A 163a camisa vem em dose dupla. A primeira eu comprei para dar pra algum amigo, que eu não sei nem quem é mais hehehe e acabou ficando em casa. A segunda foi presente do Gabriel Uchida (www.fototorcida.com).
Ambas são do Club Atlético Chacarita Juniors!
Até hoje eu não consegui ter 100% de certeza, mas na minha cabeça, antes da Internet facilitar o conhecimento sobre o futebol argentino, eu tinha uma história que o Chacarita era um time formado por anarquistas.
Depois, já com a Internet, fiquei sabendo que foi fundado no dia 1o de Maio (dia do trabalho) de 1906, em uma livraria anarquista, em Villa Crespo, Buenos Aires, Argentina.
Outros dizem que o time foi formado por comunistas, daí o vermelho do escudo. O preto seria uma associação ao Cemitério do bairro. Aliás, o cemitério deu ainda o apelido da torcida do Chacarita: os funebreros.
O time mandava seus jogos no Estádio Villa Crespo até 1940, quando seu rival, o Club Atlético Atlanta, que mandava ali também os seus jogos, ficou com o campo, e obrigou o Chacarita a buscar um novo campo. Assim nascia uma grande rivalidade…
Esse era o estádio, nos anos 30:
O Chaca foi então mandar seus jogos na Villa Maipú em um estádio que foi recentemente reformado, e reaberto em 2011: o Estádio Chacarita Jrs.
Aqui, uma imagem do início do time.
Este é o time de 1924:
O time de 1945:
Em 1969, o clube conquistou o seu título mais importante, o Torneio Metropolitano do Campeonato Argentino, a primeira divisão da época, vencendo o River Plate por 4×1 na final.
Esse é o time de 1974:
Esse o time de 2000:
Mais recentemente, na temporada 2008/2009, conquistou o acesso a Elite do futebol, mas acabou voltando à Primera B Nacional, em 2010.
Além do Atlanta, outros times com forte rivalidade são o Platense, Tigre e Nueva Chicago.
A torcida do Chacarita Jrs é tida como uma das mais violentas e fanáticas do país, sua barra brava é conhecida como “La Famosa Banda de San Martin”.
A paixão pelo time é tão grande que existe até um curta metragem feito sobre o time e essa relação entre o hincha e seu clube.
21 de julho de 2013.
Última rodada da primeira fase da série B do Campeonato Paulista. De muitos jogos decisivos, decidi acompanhar o XV de Jaú, jogando em casa. E lá fui eu, pagando meu ingresso para adentrar no Zezinho Magalhães.
O jogo era um desafio teoricamente fácil para o XV. O Palmeirinha já não tinha chances de classificação e fez um campeonato bem ruim.
A torcida do XV acordou cedo e coloriu de verde e amarelo o Zezinho, buscando apoiar o time como possível.
Nem bem entrei no estádio e o Palmerinha havia feito 1×0. O XV iria empatar em um gol de falta, na jogada abaixo:
A torcida reagiu na hora! Festa em amarelo e verde!
Até bandeirão rolou na comemoração!
Ufa, 1×1. Começo quente do jogo.
O jogo não era dos melhores do ponto de vista técnico, mas a torcida estava na esperança do segundo gol.
Bom, para quem não conhece, esse é o Estádio Zezinho Magalhães:
O XV de Jaú contou com o apoio de suas organizadas. De um lado, a Galoucura e a Força Jovem.
Do outro lado do estádio, a Galunáticos:
E por todo o estádio, centenas de torcedores comuns, apaixonados pelo time da sua cidade!
Em campo, o XV seguiu atacando, mas…
Quem não faz, toma. O Palmerinha ignorou as estatísticas e fez 2×1. Fez até chover…
A chuva e o segundo gol do time visitante foram um (ou dois) balde (s) de água fria na torcida do XV de Jaú.
O XV seguia levando perigo nas bolas paradas, mas o time não se encontrava e a torcida começava a temer pela eliminação precoce.
