O Ceará foi recentemente (escrevo isso em 2008) visto em campo pela grande maioria das pessoas, por ter sido o adversário do Corinthians no jogo do acesso à série A.
Mas o “Vovô”, como é carinhosamente conhecido, não nasceu pra ser coadjuvante do futebol, não. Fundado em 1914, ainda com o nome de Rio Branco, foi campeão logo no ano de seu nascimento.
Na época, jogava com camisas de cor lilás e calções brancos.
Assim que em 1915, o time passou a se chamar Ceará Sporting Club, seu uniforme mudou para as tadicionais camisas alvinegras e calções brancos.
Atualmente vivencia com o Forttaleza o clássico de maior rivalidade no futebol cearense. Juntos, disputam não apenas títulos mas períodos de hegemonia, apresentados na forma de tri, tetra e penta campeonatos.
O penta do Ceará foi parar no seu atual distintivo:
O mascote é o tradicional vovô.
O Ceará costuma utilizar dois estádios, o maior deles, o Estádio Governador Plácido Castelo, também conhecido como Castelão, que já chegou a receber mais de 118 mil pessoas em um jogo da seleção, em 1980, contra o Uruguai.
O outro estádio utilizado pelo Ceará é o Estádio Presidente Vargas.
A torcida mais conhecida é a Cearamor. Inclusive, pude batr um papo com alguns integrantes quando estiveram aqui em Santo André em 2006. Gente boa, o pessoal! Conheça mais em: www.torcidacearamor.com.br
Pô, e pra quem gosta de bandeirões, se liga nesse vídeo deles:
Atualmente o Ceará disputa a série B, já sem chances de alcançar o acesso à série A de 2009. O site do clube é www.vovo.com.br
A 7ª camisa de futebol vem das praias de Santa Catarina: trata-se do uniforme do Imbituba Futebol Clube, time fundado em 2007 e que defende o futebol da bela cidade homônima.
Vale reforçar que não se trata do antigo Imbituba Atlético Clube, que já participou de algumas edições da segundona de SC e não tem mais departamento de futebol profissional desde os anos 90.
A camisa chegou até mim porque meu irmão morava em Garopaba, cidade próxima. Mandava seus jogos no Estádio do Vila Nova.
Mas uma parceria com um craque do futebol mudou essa realidade: em 2009, Zico abraçou o projeto do time e fez uma parceria entre o CFZ (Centro de Futebol Zico), formando o CFZ IMBITUBA FC.
Com a nova parceria, o clube ascendeu à primeira divisão estadual, e seu estádio ganhou uma boa reforma:
Seus jogos no Estádio Emília Mendes Rodrigues“, também chamado de “Estádio da Vila Nova“, com capacidade para 4.800 torcedores.
É chamado de Águia da Zimba.
Ganhou também um novo brasão:
Com o apoio de Zico, o CFZ Imbituba fez uma campanha irrepreensível na Divisão Especial de 2009 e sagrou-se campeão, conquistando o acesso à divisão principal. Fotos do blog Imbituba FC:
Quando em 2011 o time se desvinculou do CFZ trouxe um novo distintivo:
Desde 2022 se chama Baruch Imbituba Futebol Clube, em parceria com o Baruch Sport Club, adotando o preto e amarelo como cores.
Em 2025, o time apresentou uma nova identidade visual e aparentemente encerrou a parceria com a Baruch e disputa a série C do Campeonato Catarinense.
Pra melhorar o acesso às informações, agora o time tem um site oficial, veja em: www.cfzimbituba.com.br
Duas belas camisas que marcam épocas diferentes. Ambas vieram de Buenos Aires, a de mangas compridas minha mãe trouxe há quase 10 anos e a outra eu mesmo comprei numa das úlimas visitas que fiz à Argentina.
Sempre admirei o Boca, mas confesso que o fato dele estar se tornando um time “popular” no Brasil me deixa um pouco chateado. Não gosto quando paixão se transforma em consumo de massa, mas… Deixemos isso prum outro post.
A história do Boca Juniors é cheia de momentos mágicos. O primeiro deles, seu nascimento, em 1905, quando um grupo de jovens de La Boca se reuniu para fundar o clube.
A escolha do nome misturou “Boca”, do bairro de onde vinham à palavra inlgesa “Juniors”, que foi um jeito de deixar o nome menos agressivo (algumas pessoas tinham certa repulsa por la Boca, por ser um bairro periférico).
Aliás, o bairro La Boca é um bairro com muitos imigrantes italianos, por isso até hoje os torcedores do Boca se chamam de Xeneizes (filhos da cidade de Xena, que é como chamam Gênova).
A primeira camisa do Boca foi celeste escura. Depois foi uma de lã, azul e branca, com listras verticais, que perderam o direito de usar (esse direito foi disputado num jogo contra um time que também usava as mesmas cores).
Assim chegou-se às cores atuais (azul e amarelo), inspiradas por um navio sueco que passava pelo porto.
O estádio é outro ponto diferenciado do Boca. La Bombonera é um espetáculo a parte e quem ama o futebol, deve visitá-lo ao menos uma vez na vida.
Olha eu aí!
Para quem tiver a chance de visitar La Bombonera, há um museu (belo e muito emocionante) onde podem ser vistas as camisas, troféus, fotos, vídeos e muita informação. Uma prévia: www.museoboquense.com/home
Além de uma bela camisa e estádio, o Boca teve Diego Armando Maradona, em 1981 e depois em 1995, quando encerrou sua carreira como jogador.
Não creio que caiba nesse post tudo o que Maradona fez e representa. Sempre existirá a polêmica Pelé x Maradona, onde minha opinião é… Maradona.
Aliás, ele deve ser apresentado ainda essa semana como novo técnico da Argentina, quer apostar?
[caption id="attachment_73" align="aligncenter" width="302"] Gracias por existir, Dios…[/caption]
Bom, entre uma camisa e outra, vale a pena umas notícias de futebol né?
Ontem, finalmente consegui ir conhecer o Museu do Futebol, feito embaixo das arquibancadas do Pacaembú.
Confesso que me surpreendeu. Não pelo acervo, que achei até um pouco fraco, mas pela estrutura e tecnologia envolvidos.
Quem gosta da história do futebol no Brasil não pode perder, há um acervo de fotos emocionante (tentei fotografar, mas ficou ruim, eu sei, é que mesmo sem usar o flash, o reflexo dos quadros atrapalha, tem que ir e ver ao vivo hehe).
Por enquanto está acontecendo no salão de Exposições temporárias uma mostra de artigos do Pelé chamada “As marcas do rei”, que rendeu belas camisas do jogador que estão expostas pelo Memorial, como as duas abaixo:
A dica é ir de quinta feira, pois o ingresso é gratuito. Além disso, vá com tempo, eu e minha namorada ficamos por lá por mais de 2 horas, e não deu tempo de ver e se divertir com tudo porque o Memorial fecha pontualmente as 18hs. E tem muita coisa pra ver e interagir: fotos, vídeos, jogos interativos, penalty em goleiro virtual, arquivos de som, fichas técnicas… enfim….é um passeio completo.
Dica 2: se for bater o penalty no goleiro virtual, fala pro cara tirar a bola do buraco, ou o chute vai sair uma droga e será chamado de perna-de-pau.
Finalizo com a bela imagem da controversa seleção brasileira de 1934. Ah, e antes que me esqueça, o site do Memorial é www.museudofutebol.org.br/
A 5ª camisa é a da Seleção Galesa de futebol, famosa no Brasil por ter levado o primeiro gol do Pelé, na Copa de 58.
Na época o atacante santista tinha apenas 17 anos e seu gol ajudou o Brasil a eliminar os galeses nas quartas de final, ficando assim em 5º lugar.
Parece a do Brasil não é? A principal diferença é a gola mais grossa, com um ar old school.
Não sei porque, mas parece que eles mudaram para uma camisa vermelha.
São conhecidos como os “Dragões” devido à sua bandeira.
Abaixo, seu belo hino, conhecido de poucas pessoas:
Terra de meus Pais Tenho carinho pela antiga terra de meus pais, Terra de poetas e cantores, homens famosos de renome; Os seus bravos guerreiros, grandiosos patriotas, Deram o seu sangue pela liberdade. Nação, Nação, Defendo a minha nação. Enquanto o mar guarda a pura e muito amada região, Possa a antiga língua perdurar. Antiga Gales montanhosa, paraíso do Bardo, Cada vale, cada montanha é bela para mim. Pelo sentimento patriótico, são delícias os murmúrios Das suas torrentes e rios para mim. Se o inimigo subjuga a minha terra sob os seus pés, A antiga língua galesa está viva como nunca. A musa não foi calada pela repugante mão da traição, Nem a melodiosa harpa do meu país.
Atualmente disputam uma das 13 vagas destinada à Europa para Copa do Mundo de 2010. Salva
A 4ª camisa do blog veio com o grande amigo “Guilhermão”, que foi até o Pará, visitar a terra natal de sua companheira e encontrou a camisa por lá! Aliás, ele também me conseguiu a camisa do SER Juventude de Primavera do Leste-MS. Valeu, Gui!
O time dono da bela camisa é o Tuna Luso, considerado a terceira força do futebol paraense.
Já é um clube centenário, fundado em 1903, por caxeiros portugueses, com objetivo de divulgar e eternizar a cultura portuguesa, principalmente a música, já que Tuna era o nome que os agrupamentos estudantis recebiam, e estavam sempre ligados a produção artística, principalmente a música e poesia.
O uniforme tem como característica marcante do uniforme a faixa que divide a camisa na diagonal (como a do Vasco, da Ponte, entre outros), e o uniforme for o branco, a faixa é verde, e vice-e-versa.
Campeões da série B do brasileirão em 1985, numa inesquecível festa para sua torcida!
Em 1992, novo título, desta vez da série C.
O Tuna Luso já levantou 10 vezes a taça estadual, mas segue sem ser campeã Paraense, desde 1988, sendo que em 2007, chegou ao vice campeonato.
Seu estádio é o Francisco Vasques, conhecido como “Souza”, com capacidade para 5.000 cruz-maltinos (como são chamados seus torcedores).
A outra camisa deste post também vem da Bolívia mas defende as cores de um importante clube deste simpático país…
É a camisa do time do Oriente Petroleiro, e eu considero uma das mais belas!
O Club Deportivo Oriente Petrolero foi fundado em 5 de novembro de 1955, por trabalhadores da indústria petroleira YPFB – Yacimentos Petrolíferos Fiscales Bolivianos, na cidade de Santa Cruz de la Sierra,
Manda seus jogos no Estádio Ramon “Tauhichi” Aguilera, com capacidade para 35.000 torcedores.
Inicialmente seu unifromes eram amarelos, só a partir da década de 60 adotou o verde como cor oficial, tornando-se a equipe “Alviverde de Santa Cruz”.
Em 71, o Santos de Pelé foi até a Bolívia enfrentar o Petrolero em um amistosos que acabou 4×3 para os santistas.
O site do Oriente Petrolero é www.orientepetrolero.com.bo e abaixo, seu mascote, o papagaio “Orientito”, que lembra muito o Zé Carioca.
Como disse no início, as duas camisas foram obtidas na Feira Boliviana da Kantuta, que ocorre a todo domingo, no bairro do Pari. Além de conseguir as camisetas, ainda aproveitei pra experimentar vários pratos típicos, de tapiocas à bolos e tortas.
Diversão futebolística, cultural e gastronômica.
Fica na praça Kantuta, próxima do metrô Bom Retiro, e vai das 11 às 19hs , todos os domingos.
19 de outubro de 2008. Bom, começo este blog, do jeito mais natural possível, mostrando a camisa (no caso as camisas) do time do meu coração, o E.C. Santo André.
Essa é a de 2020:
A cidade de Santo André sempre teve excelentes equipes de futebol amador e também equipes profissionais como o Corinthians da Vila Alzira e o 1º de Maio, mas no final dos anos 60, existia espaço para um clube que representasse a cidade como um todo, e voltasse a disputar competições oficiais.
É aí, em 18 de setembro de 1967 nasce o Santo André Futebol Clube (primeiro nome do clube), como clube profissional, candidato à disputa do Campeonato da Federação Paulista de Futebol.
A ideia era disputar com outras fortes equipes das demais cidades do estado que vinham despontando como Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e outras cidades. E tudo começou com conversas na Liga de Futebol da cidade, presidida então por Wigand Rodrigues dos Santos.
O uniforme dos primeiros anos era bem diferente dos atuais:
Um importante site que tem levantado há décadas materiais sobre o Santo André é o Ramalhonautas. Essa verdadeira pérola, veio de lá:
Em 1972, o time jogaria com um outro uniforme, cuja estreia se deu em 11/1971, num amistoso contra o Santos de Carlos Alberto Torres, que terminou 2×1 pro Santo André. A imagem abaixo foi disponibilizada pelo torcedor Roberto Costa com a colaboração de Alexandre Bachega e do próprio presidente do clube Sidnei Riquetto.
A partir de 1974, o time passou a chamar-se Esporte Clube Santo André, numa manobra para se esquivar de dívidas adquiridas até então. Nessa época, o time chegou a jogar de vermelho!!! Isso porque em uma partida amistosa, o distintivo do Ramalhão ainda não estava pronto, então ele jogou com os uniformes da Associação Atlética São Justo!
Depois, já com um novo, mas também provisório, brasão, foi campeão da intermediária de 1975!
Esse foi o time campeão, e podemos ver que também foram trocadas as cores do uniforme. O verde e amarelo deu lugar ao azul e branco.
Olha a camisa daquele ano:
Aqui, Marrom, Lincon Valêncio, Luiz Gaúcho e o Muró:
E a festa da galera celebrando o título!
E como era a torcida em campo? Já se podia ver duas organizadas: a “Ramachões e Ramalhetes” e a Torcida Jovem!
Em seguida, viria o novo distintivo, super polêmico, visto que o criador do brasão da cidade achava que o clube não poderia ter um símbolo tão similar:
Em 1981, o time sagrou-se campeão da Divisão Intermediária:
Olha só alguns dos craques que já vestiram a camisa ramalhina, a começar por Luís Pereira:
Até o mestre Ademir da Guia já vestiu a camisa do Santo André, em uma partida amistosa:
Até o Marcelinho Carioca chegou a jogar no Ramalhão:
A torcida do Ramalhão, sempre se fez presente! Destaque para a TUDA, principal torcida dos anos 80:
Aqui, o time que marcou a memória da torcida, na década de 90:
Uma torcida que marcou presença nos anos 90 foi a Comando Azul (que por uma infeliz coincidência é nome da torcida do São Caetano, atualmente):
Em 2003, o Ramalhão foi campeão da copa Paulista de Futebol Jr:
O time teve seu maior momento com a conquista do campeonato da Copa do Brasil de 2004, que deu lhe acesso a libertadores de América do ano seguinte.
A banda Visitantes fez uma música e clipe para eternizar o título:
E existe ainda um documentário em homenagem a este feito:
Com o título, o distintivo ganha uma estrela:
A partir daí viriam novos grandes momentos, como o título de campeão paulista da série A2 de 2008, a participação na série A de 2009.
A maior torcida do Ramalhão atualmente é a Fúria Andreense:
Esse, o esquadrão de 2019, pentacampeão da série A2:
O “Ramalhão” (como é chamado pela sua apaixonada torcida) manda seus jogos no Estádio Municipal Bruno José Daniel, em Santo André, com capacidade para 15.157 torcedores.
Veja um pouco do processo de construção:
Mas o estádio acabou sendo parcialmente destruído durante a gestão do Prefeito Aidan…
Chegamos a ter jogos com o estádio parcialmente destruídos, vejam esse momento mágico narrado pelo já falecido amigo Marcelo Bellotti:
Tempos depois, ele pelo menos voltou a ter arquibancadas do outro lado, mas ainda descobertas.
As cores do seu uniforme são azul e branco, com uma terceira opção em amarelo. O site do clube é www.ecsantoandre.com.br.
Seu mascote, que rendeu o apelido ao time, é o Ramalhão, uma citação direta a João Ramalho, português misterioso que morou pela região e deu origem à cidade.
A maioria das pessoas acha que o futebol é apenas um esporte popular o suficiente para garantir às agremiações futebolísticas (os “times”) mais do que fãs, torcedores.
Pessoas que por um motivo ou outro escolhem um time e o defenderão eternamente perante o mundo.
Eu também vivencio isso, mas acredito numa visão um pouco diferente.
Acho que o futebol tem uma complexidade maior, que envolve várias áreas da sociedade.
Tem relação com a saúde e lazer? Tem. (Que legal!)
Com política? Tem (xi…).
E com amizade? Tem também.
Assim como tem a ver com inimizade e violência. Ou seja, nem herói, nem vilão.
O futebol está paralelo aos conceitos de certo ou errado. É uma espécie de divindade que explica o mundo por si só.
Mas essa explicação não está explícita a qualquer mortal. Na verdade ninguém até hoje conseguiu chegar a ela.
Para descobrir essa verdade máxima, iniciei uma missão, com base numa lenda antiga que nasceu na China do século 3 antes de nossa era, na época da dinastia de Han, quando o “pré futebol” era chamado de TSUH KUH..
Foi escrita em um livro militar secreto, de maneira subliminar, onde era descrito um exercício que daria origem ao futebol, e chegou ao Brasil somente na década de 40 junto de um mestre de Kung fu e dizia:
“A verdade sobre os poderes do Tsuh Kuh somente fará sentido quando não 11, ou 100, mas 1.000 mantos de clãs diferentes forem reunidos sem guerras e sem competição. Somente pelo amor ao Tsuh Kuh“
E é assim que inicio essa missão de reunir 1.000 camisetas de times de futebol em busca de tal conhecimento.
Caso queira colaborar, deixe um comentário com seus dados que entro em contato.
Abraços e boa sorte!
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