Olá, amig@ que está lendo este post. Por mais que eu tente ter uma abordagem minimamente criteriosa, o blog As Mil Camisas reflete muito do momento da minha vida, e se você reparar os posts dos últimos anos, a maior parte refere-se à história dos clubes por meio de visitas aos estádios.
Isso foi um movimento natural, porque há algum tempo temos preferido gastar nossa grana viajando, ao invés de comprar novas camisas. Mas, ainda assim, tem um monte de coisas no armário que ainda precisam ser registradas.
E esse é o caso da 191ª camisa do blog, que veio da Bolívia, mais precisamente da cidade de Oruro. Trata-se do Club Deportivo San José.
O time acabou ficando conhecido do torcedor brasileiro porque é meio que “figurinha carimbada” na Copa Libertadores de América. Esse ano, o time enfrentou o Flamengo na fase de grupos!
O time foi fundado em 19 de março de 1942, dentro do acampamento dos mineiros que trabalhavam na “Mina São José”, infelizmente mais um lugar onde o trabalho abusa da saúde e das condições humanas. Parte dela, fica atualmente dentro de uma igreja e acabou virando ponto turístico.
O CD San Jose Manda seus jogos no Estádio Jesús Bermúdez, com capacidade para 39.000 torcedores.
Outra razão que fez o San José ficar bem conhecido foi por ser o time de Evo Morales (presidente da Bolívia desde 2006). Ele chegou até a jogar lá!
O time chegou a ser campeão boliviano por duas ocasiões, a primeira delas em 1995, com este time:
A segunda vez, em 2007, com o time abaixo:
Além destes títulos, o San Jose teve ainda dois vice campeonatos em 92 e 93.
No Brasil, o time ficou marcado por causa da “Tragédia de Oruro”, quando numa partida contra o Corinthians pela Libertadores de 2013, torcedores corintianos utilizaram de modo errado fogos de artifício e acabaram atingindo e levando à morte o jovem torcedor Kevin Beltrán Spada.
Mês: julho 2019
O futebol profissional em Santa Rita do Sapucaí-MG
Vamos seguir pelas belas cidades do Sul/Sudoeste de Minas Gerais e conhecer Santa Rita do Sapucaí.
Santa Rita do Sapucaí é conhecida como “O Vale da Eletrônica” (graças às empresas e faculdades desta área que se instalaram na cidade) fica há 220 km de São Paulo e tem uma população de pouco mais de 42 mil pessoas.
O nome da cidade nasce com a junção da padroeira local (Santa Rita) com o rio que corta a cidade (os índios Tupinambás o chamavam de Sapucaí – “água que grita” pela presença das cachoeiras).
A cidade conquistou sua emancipação em 24 de maio, mas a data da festa da padroeira Santa Rita de Cássia, 22 de maio, é a celebrada todos os anos com conotações religiosas, folclóricas e sócio-culturais.
O município nasceu no século XIX com a construção de uma capela de Santa Rita por um casal de portugueses que chegaram a região trazendo uma pequena imagem da Santa.
De pequenas plantações ao manejo do gado e mais tarde o café, a cidade foi se desenvolvendo e atualmente possui uma economia diversificada calçada principalmente nas atividades agropecuárias e industriais (em especial a eletrônica como dito acima).
Mas, nosso foco em Santa Rita do Sapucaí era conhecer e registrar o Estádio Municipal Coronel Erasmo Cabral.
Essa é a fachada do estádio, bem na parte central da cidade!
Mais uma bilheteria para nossa coleção!
O Estádio Municipal Coronel Erasmo Cabral é a casa do Santarritense FC, time que defende as cores da cidade, fundado em 2 de junho de 1996.
O Santarritense FC foi quem revelou Roque Júnior, campeão da Copa do Mundo de 2002 pela Seleção Brasileira.
Atualmente está sediado em São Sebastião da Bela Vista e por isso se tornou Santarritense Bela Vista Futebol Clube.
Atualmente seus jogos são disputados no Estádio Municipal José Barbosa Nadalini, onde disputa a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.
Falando sobre o Estádio Municipal Erasmo Cabral, em Santa Rita do Sapucaí tem capacidade para 3 mil torcedores. Vamos dar uma olhada!
Olhando o estádio por dentro, chega a dar dó do Santarritense estar jogando em outra cidade!








APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
]]>O futebol em Maria da Fé-MG
Minas Gerais é um estado muito diversificado. Suas cidades variam em atrações culturais, históricas, gastronômicas… E foi andando por entre as montanhas da Serra da Mantiqueira que encontramos uma verdadeira pérola: Maria da Fé.























APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
]]>O futebol profissional em Itajubá-MG
Por uma questão geográfica e financeira é mais comum nos aventurarmos por estádios no interior de São Paulo, mas sempre que possível ampliamos o nosso alcance cultural e tentamos registrar estádios nos estados vizinhos.
E é o caso deste post, onde vamos dividir com você um pouco da história, cultura e, claro, do futebol profissional de Itajubá, uma cidade que teve sua origem lá no fim do século XVII, graças à descoberta de ouro em suas montanhas.
Atualmente, as montanhas fornecem uma outra riqueza: as azeitonas!
O ouro trouxe a presença de bandeirantes, como Borba Gato (esse feioso aí abaixo) e logo começaram a surgir pequenos povoados no sul do atual estado de Minas Gerais.
O povoado que daria origem à Itajubá foi criado pela tropa de Miguel Garcia Velho, fundador das Minas de Nossa Senhora da Soledade de Itagybá (que ficava nas áreas onde hoje se definiu a cidade de Delfim Moreira).
Atravessar a Serra da Mantiqueira significa se deleitar com visuais, perfumes e até mesmo sensações únicas. O lugar tem uma energia incrível!
Pegamos uns dias de chuva, então não deu pra andar muito pela cidade, mas pelo menos fomos conhecer o tradicional mercado da cidade!