Pra piorar, a chuva aumentou, dificultando ainda mais a criação de jogadas…
Mais que isso, a chuva e o frio afastou o torcedor do campo…
As inúmeras árvores espalhadas pelo estádio serviram de abrigo…
Por alguns instantes parecia não haver ninguém no estádio. Nem no campo…
Mas, tudo nessa vida é passageiro, e tão de repente quanto chegou, a chuva foi embora, para a alegria da torcida do XV.
Aproveitei para dar um role pelo estádio e pude ver como está bonito e cuidado até nos menores detalhes.
Mas, o mais bacana foi olhar quanta gente tinha ido ao campo, na manhã de hoje!
Com o fim da chuva, aos poucos as pessoas foram voltando para a arquibancada e aumentando a pressão sob o adversário.
O primeiro tempo chegava ao fim. Hora de conhecer um pouco da culinária do estádio!
Nota 10 para o churro do tio!
No intervalo, a ambulância do estádio teve que levar um jogador ao hospital e demorou a retornar, atrasando o reinício do jogo, dando me tempo para ler o informativo que recebi no início do jogo, mostrando as benfeitorias da atual diretoria para o estádio.
O jogo começava, mas ainda dava tempo para ouvir um pouco da torcida local.
O clima não era dos melhores. Quer dizer, o clima em si até era, o sol voltava a aparecer em meio às nuvens, mas a virada ainda parecia distante levando os torcedores ao desespero…
Mas, se até a chuva deu lugar ao sol, por que a tristeza não poderia dar lugar à felicidade?
Festa nas arquibancadas do Zezinho Magalhães… O XV empatou o jogo!
A partir daí, quem frequenta estádios sabe o que acontece. O time pressionando, a torcida apoiando… Tudo por um mísero gol que levaria o time à segunda fase do campeonato (em paralelo a esse jogo, o Pirassununguense vencia seu adversário por 5×0, e o empate do XV daria a vaga ao time de Pirassununga).
O estádio parecia um barril de pólvora pronto para explodir. E só tinha um jeito disso acontecer, com um gol do time local…
Vi o gol e levei alguns segundo até ligar a câmera para registrar o resultado dessa explosão… Gol do XV!!!!
Daí pra frente, a torcida mandou no jogo, segurando o resultado.
Até que enfim, o placar mostrou o XV na frente!
A classificação do XV estava a alguns minutos de se concretizar, um prêmio para os mais de 800 torcedores que foram ao campo para apoiar!
Mas ainda faltava o golpe final… Mais uma comemoração nas bancadas do Zezinho…
Chegamos ao placar final da partida…
Um dia cansativo, mas que valeu cada quilometro, cada clique, cada lance… Parabéns XV de Jaú e torcedores!!!
Bom, voltando a lembrar algumas das aventuras do final de ano, quando juntamos tudo o que tínhamos para ir para a Espanha e Portugal, vamos dividir um pouco da experiência boleira que tivemos visitando a cidade de Zaragoza.
Como a cidade está no meio do caminho entre Barcelona e Madrid, fomos para Zaragoza de trem, e passamos por várias paisagens bacanas. Destaque para os diversos pontos de geração de energia eólica, coisa bastante comum em terras europeias.
Mais de 674 mil pessoas vivem em Zaragoza, e seu nome é uma homenagem a César Augusto, porém em árabe: Šarakusta.
Embora estivéssemos num período de férias (era 1o de janeiro) deu pra perceber o quanto a cidade é desenvolvida. Eles tem um “trem urbano” que corta a cidade toda.
Um dos destaques culturais e arquitetônicos de Zaragoza é a Basílica de Nossa Senhora do Pilar, um dos doze tesouros da Espanha.
Durante nossa estadia, estava rolando uma festa em frente à Basílica, como se fosse uma grande quermesse brasileira. A Mari pirou nos queijos!
Mas a cidade está cheia de construções históricas. Parece um museu a céu aberto.
Outro ponto interessante é que a cidade está às margens do rio Ebro.
