“Se o mundo é mesmo parecido com o que eu vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito.”
Então, nesse 11 de agosto de 2019, a estrada logo cedo nos levou a um estádio que ocupa lugar especial no meu coração: Décio Vitta, em Americana, a casa do Rio Branco, o tigre da paulista!
Como sempre, tá aí a nossa parte pra apoiar o futebol local!
O Décio Vitta é um estádio muito bacana e só depois de passar a catraca e “descer o morro” é que se chega às arquibancadas.
E se não bastasse toda história, estrutura e tradição… Ta aí o bar, com seus quitutes mais que especiais!
Outro diferencial é a loja do Tigre, dentro do estádio e vendendo não só a camisa oficial mas uma série de outros ítens, como esse moleton muito louco!
Embora o jogo fosse decisivo pra equipe local, a cidade estava recebendo vários eventos (de encontro de carros antigos a passeio ciclístico) e o público ficou um pouco abaixo do que o de costume para uma equipe de tanta tradição, como o Rio Branco EC.
Vamos dar uma olhada geral no estádio!
Reforço o carinho que será eterno por esse amigo que nos deixou tão cedo e que era tão querido por todo mundo. Valeu Rogérião!
Mas, mesmo sem seu eterno presidente e amigo, a Malucos do Tigre segue apoiando o Rio Branco, mesmo nesta tão dolorosa 4a divisão estadual.
Fica um alô especial para os amigos de bancada e de som!
Vale lembrar que a Malucos tem esse nome em referência a Raul Seixas e é uma das poucas torcidas que nasceu focada muito mais no rock do que em outros ritmos.
Começo de jogo com todo cerimonial exigido pela Federação, da entrada dos times ao hino nacional.
O jogo começa quente e muito corrido, como acontece em quase todos os jogos da série B do Paulista, que é na verdade, uma competição sub-23.
Se não dá pra entrar em campo, na bancada, embaixo de sol, a Malucos faz sua parte e canta o tempo todo, sonhando com dias melhores, em outra divisão.
Do outro lado, a valente Torcida Força Jovem do AD Guarulhos esteve presente com suas faixas e apoio ao time da grande São Paulo. Forte abraço ao Rapha “Cabelo” e demais amigos que compareceram. Futebol sem torcida visitante não tem graça.
E se o jogo estava quente, pegou fogo, ainda no primeiro tempo quando o Rio Branco começou a garantir sua presença na terceira fase com o gol de Thiago, numa cabeçada que matou o goleiro visitante, ainda na metade do primeiro tempo.
Festa em Americana nas cobertas e nas numeradas, que também receberam um bom público para os padrões da série B, mas ainda abaixo do potencial da torcida do Rio Branco.
O segundo tempo apresentou oportunidades para os dois lados, mas sabendo da sua condição de classificação como um dos 4 melhores terceiros, o AD Guarulhos não demonstrou muita preocupação em buscar o empate, o que não significa que não criou chances para isso.
Assim, o jogo foi se encaminhando para o seu final, com a vitória magra, mas suficiente por 1×0 e só nos restava registrar a nossa presença mais uma vez neste templo do futebol do interior paulista que é o Estádio Décio Vitta.
Finalmente o técnico Marcos Campangnollo conseguiu ter um pouco de sossego e agora terá 6 jogos para decidir o futuro do Rio Branco.
Apita o árbitro…
Antes de ir, um último olhar para a faixa da Malucos, e a certeza de que nessa vida, tudo o que vale são as amizades e aquilo que construímos com nossas atitudes.
Lembrei de 2012, quando estivemos aqui celebrando o título e que emocionado, registrei o Rogérião falando sobre o título.
Boas lembranças para nos motivar a seguir nessa caminhada de cada um, enfrentando nossos desafios. Pra torcida do Rio Branco, vitória garantida, hora de ir pra casa e comemorar o dia dos pais, já sonhando com a próxima fase, que contará com adversários cada vez mais complicados. A mesma coisa serve para os meninos do AD Guarulhos.
Mais uma vez, obrigado ao pessoal da Malucos do Tigre por nos receber tão bem! Abraços e vida longa à torcida!
E não é que mais um ano conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM?? O VOCEM é um time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local. Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tonico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.
Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).
Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:
Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.
E o Osvaldo Gimenez Penessor, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!
O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.
Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!
Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:
Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).
Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!
No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense…
Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!
E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.
Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.
O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final. O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!
Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…
Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.
O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.
Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…
Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!
Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!
A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!
O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.
Agora que acabamos de postar nossas aventuras pelos estádios do Noroeste paulista, vamos publicar os relatos sobre alguns jogos que fomos recentemente, sempre com o objetivo de registrar seus estádios, os times, as torcidas e o jogo em si, guardando para futuras gerações a história do futebol paulista das divisões de acesso.
O jogo de hoje aconteceu no dia primeiro de agosto de 2015, no Estádio Antonio Soares de Oliveira, o “Ninho do Corvo”, em Guarulhos.
O espetáculo teve como palco uma bela e ensolarada manhã de domingo. E mesmo não sendo ao lado do ABC, fizemos questão de ir até Guarulhos para rever os amigos hardcoreanos que curtem o time local!
Vamos dar uma olhada no clima do jogo?
O campo estava bem ruim, com várias “intervenções” feitas com areia para tentar corrigir os problemas…
Compare com uma foto que fizemos em 2010:
O AD Guarulhos ainda tinha chances de classificação, mas poucos torcedores acompanharam a partida.
O jogo começou amarrado, como a maioria dos jogos da série B. O primeiro tempo virou 0x0.
Mas, o EC São Bernardo abriu o marcador no início do segundo tempo.
O Estádio Antonio Soares de Oliveira já esteve muito bem cuidado anos atrás, mas atualmente ele não está lá muito bem…
Os visitantes, vindos do nosso querido ABC fizeram 2×0, para a desolação da torcida local.
Mesmo sem chances de seguir no campeonato, os torcedores da AD Guarulhos ainda tiveram disposição para apoiar o time e bater um papo com a gente!
O papo foi animador, tanto que a AD Guarulhos fez seu gol!
Festa na bancada Guarulhense!
Seria o início da reação incrível que levaria o time de Guarulhos para uma revolução na tabela chegando à série A3?
Não. AD Guarulhos 1×3 EC São Bernardo.
O time da AD Guarulhos literalmente ligou o f***-se e foi pra cima. Falta perigosa, na entrada da área…
E nada. No contra-ataque, AD Guarulhos 1×4 EC São Bernardo.
Fim de jogo.
Bom momento para reparar no céu azul e nas pipas que faziam uma competição a parte ali em cima da gente.
Ou, se você preferir… Hora ideal para um papo com a arbitragem… Né não, Raphael, vulgo “cabelo”.
Foto dos 8 bravos torcedores!
E… pós jogo, é hora de um desafio… Torcida presente x reservas do Guarulhos.
Raphael foi pro gol, mas quem disse que teve jogo? É que o time de Guarulhos não tinha reservas…
Dessa forma, a torcida ganhou por W.O. e sagrou-se campeã do desafio “torcida x time reserva”.
Aqui, foto do forte time formado por torcedores:
Hora de ir embora. Não sem antes parar em um brechó de Guarulhos, para ver umas camisas de futebol usadas.
A 152a camisa de futebol da nossa coleção vem da cidade de Guarulhos e consegui graças à ajuda do amigo e incentivador do futebol local Francisco Tardivo Neto.
O time dono da camisa é a Associação Desportiva Guarulhos!
O time nasceu em fevereiro de 1964, como Associação Desportiva Vila das Palmeiras, referência ao seu bairro de origem. Suas cores iniciais eram verde e branco.
O Francisco tem até a camisa deles, olha só:
Durante os primeiros anos do clube, o foco eram as competições amadoras.
A partir de 1981, o clube passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol.
Porém, o time enfrentou as velhas dificuldades do futebol brasileiro, principalmente porque no início estava muito mais ligado ao seu bairro e o Brasil ainda está longe de conseguir ter times de bairro brilhando nos campos…
Para melhorar essa situação, a partir de 1994, passou a se denominar Associação Desportiva Guarulhos e utilizar as cores da bandeira da cidade: azul, branco e vermelho.
