Quarta feira. Até aí tudo bem. 15hs da tarde…. Pô…. Não é possível… De novo? Calor, horário de trabalho e/ou escola… Enfim… Mais uma vez estamos no Estádio Bruno José Daniel para acompanhar o EC Santo André na série A2-2025!
O adversário de hoje é o Oeste, que um dia foi de Itápolis e atualmente é de Barueri.
Olha aí o nosso plantel para o jogo:
E se nossa torcida reclamou do jogo passado de termos feito 1×0 e levarmos o empate aos 42 do segundo tempo, dessa vez, sequer teve o 1×0…
Nossa rapaziada está aí, embaixo de um sol bem forte, tentando apoiar….
E o Marques, Ovídio e Elias também!
O Ayrton mantém a TUDA ativa!
É… Nossa bancada estava vazia mesmo, afinal, 15hs de uma 4ª feira…
Até a Fúria estava em menor número, mas o apoio não faltou!
5 de fevereiro (coincidência?) de 2025 (outro 5?) O futebol é inacreditável e mostrou mais uma vez que não se pode desacreditar jamais.
Em mais uma tarde de 4ª feira no absurdo horário das 15hs, o Santo André, já na zona de rebaixamento, recebeu o Rio Claro e todos tinham apenas uma coisa na cabeça: Hoje é dia de vencer!
E o craque da partida Dudu Figueiredo tratou de abrir o placar bem cedo!
Abraço aos amigos portugueses que estiveram na bancada com a gente!
O mesmo Dudu fez 2×0, depois levamos um gol em uma falha da saída da defesa, mas Dudu fez 3, Nelsinho 4 e Luis Gustavo 5. Hoje não tem conversa, é isso!
Domingo, 2 de fevereiro de 2025. O Santo André segue vivendo um pesadelo, mas a gente ainda acredita. Rumamos até a apaixonante Piracicaba para assistir mais uma partida do Ramalhão.
Times em campo, é hora de por frente a frente os dois maiores campeões da série A2!
Vale tudo, foco, força e fé!
Em campo, as coisas pareceram diferentes, o time se postou melhor e começou jogando de igual para igual com o líder do Campeonato.
Aliás, o XV vive ótima fase e jogou frente a mais de 3 mil torcedores, o Estádio Barão da Serra Negra estava lindo, com bastante gente nas cadeiras cobertas…
E também na arquibancada descoberta, onde fica o pessoal da Torcida Esquadrão e a ARXV:
Nho Quim estava feliz!
Não sabe quem é o Nho Quim? É o mascote do XV.
Mesmo em má fase, o EC Santo André mais uma vez não jogou sozinho e contou com o apoio de sua torcida…
Eae o pessoal da Fúria e o jovem Ovídio, sempre presente!
E o time visitante apresentou um futebol melhor do que o que vinha jogando…
O Santo André e sua torcida acabaram vendo sua dedicação cair por água no segundo tempo, com o XV voltando melhor e encontrando o seu gol…
Depois o líder da A2 soube se fechar, deixando para a torcida ramalhina mais uma derrota.
Mesmo perdendo, o time parece ter se encontrado melhor. Será o início de uma nova fase?
Janeiro de 2025. Ainda falando do rolê pelo Chile, após curtirmos Viña del Mar (veja aqui como foi), suas praias, cultura e seu futebol, é hora de conhecermos a vizinha Valparaíso, uma das cidades mais antigas do país, capital da homônima Província e sede do Estádio Elias Figueroa Brander, a casa do Santiago Wanderers.
Como você deve imaginar, Valparaíso também é uma cidade litorânea.
Mas Valparaíso não tem uma cultura tão forte de praias, está mais pra uma cidade portuária. Banhada pelas gélidas águas do pacífico, a baía de Valparaíso, assim como Viña del Mar, foi habitada por milhares de anos por outros povos. Quando da chegada dos espanhóis, o povo Changos, exímios pescadores, que utilizavam balsas de pele de lobo marinho, é que estava por lá.
O primeiro contato dos espanhóis foi em 1536 com a chegada de Diego de Almagro e seu pelotão.
Eles batizaram a baía como Valparaíso, e ainda no século XVI foi construído o porto aproveitando as características naturais do litoral, enquanto expulsavam o antigo povo Chango de suas terras milenares…
Em 1559, foi erguida uma capela onde hoje fica a igreja matriz e com ela, a região passou a receber seus primeiros moradores que utilizavam o porto para exportar vinho, sebo, couros e queijos para o Peru.
