Dando sequência ao rolê futeboleiro pelo leste europeu, é hora de aterrissar em outro país da ex-Iugoslávia: Bósnia Herzegovina, nosso objetivo, conhecer a capital Sarajevo, cidade que sofreu vários horrores durante a guerra entre 1992 e 1995.
A cidade de Sarajevo é cortada pelo rio Miljacka. É sobre ele que passa a Ponte Latina, local onde ocorreu o assassinado do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o Arquiduque Francisco Fernando, o que foi o ponto de partida para a primeira guerra mundial.
A cidade é incrível… Possui um centro histórico com calçadões e ruas de pedra onde pedestres circulam e visitam as várias lojinhas ali presentes.
A cidade é considerada o encontro entre o leste e o oeste e existe um marco que oficializa essa “fronteira”:
Esse “encontro de culturas” fica ainda mais claro quando você percebe que estão ali, bem próximas uma das outras uma igreja católica, uma mesquita, uma igreja ortodoxa e uma sinagoga.
Um dos pontos de encontro das diversas ruelas é a praça Baščaršija,
O lugar também é conhecido como a Praça dos Pombos!
Sarajevo é rodeada por montanhas e não é preciso andar muito para se topar com uma ladeira…
Uma dessas ladeiras levam direto ao cemitério Šehidsko Mezarje Kovač.
Muitas lápides mostram os anos de 1993 a 1995 como data do falecimento, o que mostra o resultado do cerco e dos assassinatos cometidos durante a guerra pela separação da Bósnia Herzegovina da Iugoslávia.
Subindo um pouco mais, chegamos a um ponto marcante da cidade, a Fortaleza Amarela, construída entre 1727 e 1739 na área chamada Jekovac. E dali, a vista simplesmente maravilhosa…
Ali perto fica o outro “forte” conhecido como “Forte Branco”.
Fizemos um vídeo pra ter um pouco mais de ideia de como é o lugar:
De volta à cidade, fomos conhecer o Museu da Infância na Guerra, que reúne objetos e histórias que marcaram a vida de pessoas que viviam em Sarajevo durante o período da ocupação.
Embora seja uma exposição simples, se você realmente ler cada mensagem, é difícil não se emocionar…
Pra quem gosta de uma pizza, saiba que elas são bem grandinhas em Sarajevo…
A cidade possui muitas construções antigas, algumas delas se transformaram em museus, como o museu da cidade.
Também mantiveram registros de ruínas da época dos romanos, bem ao lado do mercadão local.
Outra coisa que mexe com quem passa pelo centro são as “rosas de Sarajevo”:
A “Rosa de Sarajevo”nada mais é do que a utilização de tinta acrílica para reforçar em vermelho os vestígios de bombas e explosões ocorridas durante a guerra.
Existem várias espalhadas pela cidade, o que reforça na memória o quanto deve ter sido difícil o período da ocupação da cidade pelo exército sérvio…
A expressão acabou virando título de livro: “A Rosa de Sarajevo” da escritora Margareth Mazzantini, que eu levei pra viagem e quase me esgoelei de tanto chorar enquanto o lia…
Outro fato importante a ser registrado é que agora em 2019, Sarajevo será sede do Festival Olímpico Juvenil de Inverno. E a cidade está muito orgulhosa, até porque remete às lembranças de 1984 quando recebeu os jogos Olímpicos de inverno, antes da guerra.
Um outro ponto que visitamos foi o monumento da “flama eterno”, com a chama que queima incessantemente em homenagem aos que lutaram contra o fascismo na segunda guerra.
Esse aí atrás foi o nosso hotel durante a estadia em Sarajevo… O “Old Town“, localizado no centro da cidade e com bons preços!
A cidade tem criado uma série de pontos, mostras e museus dedicados a não deixar de lembrar a tragédia da guerra, essa sequência mostram fotos de locais que foram atingidos durante a guerra e como eles estão atualmente.
O principal destaque vai para a mostra SREBRENICA, com diversos documentos e fotos mostrando os abusos sofridos pelas pessoas nessa cidade, tanto por parte dos sérvios quanto até mesmo pelos soldados da ONU.
E a montanha sempre nos guardando…
Bom dado esse rolê pela cidade, que tal falarmos sobre o futebol local? Assim como fizemos em Belgrado, selecionamos 3 times da cidade para entender o futebol de Sarajevo. Começemos pelo FK Sarajevo (acesse aqui o site oficial do time).
Vale lembrar que o time já teve outros distintivos, começando por um que continha a estrela vermelha, símbolo do comunismo e uma engrenagem em azul, representando a industrialização socialista:
Outros dois distintivos vieram até a chegada do atual:
O FK Sarajevo foi fundado em outubro de 1946, na época como SD Torpedo. Um ano depois, o nome foi alterado para SD Metalaca Sarajevo e a partir de 1949 adotou o nome atual.
Em 1967, tornou-se o primeiro clube bósnio a vencer o campeonato iugoslavo.
Em 1985, veio o segundo título iugoslavo.
Conquistou a “BósniaPremijer Liga” por duas vezes, em 1998-1999 e 2006-2007 e 5 Copas Bósnia de Futebol (temporadas de 1996-1997, 1997-1998, 2001-2002, 2004-2005, 2013-2014).
Como o futebol é uma “língua universal”, o FK Sarajevo é considerado um embaixador da Bósnia e manda seus jogos no Estádio Asim Ferhatović Hase. Fomos até lá para conhecê-lo pessoalmente.
Contamos com a ajuda do Bajro, torcedor do FK Sarajevo que não falava muito inglês, então a comunicação entre nós era muito engraçada!
Vamos dar uma olhada na parte de dentro do estádio!
Como deu pra perceber no vídeo, o nome oficial do estádio é Asim Ferhatović Hase, homenagem a um ex jogador, ídolo do FK Sarajevo, mas também é conhecido como Estádio Koševo (nome do bairro onde está localizado.) e também Estádio Olímpico (devido aos jogos olímpicos de inverno de 84).
