Socorro, estão acabando com meu time…

24/03/2012 Fim de tarde de sábado. Lá vamos nós para a estrada, mais uma vez. Saindo de Cosmópolis, com direito à parada no Graal, nosso destino é a cidade de Araras, mais especificamente o Estádio Hermínio Ometto, a casa do União São João. A chegada ao estádio não é muito animadora. O Estádio, embora tenha um valor histórico incrível, está muito mal cuidado… Não sei o que poderia ser feito, mas é bom tomarem uma atitude antes que aconteça o mesmo que aqui, em Santo André e mandem tudo pro chão… De qualquer modo, lá estávamos nós para acompanhar a primeira das duas batalhas finais do Santo André contra a queda para a série A-3. E não estávamos sós. Vários torcedores, além das organizadas também enfrentaram a viagem para apoiar o time. Do lado verde, a torcida compareceu em pequeno número, até pela confirmação matemática do rebaixamento do União São João, desde a última rodada. Uma pena… O jogo começou feio. E foi ficando ainda pior. Os dois times se comportaram como se jogar fosse um saco… Ninguém se mostrava muito interessado em correr, chutar ao gol ou mesmo obedecer qualquer aplicação técnica. Nas bancadas, a torcida, inclusive eu , ia se irritando, ao mesmo tempo em que ficava triste. Não dá pra entender como o Santo André, que até 2009 estava na série A-1 do paulista e na A do Brasileiro conseguiu cair tanto de produção. Em campo e fora dele. O jogo parecia demorar horas. Só após muito tempo, sem nenhuma grande emoção, o primeiro tempo acaba, para a raiva e vergonha dos presentes. O único jogador a demonstrar um pouco de brio é o goleiro Gustavo, que está há anos aguardando uma chance e veio tê-la no pior momento do time. Vem o segundo tempo e não parece que o técnico Ruy Scarpino tenha tido sucesso em mexer com o time. Voltamos ao marasmo da primeira etapa, como se o empate fosse um bom resultado. A Fúria se esforça e canta. Anima mais a torcida do que o próprio time. Chegamos ao fundo do poço. (Assim espero). Os torcedores gritam contra a SAGED (empresa que gerencia o futebol do Santo André).

Nem a pipoca desce direito…

Com direito a pedaços de queijo que mais parecem ter saído de uma ratoeira…

Em campo, o time não demonstra qualquer reação. A torcida volta a protestar. Desta vez gritam contra o presidente Ronan. Contra o treinador Ruy Scarpino. Sobra ainda para boa parte do elenco e até para o supervisor de futebol Sérgio do Prado, que chegou como esperança de mudança, mas que não conseguiu reverter o quadro que encontrou.

O reflexo nas arquibancadas é direto. A média de público do Santo André este ano beirou 300 pessoas..

Mas… As amizades prevalecem. A dor torna os pouco ramalhinos mais fortes e mais unidos.

Quando parecia tudo já bastante ruim, vem o pior. Festa na arquibancada local. União São João 1×0.

Queria ir embora.

Queremos acordar desse pesadelo.

Sabe, o problema nem é a eminente queda para a série A3, o problema é o total abandono que o Santo André está sofrendo…

E digo isso com o dedo em riste em direção à prefeitura, à SAGED, aos próprios torcedores que desistiram de continuar na luta e abandonaram as arquibancadas, aos atletas, péssimos profissionais e à cidade como um todo, que quer mesmo é declarar-se parte da cidade de São Paulo, esquecendo nossas origens, nossa história.

Com o coração destroçado ainda fiz uma foto para quem não conhece o estádio.

Aos que ainda nos escutam… “SOCORRO, ESTÃO ACABANDO COM MEU TIME!!!!!”

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As mil camisas na Rádio Bandeirantes

O programa sempre traz um conteúdo bacana e diferenciado, seja por meio de entrevistas, testes e curiosidades sobre futebol do Brasil e do mundo.

A entrevista está na segunda metade do programa. Para ouvir, basta acessar o link: http://www.radiobandeirantes.com.br/audios_rb/12_03/120313_fan_podcast.mp3 .]]>

Santo André x Americana – O Basquete que um dia iremos sentir falta

Sexta feira, 23 de março de 2012. O verão chegou ao fim, essa semana. A noite começa a cair sem aquele calor que vinha nos castigando nos últimos meses.