Ali ao fundo, é a Basílica, que falei antes. Além do frio típico da época, dá pra ver pelos cabelos da Mari que estava ventando bastante…
Ali perto, a gente achou um dos brinquedos mais engraçados que já vi. É um escorregador, onde as crianças entravam pela boca de um boneco gigante e saiam pelo… pelo lado de traz.
Eu não sou muito religioso e tenho grandes críticas à Igreja Católica, mas até que achei bacana esse santo boleiro hehehe:
Não dá pra contar a história da cidade assim em um post de um blog de futebol, mas só pra se ter uma ideia, Zaragoza tem mais de dois mil anos de história.
Passou por várias invasões de povos estrangeiros (Suevos, Visigodos, Bascos, Mouros, entre outros), misturando períodos e culturas de muçulmanos, judeus e cristãos. Ainda no século XI, viu ser construído o Palácio Aljafería (palácio da Alegria).
No século XII, tornou-se a capital do reino de Aragão, obrigando a população muçulmana a se mudar para o lado de fora das muralhas da cidade. O mais loco é que a muralha ainda está (em partes) por lá:
As ruínas romanas também estão pela cidade:
Em 1492, os judeus foram expulsos da cidade e em 1609, os mouros.
Durante a Guerra da Independência, o povo de Zaragoza lutou contra Napoleão, sendo um símbolo de resistência.
Em 1900 a cidade já tinha cerca de 100.000 habitantes que trabalhavam na agricultura (plantando beterraba) e na indústria açucareira, além de comerciantes, pescadores e artesãos.
Esse é o mercado municipal:
E aqui, um pub localizado próximo ao centro.
Para quem gosta de tradição, olha uma loja que funciona desde 1911:
Vale dizer que quando chegamos a cidade estava deserta, pois era a hora da “siesta”, e só encontramos um restaurante de um loco italiano para almoçar.
Mais tarde, por volta da 19horas já estava tudo aberto e deu até pra comer um tradicional churro com chocolate quente!
Viajar é isso, conhecer novos lugares, novas culturas, novas pessoas…
A CNT (um sindicato de formação anarquista) segue dando as caras pela Espanha.
Finalmente, falando do futebol local, a cidade é sede do Real Zaragoza, time fundado em 1932 e que disputa a Primeira Divisão Espanhola.
Seu estádio se chama La Romareda e fica próximo do centro, bastou pegar um ônibus e lá estávamos nós!
O Estádio La Romareda tem capacidade para mais de 34 mil torcedores.
Chegar foi fácil, mas depois de dar uma volta completa no estádio e ver que estava tudo fechado, fiquei desanimado…
Ao menos mais uma bilheteria registrada para a Mari!
O estádio de La Romareda foi construído em 1957, entretanto, em 1903, já existia o “Zaragoza Football Club“, que anos mais tarde se fundiria com o Iberia S.C. para a formação do atual time.
Como achamos que não ia dar pra entrar no estádio, demos um pulo na loja do time, que fica na frente do campo.
Lá, pudemos olhar o museu do time e várias histórias e fotos.
E quando já íamos embora, falamos para a mulher que atende na loja que éramos da América do Sul e que estávamos ali pra conhecer o campo e tal. Daí…
A partida inaugural do estádio foi Real Zaragoza 4 x 3 Osasuna. Não se iluda com o sol que brilhava. Estava mais ou menos uns 10 graus de temperatura.
As arquibancadas que só conhecia pela tv, ao vivo são muito mais legais. Diferente dos grandes estádios europeus, o campo do Real Zaragoza tem uma alma muito forte!
Uma foto para registrar o momento histórico…
Para quem quer conhecer todos os lados do estádio:
Hora de seguir a aventura…
Nota triste: o Real Zaragoza acabou o campeonato espanhol em último e foi rebaixado à segunda divisão…
Mantendo o blog em terras cariocas, a 162 a camisa de futebol adentra ao subúrbio do Rio de Janeiro para apresentar o time do bairro homônimo, o Olaria Atlético Clube!
A história do bairro começa em 1820, com a construção de inúmeros fornos para a confecção de tijolos, já que naquela época, o Morro do Alemão tinha muito barro. Daí vem o nome do barro, inicialmente conhecido como “a Região das Olarias”.
