Essa semana, mais uma vez em parceria com o pessoal do Correio de Atibaia, batemos um papo com o presidente e o vice do CA Bandeirante, para falar do Campeonato Amador e da equipe que pelo terceiro ano consecutivo saiu com o título. Clique no link p assistir!
Agora é a hora do último estádio desse rolê, o Estádio Clemente Alberto de Sousa em Echaporã!
Com este relato me despeço não apenas do incrível rolê de 15 de novembro como também do ano de 2022. Que tenhamos novas aventuras boleiras em 2023 e que todos tenhamos muita saúde, trabalho, amor e grana pra poder estar nessa!
Antes de falarmos do futebol, é sempre importante ressaltar uma breve visão sobre o caminho trilhado até chegarmos a Echaporã dos dias de hoje.
Echaporã significa Bela Vista em Tupi Guarani, e este foi o nome da cidade por um bom tempo. A cidade se desenvolveu no mesmo modelo das que visitamos no oeste paulista: primeiro a chegada de alguns bandeirantes, depois a distribuição de terras ainda no papel para uns poucos poderosos e a partir daí uma verdadeira guerra com os habitantes originais indígenas, kaingangues em sua maioria.
No caso de Echaporã, além da expulsão e da matança, houve ainda um processo de catequização em pleno século XX, realizado pelos freis capuccinos, que teriam inclusive tentado ajudar na guerra contra os grupos que chegavam, mas… sem grandes resultados. Aqui, uma foto de 1910 dos indígenas com um padre da ordem dos Capuccinos (Fonte: Livro “As antigas fazendas Alta Sorocabana”):
Em 1922, Santiago Fernandes (que vivia na região ocupada pelos freis capuccinos) iniciou a construção da primeira igreja do local, dedicada a Nossa Senhora Aparecida. A região passa a se reunir no entorno da igreja e o Padre João di Longue batiza o nome do vilarejo como “Bela Vista” (o nome durou até 1944, quando mudou-o para Echaporã).
Em 1° de janeiro de 1939, o distrito passa à município de Bela Vista.
Em 1947, foi construída a igreja matriz da cidade:
E em homenagem à cidade, em 1935 foi fundado o time do Bela Vista Futebol Clube.
Em 1942, estreia no Campeonato do Interior disputando o grupo da 13a região, que teve a Ferroviária de Assis como campeã:
Em 1950, novamente jogou o Campeonato do Interior e ainda aplicou uma das maiores goleadas contra o time do Barra Funda de Assis:
A Gazeta Esportiva de 1957 trouxe uma citação sobre uma partida do time no Campeonato do Interior daquele ano:
Em 1966 faria sua estreia no Campeonato Paulista, mas pouco antes do início, desiste da participação que teria colocado o nome do time e da cidade ainda mais na história!
Esse era o time de 1968:
Aqui, uma foto do time jogando em Assis já nos anos 70:
Aqui, uma foto do atual time de veteranos:
Para viver um pouco dessa história, fomos até o Estádio Municipal Clemente Alberto de Souza:
O estádio fica num quarteirão bem aberto, sem muros em seu entorno, apenas alambrado, aqui o gol da esquerda:
Agora é a hora de dividir um pouco sobre o futebol de Ourinhos!
Diferente dos posts anteriores, