24 de junho de 2012.
Mais uma vez cruzando fronteiras. O fim de semana é curto, com sol e frio.
Mas lá vamos nós para conferir um amistoso único.
Charlotte Eagles (USA) x JAC ( Jacutinga)!
O jogo foi realizado no Estádio Municipal Luiz de Morais Cardoso, na tradicional cidade de Jacutinga, em Minas Gerais.
A cidade ,bastante conhecida por ser um polo da moda, principalmente das malhas, está crescendo a cada ano. E não apenas economicamente, a cultura, lazer, educação e esportes são apresentados como novos caminhos para a população.



O ingresso para o jogo era um produto de higiene a ser doado ao Lar Américo Prado, instituição da cidade que cuida de 162 crianças diariamente.
A preliminar foi feita entre duas equipes locais: “Alto da Santa Cruz x Sapucaí”:
Logo de cara, tivemos a oportunidade de poder conversar com o presidente e treinador do time local, José Claudio Soléo.
Num rápido papo, ele nos contou um pouco sobre as expectativas do time para 2012 e para o amistoso:
O amistoso teve um caráter um pouco diferente. Mais do que apenas o futebol, ele envolveu um intercâmbio cultural e religioso.
Em Jacutinga, quem colaborou com a execução do jogo foi o pessoal da Igreja Presbiteriana local, e além da partida aconteceram palestras, oficinas de futebol e outros eventos para a comunidade local.
Do lado do Charlotte Eagles, o brasileiro Marcelo Cruz é quem cuidou da correria e da estrutura para que os americanos pudessem realizar todas as atividades.

Perguntei também sobre como era jogar aqui, contra times de brasileiros e ele mostrou que o Brasil ainda tem muito respeito no exterior, quando o assunto é futebol.
Após muito papo, era hora de futebol e o pessoal local deixou tudo com uma cara muito séria. Pudemos acompanhar tudo, desde a saída dos times do vestiário…
E por ser um amistoso internacional, teve até direito a hino nacional, com as equipes postadas em campo.
E a torcida do JAC quase conseguia ouvir o Galvão Bueno gritar “Boa tarde amigos, hoje, o JAC é Brasil!”.
Pena que para os atletas, a visão era essa… Poucas pessoas nas arquibancadas do estádio…
Esse é mais um exemplo de como o Brasil ainda está longe de ser o país do futebol… Um amistoso como esse, trazendo para a cidade um time dos Estados Unidos merecia ter casa cheia.










Olá camarada do ABC. Venha mais a Jacutinga. O Santo André sempre faz pré-temporada aqui em Jacutinga. O volante Alex Silva jogou no JAC, militou por Ponte, Santo André e está no Mirassol. Obrigado pela atenção. Abraço.
Pedro – Lar Américo Prado – Jacutinga
Pedro, muito obrigado pelas palavras!
Vamos ver se ainda esse ano, pegamos um jogo do JAC pela segundona mineira.
Abraços e parabéns pelo trabalho no Lar Américo Prado!
Belo trabalho documental e jornalístico. O projeto é interessante. Parabéns aos organizadores do evento e as equipes. O esporte forma um cidadão melhor! Abraços!
Oi Marcelo!
Muito obrigado pelo comentário.
Concordo com vc. O esporte faz muito bem à sociedade.
Abraços
Mais um belo relato. Parabéns por dar longevidade a essa iniciativa de mostrar um futebol que muitas vezes não aparece tanto quanto poderia aparecer. Inclusive, como você, eu sonho com o dia em que voltaremos a ver estádios, não somente nos grandes centros, bem frequentados. Apenas acho que possa ser repensada essa questão citada do Brasil ser ou não o país do futebol. Nossa relação com o futebol por aqui também é muito forte. O futebol está no cotidiano de cada brasileiro, até mesmo entre aqueles que não gostam do esporte bretão. Todo mundo fala de futebol no trabalho, curte jogar seu futebolzinho na semana, acompanha o noticiário na TV, etc. A relação no país do futebol continua sendo imensa,embora muito distinta daquela que se acompanha em países como Argentina e Inglaterra. Aqui, o bom é ver e jogar o bom futebol – mesmo onde não existam mais times profissionais. Lá, a relação em si é muito grande com os clubes, nos bons momentos e nos ruins. E aí, podemos incluir países como a Turquia, onde a relação com seus clubes também é gigante, não apenas no futebol, como também com os mesmos em outros esportes. Em nosso querido Brasil, como em outras áreas, já houve algum trabalho sério para que as pessoas sentissem o prazer de formar algo realmente nosso? Assim como muitos dos grandes profissionais brasileiros, os melhores, sonham com o dia em que vão trabalhar fora, em uma multinacional, nossa mão de obra qualificada no futebol também tem esse pensamento. “Obrigado”, cartolas. E o cara comum, aquele que apenas consome o produto, o chamado torcedor, também acaba passando pelo procedimento. Pois de bobos não têm nada e sabem que somos muito bons no que fazemos,mas os nossos melhores “produtos” não estão mais em sua terra natal. Mas a Copa do Mundo vem aí…a esperança é de ver um novo futebol brasileiro. Tomara que venham as mudanças, mesmo que do jeitinho brasileiro de ser. Até pelo fato de sabermos que pensar algo mais que isso pareceria meio fora de nossa realidade.