Com a independência chilena e a declaração de liberdade de comércio, Valparaíso foi declarado como porto franco (onde mercadorias podem ser depositadas sem ser taxadas).
Valparaíso tem uma topografia bem exclusiva: 44 colinas em frente ao mar, sendo que das 300 mil pessoas da cidade, 280 mil vivem no alto das colinas. Não a toa, os elevadores se mostram tão importante e quando um deles é fechado, é compreensível a revolta da população.
Aqui é a parte de baixo da cidade, com a praça Sotomayor o principal ponto da região e onde as pessoas se concentraram durante o ano novo.
As ruas ao redor guardam uma arquitetura que parece estar parada no tempo, dando um aspecto bem legal.
Já no século XIX, Valparaíso recebeu muitos imigrantes, dando a ela um caráter cosmopolita e andar nos seus diferentes “Cerros” é uma mistura de experiências, em especial o Cerro Concepción, cheio de grafites pelas ruas…
Como se pode ver, o Cerro Concepción é uma verdadeira galeria a céu aberto.
Ainda na parte baixa da cidade, muitas manifestações pró Palestina.
Cruzamos com muitos punks e skins, ao mesmo tempo que curtimos a cidade e sua natureza. Olha que árvore linda!
Ah, senhor Simon Bolivar, que preazer encontrar o senhor por estas ruas…
Falar de Valparaíso é falar de futebol, e o time que defende as cores da cidade é o Club de Deportes Santiago Wanderers, fundado em 15 de agosto de 1892, pô, século RETRASADO!!!
Até entendo que o o nome em inglês reflete a força da imigração britânica para a cidade, mas sempre me questionei porque “Santiago”… E a resposta é que o nome diferenciava o clube de outra equipe citadina o Valparaíso Wanderers, que já nem existe mais. Muitas vezes foi levantada a ideia de substituir “Santiago” por “Valparaíso” mas nunca chegaram em uma decisão nesse sentido.
O Santiago Wanderers começa a montar suas equipes de futebol em 1897, sendo membro fundador da Asociación Profesional Porteña e juntando-se, em 1944, à Asociación Central de Fútbol (ANFP desde 1987). O primeiro título de Campeão Chileno veio em 1958 (foto do site Memória Wanderers):
No ano seguinte, sagrou-se Campeão da Copa Chile em 1959:
Novamente levantou a Copa Chile, em 1961:
O segundo título do Campeonato Chileno veio em 1968 (Foto do site Memória Wanderers), com o time:
Em 1977 foi rebaixado para a 2ª divisão, da qual sai campeão no ano seguinte (1978):
Depois são quase 20 anos sem títulos até mais uma vez sagra-se campeão da 2ª Divisão em 1995:
Mas em 2001, o time volta a sagrar-se campeão chileno da 1ª divisão.
Em 2017, o Santiago Wanderes é mais uma vez campeão da Copa Chile.
Porém desde que foi rebaixado em 2022 segue na luta pelo retorno à divisão de elite do futebol chileno.
O Santiago Wanderers manda seus jogos no Estadio Elías Figueroa Brander, e fomos lá para registrar mais este templo do futebol.
O Estádio também é conhecido como “Playa Ancha” e entre tantas alegrias, o povo chileno faz questão de manter viva a lembrança de um momento triste para que ele nunca se repita: a ditadura militar. Milhares de homens e mulheres foram presos e torturados vivendo uma rotina de terror no então estádio de Playa Ancha.
Outro desdobramento deste triste passado é que a barra brava do Wanderers é bastante ativa politicamente se posicionando como uma torcida antifascista.
O Estádio é ainda chamado de Regional Chiledeportes.
Antes de entrar no Estádio, achei legal dar uma volta em seu entorno e poder registrar esses quatro campos modelo “terrão” como aqui no Brasil, onde o futebol amador de Valparaíso pode se desenvolver bem pertinho do principal estádio da cidade.
Agora sim, é hora de adentrar ao Estadio Elías Figueroa Brander. Vamos ao campo!
O nosso tradicional registro do meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Um olhar geral:
Percebe que existe um certo padrão se comparado ao estádio de Viña del Mar? As cadeirinhas no padrão FIFA acomodam 23 mil torcedores, com um destaque para a bonita área coberta do estádio:
O Estádio foi construído em 1931 e passou por uma renovação em 2014.