Graças a estas indústrias, em 1882, implantou-se a linha ferroviária, para colaborar com o escoamento da produção e consequentemente maior crescimento do bairro.
Alguns anos depois, em 1915, surgiria o Olaria Football Club, que na época chegou a se chamar “Japonês Football Club”.
O time era a forma de lazer de muitos do bairro, fosse para jogar ou para torcer e tamanho envolvimento justificou, em 1947, a construção do Estádio Mourão Vieira Filho, mais conhecido como Rua Bariri, que é o seu endereço.
Mas não é só o estádio que marca a arquitetura do local, existe também os tradicionais “prédinhos do IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários)”, conjunto residencial que foi construído em várias cidades, na época em que Getúlio Vargas era presidente. O empreendimento trouxe ainda mais estrutura ao bairro.
Falando do time, em 1931, o Olaria conquistou o acesso à primeira divisão com o título da segundona carioca, com o time abaixo:
Em 1933, o salto foi ainda maior: o Olaria foi Vice Campeão carioca.
Este é o time de 1936:
Aqui, o time nos anos 50:
Aqui, o time dos anos 60:
Nos anos 70, quando chegou a disputar o Campeonato Brasileiro.
Em 1981, o time alcançou sua maior conquista: o Campeonato Brasileiro da Série C, até então conhecido como Taça de Bronze.
Dois fatos curiosos sobre o time é que ele foi onde o Romário iniciou sua carreira e onde o Garrincha terminou a sua.
Em 2005, o time foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Carioca.
Em 2006, chegou a conquistar vaga na primeira divisão de 2007 num torneio seletivo, mas a justiça esportiva cancelou esse torneio, e o time permaneceu na segundona carioca.
Só em 2009, o Olaria conquista a vaga na primeira divisão com o vice campeonato da segunda divisão (o América sagrou-se vencedor).
Em 2011, chegou nas semifinais do campeonato, conquistando a Taça Woshington Rodrigues.
Porém, em 2013, novo rebaixamento no Carioca…
O hino do Olaria também foi composto por Lamartine Babo: Olaria, teu esforço, tua glória. Estão crescendo dia a dia, Olaria. Tua pujança tua vida envaidece sua torcida, Olaria. Tua camisa azul e branca tem um “quê” de simpatia realizando sonhos mil. Tu serás um pioneiro do esporte no Brasil. Clube da faixa azul-celeste, Tu vieste à Zona Norte Clube da faixa azul-celeste, És do esporte… pelo esporte.
Na última viagem que fizemos ao Rio, tínhamos como meta conhecer tanto o Estádio e fizemos um post só sobre ele (veja aqui como foi):
A torcida do Olaria mantém firme o amor do bairro pelo time, pintando de azul e branco o Estádio da Rua Bariri!
A 161a camisa de futebol do blog, volta ao estado do Rio de Janeiro, para conhecer o São Gonçalo Esporte Clube um time bastante recente, fundado em 2010, com sede na cidade de São Gonçalo.
A camisa foi presente do amigo Anderson Motta, lá da cidade de São Gonçalo, que possui mais de 1 milhão de habitantes, sendo a segunda mais populosa do estado.
Esse é o brasão da cidade:
A estreia do time no futebol profissional se deu dois anos após sua fundação, disputando a Série C do Campeonato Carioca de 2012, ao lado de outro time da mesma cidade, o São Gonçalo F.C. . Em seu primeiro campeonato, terminou na sexta colocação.
O time trouxe nomes de peso para o seu primeiro campeonato, como o goleiro Sílvio Luiz (que jogou anos pelo São Caetano), o volante Roberto Brum e o atacante Marco Brito (que jogou pelo Vasco e Fluminense).
Olha o Sílvio Luiz aí no elenco:
O São Gonçalo E.C. manda seus jogos no Estádio Clube Esportivo Mauá, e a torcida tem comparecido em bom número.
E os jogadores tem retribuído o apoio com boas campanhas e bastante dedicação!
