Se para algumas pessoas, domingo de manhã é hora de se recuperar do rolê de sábado a noite, para quem gosta de futebol, esse domigo não teve moleza!
Eu e a Mari saímos de Cosmópolis às 8 horas para ir ao Estádio Domenico Paolo Mettidieri, na cidade de Votorantim, para acompanhar a final da Copa Paulista de 2009 grande momento do Votoraty FC.
Para quem não se programou, logo de cara uma má notícia…
Como eu já esperava por isso, pedi pro meu pai (que estava em Votorantim desde 6a feira) comprar os ingressos, e assim fomos tranquilo.
Na entrada pude ver que realmente os prometidos mais de 4 mil torcedores realmente compareceram.
Também… Esse seria um jogo histórico para a cidade, independente de quem vencesse. E eu e a Mari fizemos questão de eternizar nossa presença ali.
E eu fui além e ainda saí numa foto com o Tigre, mascote do Votoraty!
Dentro do estádio não haviam muitos lugares, as cadeiras cobertas completamente tomadas, e os demais poucos lugares eram debaixo de um sol de 40 graus…
Mas nada desanimou a torcida local, que preencheu cada lugar das arquibancadas!
Ainda teve quem ganhasse um boné de um parceiro/patrocinador (não sei ao certo), para encarar o sol ardido que queimava sem perdoar.
Mas, no geral, a solução foi enfrentar o calor com o coração. Assistir o jogo inteiro de pé, cantando e pulando, sem parar, como fizeram os torcedores da “Grená Manguaça“:
Além deles, o pessoal do “Guerreiros do Tigre” e da “Geração Votoraty” animou o jogo todo!
A festa inclui fumaça colorida…
E até balões que literalmente levaram o nome do time pra cima!
Não que do outro lado, a torcida do Paulista não fizesse barulho e festa, mesmo com apenas 500 torcedores.
Lá estavam torcedores anônimos e as organizadas que acompanham o clube de Jundiaí.
Mas a cidade de Votorantim queria esse título de qualquer jeito, e a torcida local pressionou muito, pulando na arquibancada:
Ou colado no alambrado…
E o Tigre por lá, levantando quem ousasse sentar um minuto!
Com tamanha pressão, o time do Votoraty não bobeou, e de penalty, fez 1×0, veja o momento do gol:
Com o estádio em festa, o Votoraty arrumou um jeito de marcar mais 2 gols ainda no primeiro tempo. E com 3×0, a taça, embora ainda bem protegida pelos seguranças da FPF já parecia ter dono…
E verdade seja dita, o estádio estava lindo nesse domingo, merecendo ficar com a taça…
Pra onde quer que olhasse havia uma faixa, uma bandeira, um torcedor gritando…
O atleta símbolo do “Sport Club Savóia” observava orgulhoso os atuais filhos da cidade repetirem os feitos heróicos que há quase um século aconteceram pela região (isso fica prum próximo post).
O segundo tempo trouxe mais 3 gols, dois do Votoraty e um do Paulista, ou seja… Parabéns torcedores do Votoraty, vocês são campeões…
Mais que isso, ano que vem teremos Copa do Brasil passando por Votorantim. Solte o grito…
É pessoal, a vida anda bem corrrida.
Somente hoje consegui escrever esse post, sobre um rolê que fiz semanas atrás, em São Caetano, com a Mari, e o casal de amigos Bruno (andreense fanático) e Bia (pontepretana até a alma).
Trata-se do “Jogando no quintal”, um espetáculo, que mistura futebol, Palhaços (daqueles que você só via no circo), música e muita improvisação.
Para quem quiser saber mais, o site dos caras é www.jogandonoquintal.com.br .
Como todo evento ligado à comédia, pra ter graça você tem que entrar no clima.
E não é que eles te dão uma mãozinha antes mesmo da parada começar, e distribuem para a galera pequenos “aperitivos alcoólicos”??
Bom, mais solto, você começa a entender que na verdade o palco é quase um campo, onde dois times de palhaços (formados por palhaços e palhaças, diga-se de passagem) disputarão uma competição, pra ver qual a melhor equipe na arte de “palhaçar” (entenda por isso, fazer piada ali na hora), e quem decidirá o vencedor é o público.
Pra dar o tom da brincadeira, uma ótima banda vai improvisando sons e músicas conforme o desenrolar da competição.
Quem dá os temas para as brincadeiras também é o público.
As brincadeiras são aquelas comuns ao universo do stand up e das comédias modernas.
Não vou explicar todas, mas só pra se ter um exemplo, tem aquela de colocar a equipe pra contar uma história, mas cada um deve começar e terminar suas participações com palavraas que começem por uma letra pré definida (vai assistir que você entenderá).
É um role bem bacana, ainda que a palhaçada fale bem mais alto que o futebol (eu achava que seriam só piadas relacionadas a isso), mas é bem engraçado (principalmente se você aceitar a pinguinha dada na entrada).
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A 61 camisa vem de longe, lá do Sergipe e foi um regalito dos meus pais, de quando eles estiveram por lá, alguns anos atrás. O lugar é mesmo lindo!
Trata-se de uma réplica, das mais simples, mas foi o que eles encontraram por lá. E somente anos depois consegui uma melhor…
Mas falemos da história da Associação Desportiva Confiança, mais um time fundado num 1º de maio, nesse caso, em 1936.
Volto a lembrar, times fundados no dia do trabalhador quase sempre possuem ligações com o movimento operário (anarquistas, comunistas… rebeldes em geral…). Tanto que o time, chamado de “Gigante Operário“, surgiu em meio às extintas olimpíadas industriais, jogos onde as famílias operárias se confraternizavam. O time começou como um clube de Basquete e Voleibol, fundado por operários da Fábrica Confiança.
O futebol só teria um time próprio em 1949, limitando-se a disputar amistosos pela região.
No ano seguinte participou do Estadual, mas devido a problemas na inscrição dos jogadores, acabou deixando o campeonato e apenas se preparando para o ano seguinte, quando conquistou o campeonato com facilidade, vencendo o Passagem de Neópolis por 7×1 na final.
Num outro 1º de maio, desta vez de 1955, o Confiança construiu o “Estádio Sabino Ribeiro“, vulgo “Proletário”, com capacidade para 4 mil torcedores.
Na década de 90, o estádio chegou a ficar somente recebendo os treinos da equipe do Confiança, mas voltou a ser utilizado como palco para jogos para alegria da torcida.
Localiza-se na Zona Norte da cidade e foi iniciativa do patrono, o empresário Joaquim Sabino Ribeiro Chaves, que por isso, dá nome à Cancha.
Foi inaugurado com o jogo Confiança 4 x 0 Passagem de Neópolis.
Infelizmente, a empresa de Ribeiro Chaves entrou em crise por uma dívida de aproximadamente R$ 2 milhões, e o estádio foi usado como garantia de pagamento e acabou indo a leilão. No primeiro dele, não houveram interessados, e ainda em 2009, a justiça promete um fim nesse triste caso.
Curiosamente, o site www.esporteemsergipe.com perguntou onde seria a melhor opção para o time treinar, e a resposta dos torcedores foi… as areias da praia da Orla de Atalaia.
Seguindo na linha do tempo, em 1957, o Confiança venceu o Bonsucesso/RJ por 3×1, sendo a primeira vitória de um time sergipano sobre times cariocas.
Na década de 60, o Confiança montou seu primeiro grande time (para muitos o maior de todos os tempos) e conquistou vários títulos, entre eles o bicampeonato de 1962/63, além de ser campeão invicto em 1968, com o time abaixo:
Na década de 70, novamente montou bons times, como o de 1973:
E como o que conseguiu mais um bicampeonato (1976/77), sendo que em 77, ainda realizou a melhor campanha de um time sergipano em nacionais.
Na década de 80, o time perdeu bastante visibilidade disputando apenas um Brasileiro e algumas edições da Segunda Divisão. Entretanto, mantinha-se forte no Estadual, como em 1983, quando foi campeão:
Na década de 90, enfrentou o pior jejum de sua história. 10 anos sem títulos.
Na segunda metade da década de 90, fez boas campanhas na Série C, mas nunca conseguindo o acesso.
Em 2000, iria decidir o estadual com o Sergipe mas a Polícia Militar vetou o estádio Sabino Ribeiro (que já tinha recebido mais de 20 jogos somente naquela temporada). O Confiança decidiu entrar em campo sem a presença do rival. A FSF remarcou a partida para um estádio neutro, e dessa vez o Confiança não compareceu. Ou seja… até hoje a briga está na justiça desportiva, com o Sergipe vencendo no TJD e o Confiança vencendo no STJD.
O jejum chegou ao fim em 2001 e em 2002, o time conquistou o bicampeonato de forma invicta, repetindo o feito de 1968, disputando também a Copa do Brasil. Conquistou ainda os títulos de 2004 e 2008, quando fez uma excelente campanha na Série C, mas perdendo a vaga para a série B no último octagonal. O time de 2008:
E nesse 2009, o time mais uma vez levantou o caneco estadual.
