21- Camisa do 3 de Febrero

O Clube Atlético 3 de Febrero é um clube paraguaio com sede em Ciudad del Este.

Foi fundado em 1970, no dia 20 de novembro. Estranho né? Sendo assim, o nome vem de onde então? Ah, essa eu descobri, 3 de fevereiro é a data de fundação da cidade.

Minha mãe quando trouxe essa camisa disse que era da região onde Brasil, Paraguai e Argentina formam a tríplice fronteira e como o distintivo diz apenas “3F”, pensei que o nome do time fosse “3 Fronteiras” e na minha cabeça criei uma história fantástica sobre um time que reunia jogadores dos 3 países.

Meses depois quando o Santo André negociou um jogador com o 3 de Febrerero e vi a camisa pude reconhecer que se tratava del Diablo Rojo.

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É um time que vem crescendo no Paraguai, e é sensação principalmente pros torcedores da região conhecida como “Alto Paraná” (região que tenta se livrar do estigma de ser local de desova de material contrabandeado). ciudad_del_este_80

Em 1971 teve sua primeira participação na chamada LigaParanaense, conquistou seu primeiro título em 72 e em 75 foi campeão invicto (além disso seria campeão em 73, 77, 86, 92, 97 e 98).

O título de 1998 deu acesso a divisão intermediária, onde foi campeão em 2004 alcançando assim a primeria divisão paraguaia.

Seu estádio é chamado Antonio Oddone Sarubbi, mas também é conhecido como “La bastion del este”. Foi construído en 1972 e reformado em 1999, para a Copa América, momento muito importante para o clube e para a população do Alto Paraná. Tem capacidade para 28.000 pessoas.

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Veja aqui nossa visita ao estádio, em 2012.

É difícil encontrar algum vídeo sobre a torcida, ou mesmo o time, mas segue um mostrando um pouco dos torcedores:

Mas pode se conhecer o site da hinchada: http://www.lospiratasrojos.km6.net/

O site oficial do time é : www.3defebrero.com/v1/index.php (Se vc digitar só até o “.com” ele não abre….).

Abraços! 

3febrero

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Friaça…

O “Mil Camisas” não poderia deixar de se emocionar junto dos demais amantes do futebol pela morte do ex-jogador Friaça (segunda-feira, 12/01/2009), em Itaperuna, RJ, aos 84 anos. [caption id="attachment_707" align="aligncenter" width="478"]Cabeçeando para mais um gol vascaino Cabeçeando para mais um gol vascaíno[/caption]

Foi dele o gol brasileiro na final da Copa 50, contra o Uruguai. O jogo terminou 2 a 1 para os uruguaios. Jogou no Vasco, São Paulo, Ponte Preta e Guarani.

Aos poucos o Maracanazzo vai virando somente uma lenda. Salvar]]>

Recordando as 20 primeiras camisas de futebol do site

O site As mil camisas já apresentou 20 camisetas de times diferentes, e elas foram:

1- Santo André (SP). Veja aqui o post.

Camisa do Santo André

2- Seleção da Bolívia. Veja aqui o post.

Camisa da Bolívia

3- Oriente Petrolero (Bolívia). Veja aqui o post.

Camisa do Oriente Petrolero

4- Tuna Luso (PA). Veja aqui o post.

Camisa da Tuna Luso

5- Seleção do País de Gales. Veja aqui o post.

Camisa do país de gales

6- Boca Juniores (Argentina). Veja aqui o post.

Camisa do Boca Juniors

7- Imbituba (SC). Veja aqui o post.

Camisa do Imbituba

8- Ceará (CE). Veja aqui o post.

Camisa do ceara

9- The Celtic Football Club (Escócia). Veja aqui o post.

Camisa do Celtics

10- União São João de Araras (SP). Veja aqui o post.

Camisa do União São João

11- Universidad Católica (Chile). Veja aqui o post.

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12- VOCEM (Assis – SP). Veja aqui o post.

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13- Seleção da Argentina. Veja aqui o post.

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14- Sport Recife (PE). Veja aqui o post.

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15- Yokohama Fluggels (Jaoão). Veja aqui o post

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16- Beitar Yerushalaim (Israel). Veja aqui o post.

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17- The Strongest (Bolívia). Veja aqui o post.

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18- Seleção da Croácia. Veja aqui o post.

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19- Nacional (SP). Veja aqui o post.

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20- Ferroviário (CE). Veja aqui o post.

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Futebol e o genocídio na faixa de Gaza

Enquanto o sangue de centenas de inocentes segue a ser derramado, o mundo ocidental começa a se manifestar.

O mesmo futebol que por vezes se levantou contra o massacre dos nazistas impostos aos judeus e outros grupos, pede aos judeus que não façam o mesmo aos palestinos.

A primeira grande manifestação dentro do futebol “comercial” foi a do atacante Kanouté, do Sevilla, que após marcar um gol contra o La Coruna mostrou uma camisa em apoio à causa palestina.

Foi multado em 3mil euros, numa punição imposta pela Federação Espanhola de Futebol que proíbe que os jogadores exibam mensagens políticas ou religiosas.

