a Copa tem se aproximado, e dessa vez a chance era ainda maior, já que caiu em um grupo da eliminatória mais fraco (diferente dos anos anteriores).
Entretanto, faltando duas partidas para o fim das eliminatórias, Israel ocupa o 4o lugar do grupo. Veja informações atualizadas aqui.
De toda forma, o vídeo abaixo reforça as esperanças da torcida israelita na disputa da Copa de 2010:
Vale lembrar que o futebol não tem cor, partido nem religião. E por isso horas tem colaborado, e horas até atrapalhado na difícil relação política/religiosa que envolve Israel e os países árabes, em especial a Palestina.
Pra se ter uma idéia, foi desenvolvida uma campanha da Cellcom, tentando passar uma mensagem de quepessoas de qualquer religião, raça ou gênero podem se comunicar em qualquer situação, estimulando uma possível coexistência pacífica, veja:
Entretanto, manifestantes palestinos consideraram o vídeo um erro, por tentar esconder o que de fato eles vivem por lá, e então jogaram narede um vídeo resposta:
Como disse, é uma situação difícil, e o futebol está dos dois lados do muro que hoje separa o território israelense dos demais territórios árabes. É uma longa, sangrenta e triste história, que o mundo faz de conta nem existir.
Maiores informações no site: http://eng.football.org.il ou se você quiser treinar seu hebraico: http://football.org.il .
Pra finalizar, vamos às arquibancadas israelitas:
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