Janeiro de 2025.
No 3º post sobre nosso rolê pelo Chile, após Viña del Mar (clique no nome das cidades para ver os posts) e Valparaíso, agora é a vez de registrar Algarrobo, um dos balneários mais antigos do Chile e seu Estádio Municipal!
Para chegar a Algarrobo tivemos que novamente subir uma parte da serra, mas cerca de 60 km antes de Santiago, descemos a direita.
Pelo mapa fica mais fácil de ver, vindo de Viña, saímos na estrada após Casablanca:
E não é que existe uma praia de nome Mirasol no Chile?
O litoral parece sempre ter atraído os seres humanos e no Chile não foi diferente.
Quando os espanhóis chegaram à região, ainda no século XVI, encontraram diversas sociedades ali, algumas delas já milenares, como a Tradição Bato, cujos vestígios indicam que já habitavam a região 2 mil anos antes de Cristo (Ilustração de Jorge Salinas):
Outro grupo que se tem informação são os povos da Tradição Llolleo (ou Complexo Cultural Llolleo), que estiveram pela região litorânea entre 200 e 1.000 anos depois de Cristo (Ilustração por Chris Fattori):
Mais um exemplo que demonstra a diversidade dos povos pré colombianos é a Cultura Aconcágua que habitaram a região desde o século X com um modo de vida semi-sedentário com casas próximas a rios e à costa do Pacífico.
Gravura de Gerónimo de Bibar na sua “Crónica e relação copiosa e verdadeira dos reinos do Chile”:
Em 1535, Diego de Almagro comanda uma expedição do Peru até as terras chilenas e é assim que se inicia a ocupação do território pelos espanhóis.
Corsários e piratas souberam que parte do ouro que vinha do Peru estava dando sopa pelo litoral chileno, e nomes importantes como Francis Drake e Thomas Cavendish passaram a se fazer presente na região (Crédito da foto: Instituto Chileno de Derecho y Tecnologías).
Inicialmente pensei que Algarrobo fosse uma alga marinha, mas o que dá nome à comuna (é, Algarrobo não é uma cidade, é uma comuna da província de San Antonio na região de Valparaíso) na verdade é uma árvore da família papilonáceo (leguminosas), que chega a 10 metros de altura.
Algarrobo surge como uma grande propriedade de María Vidal Delazar, que a dividiu em lotes dando-lhe o formato de uma vila de veraneio.
Em 1854, a então enseada de Algarrobo foi convertida em Porto, permitindo exportar a produção local – principalmente o trigo – para o Peru e a Califórnia ajudando a desenvolver o local, expandindo a cidade ao redor da capela de La Candelária construída em 1837 (foto do site Chile Iglesias):
Algarrobo foi oficializada como comuna em 1945, declarada balneário turístico e mesmo tanto tempo depois, e já com tantos turistas visitando suas praias consegue manter uma energia muito legal!
Muitas das ruas da cidade ainda não foram asfaltadas, ampliando o jeito rústico do lugar…
Ficamos no Kai Bed & Breakfast, um pequeno, charmoso e incrível hotel.
Dali, era super fácil chegar a qualquer praia de Algarrobo, e daria pra ficar vários dias conhecendo cada dia uma praia diferente!
Como eu disse no post de Viña del Mar, curtir as praias do Chile é um pouco diferente do jeito que fazemos no Brasil. A água é fria, então não dá pra ficar direto no mar, o negócio é curtir o visual e interagir com mais moderação com o mar…
Ao invés de fazer castelos de areia, empilhar pedras acaba sendo o passatempo mais praticado.
E caminhar pela orla e conhecer uma praia nova a cada curva é um outro rolê pra se curtir em Algarrobo.
Vida marinha por todo lado…
Ah, em Algarrobo está o complexo San Afonso del Mar que possui a maior piscina do mundo.
Além da ocupação humana, foram encontrados fósseis no litoral de Algarrobo que comprovam a vida animal 80 milhões (milhões mesmo) de anos atrás… Em seus mares vivida o Elasmosauro.
Pensar que nosso planeta tem milhões de anos e que nos últimos 200 anos estamos destruindo tudo isso dá uma sensação esquisita.
Visitamos também uma feira de artesanatos, mas não curti muito… Esperava objetos mais artísticos e no fim das contas era só mais uma tentativa de vender qualquer coisa.
Então, voltemos à praia e no caso de “El Canelillo”, vc precisa passar pelo parque Canelo antes de chegar à praia!
A praia de Canelillo é mais próxima do que estamos acostumados: areia com guarda sol e aquele cenário divertido.
Ah, o que o pessoal gosta de beliscar num role assim? Palmeiras. Nenhuma ligação com o time, é esse … biscoito ou torta assada feita de farinha, margarina e açúcar.
Enfim… Viver alguns dias em Algarrobo foi uma experiência incrível com muito descanso em meio a essa mistura rochas e água do Oceano Pacífico!
Só não se esqueça que estamos em área de risco de Tsunami… A cidade indica rotas de evacuação por toda a praia.
Mas, começando com essa mesa de “MeteGol”, com um punk de volante, vamos começar a falar do futebol local!
Nossa primeira parada foi para matar a curiosidade e saber se a Mirasol chilena também tem um time de futebol como a cidade do interior paulista.
Por isso nos dirigimos ao Estádio José Orlando Gonzalez, inaugurado em 1951 e…. Morto em 2019? Parece até uma lápide…
Um dos times que manda seus jogos no amador no Estádio José Orlando Gonzalez é o Club Deportivo Unión Mirasol, cuja data de fundação talvez explique parte daquela “lápide” no estádio: 4 de maio de 1951!
Outro time que manda partidas ali é o Club Deportivo Unión San José:
Até onde consegui pesquisar, os dois times jamais estiveram em competições profissionais e atualmente se dedicam muito às categorias de base e têm um bom estádio para isso, com gramado artificial:
A outra data que aparece na já citada “lápide” (2019) pode se referir à ultima grande reforma pelo qual o estádio passou…
Oito times fazem parte da Associação de Futebol de Algarrobo:
A curiosidade maior era para conhecer o Estádio Municipal de Algarrobo, utilizado por alguns times em disputas profissionais das divisões de acesso do futebol chileno.
Um dos times que mandou seus jogos no Municipal pelas divisões de acesso foi o Rayo del Pacífico, fundado em 13 de janeiro de 2006.
Olha aí o time postado no Estádio:
Em 2006, jogou a Terceira chilena ao lado de outras 6 equipes da região:
O Rayo termina a competição em 5º lugar, e abandona o profissionalismo no ano seguinte.
O outro time a mandar partidas oficiais aí é o Club Coliseo FC, fundado em 15 de novembro de 2022.
No ano seguinte, disputa a Terceira Divisão B Chilena (equivalente ao quinto nível do futebol).
E estas duas equipes (Coliseo e o Rayo) mandavam seus jogos aqui, no Estádio Municipal de Algarrobo!
Ali no fundo uns caminhões, cenário que lembra o Estádio do Nevense:
Mais uma arquibancada oldschool registrada!
Lembra um estádio do interior paulista, com gramado natural e uma arquibancada de madeira com cadeiras parafusadas.
Olhando do lado onde existe uma estrutura administrativa, aqui vê se o gol da direita:
O gol da esquerda, onde pode se ver outra estrutura ao fundo que é o ginásio municipal:
Olha ele aqui:
E o meio campo, com uma mistura simpática de cores e formatos de arquibancadas:
De perto da pra ver que as que estão mais ao canto ainda são aquelas estruturas metálicas que recebem tábuas da madeira para sentar.
As do lado direito tem uma parte com cadeiras padrão “quase” FIFA:
O banco de reservas:
Do outro lado, de onde fiz as primeiras fotos, também tem um pequeno lance de arquibancadas e uma estrutura que funciona como a administração do local.
Mais um estádio interessante e que recebeu partidas oficiais pelas divisões de acesso para a nossa lista!
Dê uma olhada para ver se faltou eu registrar algo:
Achei curioso esses pássaros que vivem no campo, tão diferentes dos que estamos acostumados, embora aqui também existam muitos quero-queros:
Um último olhar pra memorizar essa tarde inesquecível…
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O Estádio Elías Figueroa Brander e o futebol em Valparaíso (Rolê pelo Chile – parte 2 de 9)
Janeiro de 2025.
Ainda falando do rolê pelo Chile, após curtirmos Viña del Mar (veja aqui como foi), suas praias, cultura e seu futebol, é hora de conhecermos a vizinha Valparaíso, uma das cidades mais antigas do país, capital da homônima Província e sede do Estádio Elias Figueroa Brander, a casa do Santiago Wanderers.
Como você deve imaginar, Valparaíso também é uma cidade litorânea.
Mas Valparaíso não tem uma cultura tão forte de praias, está mais pra uma cidade portuária.
Banhada pelas gélidas águas do pacífico, a baía de Valparaíso, assim como Viña del Mar, foi habitada por milhares de anos por outros povos.
Quando da chegada dos espanhóis, o povo Changos, exímios pescadores, que utilizavam balsas de pele de lobo marinho, é que estava por lá.
O primeiro contato dos espanhóis foi em 1536 com a chegada de Diego de Almagro e seu pelotão.
Eles batizaram a baía como Valparaíso, e ainda no século XVI foi construído o porto aproveitando as características naturais do litoral, enquanto expulsavam o antigo povo Chango de suas terras milenares…
Em 1559, foi erguida uma capela onde hoje fica a igreja matriz e com ela, a região passou a receber seus primeiros moradores que utilizavam o porto para exportar vinho, sebo, couros e queijos para o Peru.