Hoje não tem futebol, mas a presença do amigo inglês Steeve Punk exige um rolê especial para o reencontro. Vamos acompanhar mais uma vez o basquete feminino do Santo André, no Ginásio Pedro Dell´Antonia.

Além do Steeve, completam nosso “time” o Guilhermão, o Fabrício e a rapaziada da Fúria, além de outros torcedores do futebol, que se renderam ao basquete nesta sexta.

Mesmo assim, por se tratar de uma semifinal do campeonato brasileiro, acho que tinha pouca gente…

Mas… Como já falei diversas vezes aqui no blog, infelizmente a maior parte da população de Santo André, prefere renegar a cultura e esportes locais. Só o que funciona por aqui são as baladas na Rua Figueiras, onde a burguesia e a periferia se encontram para gastar (uns mais, outros menos) em torno do alcool, das drogas e outros prazeres momentaneos. É um processo difícil para mim aprender a conviver com essa nova cara da nossa região, menos politizada, mais endinheirada com a liberdade de fazer o que quiser com suas vidas e escolhendo não fazer nada.

Ainda bem que ainda existem meia dúzia de idiotas como eu que ainda gostam de se divertir com algo menos “glamouroso”, como o esporte.

Sem falar nas próprias atletas, que jogam, treinam e se dedicam graças a um apoio quase simbólico vindo da prefeitura, por conta da parceria com a SEMASA.

Aliás, acho que é aí que o time de Santo André ganhou o coração da torcida que normalmente acompanha o futebol.

O Basquete de hoje, ainda detém o romatismo do futebol de antigamente. Gente jogando e se envolvendo muito mais por amor do que por qulaquer projeção profissional.

Além disso, como a Mari fez questão de lembrar, o esporte feminino no Brasil ainda é muito pouco divulgado, apoiado e curtido.

Assim, não apenas o time de Santo André, mas também o de Americana é formado por guerreiras que estão construindo uma história para o basquete e esporte feminino nacional, dia após dia.

O pessoal da Fúria Andreense levou seus cantos e faixas para o ginásio, dando ao menos um ar de competição e colaborando no apoio ao time do Santo André. Abraço ao pessoal que compareceu e que ainda hoje deve viajar até Araras para assistir ao futebol (União São João x Santo André). Enquanto isso, em quadra, um jogo incrível, digno de final de campeonato. O Santo André permanecia atrás por 3, ou até 6 pontos mas sempre recuperava, empatava e até chegava a virar o placar. A técnica Lais disse que essa é sua última temporada no basquete, o que é uma pena não só para nossa região, mas para o basquete feminino, como um todo. É incrível como ela parece ter o time na mão. Mas, infelizmente o time apresentou algumas falhas individuais que impediram que chegasse a metade da partida com o jogo conquistado.

Se era ruim para o jogo em si, essa mudança constante no placar, conquistada com tanta raça, levou a torcida presente à loucura.

No intervalo, a técnica Laís Elena fez o que pode para acertar o time…

 

O resultado foi um jogo ainda melhor, mas verdade seja dita, o time de Americana era muito bom.

A torcida fazia sua parte tentando “incendiar o caldeirão”… Em quadra, uma verdadeira guerra de nervos. Faltando poucos segundos o jogo estava empatado e a posse de bola era do Santo André, mas… Não consegiram o arremesso…

Assim, fim de jogo e o placar… Empatado: 76 x 76.

E vamos à prorrogação… Já temos mais de duas horas de jogo…

O time do Santo André parece cansado e o Americana consegue abrir 6 pontos de vantagem, logo de cara.

Mas, quem achou que seria fácil, se enganou mais uma vez.

O Santo André se reencontrou e diminuiu a vantagem para 2 pontos.

Mas…

Não dava mais tempo…

Fim de jogo, Santo André 85 x 83 Americana…

Ficou difícil imaginar nossa bandeira mais uma vez hasteada, no Dell´Antonia…

Pra nós ficou a certeza de que se a cidade apoiasse um pouco mais, teríamos no esportee uma nova fonte de diversão, cultura, lazer e até emprego.

Parabéns aos torcedores que compareceram e às atletas que jogaram como guerreiras!

E um alo especial para o torcedor especial que compareceu ao jogo…

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128- Camisa do Auto Esporte

A 128ª camisa de futebol do nosso blog vem do Nordetse brasileiro e a conseguimos na nossa visita a João Pessoa, no final de 2011. Aliás, pra quem não conhece, João Pessoa é uma cidade linda, vale a pena conhecer…

A camisa veio aos 46 do segundo tempo. Depois de muita procura sem sucesso, encontrei um torcedor do Auto que topou me vender a camisa que vestia.

Já falamos de um time da capital paraibana, o Botafogo, da raposa de Campina Grande, o Campinense e do Treze, desta vez fomos atrás da camisa do Auto Esporte Clube.

A história do time é legal por fugir dos padrões dos times do Brasil. O Auto Esporte Clube foi fundado em 1936, por um grupo de taxistas que se concentravam na Praça do Relógio,o atual Ponto de Cém Reis, no centro da cidade. Por esta origem mais popular, é conhecido como “o Clube do Povo”. Seu mascote é o macaco. A popularidade do time se deu porque eles treinavam mais ou menos como o Rocky Balboa, ali, nos campos do centro, em frente à população mesmo. Em 1939 conquistou o seu primeiro campeonato paraibano, e pra ficar ainda mais inesquecível, foi de maneira invicta, atropelando adversários como o Treze e o Botafogo. No ano de 1951, realizou sua primeira partida internacional, contra a tripulação do barco argentino Punta Del Loyola, que estava ancorado no porto de Cabedelo, e venceu por 5×1. A década de 50 trouxe ainda 2 títulos estaduais, um em 1956, numa “melhor de três” contra o Botafogo e outro em 1958. Em 1959, tornou-se o primeiro clube paraibano a disputar uma competição nacional, a Taça Brasil. Em 1987, o Auto Esporte conseguiu o tetra campeonato estadual, ao empatar com o Botafogo, com o quadro abaixo: E aqui, para recordar o título:

Chegam os anos 90 e logo em 1990, o Auto montou um forte time, que logo se apresentou como favorito ao título. O Botafogo bem que tentou impedir, mas o Auto Esporte. levantou mais um caneco! No Estadual de 1992, os alvirrubros tiveram como rivais do título o Treze. Em pleno Estádio “Amigão“, garantiu o título de forma inteligente, vencendo na prorrogação, após ter sido goleado no tempo regulamentar.

Esse foi o elenco responsável por mais esta conquista: Ainda neste mesmo ano, o Auto Esporte terminou na terceira colocação do Campeonato Brasileiro da Série C. Em 1993, tornou-se o primeiro time paraibano a vencer na Copa do Brasil, derrotando o Paysandu por 2×1, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. O Auto Esporte ainda se lançou numa ousada excursão à Europa, em 1999. Em 2004, o Auto Esporte foi rebaixado para a Segunda Divisão paraibana, retornando à elite, no ano de 2006. Relembre como foi:

No ano passado (2011), o Auto Esporte sagrou-se campeão da Copa Paraíba em cima do Treze, conquistando novamente uma vaga para a Copa do Brasil. Infelizmente foi eliminado na primeira fase, contra o Bahia. Mandava seus jogos no Estádio Evandro Lélis, mais conhecido como “Mangabeirão”, por ser localizado no bairro de Mangabeira. A capacidade do estádio é de 2.000 pessoas e ele não vem mais sendo utilizado para jogos oficiais. Em seu lugar está sendo utilizado o Estádio da Graça, veja como é a festa por lá!

O amor pelo time está expresso na pele de alguns torcedores.

E se você acha que a relação entre a torcida e o time é intensa, veja como o time celebrou a conquista da Copa da Paraíba, em 2011:

Em se falando de torcidas organizadas, a Força Jovem Alvirrubro deixou de existir há algum tempo, mas atualmente o time tem como destaque o pessoal da Ultras 1936, que atuam inspirados no modelo Ultras europeu.

E essa foto do time? Bota medo ou não?

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União Barbarense 2×1 Palmeiras B – O interior mostra suas garras!!!

Domingo de manhã tem cheiro de liberdade.

Seja para quem gosta de dormir até mais tarde, para quem gosta de sair pra praticar esportes ou, aqueles como eu, que preferem pegar a estrada e buscar um estádio pelo interior de São Paulo.

Partimos mais uma vez de Cosmópolis, onde encontramos essa belezinha de “Moto-Trator

Em Cosmópolis, deixamos o Toddy o cão além das nossas duas novas companheiras, ainda na gaiolinha: Quilmes e Alfajor são duas ratinhas, ou hamsters, se preferir.

Poucos minutos de estrada e já nos aproximamos da Santa Bárbara do Oeste, a cidade escolhida onde acompanharíamos o União Agrícola Barbarense contra o Palmeiras B.

Vale dizer que é nosso primeiro registro do União Barbarense, atuando em casa, então… Histórico por si só! Mas a manhã guardaria mais uma bela história de superação, que só o futebol pode oferecer!

União Agrícola Barbarense FC

Chegamos ao Estádio Antonio Lins Ribeiro Guimarães e constatamos que a boa fase do time também se reflete nas arquibancadas. Um bom público compareceu ao jogo!

O Estádio do Barbarense é daqueles bem old-school, e eu adoro isso, mas vale citar que era bom começar a pensar em uma reforma ou obras de manutenção para que não ocorra o mesmo que passou com o Estádio do Santo André e seja interditado ou até mesmo demolido.

O sol estava bravo. E a parte coberta do estádio nos pareceu inacessível… O jeito foi aguentar o calor…

Mas, enfim, não tem tempo ruim com a gente. Mais um estádio, mais um time cheio de histórias e glórias.

Valeu a pena!

Ainda que o ingresso estivesse bem carinho: R$ 20!!!

Embora o placar – nada eletrônico- insistisse num 0x0, o Palmeiras B começou quente e fez 1×0, numa falha do goleiro da casa, para irritação da torcida de Santa Bárbara.

O time sabia que para seguir com chances de voltar à série A1, precisava pontuar, e foi pra cima!

E mesmo tentando ir pra cima, o Barbarense não conseguiu mudar o jogo no primeiro tempo. O que fez com que a torcida e a imprensa local fossem para cima do time, até então com 100% de aproveitamento em casa.

Intervalo é hora de ver as particularidades do Estádio, como a ambulância “caça fantasmas” que estava a serviço…

Ou para um olhar mais próximo da arquibancada que já viveu muitas aventuras…

Os muros do Estádio ajudam a relembrar a história de glórias do time!

E pudemos aproveitar para ouvir dos torcedores locais o que eles acham da ideia de apoiar o time da sua cidade, vejamos:

Os times voltaram a campo. O segundo tempo exige uma postura mais agressiva do time local. Caso contrário, o time da capital voltará com os 3 pontos.

A torcida segue incentivando…

O calor dificulta ainda mais a missão do Barbarense, e o Palmeiras B usae abusa da catimba, levando os torcedores locais ao desespero.

Até o banco de reservas do Palmeiras B ajuda a catimbar e a pegar no pé da arbitragem, que parece atrapalhada.

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O jogo chega aos 30 minutos do segundo tempo e há um silêncio momentâneo no ar…  O goleiro da Barbarense sabe que a derrota vai pesar pra ele, uma vez que o gol veio de uma falha sua…

40 minutos do segundo tempo. A torcida segue lamentando-se… Será que realmente o futebol do interior tem bala pra disputar contra os times da capital?

Será que a torcida local tem alguma influência ao cantar quase o tempo todo, mesmo com o time perdendo?

Não é besteira seguirmos remando contra a maré e apoiando os times da nossa cidade?

Responde ae pessoal da Sangue Barbarense e demais presentes em campo.

Tentem explicar aos mais céticos o que é ver uma virada construída a partir dor 42 do segunto tempo.

Não dá pra explicar, né? Então curta, torcedor do Barbarense. Aproveite mais esse momento histórico do seu clube. Da sua cidade.

Parabéns a todos os torcedores que compareceram, em especial ao amigo Thiago, que também me deu entrevista, mas graças a problemas técnicos não foi ao ar aqui no blog…

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Um time que maltrata corações…

De que adianta um estádio, se a torcida não está lá?

Pra que servem as partidas, se as emoções não são mais reais…

O E.C. Santo André está a um passo de alcançar seu pior momento em toda sua história. Chegar à série A3 representaria isso.