A torcida do Confiança tem crescido bastante e principalmente, comparecido ao estádio, e nos jogos fora.
Possui duas organizadas, a Torcida Trovão Azul, com quase 21 anos de vidae a Torcida Jovem do Confiança, com 7 anos.
O mascote do clube é o dragão, abaixo na versão de Juarez Corrêa:
O site oficial do clube é o www.adconfianca.com Pra terminar, que tal torcer em meio à torcida do Confiança?
33a Mostra Internacional de Cinema. Não asssiti a um filme e agora estou caçando pelo site deles os mais interessantes.
Looking for Eric foi o que mais me chamou atenção e por isso o primeiro a ser assistido.
O filme conta a história de Eric, um carteiro de meia idade que viu sua vida desmoronar, desde que há 30 anos abandonou o amor de sua vida, Lily, por medo da responsabilidade envolvida.
Mora num típico subúrbio inglês, com dois enteados “forgados”, que parecem não dar a mínima para ele, e vão levando a famosa “vida loka”.
Os amigos até procuram ajudar Eric a esquecer o passado, mas parece que não tem jeito, ele vai ficando cada vez pior.
Mas quando tudo parece perdido, um “anjo da guarda” homônimo, mas completamente diferente dos padrões, surge para ajudar Eric.
Só pra te ajudar a lembrar de um momento fabuloso desse anjo:
É o que o carteiro Eric precisava para começar a se reerguer. Daí pra frente a história ganha em ação e mostra o renascimento do personagem.
Veja o trailer do filme (incrível, mas não achei um com legendas em português, mas é bom ouvir um pouco do “Cockney English”… Oi! Oi!):
O mais legal é a história por traz do drama, que mostra um pouco da realidade do cidadão comum seja na Inglaterra, seja no Brasil.
Talvez soe inocente, para quem viva a fantasia do mundo moderno, onde o que importa é ter um carrão, e estar bem na próxima balada.
Mas soa mágico para quem encara o mundo como ele é, de verdade.
Para quem vive a realidade, onde tudo o que se tem são seus amigos, seja você punk, skin, hooligan, rapper, mano, nóia, ou simplesmente mais um trabalhador como Eric…
Onde o fracasso parece estar muito mais presente que o sucesso, e o verbo mais utilizado é batalhar. Seja por um novo emprego, seja pelo seu time, pelos seus amigo…
Nada é fácil. Mas estamos juntos! Nos estádios, nos shows, no boteco…
A vida do carteiro Eric é assim. O diretor Ken Loach está acostumado a construir personagens assim. Talvez por isso seus filmes encante algumas pessoas, mas seja visto como “sujos” por outros. No final das contas, é difícil saber com qual dos dois Erics a gente se empolga mais. Não só pelas conquistas de cada um, mas pela vida real e dramática que cada um teve (releia um pouco sobre Cantona, vale a pena). Talvez o que falte para a maioria das pessoas é apenas que sua história seja contada. Asssista!
A 60a camisa do blog pertence a um time que eu gosto muito, e que só conheci nos anos 90. Trata-se do Club Atletico All Boys, da Argentina.
E tenho logo duas camisas deles.
Uma é essa aí em cima, que me foi dada de presente por “Mr George”, um baixista da cena punk argentina, que esteve aqui pelo Brasil tocando com o “Muerte Lenta“, nos anos 90.
Foi ele quem me apresentou o time (ele era um hincha fanático). Alguns anos depois, tive a oportunidade de ir até Buenos Aires (minha primeira visita à capital) e por coincidência fiquei no bairro de Floresta. Aí… o All Boys acabou virando o time que eu mais gosto na Argentina.
A outra camisa (abaixo), eu comprei nas proximidades do estádio, no dia em que eu, Mari, Gui, Jão e tia Janice fomos assistir ao jogo All Boys x Comunicaciones.
Não só não é oficial, como é apenas uma regata de 15 pesos, para se ir a La Cancha! Com o apelido do time nas costas. “Los Albos”!
Falando da história do time, o Club Atlético All Boys ou “Los Albos” foi fundado em 15 de março de 1913, e é sediado no bairro Floresta, na cidade de Buenos Aires. Suas cores são branco e preto.