Com a independência chilena e a declaração de liberdade de comércio, Valparaíso foi declarado como porto franco (onde mercadorias podem ser depositadas sem ser taxadas).
Valparaíso tem uma topografia bem exclusiva: 44 colinas em frente ao mar, sendo que das 300 mil pessoas da cidade, 280 mil vivem no alto das colinas.
Não a toa, os elevadores se mostram tão importante e quando um deles é fechado, é compreensível a revolta da população.
Aqui é a parte de baixo da cidade, com a praça Sotomayor o principal ponto da região e onde as pessoas se concentraram durante o ano novo.
As ruas ao redor guardam uma arquitetura que parece estar parada no tempo, dando um aspecto bem legal.
Já no século XIX, Valparaíso recebeu muitos imigrantes, dando a ela um caráter cosmopolita e andar nos seus diferentes “Cerros” é uma mistura de experiências, em especial o Cerro Concepción, cheio de grafites pelas ruas…
Como se pode ver, o Cerro Concepción é uma verdadeira galeria a céu aberto.
Ainda na parte baixa da cidade, muitas manifestações pró Palestina.
Cruzamos com muitos punks e skins, ao mesmo tempo que curtimos a cidade e sua natureza. Olha que árvore linda!
Ah, senhor Simon Bolivar, que preazer encontrar o senhor por estas ruas…
Falar de Valparaíso é falar de futebol, e o time que defende as cores da cidade é o Club de Deportes Santiago Wanderers, fundado em 15 de agosto de 1892, pô, século RETRASADO!!!
Até entendo que o o nome em inglês reflete a força da imigração britânica para a cidade, mas sempre me questionei porque “Santiago”… E a resposta é que o nome diferenciava o clube de outra equipe citadina o Valparaíso Wanderers, que já nem existe mais. Muitas vezes foi levantada a ideia de substituir “Santiago” por “Valparaíso” mas nunca chegaram em uma decisão nesse sentido.
O Santiago Wanderers começa a montar suas equipes de futebol em 1897, sendo membro fundador da Asociación Profesional Porteña e juntando-se, em 1944, à Asociación Central de Fútbol (ANFP desde 1987).
O primeiro título de Campeão Chileno veio em 1958 (foto do site Memória Wanderers):
No ano seguinte, sagrou-se Campeão da Copa Chile em 1959:
Novamente levantou a Copa Chile, em 1961:
O segundo título do Campeonato Chileno veio em 1968 (Foto do site Memória Wanderers), com o time:
Em 1977 foi rebaixado para a 2ª divisão, da qual sai campeão no ano seguinte (1978):
Depois são quase 20 anos sem títulos até mais uma vez sagra-se campeão da 2ª Divisão em 1995:
Mas em 2001, o time volta a sagrar-se campeão chileno da 1ª divisão.
Em 2017, o Santiago Wanderes é mais uma vez campeão da Copa Chile.
Porém desde que foi rebaixado em 2022 segue na luta pelo retorno à divisão de elite do futebol chileno.
O Santiago Wanderers manda seus jogos no Estadio Elías Figueroa Brander, e fomos lá para registrar mais este templo do futebol.
O Estádio também é conhecido como “Playa Ancha” e entre tantas alegrias, o povo chileno faz questão de manter viva a lembrança de um momento triste para que ele nunca se repita: a ditadura militar.
Milhares de homens e mulheres foram presos e torturados vivendo uma rotina de terror no então estádio de Playa Ancha.
Outro desdobramento deste triste passado é que a barra brava do Wanderers é bastante ativa politicamente se posicionando como uma torcida antifascista.
O Estádio é ainda chamado de Regional Chiledeportes.
Antes de entrar no Estádio, achei legal dar uma volta em seu entorno e poder registrar esses quatro campos modelo “terrão” como aqui no Brasil, onde o futebol amador de Valparaíso pode se desenvolver bem pertinho do principal estádio da cidade.
Agora sim, é hora de adentrar ao Estadio Elías Figueroa Brander. Vamos ao campo!
O nosso tradicional registro do meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Um olhar geral:
Percebe que existe um certo padrão se comparado ao estádio de Viña del Mar? As cadeirinhas no padrão FIFA acomodam 23 mil torcedores, com um destaque para a bonita área coberta do estádio:
O Estádio foi construído em 1931 e passou por uma renovação em 2014.
Olha aí como o seu exemplo é importante…
Uma curiosidade é este pequeno “memorial” em pleno campo, do ex atleta Gustavo Poirrier, o “Laucha” que atuou no Santiago Wanderers na década de 80 e que faleceu em 4 de janeiro de 2003 enquanto jogava um amistoso em uma liga amadora em Nova York.
O Estádio recebeu ainda os jogos do Futebol nos Jogos Pan-Americanos de 2023.
Antes de ir embora, um registro dos adesivos das torcida em várias placas de identificação:
Um último olhar antes de irmos para a próxima parada: a praia de Algarrobo.
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Santo André 0x1 Taubaté (Campeonato Paulista série A2 – 2025)
Quarta feira, 22 de janeiro de 2025.
Uma tarde (!!) em pleno dia de semana…
Muito calor, sem uma única sombra na arquibancada….
E ainda assim, alguns bravos torcedores compareceram…
É o fim do futebol. Pra quem joga, pra quem assiste, pra quem patrocina…
Não faz sentido um jogo da série A2 nesse horário…
Após apenas 1 ponto em duas partidas, o Santo André sabia da responsabilidade do resultado desse jogo para a sequência desse início de Campeonato.
O Taubaté também entrou pressionado, principalmente após derrota por 3×0 no clássico do Vale.
O papo dos times, antes do jogo deve ter sido pesado…
Infelizmente, as partidas da série A2 no geral tem uma mesma cara… Muita correria e marcação e poucas jogadas criadas gerando chances de gol.
E a primeira chance clara foi criada (e convertida) pelos visitantes…
O Burrão da Central fez 1×0, placar que conseguiu segurar até o fim do jogo para desespero da torcida local.
Um jogo para se esquecer (e já foram tantos assim no ano passado)…
Parecia muito difícil acreditar que o Campeonato de 2025 poderia ser pior que o de 2024, mas infelizmente é o que está acontecendo…
Com o placar, o Santo André termina a 3ª rodada na zona de rebaixamento para a série A, na penúltima colocação… Enquanto isso, a diretoria aguentava lá do outro lado uma série de cobranças vindo da arquibancada.
O Santo André criou chances de gol? Poucas… E muito mal aproveitadas.
Um resultado que reflete em campo o que já se sente há anos na arquibancada: um distanciamento da torcida, um sentimento de ausência da diretoria nos dias de jogo e mesmo nas cobranças quando passamos por maus resultados como o de hoje.
Alguns citam o ex presidente Jairo Livólis que sempre teve uma postura enérgica nesses momentos levando a cobrança para o vestiário logo após o jogo.
Fica o registro de mais uma partida… Uma lembrança triste, mas que faz parte.
O grande medo não é o placar ou o momento, mas a expectativa de um futuro (ou de um “não futuro)…
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O Estádio Sausalito e o futebol em Viña del Mar (Rolê pelo Chile – parte 1 de 9)
Janeiro de 2025.
Começo o ano me sentindo muito agradecido pela oportunidade desse rolê, em uma realidade onde tanta gente sequer garante grana para a nutrição básica…
Fizemos de tudo para que a viagem ao Chile fosse inesquecível e vamos compartilhar um pouco das aventuras futebolísticas desse rolê, começando com a histórica e badalada Viña del Mar e o Estádio Sausalito, a casa do Everton!
Saímos de Santiago e uma ótima estrada nos levou à Viña del Mar em pouco mais de uma hora.
Interessante como as manifestações políticas seguem presentes pelas cidades que visitamos…
Logo, estávamos pelas ruas e praias, curtindo a cidade!
Poucas vezes falamos da história do outro lado do nosso continente, e óbvio que não dá pra resumir isso em um post sobre o futebol…
O Chile se divide em 16 regiões e Viña del Mar fica na região de Valparaíso.
Sua história moderna começa com a chegada dos espanhóis no Valle de Peuco, nome original da região.
Há mais de 7 mil anos, o lugar já era habitado pelos Changos, povo que vivia da pesca, caça, mariscos e dos benefícios do litoral, fabricando balsas com o couro de lobo marinho.
Os Changos não enfrentaram um extermínio direto como aconteceu com outras civilizações mas os espanhóis causaram seu declínio invadindo seu território, trazendo doenças como varíola, sarampo e gripe, além de desestruturar sua organização social, usando-os como mão de obra e acabando com sua cultura local, sendo forçados a adotar a religião cristã, entre outras deturpações.
E claro, também houve conflitos e mortes nesta relação.
Somente no século XXI os Changos foram reconhecidos como povo originário Chileno.
Após a ocupação dos territórios, os espanhóis dividiram a regi˜ão em duas grandes propriedades: as “Sete Irmãs” e “La Viña del Mar“.
As terras acabaram nas mãos de uma única herdeira (Mercedes Álvarez), casada com José Francisco Vergara, que elaborou o projeto de fundação da cidade de Viña del Mar, em 1874.
Logo algumas famílias começaram a construir ali suas casas de campo, e durante o verão, a elite de Santiago se mudava para Viña del Mar para curtir o clima da praia.
E que clima gostoso…
O sol quente na cabeça, e a água chegando para refrescar nossos pés…
Que água geladaaaa!!!! Bem vindo ao Oceano Pacífico…
Acabei aprendendo a curtir a praia de um jeito diferente. Eu que sou acostumado a ficar no mar o tempo todo, aprendi a caminhar e a curtir o visual…
Durante nossa estadia, a mãe natureza nos presenteou com uma ressaca monstra, chamada localmente de “Marejada”, que deu uns visuais incríveis mas um pouco assustadores kkk.
A vida noturna da cidade é bem animada, e o frio da noite é compensado por estas mantas distribuídas em um dos restaurantes que fomos beira mar…
Ah, e tem também o tradicionalíssimo relógio de flores, que traz milhares de turistas à cidade ano após ano.
Outra diversão da galera é essa: empilhar pedras!
Encontramos algumas feirinhas pra ficar naquele clima de Nordeste que todo brasileiro ama!
Viña del Mar também está repleta de… abelhas gigantes, do tamanho de besouros!
Ah, e passamos a virada do ano na beira da praia, com direito a um belo show de fogos de artifício silenciosos, só não deu pra pular as ondinhas…
Pô, e ainda tem o incrível Museu Fonck, dedicado à arqueologia e à história, inaugurado em 1937, com peças de culturas originárias do Chile, como os Mapuches, Diaguitas, Atacamños, Rapanui entre outros.
Ah, e desde 1951 existe uma estátua monolítica de pedra Moai da Ilha de Páscoa.
Um pouco do que você verá por lá:
Esse mapa me roubou o coração, ele mostra a geografia dos povos originários do Chile:
Mas deixemos um pouco de lado os atrativos naturais e culturais de Viña para mergulhar no nosso principal tema: o futebol na cidade, materializado pelo principal time, o Everton de Viña!
O Everton de Viña del Mar foi fundado por imigrantes ingleses, em 24 de junho de 1909, na cidade vizinha de Valparaíso. O nome é uma homenagem ao time homônimo inglês que em janeiro daquele ano esteve excursionando pela América do Sul:
Em 1922, se constitui como equipe de futebol (Foto do site Equipos de futbol):
Em 1935, uma decisão polêmica: o time transfere-se para a cidade vizinha de Viña del Mar o que acirrou ainda mais a rivalidade com o Santiago Wanderers (que se mantém de 1916 até hoje em Valparaíso).
O dérbi ficou conhecido como Clásico Porteño.
O Everton esteve em recesso entre 1936 e 1943, e só então passou a disputar a liga profissional. Na década seguinte teve suas maiores conquistas, começando com o Campeonato Nacional de 1950 (foto da revista Estadio, disponível no site EverForever).
Logo depois, veio o bicampeonato em 1952 (fotos da revista Estadio e do Centenário Everton). Claro que o que vem à cabeça vendo as fotos é “como a camisa parece a do Boca!”.
Durante os anos 1960 e princípios dos 1970, o clube viveu uma crise que acabou se materializando em um rebaixamento em 1972 (foto do canal Centenário Everton).
Mas com tamanho sucesso junto aos torcedores locais, o time acabou recebendo o apoio do cassino de Viña del Mar, e por isso são conhecidos como Los ruleteros.
Assim, já no ano seguinte, o time volta à primeira divisão.
E, em 1976, veio o terceiro campeonato chileno (foto do site Footballkitarchive):
Com o título, veio a oportunidade de participar da Libertadores de 1977, primeira vez em um torneio internacional, com uma campanha abaixo do esperado:
Depois de um período mediano, em 2000 vem um novo rebaixamento. Em 2003, sagra-se campeão da 2ª divisão e retorna à elite.
Foi novamente campeão chileno em 2008 (Apertura).
Em 2009, fez uma campanha na Libertadores melhor do que a de 1977, mas ainda assim não se classificou.
Em junho de 2016, o Everton teve 80% de suas ações compradas pelo Grupo Pachuca (dono do Pachuca Club de Fútbol e do Club León), mas o clube não conseguiu adquirir um protagonismo no futebol chileno, terminando 2024 na 7ª colocação.
O Everton manda seus jogos no Estádio Sausalito, localizado em Viña del Mar, e aproveitamos para fazer uma visita!
O Estádio Sausalito foi construído em 8 de setembro de 1929.
É bem curioso a forma com que eles utilizam os morros, com construções diferentes das que temos acostumado a ver e que tem como resultado um visual mais bonito. Essa fica bem na entrada do Estádio:
Além de ser a casa do Everton, o Sausalito foi sede do Grupo C da Copa do Mundo de 1952, que contava com Thechoslováqui, México, Espanha e o time que entraria pra história ao conquistar o bicampeonato mundial: Brasil, il il.
Sem mais demora, é hora de adentrar a mais um lugar sagrado do futebol sulamericano. Bem vindo ao Estádio Sausalito!