Grande momento do As Mil Camisas!
E, mais uma vez, obrigado Bajro!!!
O Estádio Asim Ferhatović Hase foi inaugurado em 1947 e atualmente possui capacidade de 34.500 torcedores. Possui arquibancadas em todos os lados do campo.
No dia da visitam, como pode se ver, a neve havia coberto a cidade e o campo, consequentemente.
Vale lembrar que a Seleção Nacional da Bósnia e Herzegovina também manda seus jogos aí!
O estádio foi inaugurado em 1947 e em 1984 foi reconstruído para os Jogos Olímpicos de Inverno de 1984.
O estádio foi renovado pela terceira vez após a Guerra da Bósnia, em 1998.
O resultado é um grande estádio, com bastante espaço para os torcedores locais.
A torcida em Sarajevo também leva a sério o futebol, e prova disso é a Horde Zlae Sarajevo:
A Guerra também teve influência no futebol local e as disputas nacionais foram paralisadas. O FK Sarajevo só disputava partidas amistosas viajando pelo mundo.
Boa parte dos torcedores, incluindo os membros da Horde Zla juntaram-se ao Exército da República da Bósnia e Herzegovina e lutaram na guerra. Somente na temporada 1994-95, o futebol voltou a ativa com o primeiro campeonato da Bósnia e Herzegovina.
Na temporada 2006-07, Sarajevo jogou pela primeira vez na UEFA Champions League com esse time (foto do site oficial do FK Sarajevo):
Em 2013, Vincent Tan, um empresário malaio comprou o FK Sarajevo e logo de cara saiu campeão da Copa da Bósnia.
Um último olhar antes de irmos embora…
E nos despedimos do estádio do FK Sarajevo para conhecermos um pouco da história do seu grande rival, o Fudbalski Klub Željezničar (acesse aqui o site oficial do time)e seu Estádio, conhecido como “Grbavica” (que é o nome do bairro em que está localizado).
O bairro também tem uma história triste relacionada à guerra. Segundo o que ouvimos, na avenida que está bem em frente ao estádio, um grupo de sérvios ocupou o lado direito e passou um fim de semana todo atirando em pessoas dos prédios em frente.
O Estádio está tão incrustrado no bairro que existem várias lojas abertas ao público que ficam embaixo das arquibancadas.
Željezničar significa “ferroviário” em Bósnio e foi escolhido porque o time foi fundado por trabalhadores da estrada de ferro em Sarajevo, em 1921.
O Fudbalski Klub Željezničar, time dos ferroviários manda seus jogos no Stadion Grbavica, que fica no bairro homônimo, na periferia de Sarajevo. Fomos até lá, mas num primeiro momento ver o portão fechado nos desanimou…
Mas, com a ajuda de uma moça que surgiu do nada com as chaves na mão nos permitiu entrar em mais um templo do futebol. Vamos conhecê-lo?
O Fudbalski Klub Željezničar é conhecido por ser um celeiro de bons jogadores, e o resultado é que em 1972 venceu o campeonato iugoslavo, em 1985 chegou às semifinais da Copa da UEFA (primeira vez que um time da Bósnia chegou a tal colocação), e em 1998, venceu seu primeiro campeonato nacional, feito repetido em 2001 e 2002. O clube também detém três títulos da Copa da Bósnia (2000, 2001 e 2003).
O Estádio Grbavica foi construído em 1940, e atualmente cabem pouco mais de 20 mil pessoas em suas arquibancadas!
O Estádio está incrustrado no meio do bairro e das suas arquibancadas se pode ver a cidade e também as montanhas ao fundo.
Além dessas arquibancadas ao redor do campo, vale registrar a grande parte coberta (que foi por onde entramos).
Os bancos de reserva ficam bem em frente ao “setor VIP”, espero que não sejam muito corneteiros.
Um último olhar e é hora de nos despedirmos deste lugar mágico!
Ali está a saída!
E é hora de finalizar nosso rolê boleiro por Sarajevo, conhecendo o Estádio Otoka, a casa do Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo. Aqui o site oficial do time (clique aqui pra conhecer).
O time utilizou esse outro distintivo por vários anos, e alguns torcedores não curtiram muito a troca…
O Fudbalski Klub Olimpic Sarajevo foi fundado em Outubro de 1993 e desde então manda seus jogos no Estádio Otoka, construído durante a época do cerco à cidade e tornando-se a principal opção de esportes do distrito.
O estádio parece pequeno, olhando por fora, mas é super bem aproveitado.
Possui arquibancadas dos dois lados do campo.
Incluindo uma arquibancada em forma oval, dando uma caracterítica visual única à cancha.
Vamos dar uma olhada?
Mais um estádio incrível registrado!
Ao fundo o bairro (ou distrito) de Otoka.
E assim, nos despedimos de uma cidade que com certeza roubou uma parte de nosso coração. Não só pelo futebol, mas por sua história e pelo jeito das pessoas que vivem ali. Pelo respeito às diferenças e por tudo o que nos ensinou nos poucos dias que estivemos por lá, eu espero que possamos voltar à Sarajevo…
Vamos começar uma sequência de posts dividindo o nosso rolê pelo leste europeu, que realizamos no final de 2018.
A viagem começou pela Itália, pela cidade de Fiumicino, vizinha à Roma, e conhecida por ser o local onde está o maior aeroporto da região e também por ser um local tranquilo no litoral do mar Tirreno.
A cidade não só é super arborizada, como é fácil encontrar laranjeiras pelas ruas locais.
Este é um afluente do Rio Tibre que lá no fundo desemboca no oceano…
Encontramos um mercado de pulgas no coração da cidade, pra quem gosta de economizar…
Também é muito legal aproveitar as barracas de frutas espalhadas pelas ruas de Fiumicino.
Bom… o jantar não podia ser outro…. Pizza !!!
A cidade ainda guarda várias construções antigas.
E tem ainda um bom cuidado com a natureza local.
O futebol local tem a atenção e o carinho dos moradores, principalmente dos mais velhos que ainda guardam na memória lembranças dos times da cidade.
Vamos conhecer dois deles, começando pelo SFF Atletico.
O SFF (Sporting Fregene Focene)Atletico é um clube bastante jovem. Nasceu em 2016, da fusão da Associazione Sportiva Dilettantistica Sporting Città di Fiumicino e do Polisportiva Dilettantistica Fregene.
Fregene e Focene são dois “distritos” da cidade, e como cada um tem um estádio de futebol, o Atletico de Fiumicino tem várias “casas”.
O SFF Atletico pode escolher entre mandar seus jogos em Fragene, no Estádio Aristide Paglialunga (antigo estádio do Fregene) ou no Estádio Vincenzo Cetorelli em Fiumicino.
Assim, aproveitamos o rolê para conhecer o Estádio Vincenzo Cetorelli.
O Estádio fica na região central da cidade e possui uma estrutura mínima capaz de receber jogos, com apenas uma arquibancada descoberta em uma das laterais do campo:
E embora sejam apenas 4 lances de arquibancada, ela é compriiiiiiiidaaaaa:
Vamos dar uma olhada melhor:
Lá do outro lado do campo, praticamente do lado da avenida que passa por ali, estão os bancos de reserva.
Ao menos o estádio conta com um sistema de iluminação:
Para quem está na arquibancada, este é o gol do lado esquerdo:
Este é o lado direito (repare que a pista de atletismo, embora dê um aspecto mais profissional ao estádio, acaba tirando a proximidade da torcida com os jogadores e com o bandeira):
Mas, o campo está bem cuidado e pode seguir recebendo os jogos menores, enquanto os demais são jogados no Estádio Aristide Paglialunga embora tenhamos ouvido de um senhor que o time pensa em construir um novo estádio para 2020.
Em 2017, o clube subiu para a Série D e em 2018, terminou como o terceiro do grupo G, perdendo o que seria o segundo acesso consecutivo, para o Trastevere nas semifinais da série D.
Assim, vamos falar do outro time da cidade de Fiumicino, o A.S. Fiumicino 1926.
O Fiumicino 1926 tem esse nome porque o clube que o originou (o Fiumicino Calcio) foi fundado em 1926.
O time manda seus jogos no EstádioPietro Desideri, e pudemos dar um role por lá pra dividir com você um pouco da cara do estádio, confira:
Foi um pequeno rolê para achar a pequena entrada do estádio…
Depois de muito tempo jogando a série D, finalmente o Fiumicino 1926 alcançou a série C (Grupo Promozione Lazio).
Assim, desde o ano passado, o Estádio Pietro Desideri, recebe partidas ainda mais importantes.
O estádio tem capacidade para cerca de 2.500 torcedores.
Assim, mesmo se tratando de uma cidade menor, Fiumicino segue viva com seu futebol local! A bandeira segue tremulando!
O Estádio possui arquibancada dos dois lados do campo, mesmo sendo super próximas das casas da vizinhança.
E pelo visto, possui até um grupo de Ultras!
Basta uma rápida pesquisa na Internet para conhecê-los:
Fica nossa homenagem aos torcedores locais, convidando-os a conhecer a casa do nosso time, o EC Santo André.
Antes de ir embora, uma olhada do gol do lado direito:
Meio campo:
E o gol do lado esquerdo. Parece a versão (ainda mais) italiana da rua Javari!
Andando pelo bairro conhecemos algumas pessoas que apoiam o futebol local!
Pra terminar o rolê, um passeio noturno pela praia local… Pena que não dá pra ver hehehehe:
A 188ª camisa de futebol da nossa coleção vem da Holanda e foi um presente da Mari, quando visitamos Rotterdam! Ela é a segunda camisa do Sparta Rotterdam.
O Sparta Rotterdam foi fundado em abril de 1888, sendo assim, o clube mais antigo da Holanda em atividade.
O Sparta Rotterdam manda seus jogos no Estádio Sparta Stadion Het Kasteel, veja aqui como foi o rolê.
Dê uma olhada neste lindo estádio:
Pergunta pra Mari se tava frio…
Suas arquibancadas coloridas em vermelho e branco circundam o campo. Aliás, o “vermelho e branco” vem do time inglês Sunderland.
Imagina assistir um jogo aí….
A primeira partida no Estádio Het Kasteel foi disputada em 1916.
O time manteve-se na primeira divisão até 2001, quando foi rebaixado para a Eerste Divisie.
O Sparta Rotterdam sagrou-se campeão holandes por 6 vezes: 1908-1909, 1910-1911, 1911-1912, 1912-1913, 1914-1915, 1958-1959 e ainda conquistou 3 Copas da Holanda, em 1957-1958, 1961-1962, 1965-1966, além de um título da segunda divisao holandesa em 2015-16.
Esse é o time atual:
Faz com o Feyenoord o clássico da cidade de Rotterdam.
A 187ª camisa vem de longe, de uma nação transcontinental… Falamos da camisa do Beşiktaş Jimnastik Kulübü.
O time é conhecido aqui no Brasil como Besiktas e defende as cores da cidade de Istambul, na Turquia.
O Besiktas foi fundado em 1903, no distrito que tem o mesmo nome, e é conhecido por ser um bairro boêmio e que reúne os antifascistas locais!
A torcida deles é bem atuante!
O time foi fundado em 1903 e tem como mascote uma águia e por isso é chamado de “Os Águias Negras”.
Manda seus jogos no Estádio Vodafone, um lugar que eu sonho em conhecer, com capacidade para mais de 41 mil torcedores.