Esse vídeo conta um pouco sobre a história do clube:
O nome do time foi dado devido à juventude dos fundadores, e seguiu a curiosa tradição de dar nomes em inglês para os times portenhos. Vicente Cincotta, ex atleta de equipes como Ferrocarril Oeste, Boca Juniors e Argentino de Quilmes foi o primeiro presidente e sócio número 1 do clube. Ainda em 1913, disputou seu primeiro torneio, na terceira divisão da “Federación Argentina de Football”, e em 1922, chegou à Primeira Divisão. O que representa a chegada do profissionalismo ao futebol argentino é o surgimento da AFA (Asociación del Fútbol Argentino) que aconteceu em 1931, mas o All Boys seguiu no amadorismo até 1937. O time teve seu período dourado na década de 70, quando em 1972, chegou à Primeira A, onde permaneceu até 1980. Abaixo, o time de 72:
Na temporada 1992-1993 mais um êxito, o acesso a Série B Nacional.
Na temporada 1999-2000, quase voltou a Primeira A. Desde então vinha fazendo temporadas apenas regulares caindo para a Segunda B, até que em 2007-2008 conquistou mais uma vez o acesso à Primeira B. Relembre essas conquistas:
O acesso conquistados na temporada 2007/08 é o mais recente e foi bastante comemorado, já que o clube vinha de um longo período sem conquistas.
A torcida foi a loucura e parou o bairro Floresta, onde fica o Estádio Islas Malvinas, estádio de 1963, com capacidade para 19 mil torcedores. Abaixo, eu, a Mari, o Gui e o Jão, em frente ao estádio.
A dica é chegar mais cedo, comprar o ingresso e enquanto espera a hora do jogo, comer uma pizza ali nas redondezas do estádio.
Naquele jogo, que fomos assistir, foi inaugurada uma nova seção da arquibancada. Ali, no canto inferior direito tem um pedacinho do cabelo da Mari e da minha cabeça.
Não me pergunte como, mas conseguimos perder a maior parte das fotos que fizemos daquele jogo… Foi sem dúvida uma experiência única, já que ficamos bem no meio da barra, e participamos das 2 avalanches dos gols.
O estádio estava bem cheio aquele dia. E posso dizer que lembrou muito os jogos do Santo André, de antigamente, quando levávamos 7, 8, até 10 mil pessoas em jogos da segunda divisão. Vale lembrar que o All Boys também estava na segunda divisão, nesse momento.
Pra quem nunca foi, entender, no meio da arquibancada estava a barra do time, e o mais curioso é que na lateral da arquibancada ficam as famílias, 2, 3 gerações de torcedores do time do bairro.
Pra quem for para Buenos Aires, eu recomendo uma passadinha pelo Barrio de Floresta e ao menos uma visita ao Estádio Islas Malvinas, onde fomos muito bem recebidos.
Para terminar, uma olhadinha na arquibancada pelos olhos do torcedor Albo:
Já mostrei esse poster no blog do Santo André na Globo, e acabei esquecendo de mostrá-lo aqui também.
Uma recordação feliz num momento de tanta turbulência…]]>
http://www.youtube.com/watch?v=309H_hVmOJo
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É uma discussão complicada, mas eu concordo com a tese de que diretores e jogadores passam, e somos nós torcedores quem ficamos.
Nunes, um dos meus preferidos desse time, foi o pivô da briga.
O que vcs acham? O jogador está certo em comprar a briga e ir pra arquibancada?]]>
A 59ª Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Football Club. É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16. Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas… Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas?? Pô, de R$16 pra R$116 é demais…. (daqui de 2025 eu te digo, R$ 116 hoje em dia é uma pechincha!!) Esse modelo de Camisa do Coritiba me lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais. O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:
Bom, mas falemos sobre o Coritiba FC, dono da camisa, e sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros. Antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br . O Coritiba FC foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.
O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.
Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club, que em 23 de outubro de 1909, teve seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa. Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritibano:
Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.
Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado. Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conquistou seu primeiro título, no campeonato estadual.
O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães. Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”. As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.
Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60 foram repletos de títulos e conquistas. Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior. No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte. A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense. Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.
Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.
A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980. Mas o grande ano do time é 1985. Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.
A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:
Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta. Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).
Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense. Em 1989, após perder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B. O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:
Em 1997, o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol. Em 1998, foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”. Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa. Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história. Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana. Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense. Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .
Em 2009, o time está lutando para não cair novamente.
Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..
A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.
A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…
Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)
Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?
O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro). O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:
Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba FC.
A3 do Campeonato Paulista de 2010.
São eles: Red Bull, Taubaté, Atlético Araçatuba e Lemense (com o folclórico “Ferreira” conquistando mais um acesso).