Esse movimento ajudou a identificar mais o time com a cidade e nesse ano, a AD realizou sua melhor campanha ao chegar ao vice-título da Série B1-A.
Em 2003, licenciou-se da Federação Paulista e só voltou em 2005.
Esse é o time de 2009, fotografado pelo pessoal do Jogos Perdidos, num jogo contra o Jabaquara, em Santos.
Seu mascote é um índio!
Já estivemos acompanhando uma partida do time, num “clássico da grande SP” contra o Nacional.
Tarde de sol por todo o estado. Nós voltamos do interior e a bandeira na Dutra indica que chegamos à Guarulhos. Estamos aqui para assistir a um jogo da segunda divisão do Campeonato Paulista, entre AD Guarulhos e o Nacional.
E não estamos só! Olha aí o “Torrone”, nosso amigo hamster!
O mando de jogo é do AD Guarulhos e por isso, vamos ao Estádio Municipal Antônio Soares de Oliveira.
Já estivemos aqui, cobrindo um jogo do Flamengo de Guarulhos (veja aqui como foi), mas hoje acompanharemos um jogo da AD Guarulhos, contra o simpático Nacional, da capital.
A série B do Paulista é um campeonato difícil de ser acompanhado. Embora conte com vários clubes e tenha uma duração até que grande, a primeira fase elimina boa parte dos participantes. Sendo assim, após 6 rodadas de maus resultados, a torcida do AD Guarulhos já não compareceu em peso, como poderia ocorrer.
Mas, foi uma oportunidade incrível de enfim assistir a um jogo da Associação Desportiva Guarulhos, em casa.
Outra coisa muito legal de se acompanhar a série B é conhecer pessoas incríveis, como o Francisco, que é um grande incentivador do time e da torcida da AD Guarulhos.
Outro que estava por ali, mas não deu pra tirar uma foto mais perto, era o Fernando, do Jogos Perdidos, um site que é uma verdadeira referência para quem curte o futebol das divisões de acesso. Olha ele ali, de vermelho, no lado esquerdo, completando seu jogo de número 2.000 , ou se você preferir, 180 mil minutos de futebol nos estádios, mundo afora. Parabéns Fernando!!!
Uma olhada pelo estádio, no vídeo abaixo:
O primeiro tempo virou 1×0 para o time visitante e a galera da torcida local pegou no pé do time!
Assim como Santo André, onde eu vivo, Guarulhos é uma cidade próxima à capital e embora isso traga uma série de investimentos pela presença de grandes empresas, o que acontece é um grave processo de perda de identidade local. Para os habitantes de Guarulhos é mais fácil torcer para os times da capital do que para os times da cidade.
Assim, o trabalho da Força Jovem, torcida organizada da AD Guarulhos é mais do que incentivar o time. É de tentar resgatar o sentimento de orgulho e amor à cidade. Infelizmente havíamos pego alguns depoimentos em vídeo do pessoal, mas tivemos problemas com os arquivos, de qualquer forma fica um abraço ao Raphael “Cabelo” e a toda rapaziada!
Mas… não é fácil competir com a grande, com o glamour das grandes conquistas e principalmente com o poder econômico e político dos chamados “grandes times”.
Pra dificultar ainda mais, a Associação Desportiva Guarulhos em campo não anda numa fase muito inspirada.
O goleiro do time acabou sendo um dos melhores em campo, defendendo um penalty e impedindo o Nacional de fazer um placar ainda maior.
A boa notícia é que ainda tem novos torcedores brotando pelas arquibancadas de Guarulhos…
E pelo que eu ouvi, apesar da má fase do time, a base do elenco é formada por jogadores da região, que pelo menos tem maior identificação com a cidade.
Quem sabe a longo prazo os resultados em campo e nas arquibancadas não apresente melhora? Estamos torcendo pra isso!
Uma última olhada no Estádio…
O ítem “Culinária de estádio” esteve desfalcado no jogo, pois a pastelaria que funciona na feira em frente ao estádio já estava fechada… Assim, na volta pra casa, uma passada na casa das coxinhas, ali na Vila Alpina!!!