O Besiktas possui 15 títulos do campeonato nacional, entre eles o da temporada 2016-17:
Ainda possui 9 copas e 8 supercopas.
Mas muito mais do que qualquer título, o Besiktas possui uma camisa linda, uma história incrível e uma torcida que faz a diferença… Pra quem não conhece a força do futebol turco, assista e anime-se!
Mais uma camisa e uma história resgatada do nosso baú!
É do fim de 2016, quando nos planejamos o ano todo para fazer um rolê que começaria pela Itália e acabou nos levando até a Eslovênia e à Croácia.
Em terras italianas, pudemos conhecer a mágica cidade de Veneza.
Chegamos lá de trem, numa viagem tranquila, vindo de Verona (veja aqui como foi o rolê por lá!).
Aliás, transportar-se por Veneza é uma doidera…
Mesmo sabendo que se trata de uma cidade em meio às águas, confesso que eu achava que ia andar de busão e trem por lá, mas a realidade era mesmo outra…
Bom, pra quem, como nós até então, nunca esteve em Veneza, posso dizer que andar pela cidade é no mínimo desconcertante…
São vielas, pontes, canais e um verdadeiro labirinto que transforma em aventura tentar chegar a qualquer lugar, até você se acostumar. Principalmente a noite.
Como tínhamos poucos dias (como sempre) aproveitávamos todo o tempo possível andando pelas ruelas da cidade e registrando os lugares mais marcantes.
É um lugar mágico que quebra o pensamento padrão que temos sobre as coisas, principalmente sobre a relação com a água.
No dia seguinte, voltamos à praça da Igreja Basílica, principal praça da cidade.
As pixações na cidade mostram que a questão política também está nas ruas de Veneza!
Assim, entendemos que pra cruzar as distâncias maiores, é necessário usar o transporte coletivo, os barcos no caso…
As gôndolas que todo mundo sonha também estão lá, mas… É um rolê de turista que tem grana pra esbanjar…
A gente ficou nos barcos “Vaporetto” mesmo (e ainda assim usamos poucas vezes, porque também não é tão barato).
As águas dividem a ilha em várias partes, mas existem sim ruas e calçadas para se caminhar por Veneza.
Mas… Não foi pra ver os canais nem as gôndolas que viemos a Veneza, e sim para obter a 186ª camisa da nossa coleção e aproveitar para conhecer o Estádio onde manda seus jogos.
Ah, estamos falando do Venezia Football Club.
O Venezia Foot Ball Club foi fundado em 1907 (completando no ano passado seu centenário).
Conquistou a Copa da Itália na temporada 1940–41, esse foi o time da conquista:
Na temporada 1990-91, passou a se chamar Associazione Calcio Venezia 1907, mas em decorrência de problemas financeiros, o Venezia, que havia caído para a Série B na temporada 2004/05, foi expulso da competição no mesmo ano. E esse foi o time rebaixado:
Refundou-se como Società Sportiva Calcio Venezia, disputou a Série C2, sendo promovido à C1 em 2006.
Ao final da Lega Pro Prima Divisione de 2008–09, os problemas financeiros do Venezia fizeram com que novamente fosse expulso da competição, remanejando para a Série D, sob o nome de Foot Ball Club Unione Venezia.
Em 2011-12, voltou à Lega Pro Seconda Divisione, mas novamente por problemas financeiros, não se inscreveu para a edição 2015-16 e acabou rebaixado outra vez à Série D, adotando o nome atual. Ao menos, em 2016,garantiu o acesso à Série B nacional, com o 1º lugar no grupo 1 da Lega Pro (atual Serie C).
Bom, e que tal conhecer o estádio onde o dono da nova camisa manda seus jogos? Vamos então ao Pierluigi Penzo!
Nossa tradicional foto na bilheteria!
Uma das características mais comuns do futebol europeu são os adesivos colados ao redor do estádio, e lá estão eles em Veneza.
O Estádio Pierluigi Penzo é um dos mais antigos da Itália, inauguado em 1913, e atualmente tem capacidade para 7.450 torcedores.
Estivemos lá em uma manhã beeeem gelada…
Não havia absolutamente ninguém por lá… Então… decidimos entrar. Vamos lá?
Chegou a receber 26 mil torcedores, em 1966 quando o Venezia enfrentou o Milan.
O Estádio Pierluigi Penzo tem esse nome graças a um aviador da época da primeira guerra mundial.
Li em alguns sites algumas críticas à estrutura do estádio, chegando a dizer que o Venezia teria mandado alguns de seus jogos fora dele, mas confesso que não entendi o motivo. O estádio está muito bem organizado.
Gramado muito bem cuidado, arquibancadas seguras, espaço para imprensa… Tá tudo aí!
Até o banco de reservas nós testamos!
É um cenário bem diferente. O mar está ali poucos metros depois do estádio (até pensei que os zagueiros já devem ter mandado várias bolas navegarem…).
As arquibancadas não tem nada de modernas. Aliás essas atrás do gol são dessas que dá pra montar e remontar, mas ao invés de madeira são chapas de metal.
Aqui dá pra ver o mar, mais ao fundo.
Do outro lado, cenário bucólico de prédios baixos onde a população local mora.
Homenagem ao amigo Jão e sua família “Borghetti” presente no estádio.
Missão cumprida! Hora de voltar para a região central da cidade.
Um último registro do cartaz indicando a partida do time local…
E seguimos mundo a fora… (pagando as contas até hoje desse rolê kkkkk).
Pessoal, tenho que fazer um “mea culpa” sobre o blog… Confesso que tenho vivido muito mais experiências com o futebol do que as que tenho postado… Espero que entendam e sigam acompanhando o blog apesar disso. E com o passar do tempo, eu vou dividindo essa experiências com vocês, ainda que com certo atraso, como é o caso da postagem de hoje, de uma história que vivemos no início de 2013, em terras portuguesas.