Assim, de nada valem as esperanças e emoções partilhadas entre os amigos nas bancadas…

Alguns não desistem nunca. E é isso que dá animo a pessoas como eu.

Mas me pergunto até quando conseguiremos manter, ainda que em pequenos públicos, o amor aos times que não fazem parte da elite do futebol brasileiro.

Os sobreviventes desse amor à moda antiga fazem o que podem. Estampam o amor nas camisetas, nos bonés, nas malas…

E esse apelo vale para todos os times. Para o meu Santo André, como para o pessoal do Grêmio Barueri, que já sofreu na pele as consequências dessas novas “manias” dos dirigentes do futebol moderno.

Aliás, assim como está começando a ocorrer com o Ramalhão, no caso do Barueri, as torcidas organizadas tem representado o último grito pela manutenção do seu time.

Mas no caso específico do Santo André, mais do que as influências externas, vivemos uma sequência de problemas de gestão que podem rebaixar o time mais uma vez…

Um novo rebaixamento praticamente esconde o time da mídia e até dos moradores da cidade, que neste ano não puderam assistir a uma partida sequer em nosso estádio, já que o mesmo estava interditado.

Na luta contra o rebaixamento, perdíamos até os últimos segundos, quando um gol milagroso (e enganador ao mesmo tempo) deu nos o empate por 1×1.

Um dos poucos momentos de comemoração e felicidade nestes dias difíceis…

Destaque também para a faixa do pessoal da Fúria em homenagem ao Lucas, torcedor que faleceu no primeiro dia do ano.

E fica também nossa presença, independente do resultado. Os estádios são nossa segunda casa.

Embora seja do nosso rival São Caetano, a vista aqui é bem legal hein?

Abraços aos torcedores do Barueri que também compareceram e fizeram o jogo ter mais emoção, ao menos nas bancadas, nas disputas entre a Fúria e a Guerreiros. E que a disputa siga assim, sem violência.

E viva os gordos nos estádios! Contra os regimes e o futebol moderno!

Apoie o time da sua cidade!!!

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Em busca do Estádio perdido: Estádio Monumental do Chile

Nosso objetivo era conhecer o Estádio Monumental, onde o Colo Colo manda seus jogos. E da estação Pedrero até lá, é só caminhar por uma longa e deserta avenida.

Cerca de um quilometro depois, estávamos em frente ao Estádio!

Bastava encontrar a entrada principal e adentrar a mais um “castelo do futebol”!

A entrada não era assim tão perto, mas… Ok! Mais uma etapa, encontramos a entrada, e por sorte estava acontecendo um treino da equipe principal!

Mas… A  sorte logo iria mostrar sua verdadeira face, naquela tarde. Quando preparávamos para entrar, o segurança nos fez enxergar uma frase que ainda não tinha reparado: Sin público…

Sair do Brasil, viajar até ali e não poder ver de perto um estádio que produziu imagens como a abaixo, é no mínimo frustrante…

Restava apenas fotografar o lado externo do Estádio…

Se liga nas montanhas da cordilheira dos Andes às minhas costas…

Nunca as grades foram tão separatistas no mundo do futebol…

Não teve jeito… O negócio foi marcar nossa presença em frente ao estádio e ficar na imaginação… Ou guardar para uma próxima vez.

Pra quem ficou com vontade de saber como é por dentro, fica aí uma foto que achei na wikipedia.

Mesmo só olhando por fora, dá pra ver que é um belo estádio…

Hora de voltar pra casa… Mais uma caminhada até a estação do Metro…

Agora, era só pegar o metro sentido Plaza de Maipú e voltar por nosso hotelzinho mequetrefe hehehe.

Do metro, um último olhar para o estádio e as cordilheiras…

Pra relaxar, só com uma Escudo!

E… fim da noite, pois o dia seguinte ainda prometia…

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127- Camisa do Clube Atlético Lemense

A 127ª camisa foi fruto de uma nova amizade gerada pelo futebol.

Na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012, o Santo André teve como sede a cidade de Leme e ali jogou suas partidas até a eliminação na segunda fase.

Eu consegui ir a 2 jogos do Santo André e acabei ficando amigo do torcedor local José Vergínio, que segue acreditando na cultura local e apoiando o time do Lemense!