O Sausalito tem capacidade para cerca de 25 mil torcedores, mas já recebeu mais de 30 mil em algumas partidas do passado.
Olha aí o meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Aqui, o banco de reservas.
Aprovado pelo padrão As Mil Camisas de bancos de reserva!
O Brasil mandou os 3 jogos da primeira fase em Sausalito: Brasil 2×0 México, Brasil 0x0 Tchecoslováquia e Brasil 2×1 Espanha.
Olha que lindo esse vídeo do último jogo:
Além disso, recebeu a partida de quartas de final (Brasil 3×1 Inglaterra), e como se pode ver, o Estádio era bem diferente naquela época:
Além disso, o Estádio Sausalito foi sede da Copa América de 1991 e de 2015, bem como os Jogos Pan-americanos de 2023.
Seguindo as normas da FIFA, o Estádio todo está com cadeiras demarcando seus lugares.
Foi uma sensação curiosa, pensar que entrei praticamente pelo mesmo lugar que aquele timaço do Brasil entrou em 1962…
Na parte interna existe um mini memorial das competições que o Estádio recebeu.
Ao lado do Estádio existe um lindo lago que dá um visual único ao local!
Aqui, em foto da Fanpage Santiago do Chile para brasileiros:
Olha ele aqui na “vida real” (o sol nos prejudicou nessa última imagem kkkk 🙂
Mas enfim, concluo esse primeiro post sobre nosso rolê no Chile com a sensação de que curtimos o suficiente Viña del Mar, suas praias, museus e principalmente seu futebol… Gracias!
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Santo André 0x0 Primavera (Série A2 – 2025)
Sábado, 18 de janeiro de 2024. Tarde quente, boa para reencontrar os amigos da Ramalhonautas no Estádio Bruno José Daniel e acompanhar mais uma partida do Ramalhão!
Então vamos lá!
A partida é válida pela 2ª rodada da série A2 do Campeonato Paulista 2025, e o time do Santo André prometia entrar ligado depois da derrota na primeira partida.
Aperte o seu aí, que eu arredondo o meu aqui…
Veja aí como o Ramalhão foi a campo:
Olha que linda ver a faixa da TUSA, antiga organizada do Ramalhão de volta ao Estádio!
Cerca de 900 pessoas enfrentaram o sol para acompanhar o Santo André em busca de sua primeira vitória.
Nosso pessoal também se fez presente…
A Fúria manteve a empolgação os 90 minutos… Os caras merecem reconhecimento pelo clima que criam no Estádio.
Quem também merece reconhecimento é a torcida do Primavera que veio até Santo André pra prestigiar seu time!
Mas o placar ficou assim… do início ao fim… 0x0.
Santo André somou seu primeiro ponto, mas ainda não conseguiu se estabelecer como equipe.
Quem também não mudou muito durante os 90 minutos foi o sol!
Mais um capítulo nessa dura história da série A2…
Abraço aos novos meninos que têm renovado nossa arquibancada!
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Capivariano FC 1×0 EC Santo André (Série A2- 2025)
Quarta feira, 15 de janeiro de 2025.
Linda tarde de sol no ABC.
É hora de pegar a estrada rumo à Capivari, no interior paulista, para acompanhar a primeira rodada do Campeonato Paulista da série A2.
Os camaradas Rico e Everson foram a companhia para esse rolê! É sempre melhor ir a uma partida com os amigos!
Uma surpresa no caminho: fomos atingidos por uma tempestade ao passarmos por Jundiaí…
Mas ao chegarmos na cidade, o céu voltou a abrir, o que nos deixou aliviado porque ninguém curte ver jogo embaixo de chuva…
Nossa primeira parada em Capivari foi a antiga casa do Capivariano, o tradicionalíssimo Estádio Fernando de Mauro.
O Estádio Municipal Fernando de Marco acumulou muitas histórias ligadas ao Capivariano até 1992, quando o time passou a usar o atual estádio, e hoje é a principal casa do futebol amador da cidade.
Como estava fechado, fizemos os registros pelo lado de fora mesmo…
Aqui, uma imagem aérea (fonte: Portais de Estádio):
E esta, do site da própria Prefeitura:
Mas, pelas frestas da entrada, deu pra ver como o Estádio Fernando de Marco está atualmente:
Gramado em boas condições, ambiente aparentemente limpo e bem arrumado.
Segundo os amigos de Capivari, o Estádio tem sido usado pelo time do Capivariano para treinos.
Ao lado do Estádio está a escola de samba de 1963: “Acadêmicos Turma do Brejo“.
O estádio fica no bairro da antiga Estação, o que gerou a alcunha do “Leão da Sorocabana“, passamos por lá pra registrar como estão alguns dos prédios antigos da ferrovia e parece que estão passando por obras de restauro:
Pena que não deu pra parar e registrar melhor o rio Capivari que cruza a cidade, mas pelo pouco que deu pra ver, infelizmente o rio está bastante poluído (veja aqui, o vídeo da Globo local sobre o tema).