Já falamos de um jogo do Atlético Portugal contra o Tondela que acompanhamos nessa mesma viagem, lembra? Clique aqui e relembre a história. .
Bom, mas agora vamos falar de um role que fizemos ali próximo da Torre de Belém, um tradicional ponto turístico de Lisboa.
O local é mundialmente conhecido por ser de onde surgiram os deliciosos “pastéis de Belém”, aquele doce português que você já deve ter provado.
Ah, mas tem também a “Torre de Belém“, que tal dar uma olhada:
A torre fica às margens do rio Tejo e começou a ser construída em 1514…
De lá de cima se tem uma linda vista da cidade, em especial da “freguesia” de Belém.
E logo em frente à torre vc já encontra um monte de feirinhas e vendedores.
Mas, caso você não se comporte bem, a Torre tem também outras funções…
O rio Tejo é de onde saiam as embarcações portuguesas rumo às índias e às novas terras.
Por isso, ali, próximo à torre está o monumento aos descobrimentos:
Infelizmente, pelo que ouvimos das pessoas que ali trabalham vendendo, principalmente peças de tecido como véu, existe um grupo de “patrões” que mandam em todas as mulheres que passam o dia oferecendo os produtos aos turistas. Não sei o quão justa é a relação, mas elas não parecem muito felizes…
Mas, vamos ao foco da nossa visita: o lugar onde o time do bairro manda seus jogos, o “Estádio do Restelo“. Perceba que não é qualquer um que entra…
É aí nesse campo que o Clube de Futebol Os Belenenses, time fundado em 1919, manda seus jogos.
O Estádio foi construído onde antes era uma pedreira, numa encosta de onde se pode ver o rio Tejo.
Aí temos mais uma tradicional foto da Mari em uma bilheteria!
Aqui, alguns adesivos da torcida local, que chama o time de “Azulão“.
O Estádio do Restelo foi inaugurado em 23 de Setembro de 1956. Antes dele, os azuis já haviam ocupado o “Campo do Pau de Fio“, o “Estádio do Lumiar” e o Estádio das Salésias, também chamado de Estádio José Manuel Soares, de 1928.
Enfim, que tal um rolê pela casa do time azul?
No final da década de 30, o Estádio José Manuel Soares era a casa da Seleção de Portugal.
Tudo parecia bom, até o governo local avisar o clube que em 6 anos eles deveriam deixar aquela área, uma vez que aquela região interessava para novos empreendimentos. Em troca, o clube receberia uma área no mínimo difícil de ser trabalhada: uma pedreira!
E a pedreira foi o berço para o estádio que além de vários jogos recebeu também muitos shows, como o de comemoração dos trinta anos da banda Xutos & Pontapés, pra quem quer conhecer algo do rock português:
No jogo de inauguração, o Belenenses venceu o Sporting por 2 a 1.
As arquibancadas são muito bem cuidadas e coloridas, sempre em azul!
Uma pena não termos experimentado um jogo com a torcida ao vivo…
Embora grandioso, a capacidade total não é tão grande, o estádio comporta 20 mil torcedores, confortavelmente, mas antes das obras de modernizações que também passaram pelos estádios portugueses, teve jogo com mais de 60 mil pessoas presentes.
As arquibancadas contam com cadeiras em quase todo o estádio.
Só em alguns espaços existe um tipo de “geral”, no cimentão mesmo.
O Belenenses já venceu 3 Campeonatos de Portugal e 3 Taças de Portugal, e durante décadas fez parte do quarteto dos “Grandes”, juntamente com o Porto, Benfica e o Sporting.
A torcida local também é Fúria!
Enfim, mais uma obra de arte do futebol, visitada por nós!
Mais um gol que pudemos conhecer!
E fica aí mais um time contando com seu bairro e vice e versa, para juntos escreverem um pouco sobre a cultura das pessoas que vivem ali.
Mais uma aventura internacional, desta vez nas frias terras da Holanda, para conhecer o estádio do ADO Den Haag, o Kyocera Stadion.
Embora no fim de ano as ruas de Haia não transpirem futebol, deu pra ver que existem muitos fãs de futebol por lá. Existem vários adesivos espalhados pelas ruas. E o estádio do ADO é bem grande…
O cenário ao redor é bem bucólico, principalmente se estiver no inverno, como no dia em que estivemos por lá…
Mesmo nas placas informativas existem intervenções da torcida, nesse caso, divulgando o site www.originalcasual.com que vende materiais ligados ao universo do futebol.
Pra chegarmos ao estádio, tivemos que caminhar um pouco da estação de trem até lá.
E do lado de fora, parece uma lata gigante!
É sempre ruim ir visitar um estádio, principalmente quando se trata de uma arena, em um dia “normal”, sem jogo. Sempre fico com a impressão de que o lugar é morto, mesmo que existam um monte de interferências como que alertando que existe vida futebolística ali…
Mas sim, existe… Olha aí a galera cantando num dia de jogo:
Ah, a Mari pede pra lembrar que tava frio. Mas muito frio… Aliás, cheguei a conclusão que é por causa do frio que eu acabo não sentindo tanto a emoção do futebol nas ruas, pois é quase impossível andar de camisa de time. Só se usa capotes e mais capotes…
Falando um pouco do estádio, a Kyocera Stadion foi concluído em 1977, e tem capacidade para pouco mais de 15 mil torcedores.
Vale lembrar que embora seja uma grande cidade, o ADO ainda possui uma estrutura bem menor do que os vizinhos Ajax, Feyenoord e PSV Eindhoven. Mas a única lambreta adesivada que vi nesse rolê era do ADO HAAG!
Aqui, a parte interna do estádio, embaixo das arquibancadas.
O estádio é moderninho, tem câmeras de segurança instaladas que permitem gravar imagens de cada membro da platéia.
Vamos dar uma olhada nas arquibancadas?