Eu e a Mari fomos a Paulínia acompanhar o jogo mais importante da história do time da cidade, contra o não menos importante Atlético Araçatuba! E sabíamos que o jogo teria casa cheia!
Desta vez, tivemos a companhia do Mathias, primo da Mari, que mora em Cosmópolis, cidade vizinha de Paulínia.
A arquibancada estava quase completa, bem mais cheia que da outra vez que estivemos no Estádio Luis Perissinoto (veja aqui como foi)
Dessa vez encontramos até uma Torcida Organizada para o time, a TUP (Torcida Uniformizada do Paulínia).
A TUP além de camisetas próprias, estava com balões e cantando o tempo todo para apoiar o time, que só precisava de uma vitória simples para subir de divisão.
Cornetas e chapéus “boleiros” também marcaram presença na nublada, mas quente manhã da cidade de Paulínia.
Famílias e crianças também estão nas arquibancadas do time, bem diferente do padrão exclusivamente masculino tão comum pelos estádios hoje em dia.
O gramado em boas condições, a torcida presente, uma temperatura agradável. O palco estava marcado para a conquista do acesso.
Ah, e claro, eu e a Mari estávamos lá pra presentear essa partida histórica!
Eu, a Mari e muitas pessoas…
O melhor do Estádio Luis Perissinoto, na minha opinião é a pastelaria que funciona embaixo da arquibancada. O desafio é enfrentar as filas e o calor na hora do intervalo.
Como somos vegetarianos, nossa opção é o de queijo, frito ali mesmo, na hora…
Fim de primeiro tempo. 0x0 no placar.
Com a bola parada entra em campo “Dino Paulino“, o mascote do Paulínia, que fica defendendo penaltys da molecada no intervalo, enquanto os marmanjos ficam arriscando chutes a gol do meio de campo.
Aproveitei pra ir até o outro lado do campo e tirar uma foto da bela arquibancada repleta de torcedores do Paulínia!
Uma não, duas fotos!
Começa o 2o tempo, e lá vamos nós pros nossos lugares esperar 45 minutos para saber quem disputará a A3 de 2010.
O Paulínia sabe que precisa vencer e manda o time pro ataque!
O time perdeu umas 3 chances claras de gol. O goleiro do Atlético Araçatuba pegou muito!
Mas, o futebol é assim. Quando o Paulínia parecia dominar o jogo, o time sofreu um contra ataque mortífero que só foi parado com um penalty. Veja a cobrança:
Com 1×0 no placar, a ordem do time do Araçatuba era segurar o jogo. Nem a família de Quero-quero que estava por ali incomodava o lateral do time do Atlético.
E com a obrigação de marcar 2 gols para se classificar, o Paulínia fez o que a maioria dos times brasileiros fazem. Faltas, escanteios, saídas de bola… Tudo era transformado em chutões na área, na esperança de uma cabeçada.
E dá lhe escanteios…
Mas não teve jeito para os donos da casa. O Atlético Araçatuba foi quem festejou no final.
O torcedor do Paulínia teve que assistir a festa do time adversário, que embora não tenha criado muitas situações de gol, soube se portar corretamente, esperando o momento certo do contra ataque.
Os jogadores do Paulínia saíram bem chateados.
Mas triste mesmo estavam os torcedores do Paulínia, que pareciam não acreditar no que havia acontecido. Espero que isso não manche a bonita história de amor que começa a surgir entre o time e a população da cidade.
O time do Atlético Araçatuba merece os parabéns pelo placar e pelo acesso, assim como as outras 3 equipes que disputarão a A3 do ano que vem, Taubaté, Red Bull e Lemense.
Teve até oração após o apito final. (esse blog não recomenda nenhuma religião. Seja você mesmo e não atrapalhe a vida de ninguém que você já está sendo uma ótima pessoa).
Ao Paulínia, seus dirigentes e torcedores, fica também o nosso parabéns. Temos acompanhado há algum tempo o trabalho diferenciado que vem sendo feito com o time, e sabemos o quanto é duro chegar até a última fase dessa competição e perder o acesso nos últimos 10 minutos.
É assim que nascem os times valentes e brigadores. Temos certeza queo Paulínia virá ainda mais forte em 2010, como já fizeram as equipes que “bateram na trave” em outras edições da série B (o próprio Red Bull que só subiu esse ano).
A série B do Campeonato Paulista é um dos campeonatos mais difíceis e charmosos do país. Parabéns aos mais de 40 times que a disputaram em 2009!