Chegamos mais de uma hora antes da partida pra poder curtir o clima da Arena Capivari, e do seu entorno.
Já estivemos no Estádio Municipal Carlos Colnaghi por 2 vezes, em jogos bem esquisitos…
O primeiro em 2011 para acompanhar um maluco Capivariano 6×4 Atibaia (veja aqui como foi e perceba a ausência das arquibancadas na outra lateral):
Depois, voltamos em 2 de março de 2012 para um não menos maluco Capivariano 0x5 Guaçuano (veja aqui como foi).
Carlos Colnaghi se transformou na Arena Capivari após as obras que ampliaram sua capacidade para 19.000 torcedores, entregues em janeiro de 2015 para a série A1 do Campeonato Paulista.
Mas, antes de adentrar à Arena, deu tempo pra encontrar o pessoal da Torcida Leões da Raia no bar ao lado do Estádio.
E se você ainda questiona o amor dos torcedores do interior pelos times da sua cidade, dá uma olhada nesse exemplo literalmente marcado na pele:
Então, vamos à partida!
Mas adivinha quem voltou? A chuva…
Mas nada que desanimasse a torcida do Santo André, que havia se deslocado por quase 3 horas pra chegar em Capivari.
Acho que no fim das contas a chuva atrapalhou mais a torcida local que acabou deixando de ir pro jogo e preferiu ver de casa. Em campo, menos de 800 pagantes, no total… Que triste para uma estreia de série A2.
Pra mim, um orgulho incrível poder estar nesse estádio novamente, e pela primeira vez como Arena.
Bola rolando e fica claro que os times ainda estão se entrosando. A chuva deixa o jogo ainda menos técnico.
Mas, o Santo André vinha bem, deixando o jogo bem mano a mano.
Aqui, um escanteio para o Ramalhão…
Não a toa a torcida visitante estava até feliz no começo do jogo.
Mas conforme a noite caia e o jogo seguia, o Santo André foi perdendo o pique e talvez o grande momento dessa mudança foi um gol perdido cara a cara com o goleiro do Capivariano pelo atacante Michel Douglas.
No último minuto do primeiro tempo, Carlos Eduardo acertou um chutaço e fez 1×0 para o Capivariano, para a alegria da torcida local!
O intervalo passou rápido e foi dedicado a escapar da chuva por alguns minutos.
O segundo tempo começa com o Capivariano jogando melhor, dominando o jogo e vendo o Santo André se desesperar aos 16 minutos, quando Ariel foi expulso.
Nada de desânimo. Futebol é feito de vitórias e derrotas.
Que as torcidas sigam apoiando seus times, sem violência, preferencialmente.
Mesmo com um a menos faltou pouco para que Alexiel, a joia da base Ramalhina, empatasse a partida…
Quanto vale ver 3 gerações de torcedores em uma mesma foto?
Ao fim do jogo, o time do Santo André mandou o recado para a torcida: “Calma, foi apenas a primeira batalha, seguimos na luta!!”
O Santo André foi ao campo com: Reynaldo; André Krobel, João Marcus (Rafael Verrone), Eduardo Grasson e Rafael Milhorim; John Everson, Dudu Figueiredo (Thomás)), Nelsinho (Bruno Camilo) e Fabricio Oya (Netto); Ariel e Michel Douglas (Alexiel). Técnico: Gilson Kleina
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Santo André 0x1 Vila Nova (GO) – Copa SP 2025
Segunda feira, 13 de janeiro de 2025.
Dia de mata mata, expectativa de muita emoção. É hora de se escrever a história no Estádio Bruno José Daniel.
Um belo duelo pela fase “32 avos de final” que despertou grande atenção no público local, lotando o a arquibancada destinada à torcida do Ramalhão no Estádio Bruno José Daniel!
Mas, pô, como a tarde logo se tornou triste…
Depois de um baita jogo contra o Corinthians, o Ramalhão nem bem entrou em campo e levou 1×0 do Vila Nova aos 2 minutos para a tristeza da torcida local…
Nem deu pra sentir o gol que tomamos, e… penalty para o Vila Nova, mas o goleiro Renan defendeu a cobrança deixando claro que o jogo estava aberto!!
Que legal poder ver a população de Santo André abraçar o time novamente… Queria que fosse sempre assim!
A copinha serve também pra gente reencontrar os amigos, mesmo os que estão morando longe e que aproveitam o período de férias pra voltar pra Santo André.
Independente do resultado, a torcida apoiou como sempre (antes, durante e depois do jogo).
A Ramalhão Store estava por lá vendendo a nova camisa a R$ 199.
Embora quente, hoje o céu estava encoberto diminuindo o sofrimento de quem vai pro jogo e não tem um único espaço com sombra pra relaxar.
Os 90 minutos passaram e foi como se estivéssemos anestesiados pelo resultado…
Fim de jogo e só restou aplaudir os meninos pelo desempenho no campeonato, ainda que nossa eliminação tenha sido bastante prematura… Obrigado e que possamos vê-los nos times de cima!
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Santo André 2×0 Corinthians (Copa São Paulo 2025)
10 de janeiro de 2025.
Depois de um incrível rolê pelo Chile visitando estádios, praias e curtindo a cultura dos hermanos que estão à beira do Oceano Pacífico, é hora de voltar a curtir o futebol local.
E esse reencontro não poderia ter sido melhor…
Diferente do ano passado, quando mandamos nossos jogos em Itaquaquecetuba, em 2025 disputamos a Copinha em casa, no Estádio Municipal Bruno José Daniel e aqui, a festa é nossa!
Com o apoio da nossa torcida, o Santo André chegou à terceira e última rodada da primeira fase já classificados, enfrentando o rico time da capital paulista: o Corinthians!
O jogo em si valia a primeira colocação do grupo e para o Santo André isso significava continuar mandando seus jogos em casa e assim contar com o apoio da sua apaixonada torcida!
Para o Santo André, 2025 é um ano de reconstrução após um doloroso 2024.
A nós na bancada só resta apoiar da nossa maneira e seguir acreditando na força do time que amamos!
Mas, jogar contra o Corinthians no estado de São Paulo significa ter a torcida visitante como grande protagonista da festa na arquibancada.
E tudo bem.
A gente sabe respeitar isso. E sabe também que alguns torcedores do Corinthians acabaram assistindo o jogo no nosso lado da torcida. Segue o jogo.
Pra nós, um jogo grande desses é um verdadeiro presente. E jogar para vencer faz de uma tarde assim uma daquelas lembranças pra se guardar com. muito carinho!
O ano está apenas começando, mas muitos já estão com a nova camisa do Ramalhão, como o amigo – e modelo- Jão:
Em campo, o Santo André dominou a partida no primeiro tempo, e a torcida ramalhina chegou a ficar frustrada por ter virado o primeiro tempo num 0x0, com tantas chances criadas… Sabemos bem que contra times como o Corinthians, cada chance criada precisa se aproveitada!
Ninguém desanimou nem deixou de vibrar, mesmo com um sol que não se apiedou e torrou nossas cabeças durante toda a tarde.
Afinal se o sol achava que estava quente, ele não poderia imaginar como estavam nossos corações… em chamas por poder torcer pelo time da nossa cidade!!!
O segundo tempo começa e a torcida corinthiana sabendo da importância do seu apoio ao time, passa a fazer ainda mais barulho do que no primeiro tempo!
Mas os donos da casa somos nós, os andreenses e a voz da torcida Ramalhina também se fez ouvir!
E todo esse apoio se transformou em comemoração…
O Ramalhão (ou o “Ramalhinho” como alguns gostam de chamar o nosso sub-20) fez valer o mando de jogo e venceu o jogo por 2×0!
Pra quem passou o ano de 2024 acumulando derrotas, chegar ao terceiro jogo com 3 vitórias me faz encarar 2025 como um ano promissor!
Olha lá… O placar é pequeno, mas os números são de encher os olhos: Santo André 2×0!!!
Dá um puta orgulho ver o nosso time não só jogando de igual para igual como dominando o Corinthians, um time tão mais rico e poderoso que a gente…
Essa tarde mágica foi chegando ao fim mas não antes da nossa arquibancada fazer o tradicional poropopó!!!
O Santo André foi a campo com Renan; Danilo, Henrique Cayres, Gabriel Paz, Paulo Henrique, Pato, Jhonatas, Rafael, Gustavo Paulo, Davi e Guilherme Antônio e com o incrível Alexandre Seichi no comando!
Mais uma partida que vai deixar novas e incríveis memórias. Aqui, o fim de jogo representa uma festa única entre torcida, time e seus familiares, todos entendendo a importância de cada passo dado pelo Santo André nessa Copinha!
Ah, enquanto o jogo seguia para o seu final, tive a oportunidade de bater um papo com o pessoal do Rio Branco que escreveu uma das tantas histórias que sabemos existir na Copinha, vindo de ônibus desde o Acre até Santo André!
Foi uma ótima oportunidade para bater um papo com os atletas e também com o treinador e o massagista do time:
Até a próxima partida, Ramalhão!!! E vamos que vamos, com o nosso querido japonês! Esse é Eduardo Seichi o comandante desse time e que frequentava nossas arquibancadas como torcedor (hoje seus pais cumprem essa função), e já trabalha no Santo André desde a categoria sub 11, e um dia ainda veremos no time profissional!
Mais que um time, você é o coletivo que reúne a cidade em campo e na arquibancada!