O Yuracan é também chamado de Ganchão, por conta da letra Y estampada na camisa.



Graças ao amigo Pedro Graciani, pudemos fazer um registro da parte interna do Estádio.

Aqui a meia cancha:
Ao fundo do gol, um pouco da natureza local.
As arquibancadas contam com uma pequena cobertura, que me fez lembrar o Estádio das Laranjeiras.

Quem sabe em breve não vemos o Yuracan de volta ao profissional mineiro, onde jogou a 2ª Divisão em 1969, 1982, 1983, 1984, 1985 e 1990, além da Copa de Minas Gerais em 2004 e a Taça Minas Gerais em 2005…



O Estádio tem lances de arquibancada descobertas, tanto atrás do gol quanto em uma das laterais.
Na outra lateral, temos a linda arquibancada coberta:
Aqui, o gol esquerdo:
Lá ao fundo o gol da direita:
O Google ainda disponibiliza uma foto incrível do campo:

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]]>Esporte Clube São Paulo de Itanhaém

Puxa, confesso que fiquei enciumado com o fato de eu ter registrado os Estádios em Peruíbe e em Cananéia (sem contar que algum tempinho atrás já havíamos falado dos estádios em Registro e até em Mongaguá) e jamais ter dedicado uma linha do blog As Mil Camisas à cidade que amo tanto: Itanhaém.

Se ao falarmos de Cananéia, tivemos tantas histórias (do Bacharel da Cananéia e as possíveis expedições secretas “pré-Cabral”, ao potencial ecológico da cidade e suas ilhas!), Itanhaém não fica atrás.
Itanhaém é a segunda cidade mais antiga do Brasil, fundada em 22 de abril de 1532, por Martim Afonso de Souza, que enriqueceu com a exploração das colônias portuguesas, principalmente na Índia (dinheiro obtido de formas bastante questionáveis). Você pode encontrar o busto dele na praça central de Itanhaém, no pé do morro do convento.

Itanhaém é citada no incrível livro do alemão Hans Staden, “Duas viagens ao Brasil“, no qual ele descreve seu naufrágio (provavelmente na região da barra do rio Itanhaém) e o período em que foi refém por meses (aí já entre o litoral norte de SP e o RJ), sendo ameaçado de virar jantar no ritual canibal dos índios tupinambas.

A “Vila de Conceição de Itanhaém” chegou a ser cabeça de capitania, tendo como primeiro Governador e Ouvidor o Capitão João Moura Fogaça.
Desde cedo, Itanhaém teve sua igreja matriz no alto do Morro do Itaguaçu até 1639, quando a chegada dos Jesuítas que viviam em outra área da cidade (na Aldeia de João Batista, onde fica Peruíbe atualmente) foi construído o Convento Nossa Senhora da Conceição (que está por lá até hoje).

Atualmente o convento está fechado, mas tem uma família de saguis vivendo por ali.

Com o surgimento do convento, a partir de 1639 foi construída uma nova Igreja Matriz, que “desceu o morro”. Ela também está lá até hoje.

Olha um comparativo do centro:


A descoberta do ouro em outras regiões do Brasil fez com que muitas pessoas abandonassem a cidade. Itanhaém viveu seu declínio até voltar a se desenvolver já no século XX. Mas sua beleza seguiu por todos esse tempo. Veja a barra onde o rio Itanhaém encontra o oceano:

Muitas pedras ilustram seu litoral e dão nome à cidade, já que Itanháem pode significar pedra que canta, ou que choraminga (acho que é daí que nasceu o uso de nhem nhem nhem como sinônimo de choro):


Muitas pessoas ainda vivem da pesca em Itanhaém.


Itanhaém tem ainda uma série de “recortes” em seu litoral que dão um ar só seu, se comparado às demais cidades do litoral sul.


E assim, no meio de tantas belezas naturais e de tantas histórias e estórias, nasceu um time de futebol local: o Esporte Clube São Paulo, em homenagem ao homônimo da capital.

O time foi fundado em 25 de janeiro de 1934 e por muito tempo disputou as competições amadoras, levando a campo sua camisa tricolor.

Falando em camisa, o site Só Futebol Brasil oferece a quem tenha interesse uma réplica atual da camisa:

Pesquisando em umas fotos antigas, descobri que sua sede ficava logo abaixo do morro do convento, como se vê:

O antigo campo ficava bem próximo da barra do rio (dá pra ver o campo na parte central da foto abaixo):

E se for pra falar de fotos antigas, olha essa dos anos 60:



Amistoso em 1965 contra a AA Guimarães de Cubatão:

Em 1966, o time se aventurou no futebol profissional, disputando a quarta divisão paulista, chamada na época de “Terceira Divisão“:

Essas não tiveram a data confirmada, mas aparentemente são dos anos 70:





O legal do EC São Paulo é que o time sobreviveu e segue disputando os campeonatos amadores.

Esse é o time de 2018:

E esse o de 2019:
