St Pauli: Futebol, punk rock e atitude!

20 de dezembro de 2014.
Um dos mais legais momentos ligados ao futebol que vivi.
A soma de várias paixões: música, atitude, futebol, amigos…

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Esse post mostra como a camaradagem, a amizade, a música e o engajamento social podem conviver com o futebol, mostrando que mais do que um esporte é uma verdadeira cultura, talvez mais vivida por quem torce do que por quem joga.

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De verdade essa aventura começa ainda no Brasil, quando conhecemos o Marten (esse alemão doido de touca marrom, do lado da Mari na foto acima) e o convidamos para conhecer um pouco do ABC.
Entre outras diversões, ele visitou o Estádio Bruno José Daniel e ainda bateu um papo com o até então capitão do Santo André, Junior Paulista.

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E eis que no final do ano de 2014 conseguimos fazer um role para a Europa, e não podíamos deixar de enfim conhecer o Estádio Millerntor, a casa do St Pauli, um dos times mais punk do mundo!

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O time do St Pauli é conhecido por sua postura politizada tanto entre torcedores quanto dirigentes e até jogadores, e também pelo seu carisma.
Entretanto, em 2014 o time está em uma má fase, ocupando as últimas colocações da série B da Alemanha.

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Mas… Se a fase dentro de campo parece ter problemas, nas arquibancadas o clima é indescritível… 
Punks, skinheads, rockeiros em geral, além de famílias, amigos e uma diversidade de gostos, roupas e pensamentos que mais parecia um festival alternativo.

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O jogo que fomos assistir era contra o VFR Aalen!

E dá lhe punk rock, tocado nos alto-falantes do estádio e cantado pela torcida nas arquibancadas.

Pra quem ficou curioso, segue o link com o som original:

Ah, e não estamos falando de uma arquibancada com meia dúzia de gato pingado, não, são cheias e cantando a todo momento!

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E a gente foi cantar junto!

Pra quem não tem ideia do que seja o St Pauli, saiba que a torcida e o time são declaradamente antifascistas e contra o nazismo, e eles fazem questão de deixar isso claro não só no Estádio, mas por toda a cidade.
Entra no Translator do Google e veja o recado que eles espalharam pela cidade:

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E falando mais sobre os “arredores” do estádio, o estabelecimento mais comum por ali são os pubs ligados ao time. Aliás, os caras bebem muita cerveja…

E mesmo a gente que não é tão fã de cerveja, entrou no clima e antes mesmo de chegar ao estádio já mandamos ver na AMSTEL, cerveja patrocinadora do time.

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Agora, tem um negócio lá que eu achei muito louco e muito diferente do que temos aqui.
Além dos tradicionais vendedores ambulantes de comida e bebida espalhados pela rua (lá, são tipo uns food trucks nas ruas próximas), eles tem uns espaços que lembram os centros contra culturais aqui do Brasil na parte inferior do estádio, chamados “Fanräume”.

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E são vários espaços, que servem de ponto de encontro para a torcida e também acabam virando a sede de diversos movimentos sociais que nascem nas bancadas do estádio.
Ali, você encontra muita cerveja, alguma comida (quase tudo vegano), muitos fanzines e muta gente legal.
Lembra os shows punks dos anos 90, quando todo mundo estava eufórico para dividir angústias, experiências e celebrar a vitória do anarquismo frente à realidade, mesmo que só durante aqueles momentos.

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Segundo nossos amigos locais, os diversos espaços geridos pela Fanladen são independente do clube e rolam até shows (o Los Fastidios iria tocar ali, dias depois do jogo).
Mas, voltemos para o estádio…

A primeira diferença que percebe-se é o visual, tomado por grafites, bandeiras e interferências sempre politizadas no sentido do respeito à diversidade de pensamentos.
Por exemplo, a relação com o público GLTS, que no Brasil ainda está caminhando, lá é encarado com super naturalidade.

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Outra coisa que fica clara logo de cara é que lá, a cerveja é liberada na bancada.
E mais do que isso, eles bebem bastante e numas canecas de plástico, temáticas do time (embora lindas, acredite ou não, ao final do jogo a maior parte do público as devolve para que sejam reutilizadas na próxima partida).

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Essa teve que vir conhecer o Brasil…

O resultado de tanta cerveja é uma incrível narração em Português no meio da torcida alemã…

Outra coisa que lá ainda mantém-se fiel às origens do futebol, são as bandeiras com mastro.
E além disso, mais bandeiras com dizeres políticos do que preocupadas em falar sobre o nome da torcida, como acontece aqui no Brasil.

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E no meio do jogo ainda sobem mais e mais faixas para protestar enquanto se torce.

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A cultura dos adesivos também é bem presente no estádio e pela cidade.

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Eu queria ter registrado em vídeo os momentos mais emocionante do jogo, por exemplo quando o time entra ao som de Hell’s Bells, mas a emoção foi maior e eu preferi só viver o momento, só deu pra bater uma foto…

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Antes do começo do jogo, o tradicional abraço coletivo do time com o “Vamo lá, vamos ganhar!”.

Mas… Para não dizer que eu não capturei nenhum momento mágico em vídeo, fica aí a comemoração do primeiro gol, ao som do Blur.

Pra quem não conseguiu ouvir ou não lembra, esse é o som que toca na hora do gol:

Enquanto isso, o time comemorava em campo!

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Vale citar que a torcida visitante (do VfR AaLEN) também esteve presente, e embora segundo nossos amigos locais, eles tivessem certo teor de rivalidade, não houve nenhum tipo de incidente.
Eles ficaram meio isolados ali no canto do estádio.

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A história foi mágica.
Talvez muitos não se identifiquem com o teor político / anarquista do time / torcida (e eu respeito, afinal, cada um pensa de um jeito), mas ao mesmo tempo, espero que entendam que para nós, que temos essa semente da liberdade plantada em nossos corações, essa experiência foi incrível…

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Ah, e teve futebol também hehehehe.
O time do St Pauli, que vinha numa má fase, fez seu melhor jogo do ano (segundo os torcedores), o que fez de nós brasileiros de boa sorte hehehe!

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Tem também o papel picado, porém, lá, o papel é meio que picotado mecanicamente, bem direitinho hehehehe…

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Como fazem falta as bandeiras com mastros nos nosso estádios, hein?

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Mas, a felicidade nos corações dos torcedores…
Essa é a mesma na Alemanha, no Brasil, na Argentina…

Vale lembrar um detalhe que não fica claro nas imagens calorosas.
Estava frio. Muito frio.
E pra piorar, antes do jogo, pegamos uma chuva na cabeça somada a um frio de uns 3 ou 4 graus…
Só nos restava o calor humano!
Por isso tem tanta comemoração usando cachecóis…
Eles são peça indispensável no vestuário alemão!

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Mas que fica legal essa imagem de todo mundo com os cachecóis a mostra, fica hein?

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Hmmmm, não sei o que dizer dessa imagem que só depois de feita revelou um papai noel pulando a cerca!

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Fim de jogo! FC St. Pauli 3×1 VfR AaLEN

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Mas, não significa que é o fim da festa.
Diferente da maioria dos times, assim que o jogo acaba, os jogadores voltam-se para cada setor do estádio saudando a torcida e comemorando juntos!

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Ao menos, aparentemente, pareceu ser algo bem espontâneo, não uma regra que deve ser cumprida.
Confesso que quero muito levar essa ideia para o Santo André.

Hora de dizer tchau…
Ou quem sabe um “até breve” às arquibancadas punks de Hamburgo…
St Pauli, obrigado pelos exemplos…

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150- Camisa do 1FC Nürnberg

A 150a  camisa da coleção vem da Alemanha e foi presente da amiga Júlia. Essa camisa vermelha deixou de ser usada na temporada atual, após se tornar a mais tradicional. Agora jogam com a bordô ou a branca.

O time dono da camisa é o “1. FC Nuremberg”, da cidade de Nuremberg, na Alemanha, onde aconteceram os julgamentos dos oficiais nazistas após a segunda guerra mundial.

O time foi fundado em maio de 1900, quando um grupo de jovens tiveram a ideia de criar um clube de futebol após lerem sobre o assunto em uma revista.

O mascote do time é um cavaleiro:

O time fez sua primeira partida oficial contra o Bayern de Munique, em 1901.

Aqui, o time de 1902: Durante as primeiras décadas de existência, o 1FCN não chegou a ter tantas conquistas e reconhecimento pois disputava o campeonato do sul da Alemanha. Porém, após a Primeira Guerra Mundial, o time conseguiu fazer história ao permanecer invicto entre 1918 e 1922, ficando 104 jogos sem perder, ganhando o apelido de “Der Club” (O clube). O primeiro título no pós guerra, veio contra o Spielvereinigung Greuther Fürth na temporada 1919/1920. A década de 20 seria o período mágico do time. Mais quatro títulos nacionais viriam. Aqui, o time na final de 1921: Aqui, o time de 1927: Na década de 30 chegaria a mais uma final em 1933/1934, perdendo para o Schalke 04. Outro título viria na temporada 1935/1936, além das duas primeiras Copas da Alemanha, em 1935 e 1939. Aqui o time que conquistou a Copa de 1935: Durante a segunda guerra, os campeonatos foram suspensos, mas logo que voltaram a ser disputados, o 1FC Nueremberg sagrou-se campeão na temporada 1947/1948. Aqui, o time entrando para a disputa da final: O próximo título nacional viria na temporada 1960/1961. Aqui, uma cena da final: Em 1962, outra Copa foi conquistada. Mais que isso, os bons resultados garantiram o time na disputa da Bundesliga, que iniciou em 1963. Sua última conquista nacional se daria em 1967/1968. No ano seguinte, o clube enfrentaria seu primeiro rebaixamento. Pra piorar, o rival Schalke 04 tornava-se um time forte e cada vez mais popular, tornando as brigas entre seus torcedores cada vez mais constante. O time permaneceu entre quedas e acessos, tendo 1988, como o melhor ano na época. Na temporada 1995/1996, o time acabou rebaixado para a terceira divisão. A partir daí o time passou a se recuperar até voltar à primeira divisão em 1998/1999. Em 2006, após um longo jejum, o time conquistou mais uma Copa da Alemanha. Porém em 2008 o time voltou à segunda divisão, recuperando-se e voltando à primeira, onde está até então (2013). O time manda seus jogos no Estádio Frankenstadion, com capacidade para mais de 45 mil torcedores. Pra celebrar mais um time conhecido, que tal uma cerveja do clube: Saiba mais sobre o time em: www.fcn.de

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69- Camisa do Borussia Dortmund

Enquanto eu não acabo de escrever sobre o nosso rolê por Buenos Aires, vamos dar sequência às Camisas do blog. Mas fique tranquilo, que logo eu continuo a série “Rolê por Buenos Aires”… 

A 69a camisa de futebol da coleção, rumo às 1.000 camisas vem do outro lado do oceano, da terra da cerveja! Trata-se da camisa do Ballspiel-Verein Borussia 1909 e. V. Dortmund, também chamado de Borussia Dortmund.

Borussia é o nome antigo do estado da Prússia, e Dortmund é o nome da cidade onde ele está sediado. Dortmund é uma cidade antiga, grande e bastante diversificada culturalmente. Parte siginificativa da população é formada por migrantes ou imigrantes que buscam universidade ou trabalho. Combina aspectos tecnológicos de última geração com monumentos, igrejas e arquitetura de centenas de anos… O Borussia Dortmund é considerado um dos grandes times da Alemanha, e conta com uma das maiores torcidas do país. O clube já nasceu tendo que lutar contra as adversidades, uma vez que foi fundado por jovens católicos, em 1909, numa região de maioria protestante. Durante as décadas iniciais ainda teve que conviver com o sucesso do seu rival, o Schalke 04, com quem faz o “Clássico do Vale do Ruhr”. O Rodrigo, irmão da Mari, acompanhou o clássico em 2008, veja as fotos: Muitas bandeiras pelas arquibancadas e até dentro do campo… O estádio por lá está sempre cheio, é até um pouco difícil conseguir ingressos. Voltando à históra do clube, é inegável a triste lembrança da época do Nazismo, quando o time foi tomado por pessoas do Partido Nazista e teve vários funcionários assassinados pela Gestapo por se oporem ao regime. Em 1947, após o fim da guerra, as coisas começaram a melhorar. Veio o primeiro título importante, batendo o Schalke na final da Copa da Vestefália. Nos anos seguintes, o Borussia ganharia mais três Campeonatos Alemães, em 1956, 1957 e 1963, além da Copa da Alemanha, em1965. Com o título de 65, o clube teve acesso a disputar no ano aseguinte, a Recopa Européia, sagrando-se campeão (primeiro clube alemão a ganhar uma competição européia). Abaixo o ingresso da final:

Nos anos setenta e oitenta, o clube passou por uma série crise, chegando inclusive a disputar a segunda divisão. Entretanto, em 1989, ganhou novamente a Copa da Alemanha, encerrando um longo período sem títulos. Nos anos 90, venceu dois Campeonatos Nacionais (1995 e 1996), além da Liga dos Campeões de 1997 e o Mundial Interclubes no mesmo ano. Foi a época mais gloriosa do clube. Como retorno para a torcida, o clube investiu fortemente na expansão do Westfalenstadion, construindo o maior estádio da Alemanha, com capacidade para 80.000 espectadores. É conhecido também como “A Casa de Ópera do Futebol Alemão”. Em 2002, o time conquistou novamente, o Campeonato Alemão. E vale lembrar que esse time, além dos brasileiros  Ewerton e do Amoroso que estão no poster acima, ainda contava com o Dedé. Entretanto, após esse título, o Borussia entrou numa crise financeirae teve que vender vários jogadores, enfraquecendo o timemas ainda assim mantendo seus fãs, como mostra sua média de público, uma das maiores do mundo, com cerca de mais de 80 mil torcedores por jogo. Outra consequência da crise foi a parceria com a Companhia de Seguros Signal Iduna, que agora dá nome ao seu Estádio. O time tem como mascote a abelha Emma: Que também comparece aos jogos… O hino do time:

O site oficial do time é www.borussia-dortmund.com , mas caso prefira, existe um grupo de brasileiros que mantém um blog dedicado ao time: www.bvbbrasil.blogspot.com

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Futebol em Berlim

Continuando nossa saga pela Alemanha, decidimos juntar nossos últimos Euros e comprar uma passagem, de trem para Berlim. O trem bala fez a viagem em cerca de 3 horas, e é mais gostoso que viajar de avião.

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Como não estava nos planos estar em Berlim, não tinhamos nem idéia de por onde começar, por isso, achamos uma boa fazer um tour com aqueles “ônibus de turistas”, e valeu a pena.

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Conhecemos os principais pontos turísticos da cidade, em pouco mais de 3 horas, e isso porque descemos em alguns lugares pra andar um pouco.

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Pelo discurso do nosso “guia eletrônico” (aquela gravação que você ouve pelos fones, enquanto percorre a cidade), deu pra perceber que Berlim tem a história bem dividida entre antes e depois da 2a guerra mundial.

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Só pra compartilhar algumas das fotos, abaixo, o Bundestag, o parlamento da Alemanha.
Aqui eu e a Mari no busão, pagando total de turista. Ponto a ponto fomos escutando (em espanhol) um pouco sobre a cidade de Berlim, um lugar por onde a história se esparrama a cada esquina.

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Esse é um dos monumentos mais famosos de Berlim, a Coluna da Vitória (Siegessaule). A estátua acima dele representa a Deusa da Vitória.

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Assim como nas demais cidades que visitamos pela Europa, o cuidado com a manutenção das edificações com arquitetura histórica, se fazem presentes em Berlim, mesmo após tantas guerras. Em compensação, eles decidiram manter a igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche parcialmente destruída para que não se esqueçam os horrores da Segunda Guerra.

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Depois de tanta coisa turística fomos atrás de algumas coisas mais específicas. Passamos em uma loja de Cds afinal não podíamos voltar pra casa sem trazer no mínimo um Cd punk alemão.
Assim comrpei um CD do Die Toten Hosen que ainda não tinha.

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Depois fomos ao museu Madame Toussaud ver as cerca de 50 estátuas e cera. Foi lá que alguém literalmente “arrancou” a cabeça de Hitler (da estátua).
Abaixo, as peças ligadas ao futebol, começando pelo craque Uwe Seller:

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O goleirão Oliver Kan, também está por lá, e assustou a Mari:

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E como a Mari é uma profissional da moda, nada demais ela dar uns toques pro Klinsmann, pra melhorar o visual da camisa dele né?

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O astro Franz Beckenbauer também estava por lá:

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Pra fechar, os irmãos gêmeos holandeses Frank e Ronald de Boer:

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Ainda falando sobre futebol, vale lembrar que Berlim sedia muitos times como por exemplo: ASK Vorwärts Berlin, Blau-Weiss Berlin, Hertha Berlin, Viktoria 89, Rapide Berlin, SV Nord Wedding, Tasmania 1900, Alemannia Wacker, BFC Dynamo, entre outros. Por fim, visitei algumas lojas de material esportivo, mas já não tinha grana pra comprar nada pra mim. Só consegui trazer uma camisa da seleção de handball pro meu irmão Murilo e uma de futebol pro meu pai. Vimos ainda uma loja do Hertha Berlim:

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Passamos próximos do estádio Olímpico, mas não deu pra descer porque já estava perto da hora de pensarmos em voltar. Lembre-se que ainda tinhamos que pegar um trem rápido de 3 horas…

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Estádio Berlim

Ah, claro, vimos o que sobrou do muro de Berlim, reconheço que foi emocionante:

Assim, mais cansados do que nunca, mas completamente satisfeitos por termos conhecido mais uma cidade,  voltamos para Nordkirchen já no final da noite.

Futebol em Nordkirchen

Chegamos em Nordkirchen pela manhã. Como o Digo (irmão da Mari) morou lá o ano passado, não ficamos em hotel, mas na casa da família dele.
E pra quem acha que o povo alemão é fechado, a recepção que eles fizeram pro Digo mostrou o contrário. Pareciam brasileiros celebrando o retorno de um familiar que não viam há tempos.

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Vale informar que Nordkirchen é uma cidade do norte da Alemanha. Dê uma olhada no mapa, pra entender onde ela fica. A cidade é mais rural do que urbana, mas… acredite, esqueça o conceito brasileiro de cidade rural.

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Assim como a maior parte dos lugares por onde estivemos, as bikes são uma realidade como meio de transporte, e a gente não perdeu tempo pra dar um rolê em meio às macieiras carregadas de maçãs verdes…

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Bom, o lugar onde ficamos é uma fazenda super moderna, onde nada se desperdiça, tudo é reciclado e reutilizado. Por exemplo, os “dejetos” produzidos pelas vacas e porcos são transformados em energia para a fazenda e redondezas.

A cidade é incrível… Você está andando no meio de uma floresta e de repente se depara com castelos com mais de 300 anos, aliás a fazenda onde ficamos está ocupada pela mesma família desde o começo do século XV, dá pra imaginar o que é isso?

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Parece que você está no meio de um conto de fadas, onde tudo é bem próximo da perfeição. E isso porque eu não tirei nenhuma foto das refeições… Doces fantásticos e pratos deliciosos, com uma super atenção pra mim e pra Mari que somos vegetarianos.

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Mas falando em futebol, fomos conhecer o time da cidade, o Nordkirchen FC. Saiba mais do time no site deles: www.fc-nordkirchen.de .

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O time atual:

Demos uma passada no campo de treino, que parece ser só um terrão, mas é um saibro, que até parece uma quadra de tênis gigante:

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E aproveitamos para conhecer o campo de jogo, é claro:

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O mais legal  é a placa que fica próxima da torcida que diz algo como: “Não ofenda o árbitro, ou será retirado do local – A Direção”

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Como a placa mostra, o time é de 1926.

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Foi um dos lugares mais legais por onde passamos principalmente por termos com quem conversar mais diretamente sobre a realidade de vida lá.

Até rolou uma festa pro Rodrigo, com direito a cerveja. Muita cerveja. Muita mesmo…

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De Nordkirchen, pegamos um trem e fomos para Berlin. Mas aí é uma outra história para um novo post…

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