Kanouté nasceu na França, mas é descendente de malineses. Jogou pela categoria de base da França, mas preferiu defender as cores de Mali na seleção principal. Nos clubes, começou no Lyon e teve passagens por West Ham e Tottenham e atualmente joga pelo Sevilla.

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No Brasil a equipe de várzea Autonomos, está buscando um time de jovens palestinos residentes no Brasil para a realização de uma partida amistosa como forma de apoio e crítica ao genocídio. 

O blog do Autonomos é: http://autonomosfc.blogspot.com/

E por meio deste blog, expresso minha opinião: Chega de covardia e guerras que dizem defender o mundo do terrorismo mas que se mostram usando os mesmos métodos cruéis que atingem civis, sem distinguir crianças dos “terroristas profissionais”.

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20- Camisa do Ferroviário AC

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Ambas as camisas do Ferroviário foram presentes da Mari e foram adquiridas lá no Estádio Elzir Cabral, a “Vila Olímpica”, em Fortaleza, num rolê que ela fez em 2007!

O Ferroviário Atlético Clube, conhecido como Ferrão ou FAC, tem uma história bem interessante. Fundado por trabalhadores em 9 de maio de 1933, no Setor de Locomoção da Rede de Viação Cearense o clube é um dos que mantém viva a raíz operária, tão comum no início do século XX.

É uma das três grandes potências do futebol cearense (completam o quadro Ceará e Fortaleza).

De acordo com Ernani Buchman, ex-presidente do Paraná Clube, o Ferroviário não só é um dos maiores vencedores entre mais de uma centena de times de origem ferroviária no país, como é o que demonstra hoje a maior vitalidade, seguindo forte diante de tantas dificuldades que assolam o futebol brasileiro. Pra quem curte a mistura “futebol e trem”, vale ler esse livro (pode ser adquirido aqui):

O time nasceu dos operários que realizavam a manutenção nas locomotivas da RVC (Rede deViação Cearense) e que muitas vezes tinham que esperar entre um turno e outro.

Pra matar o tempo, jogavam bola, numa relva diferenciada, formada por Matapasto e Jurubeba, ervas que dariam nome aos dois times que mais jogavam por ali e que acabariam se unindo para formar o Ferroviário. Ali, muitas vezes as traves eram feitas de peças retiradas das Maria Fumaças.

Seu mascote é um tubarão.

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Aqui, o time de 1938:

O time foi 9 vezes campeão estadual, sendo a primeira em 1945, com o time abaixo:

Os outros 8 títulos vieram em 1950, 1952, 1968, 1970, 1979, 1988, 1994 e 1995. Você pode conhecer todos os elencos campeões no site do Ferroviário (clique aqui). Esse foi o time da última conquista estadual em 1995:

O time de 88 tinha em seu elenco o Arnaldinho, que fez história aqui no EC Santo André.

Em 2018, o time sagrou-se Campeão Brasileiro da série D!

Olha aí a Mari com o troféu!

Seu estádio é o Vila Olímpica Elzir Cabral e tem capacidade para cinco mil pessoas. Estivemos lá em 2023, veja aqui como foi.

O site oficial do time é: www.ferroviario.com.br .

Além disso conta com uma torcida incrível, a Resistência Coral, que leva às arquibancadas diversão e política, cantando pelo Ferrão e contra o Capitalismo. O blog deles é : http://resistenciacoral.blogspot.com/ e o site http://br.geocities.com/resistenciacoral/ .

Vale a pena a tradicional olhada pelas arquibancadas ocupadas por estes anarquistas e comunistas do Ceará.

Abraços!

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Boleiros do Cerrado – índios xavantes e o futebol

http://punkcanibal.zip.net e estudioso dos Xavantes, foi até lá e escreve o relato abaixo: Foi lançado no dia 12 de dezembro de 2008, em São Paulo (livraria Martins Fontes), o livro “Boleiros do Cerrado – índios xavantes e o futebol“, de Fernando de Luiz Brito Vianna, o Fedola.

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Um lançamento direto para o gol, fazendo sucesso não só entre os antropólogos como também para uma arquibancada de estudiosos da bola que vem crescendo no Brasil. Fedola – que para mim é uma espécie de “irmão mais velho” (indub’rada, em língua xavante) na pesquisa de campo do povo Xavante – estava muito à vontade dando autógrafos para a torcida de amigos, boleiros profissionais, etnógrafos e família. Entrar no mundo xavante através do futebol é o maior trunfo de seu trabalho, ainda mais porque os Xavante não escondem de si mesmos o fundamento lúdico de sua humanidade, como poderia dizer um antigo estudioso do jogo – Johan Huizinga. Para os Xavante, não existe tanta diferença entre ritual, brincadeira e jogo – a palavra é uma só, dató. Algumas de suas instituições mais importantes envolvem a disputa jogada, como a relação entre os grupos de idade. Eles levam muito a sério suas brincadeiras e também sabem jogar duro, como pude sentir na pele ou, mais precisamente, no corpo. Não só no esporte como na dança, na caça, na vida… praticam um verdadeiro jogo de corpo. E encará-los através do futebol também facilita o jogo para os leitores brasileiros, para quem essa arte importada pela nossa tão celebrada antropofagia se tornou um símbolo nacional. Um símbolo mitológico da brasilidade, tão fundamental para nossa idéia de “nação” quanto os “nossos índios” o são. Talvez por isso mesmo este livro atraia tanta atenção, sendo um verdadeiro “jogo absorvente”. Guilherme Falleiros http://punkcanibal.zip.net P.S.: Assim como o Mau, os Xavante adoram receber camisetas de presente. Sua camiseta do Juventude de Primavera do Leste, que eu trouxe diretamente do serrado xavante, está a espera do jogador que irá vesti-la! Salvar]]>