Esse ano, 2013, o time lidera o seu grupo, vencendo seus três primeiros jogos.
Se o punk foi minha escola de vida durante os anos 90 e 2000, confesso que nesta década, o futebol tem me proporcionado experiências únicas e inesquecíveis.
A 160a camisa de futebol da coleção é testemunho de uma dessas histórias, que aconteceu lá em Barcelona.
Nosso rolê começou no metrô, na estação Poble Sec, próxima do nosso hotel.
Depois de algumas baldeações chegamos à estação Sant Andreu, que atende ao distrito de San Andrés de Palomar, conhecer o time local.
É claro que para nós, que moramos em Santo André e torcemos para o time da nossa cidade, foi uma experiência muito rica, conhecer o “Unio Esportiv
Sant Andreu“, coirmão do Santo André!
Sant Andreu é um bairro de Barcelona e embora conviva com o time mais famoso do mundo na atualidade, tem um carinho especial pelo time da área, o União Esportiva Sant Andreu.
O “X”no distintivo remete ao santo que deu origem ao nome do bairro e do time.
Por isso, os distintivos do Ramalhão e do UE Sant Andreu tem uma certa similariedade…
Para contar a história do time com maior embasamento, fomos até o Estádio Narcis Sala, onde o Sant Andreu manda seus jogos.
Mais uma bilheteria pra Mari conhecer!
Já do lado de fora vimos alguns adesivos da torcida local, os “Desperdicis”.
O primeiro momento foi de desilusão… As portas estavam fechadas…
Ainda bem que insistimos e demos a volta até o outro lado do estádio, onde funciona o escritório do time. Lá, finalmente havia uma porta aberta, para enfim podermos conhecer o Estádio do Sant Andreu.
Pudemos conhecer as dependências da diretoria e do bar que fica dentro do estádio e reúne flâmulas, fotos e outras lembranças do time.
Vamos dar uma olhada no estádio!
Para a nossa surpresa, o time profissional estava treinando, assim, se não pudemos assistir a um jogo, ao menos deu pra conhecer alguns jogadores!
Levei meu blusão do Santo André para apresentar ao pessoal espanhol o “time-irmão” brasileiro.
Aproveitamos para registrar nossa presença em mais um estádio histórico.
Aliás, o Estádio Narcís Sala foi recentemente reformado e sua atual capacidade é de quase 7 mil torcedores.
O estádio foi inaugurado em 1970 e o jogo inaugural não podia ser outro: derbi contra o Barcelona, vencido pelo Barça por 1×0.
A capacidade do Estádio é de 15 mil torcedores.
O time é patrocinado pela cerveja Estrella Damm.
O estádio serve de exemplo para qualquer time de bairro, do mundo inteiro.
Arquibancadas cobertas e descobertas. Todas coloridas, bem pintadas e bem cuidadas.
Uma pequena, mas muito bem cuidada tribuna para imprensa e convidados.
E lá estávamos nós em mais um estádio!
E não é que tinha até alguns torcedores acompanhando o treino?
Ao fundo pode se ver os prédios do bairro. Até lembra um pouco a Javari, né?
A grande diferença entre o Santo André espanhol e o brasileiro são as cores. Lá, em Barcelona, o azul e branco dão lugar ao vermelho e amarelo.
Falando um pouco sobre a história do time, por se tratar de uma equipe que nasceu em meio a história do próprio bairro, não se tem um documento que oficialize o início do time, mas adotou-se o ano de 1909, como data de fundação. Tanto que em 2009 foi comemorado o centenário do Sant Andreu.
O time nasceu dos operários do bairro, que possuíam vários times, entre eles o Zetae, o FC Escocês, o Andreuenc, o L’Avenç del Sport e o CF Andreuenc entre outros.
O nome Sant Andreu só viria a ser utilizado a partir de 1925, com a união entre o Andreuenc e o l’Avenç del Sport, daí o nome “União Esportiva” Sant Andreu, valorizando em seu brasão e uniforme, as cores da Catalunha.
A primeira partida sob o nome de Sant Andreu foi uma derrota para o Badalona por 3×1.