Esse estádio substituiu o antigo estádio Zuiderpark do ADO que era menor. É o local para Jogos Mundiais de 1993 e 2014 da Copa do Mundo de Hóquei.
Infelizmente nossa máquina estava em um dia triste e as fotos saíram bem meia boca, mas já dá pra ter uma ideia, né?
O gramado estava impecável, mesmo com o tempo frio…
Todos os lugares do estádio possuem cadeirinhas…
Os jogadores entram pelo meio da arquibancada…
Antes de ir embora, a Mari achou umas bandeiras dos Ultras que estavam lá por baixo das arquibancadas… Claro que depois de se sentir uma ultra local, ela deixou tudo por lá, até porque o pessoal que cuida do estádio também parece ser ultra…
20 de dezembro de 2014. Um dos mais legais momentos ligados ao futebol que vivi. A soma de várias paixões: música, atitude, futebol, amigos…
Esse post mostra como a camaradagem, a amizade, a música e o engajamento social podem conviver com o futebol, mostrando que mais do que um esporte é uma verdadeira cultura, talvez mais vivida por quem torce do que por quem joga.
De verdade essa aventura começa ainda no Brasil, quando conhecemos o Marten (esse alemão doido de touca marrom, do lado da Mari na foto acima) e o convidamos para conhecer um pouco do ABC. Entre outras diversões, ele visitou o Estádio Bruno José Daniel e ainda bateu um papo com o até então capitão do Santo André, Junior Paulista.
E eis que no final do ano de 2014 conseguimos fazer um role para a Europa, e não podíamos deixar de enfim conhecer o Estádio Millerntor, a casa do St Pauli, um dos times mais punk do mundo!
O time do St Pauli é conhecido por sua postura politizada tanto entre torcedores quanto dirigentes e até jogadores, e também pelo seu carisma. Entretanto, em 2014 o time está em uma má fase, ocupando as últimas colocações da série B da Alemanha.
Mas… Se a fase dentro de campo parece ter problemas, nas arquibancadas o clima é indescritível… Punks, skinheads, rockeiros em geral, além de famílias, amigos e uma diversidade de gostos, roupas e pensamentos que mais parecia um festival alternativo.
O jogo que fomos assistir era contra o VFR Aalen!
E dá lhe punk rock, tocado nos alto-falantes do estádio e cantado pela torcida nas arquibancadas.
Pra quem ficou curioso, segue o link com o som original:
Ah, e não estamos falando de uma arquibancada com meia dúzia de gato pingado, não, são cheias e cantando a todo momento!
E a gente foi cantar junto!
Pra quem não tem ideia do que seja o St Pauli, saiba que a torcida e o time são declaradamente antifascistas e contra o nazismo, e eles fazem questão de deixar isso claro não só no Estádio, mas por toda a cidade. Entra no Translator do Google e veja o recado que eles espalharam pela cidade:
E falando mais sobre os “arredores” do estádio, o estabelecimento mais comum por ali são os pubs ligados ao time. Aliás, os caras bebem muita cerveja…
E mesmo a gente que não é tão fã de cerveja, entrou no clima e antes mesmo de chegar ao estádio já mandamos ver na AMSTEL, cerveja patrocinadora do time.
Agora, tem um negócio lá que eu achei muito louco e muito diferente do que temos aqui. Além dos tradicionais vendedores ambulantes de comida e bebida espalhados pela rua (lá, são tipo uns food trucks nas ruas próximas), eles tem uns espaços que lembram os centros contra culturais aqui do Brasil na parte inferior do estádio, chamados “Fanräume”.
E são vários espaços, que servem de ponto de encontro para a torcida e também acabam virando a sede de diversos movimentos sociais que nascem nas bancadas do estádio. Ali, você encontra muita cerveja, alguma comida (quase tudo vegano), muitos fanzines e muta gente legal. Lembra os shows punks dos anos 90, quando todo mundo estava eufórico para dividir angústias, experiências e celebrar a vitória do anarquismo frente à realidade, mesmo que só durante aqueles momentos.
Segundo nossos amigos locais, os diversos espaços geridos pela Fanladen são independente do clube e rolam até shows (o Los Fastidios iria tocar ali, dias depois do jogo). Mas, voltemos para o estádio…
A primeira diferença que percebe-se é o visual, tomado por grafites, bandeiras e interferências sempre politizadas no sentido do respeito à diversidade de pensamentos. Por exemplo, a relação com o público GLTS, que no Brasil ainda está caminhando, lá é encarado com super naturalidade.
Outra coisa que fica clara logo de cara é que lá, a cerveja é liberada na bancada. E mais do que isso, eles bebem bastante e numas canecas de plástico, temáticas do time (embora lindas, acredite ou não, ao final do jogo a maior parte do público as devolve para que sejam reutilizadas na próxima partida).
Essa teve que vir conhecer o Brasil…
O resultado de tanta cerveja é uma incrível narração em Português no meio da torcida alemã…
Outra coisa que lá ainda mantém-se fiel às origens do futebol, são as bandeiras com mastro. E além disso, mais bandeiras com dizeres políticos do que preocupadas em falar sobre o nome da torcida, como acontece aqui no Brasil.
E no meio do jogo ainda sobem mais e mais faixas para protestar enquanto se torce.
A cultura dos adesivos também é bem presente no estádio e pela cidade.
Eu queria ter registrado em vídeo os momentos mais emocionante do jogo, por exemplo quando o time entra ao som de Hell’s Bells, mas a emoção foi maior e eu preferi só viver o momento, só deu pra bater uma foto…
Antes do começo do jogo, o tradicional abraço coletivo do time com o “Vamo lá, vamos ganhar!”.
Mas… Para não dizer que eu não capturei nenhum momento mágico em vídeo, fica aí a comemoração do primeiro gol, ao som do Blur.
Pra quem não conseguiu ouvir ou não lembra, esse é o som que toca na hora do gol:
Enquanto isso, o time comemorava em campo!