Assim, a camisa desta semana é do Clube Atlético Lemense, presente do amigo Zé Vergínio.

O atual E.C. Lemense foi fundado em 4 de outubro de 2005 e em 2012 disputa a Série B do Campeonato Paulista, a Quarta Divisão do Campeonato Paulista.

O primeiro time defendendo as cores e nome da cidade foi o Leme F.C. .

Há controvérsias sobre a data de fundação do time, alguns dizem que é de 1915, outros que é 1905… A foto abaixo de 1922:

O amigo e historiador do futebol local, Daniel Cunha, enviou a foto abaixo, da década de 30: Mas a história do futebol profissional em Leme, inicia-se em 1966, com o Esporte Clube Bancário. Após seu primeiro ano no profissionalismo, o time decide não seguir nos campeonatos oficiais.

Assim, o Esporte Clube Lemense, fundado em 1958, decide ocupar o lugar vago pelo E.C. Bancário e disputar as competições da Federação Paulista.

Em 1978, o Lemense conquista o título da Quarta Divisão e o acesso para a série A3. Dois anos depois, em 1980, sagrou-se campeão da A3, chegando à A2.

De 1981 até 1993, participou da divisão de acesso à elite, quando a Federação Paulista realizou uma série de mudanças nas divisões, levando o time de volta à Quarta Divisão. A queda não fez nada bem para o time e em 2004, o Esporte Clube Lemense passou por uma crise e acabou licenciando-se das competições organizadas pela Federação Paulista de Futebol, deixando a cidade sem um time para torcer. É nesse momento que surge o “novo” Lemense, que ocupa o lugar vago, mantendo as mesmas cores e identidade com a torcida local. Por falar em torcida, a organizada do time chama-se “Os Persistentes”. Nesses jogos que acompanhei do Santo André, em Leme, eles estavam por lá!

Em 2006, quase conseguiu voltar à série A3, terminando em 7º Lugar, destaque nesse ano para o Vice-Campeonato da segunda divisão do sub-20. Em 2007, ficou em quinto lugar, uma posição atrás dos 4 que subiram para a A3. Em 2008 eles fizeram um vídeo institucional contando um pouco sobre a história do time:

O acesso viria em 2009, com uma grande festa para a torcida local!

Infelizmente, em 2011, o time acabou rebaixado de volta à terrível série B do paulista.

Vamos ver se conseguimos acompanhar algum jogo deles, em Leme esse ano.

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Capivariano x Guaçuano – Quando amor e tristeza precisam conviver em um mesmo coração…

2 de março de 2012. Sábado de forte calor no interior de São Paulo. Partimos de Cosmópolis até Capivari, para mais uma rodada da série A3. No caminho, vimos que o tempo podia mudar. A esperada chuva parecia estar a caminho…

Nosso destino era Estádio Carlos Colnaghi, onde o Capivariano tem conquistado resultados que o colocaram na liderança da série A3 de 2012.

O adversário do time da casa é uma equipe bastante conhecida pelo nosso blog. Trata-se do Guaçuano.

E como a distância não é tão grande e a campanha do time verde e branco também é boa, a torcida visitante compareceu!

A torcida local também fez bonito. Aliás, desde o ano passado que os projetos desenvolvidos pelo time e pela cidade para trazerem mais público tem dado resultado. Relembre aqui.

A cidade de Capivari tem conseguido conquistar o público, seja pelo bom futebol, seja pela diversão pra criançada…

Aliás, tem até um setor só para a molecada:

Ah, e… lá estávamos nós para acompanhar mais uma passagem do futebol do interior paulista!

 

Os amigos da rádio Cacique também estavam por lá, aproveito para mandar um abraço ao grande Bira que é repórter de campo e há anos acompanha o time local.

O estádio está cada vez mais colorido em vermelho e branco, com várias faixas e bandeiras. Aqui a do pessoal da “Guerreiros do Leão“:

Mas se as mais de 1.500 pessoas faziam bonito na arquibancada, o mesmo não podia dizer do time em campo… O leão estava manso…

O primeiro tempo virou um estranho 2×0 para os visitantes de Mogi Guaçú, preocupando os torcedores locais que se acostumaram com as vitórias em casa.