Olha aí como o seu exemplo é importante…
Uma curiosidade é este pequeno “memorial” em pleno campo, do ex atleta Gustavo Poirrier, o “Laucha” que atuou no Santiago Wanderers na década de 80 e que faleceu em 4 de janeiro de 2003 enquanto jogava um amistoso em uma liga amadora em Nova York.
O Estádio recebeu ainda os jogos do Futebol nos Jogos Pan-Americanos de 2023.
Antes de ir embora, um registro dos adesivos das torcida em várias placas de identificação:
Um último olhar antes de irmos para a próxima parada: a praia de Algarrobo.
Quarta feira, 22 de janeiro de 2025. Uma tarde (!!) em pleno dia de semana… Muito calor, sem uma única sombra na arquibancada…. E ainda assim, alguns bravos torcedores compareceram…
É o fim do futebol. Pra quem joga, pra quem assiste, pra quem patrocina… Não faz sentido um jogo da série A2 nesse horário…
Após apenas 1 ponto em duas partidas, o Santo André sabia da responsabilidade do resultado desse jogo para a sequência desse início de Campeonato.
O Taubaté também entrou pressionado, principalmente após derrota por 3×0 no clássico do Vale. O papo dos times, antes do jogo deve ter sido pesado…
Infelizmente, as partidas da série A2 no geral tem uma mesma cara… Muita correria e marcação e poucas jogadas criadas gerando chances de gol.
E a primeira chance clara foi criada (e convertida) pelos visitantes… O Burrão da Central fez 1×0, placar que conseguiu segurar até o fim do jogo para desespero da torcida local.
Um jogo para se esquecer (e já foram tantos assim no ano passado)…
Parecia muito difícil acreditar que o Campeonato de 2025 poderia ser pior que o de 2024, mas infelizmente é o que está acontecendo…
Com o placar, o Santo André termina a 3ª rodada na zona de rebaixamento para a série A, na penúltima colocação… Enquanto isso, a diretoria aguentava lá do outro lado uma série de cobranças vindo da arquibancada.
O Santo André criou chances de gol? Poucas… E muito mal aproveitadas.
Um resultado que reflete em campo o que já se sente há anos na arquibancada: um distanciamento da torcida, um sentimento de ausência da diretoria nos dias de jogo e mesmo nas cobranças quando passamos por maus resultados como o de hoje. Alguns citam o ex presidente Jairo Livólis que sempre teve uma postura enérgica nesses momentos levando a cobrança para o vestiário logo após o jogo.
Fica o registro de mais uma partida… Uma lembrança triste, mas que faz parte. O grande medo não é o placar ou o momento, mas a expectativa de um futuro (ou de um “não futuro)…
Segunda feira, 13 de janeiro de 2025. Dia de mata mata, expectativa de muita emoção. É hora de se escrever a história no Estádio Bruno José Daniel.
Um belo duelo pela fase “32 avos de final” que despertou grande atenção no público local, lotando o a arquibancada destinada à torcida do Ramalhão no Estádio Bruno José Daniel!
Mas, pô, como a tarde logo se tornou triste… Depois de um baita jogo contra o Corinthians, o Ramalhão nem bem entrou em campo e levou 1×0 do Vila Nova aos 2 minutos para a tristeza da torcida local…
Nem deu pra sentir o gol que tomamos, e… penalty para o Vila Nova, mas o goleiro Renan defendeu a cobrança deixando claro que o jogo estava aberto!!
Que legal poder ver a população de Santo André abraçar o time novamente… Queria que fosse sempre assim!
A copinha serve também pra gente reencontrar os amigos, mesmo os que estão morando longe e que aproveitam o período de férias pra voltar pra Santo André.
Independente do resultado, a torcida apoiou como sempre (antes, durante e depois do jogo).
A Ramalhão Store estava por lá vendendo a nova camisa a R$ 199.
Embora quente, hoje o céu estava encoberto diminuindo o sofrimento de quem vai pro jogo e não tem um único espaço com sombra pra relaxar.
Os 90 minutos passaram e foi como se estivéssemos anestesiados pelo resultado…
Fim de jogo e só restou aplaudir os meninos pelo desempenho no campeonato, ainda que nossa eliminação tenha sido bastante prematura… Obrigado e que possamos vê-los nos times de cima!