Vale citar que a torcida visitante (do VfR AaLEN) também esteve presente, e embora segundo nossos amigos locais, eles tivessem certo teor de rivalidade, não houve nenhum tipo de incidente. Eles ficaram meio isolados ali no canto do estádio.
A história foi mágica. Talvez muitos não se identifiquem com o teor político / anarquista do time / torcida (e eu respeito, afinal, cada um pensa de um jeito), mas ao mesmo tempo, espero que entendam que para nós, que temos essa semente da liberdade plantada em nossos corações, essa experiência foi incrível…
Ah, e teve futebol também hehehehe. O time do St Pauli, que vinha numa má fase, fez seu melhor jogo do ano (segundo os torcedores), o que fez de nós brasileiros de boa sorte hehehe!
Tem também o papel picado, porém, lá, o papel é meio que picotado mecanicamente, bem direitinho hehehehe…
Como fazem falta as bandeiras com mastros nos nosso estádios, hein?
Mas, a felicidade nos corações dos torcedores… Essa é a mesma na Alemanha, no Brasil, na Argentina…
Vale lembrar um detalhe que não fica claro nas imagens calorosas. Estava frio. Muito frio. E pra piorar, antes do jogo, pegamos uma chuva na cabeça somada a um frio de uns 3 ou 4 graus… Só nos restava o calor humano! Por isso tem tanta comemoração usando cachecóis… Eles são peça indispensável no vestuário alemão!
Mas que fica legal essa imagem de todo mundo com os cachecóis a mostra, fica hein?
Hmmmm, não sei o que dizer dessa imagem que só depois de feita revelou um papai noel pulando a cerca!
Fim de jogo! FC St. Pauli 3×1 VfR AaLEN
Mas, não significa que é o fim da festa. Diferente da maioria dos times, assim que o jogo acaba, os jogadores voltam-se para cada setor do estádio saudando a torcida e comemorando juntos!
Ao menos, aparentemente, pareceu ser algo bem espontâneo, não uma regra que deve ser cumprida. Confesso que quero muito levar essa ideia para o Santo André.
Hora de dizer tchau… Ou quem sabe um “até breve” às arquibancadas punks de Hamburgo… St Pauli, obrigado pelos exemplos…
Em alta velocidade, dentro de outro trem, chegamos ao fim da nossa aventura pelas terras europeias. Após passarmos por Barcelona, Berlin, Varsóvia, Praga e Munique, enfim, nossa última parada: Dortmund, uma das cidades mais punk que eu já conheci!
Não, não havia uma invasão zumbi acontecendo, essa escultura era apenas uma das centenas de objetos que a punk Karen vende em sua loja.
Discos, roupas, bottons, objetos para uma decoração menos tradicional… Um monte de coisas bacanas!
Como boa parte das cidades alemãs, Dortmund também é conhecida por suas cervejas. Mais do que uma bebida, a cervejaria local (Cervejaria Dortmunder Aktienbrauerei) carrega consigo a cultura do povo e representa uma importante fonte de renda e emprego.
Bacana né?
Mas, não é só a cerveja que faz da cidade de Dortmund um ponto diferente do ponto de vista gastronômico. Nós enlouquecemos ao ver a quantidade de opções vegetarianas e veganas disponíveis nas lojas locais.
De salsichas a queijos veganos…
Ou seja…. o nosso rolê foi sempre marcado pela companhia alimentar hehehehe.
Aqui dá até pra ver os preços pra quem sempre nos pergunta se é caro comer pela Europa. Esses salgados (nem todos vegetarianos) estavam a venda num quiosque.
Pra quem nos acompanha há mais tempo, sabe que já estivemos na Alemanha e na época, visitamos uma pequena cidade do interior chamada Nordkirchen, pra conhecer o time local, o FC Nordkirchen (veja aqui como foi).
A cidade é bem próxima de Dortmund, então pegamos um trem desses similares ao que saem daqui do ABC pra São Paulo.
Fomos até lá para rever os amigos que já conhecemos há tantos anos…
Pegamos uma chuva de granizo animal!!
Voltamos a Dortmund para ver um pouco mais sobre o lado vegano da cidade. Essa era uma lanchonete / cafeteria vegana:
E esse, um dos cartazes que enfeitam o local:
Além disso, vale ressaltar a forte cena punk / oi! / hardcore da cidade. Destaque para a loja / gravadora Idiots Records, onde compramos alguns discos de vinil muito bons!
Mas, falemos um pouco sobre o futebol local! A cidade é apaixonada pelo Borussia Dormund e odeia o Shalk 04, como pode se ver em alguns postes…
Está sendo construído na cidade um museu do futebol, pena que ainda estava longe de ser inaugurado…
Sem o museu pronto, a casa do futebol da cidade só pode ser uma: o Estádio Signal Iduna Park, a casa do Borussia Dortmund, e é pra lá que fomos!
Passamos no museu do clube também, muito bacana para quem gosta de conhecer um pouco da história do clube e da torcida.
Olha que bela foto, que está por lá!
Falando um pouco do estádio, o Signal Iduna Park ou Westfalenstadion, tem capacidade para 80.552 torcedores.
É um estádio grandioso e que vive cheio. Segundo pesquisas, é o estádio que tem maior taxa de ocupação do mundo.
Quase todo coberto, o Estádio é motivo de orgulho da cidade!
Pudemos descer até o campo e admirar a grandiosidade da casa do Borússia lá de baixo!
Mais um momento emocionante pra nosso site!
Em 1966, a conquista da Recopa Europeia incentivou a ampliação do “Rote Erde Stadion” (“Estádio da Terra Vermelha”), mas só ao se tornar uma das sedes da Copa do Mundo de 1974, Dortmund recebeu investimento suficiente para o projeto. O Estádio passou a receber um público de mais de 50 mil pessoas.