O segundo tempo veio e o torcedor local acreditava na reação!

A rapaziada do batuque seguia firme incentivando o Capivariano.

Em campo, o time parecia nervoso e chegou até a ameaçar uma briga após discussão mais acalorada…

Mas, o que se viu em campo foi uma ampliação do placar por conta do time visitante. No final das contas, nem o mais animado torcedor do Mandi podia imaginar um placar tão elástico. Capivariano 0x5 Guaçuano. Festa na torcida visitante.

Duro golpe no líder, mas que deve ser bem compreendido. O público que tem comparecido não pode desanimar…

O vermelho e branco tem que continuar a colorir o estádio e a cidade, lembrado que o time acabou de subir da segundona paulista e já tem a chance de chegar à série A2!

Da nossa parte, fica o orgulho mais uma vez de visitar a cidade e o estádio local e termos sido muito bem recebidos.

Ao fim do jogo, conseguimos ouvir uma bonita frase, mesmo após a derrota do time da casa:

 

Vale citar que o Capivariano ainda perdeu um penalty, já no finalzinho do jogo, mas mesmo assim, a torcida preocupou-se mais em apoiar do que em criticar o time. Houve ainda um princípio de confusão com a diretoria e alguns torcedores do Mandi que estavam num espaço destinado a torcida local, mas nada que a polícia e a diretoria do Capivariano não resolvessem da melhor forma possível, sem violência. A gente ainda teve que sofrer um pouco com as obras na estrada que em alguns momentos mantinham uma faixa única… E depois com a chuva que nos acompanhou até a cidade de Campinas…

Mas… tudo ok. Tudo pelo futebol.

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Em busca do Estádio Perdido: La cancha de Union Espanola

Além de assistir a partidas, eu gosto bastante de visitar os estádios e poder vivenciar experiências mais “intimistas”.

E foi o que aconteceu em Santiago quando fomos visitar o Estádio do Union Española.

Ah, vale reforçar que visitar um estádio em dia normal é sempre uma aventura. E nem sempre dá certo. Tem estádios onde preferem manter os vistantes longe. No Estádio Santa Laura (esse é o nome do campo do Union Esapañola), tivemos a sorte de contar com dois seguranças muito gente boa.

Após uma espera de quase 1 hora (o time profissional estava treinando e o técnico não permitiu nossa entrada…) finalmente conseguimos conhecer a parte interna do estádio.

Além de conhecer o Estádio, pudemos bater um papo com alguns dos jogadores sub-20 que estavam por ali. A categoria de base do time é levada a sério e o sub-18 é o atual campeão chileno.

As cores amarelo e vermelho são homenagem à Espanha, mas confesso que também me fez pensar em como seria o estádio do Red Bull…

Ah, e por falar em Espanha, algumas pessoas tem um pouco de bronca em relação ao time da Union Española porque dizem que foi fundado por admiradores do General Franco, fascista espanhol. Atualmente, parece que o time não matém nenhuma ligação com esse tipo de corrente ideológica.

A gente pode andar pelas arquibancadas tranquilamente, mas o calor era muito forte, nem deu pra exagerar, mas valeu a pena!

Ali ao fundo, pode se ver ao longe os prédios que ficam lá no centro. Pra se ter uma ideia a gente demorou mais ou menos 15 minutos num taxi.

O Estádio é muito bem cuidado. Tem uma capacidade para mais de 30 mil pessoas e foi usado na semana seguinte à nossa visita, pela La U, num jogo da Libertadores contra o Godoy Cruz.

Mais um estádio para termos em nossa memória.

Aliás, comecei a forçar a memória e tentar lembrar de algum jogo da Union Española e foi quando eu ouvi o nome do treinador, que tudo ficou claro. O treinador é um ex jogador deles que também jogou no Brasil, pelo São Paulo: Sierra!

Enquanto andávamos pelo campo e observávamos alguns detalhes os caras começaram a irrigar o campo. Confesso que achei estranho, pois num calor daqueles a grama ia ser cozida.

Para maiores informações sobre o Union Española, o site do time é www.unionespanola.cl .

Fica aí mais uma experiência no rolê boleiro que segue nos ensinando tanto…

Apoie o time da sua cidade!

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