19- Camisa do Nacional

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A história da 19ª camisa de futebol mostra como o amor ao futebol é bonito.
Numa dessas tardes quaisquer, meu amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense me liga e diz “Mau, acabo de comprar uma camisa do Nacional aqui em SP”.
No mesmo instante pedi pra trazer uma pra mim. Não é muito louco isso?
Mesmo ambos torcendo pelo Santo André, o respeito e admiração pelo símbolo de uma outra agremiação permanece.
Porque fala mais alto o verdadeiro amor ao futebol e a ideia de que rivalidade não implica em inimizade.
Mas falemos do Nacional Atlético Clube, cujo site oficial é www.nacionalnac.com.br.

A data oficial de fundação é 16 de fevereiro de 1919, mas já em 1903, funcionários da São Paulo Railway Company (companhia ferroviária inglesa) criaram o clube como alternativa de lazer para os ferroviários e seus familiares.

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O nome do clube, inicialmente era São Paulo Railway Athletic Clube, mas a concessão de serviços da empresa no Brasil terminou em 1946, e a estrada de ferro e o time foram literalmente nacionalizados.

O momento da mudança ocorreu em uma partida no Pacaembu contra o Flamengo (RJ). A equipe entrou em campo no primeiro tempo com a camisa do São Paulo Railway e, no intervalo, trocou o uniforme, e voltou para a segunda etapa ostentando o nome Nacional Atlético Clube. (Foto do site da torcida Almanac)

Vale lembrar que o clube foi um dos fundadores da Federação Paulista de Futebol, em 1935 e assim, no ano seguinte, participou de seu primeiro Campeonato Paulista da Primeira Divisão, onde se manteve por quase duas décadas, até 1953, quando paralisou as atividades do futebol profissional no clube.

Em 1959 foi rebaixado à Segunda Divisão, e desde então, nunca mais conseguiu voltar à elite.
Desde o fim dos anos 90 a situação se agravou e agora tem lutando pra manter-se na série A2, tendo participado da A3 (a terceira divisão estadual de São Paulo) por algumas vezes nesses 10 últimos anos.
Seu mascote é o “Ferroviário”, homenagem aos fundadores do clube:

Seu Estádio é o Nicolau Alayon, homenagem ao uruguaio que dirigiu o time no início de sua história.

O Estádio Nicolau Alayon fica na Barra Funda, e foi inaugurado em 1938 com uma partida entre o São Paulo Railway e o Corinthians (2×1 pro Corinthians).

Tem capacidade para 11 mil pessoas, e é o único no Brasil a homenagear um estrangeiro.

Numa conversa, no ano passado, eu, Mandioca e dois juventinos (Piva e Fernando Boça) tentávamos entender de onde surgiu a rivalidade do Nacional e Juventus.
E chegamos a conclusão que foi algo criado recentemente, provavelmente na década de 90, uma vez que não existe qualquer registro oficial sobre algum motivo específico.

Claro que por ser um derby o clássico JUVENAL carrega a rivalidade entre duas agremiações operárias da mesma cidade, mas a visão que alguns torcedores tem hoje sobre ambos serem principais rivais é recente.

Tomei a liberdade de ligar para o próprio clube (Nacional) e a respostas do sr. Aguirre foi: “Essa rivalidade pra mim é coisa nova”. Achei estranho, mas… tudo bem.

Há pouquíssimo material na net sobre o Nacional.
Um vídeo sobre o último (e simplesmente histórico e fantástico) JUVENAL com vitória da equipe da Mooca por 5×4 tem um vídeo no youtube, mas foi feito pelos torcedores grená.
Se alguém arrumar um vídeo feito pela torcida local, me comprometo a inserir aqui.

Se hoje o clube não vive uma situação das melhores, temos que ressaltar sua importância na história do futebol paulista. Ao lado de outros times de origem fabril o Nacional foi a oportunidade para setores menos favorecidos da sociedade – entre negros e operários – ocuparem espaço nas equipes de futebol, o que, de certa forma, popularizou a sua prática, até então um privilégio das elites. Segue uma foto mais recente do esquadrão:

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Arquibancadas bem usadas.

Eu sei que no Brasil a polícia age com maior rigor e força do que nos estádios do resto do mundo.

Mas será mesmo que a gente nunca vai usar os estádios como forma de manifestar nossos desejos e sonhos de liberdade?

Olha que bonita faixa em solidariedade e continuação do movimento que está acontecendo na Grécia.

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