O time acabaria rebaixado da Categoria B para a segunda divisão.
Aqui, o time da temporada 1927/1928:
Aqui, o time que disputou os campeonatos da década de 30:
Nessa época, um fato curioso, devido à guerra civil espanhola, o bairro e o time retiraram a “santidade” de seu nome, passando a se chamar Harmonia de Palomar e l’Avenç del Sport respectivamente.
A década de 40 viu bons times do Sant Andreu, como o de 43/44:
Aqui, o time 50/51:
Em 1963,o time disputava a terceira divisão espanhola com esse esquadrão:
De 1980 até 1990, o time manteve-se na terceira divisão. Em 1990, sagrou-se campeão e conquistou o acesso para a Segunda B.
Na temporada 2006/2007, o time caiu novamente para a terceira divisão.
Na temporada 2008/2009, o time voltou à segunda B, onde permanece até atualmente. Bom, de volta ao estádio, é tempo de dar uma última olhada, antes de ir embora.
Para maiores informações, acesso o site do time: http://uesantandreu.cat
Ah, o bairro nos fez sentirmo-nos em casa…
Não é todo dia que você entra numa livraria e encontra preciosidades como essa:
A 159a camisa de futebol do nosso blog vem mais uma vez da Argentina.
Comprei a camisa em nossa última viagem, quando fomos conhecer o Estádio do Ferro Carril, durante o show da banda espanhola SKA-P (veja aqui como foi essa aventura). A loja em que a comprei tem muitas opções de times das divisões de acesso e fica na rua Lavalle 978, para quem vai a Buenos Aires e gosta de futebol é uma ótima dica!
O time dono da camisa vem da grande Buenos Aires, mas de uma região afastada do centro chamada Lomas de Zamora, próxima do Aeroporto de Ezeiza.
Foi lá, que em 1917 nasceu o Club Atlético Los Andes.
O time surgiu em torno das estradas de ferro em um campo próximo da estação de Lomas de Zamora.
O nome veio em homenagem a um feito realizado por dois aeronautas argentinos que um ano antes cruzaram pela primeira vez a Cordilheira dos Andes, indo de Santiago do Chile até Uspallata, em Mendoza.
O Los Andes surgiu para rivalizar com o outro time local, o Lomas Athletic Club.
Muitos dos primeiros dirigentes eram também atletas.
A primeira camisa do time era azul celeste como a do Racing Club, de Avellaneda, com um faixa branca horizontal. As listras vermelhas e brancas só chegariam em 1922 e com elas o apelido de “o time das mil listras”.
A primeira partida se realizou contra o time da Adelante Yrigoyen, terminando 3×0 para o Los Andes.
Em 1922, o Los Andes se associou à Federação Argentina e logo em seu primeiro ano conquistou o acesso à divisão intermediária com uma vitória sob o Club A. Moreno, de Puente Alsina.
Esse é o time de 1938:
Como o time não tinha verba para construir um, alugaram um próximo do campo do Banfield, fazendo assim, surgir uma rivalidade entre as duas equipes.
Aqui, uma foto já colorida, de 1957:
Em 1960, o time conquistou o acesso à primeira divisão argentina, com o time abaixo:
Aqui, foto do lance de jogo durante o campeonato do acesso.
O time cairia para a segunda no ano seguinte, mas em 1967, Los Andes subiu novamente à primeira divisão.
Aqui, o time de 1986:
Esse é o time de 1994, que conquistou o acesso à Primeira B:
Esse é o time de 2002:
Aqui, o time de 2006:
Esse, o time de 2010:
O atual time, de 2013:
Esse é o simpático Estádio Eduardo Gallardon:
Uma imagem de cima, para se ter ideia do tamanho do campo!
Que tal torcer um pouco ao lado da torcida “multiraista”??
A torcida parece não se importar com a divisão em que o time está e sempre presente, faz se diferencial nos jogos! Mais imagens, veja o site: : www.lomaslocura.com.ar/
O time tem um livro lançado, escrito por Hugo E. Bento:
Mais informações no site oficial do clube.