Em 1992, a UEFA exigiu uma redução para 42.800 espectadores, levando a uma nova expansão em 1995 e outra em 1997, quando o Borussia Dortmund ganhou a Liga dos Campeões da UEFA, a capacidade passou a ser de 68.800 torcedores. Dá pra ter uma ideia geral vendo a maquete do estádio:
E pensar que tudo começou do antigo estádio, que ainda existe, ao lado do atual campo.
Conseguimos dar uma espiadinha pra conhecer o local…
Confesso que esse modelo menos “pomposo” me agrada mais que esse formato das grandes arenas.
Sem dúvida, temos que agradecer ao amigo Vasco, que nos apresentou não só o estádio como a cidade e suas histórias mais bacanas!
Voltando a falar do Estádio principal, ainda em 2000 chamado “Westfalenstadion“, sua última ampliação de capacidade, para os atuais 80.552 lugares foi feita com a Alemanha sendo sede a Copa de 2006, porém em 2005, o Borussia Dortmund cedeu o direito do Nome do Estádio à Companhia de Seguros Signal Iduna. Outro ponto legal é que o irmão do Vasco é um dos fundadores da Rudeboys, torcida muito influente no time e presente via adesivos em todos os lugares do estádio.
Mais um estádio, mais uma história, muitas recordações…
Quem sabe um dia estar ali, em um jogo, torcendo…
Como já temos a camisa do Borussia (veja aqui a camisa), conseguimos economizar na Fan Shop.
Hora de acabar nossa aventura por terras europeias, afinal tudo isso foi em janeiro e já estamos quase em maio e já vivemos muitas histórias aqui pelo Brasil, principalmente pela série A2 do Paulista. Mas ainda dá pra comer na lanchonete dentro de um bonde…
E uma última olhada nos adesivos da cidade…. Lá vamos nós! Gracias futebol!
Nossa epopeia por terras e estádios europeus vai se encaminhando para o final. Após passarmos por Barcelona, Berlin, Varsóvia, Praga, finalmente chegamos à bela cidade de Munique!
Munique (München em alemão) é uma cidade super moderna, mas que consegue manter as tradições de séculos anteriores. Lá, vivem cerca de 1,3 milhões de pessoas, o que faz dela a mais populosa da Baviera e a terceira mais populosa do país.
Mas não foi fácil para nós chegarmos lá… Iríamos de ônibus de Praga até lá, mas o nosso ônibus simplesmente foi cancelado e acabamos tendo que pegar vários trens, cruzando a República Tcheca e o sul da Alemanha até chegar em Munique.
Mais uma vez, passamos por locais que jamais imaginávamos existir, e que provavelmente nunca mais veremos novamente… Esse é um sentimento estranho, porque por traz daqueles nomes difíceis até de ler, pra nós brasileiros, eu sabia que existiam séculos de história e muitas vidas acontecendo normalmente…
E simplesmente passávamos por aqueles lugares, alheio a tudo isso. O mundo é realmente enorme…
A viagem foi longa e o jeito foi sobreviver com deliciosos pães e seus rótulos incompreensíveis…
Mas enfim… chegamos a Munique, cidade fundada em 1158 e que foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruída nas décadas seguintes. A cidade é cheia de obras de arte pelas ruas.
Munique tem um centro histórico cheio de belos prédios e igrejas exóticas…
A cena anarquista segue viva por lá também!
A cidade ainda mantém muito das tradições antigas, inclusive essas roupas que a gente vê aqui no Brasil na época de festas típicas alemãs, ainda são vendidas em algumas lojas de lá.
Outra coisa que nos chamou a atenção foram as frutas vendidas pelas ruas… Muitas opções deliciosas!!!
Uma igreja legal pra se visitar é a Catedral Frauenkirche, que possui como chamariz uma marca no piso conhecida como “Pegada do diabo”. Diz a lenda que o arquiteto que a projetou não conseguiria entregá-la no prazo, então, fez um pacto com o Diabo.
O Diabo o ajudaria à entrega-la no prazo e, em troca, não permitiria imagens de santos espalhadas pelo salão da Igreja.
Porém, ao entrar na igreja e ver que havia uma imagem exposta, o Diabo ficou tão puto que pisou com força extraordinária, no chão, deixando sua marca ali.
Munique possui um excelente sistema de transporte público, integrando metrôs, ônibus e facilitando muito quem quer conhecer a cidade.
Vale lembrar que é em Munique que se realiza anualmente a Oktoberfest, tradicional festa alemã. Quando estivemos por lá, não era a época da festa, mas tivemos a oportunidade de participar de uma feira no centro que oferecia muitas opções de comidas bacanas.
Por lá, experimentamos frutas, queijos, azeitonas…
O mais legal é essa mistura de coisas contemporâneas às tradicionais, muitas vezes interagindo lado a lado…
Uma coisa que sempre tive no imaginário, em relação ao exterior eram essas “máquinas de jornal”, símbolos da honestidade local, e que estão sempre abertas, independente de você pagar ou não para ler o jornal.
Falando de futebol, a cidade possui dos clubes de futebol: o FC Bayern München e o TSV 1860 München.
Pela cidade, pudemos encontrar algumas lojas do Bayer…
Ambos mandam seus jogos na Allianz Arena, que fica pertinho do Metrô.
Depois de descer do Metrô, você tem que caminhar um pouco (na verdade muito) até a entrada do estádio.
O Allianz Arena foi inaugurado em 2005 e sediou a abertura da Copa do Mundo de 2006. É um baita estádio… Quando escurece, ele se ilumina e fica ainda mais bonito! Possui capacidade para 71 mil espectadores.
Ele ainda muda de cor de acordo com o mandante do jogo: vermelho para o Bayern Munique, azul para o Munique 1860 e branco com a Seleção Alemã de Futebol.
Dividindo com você a emoção da chegada…
Hora de ir embora… Saudades ficarão para sempre, principalmente da comilança hehehe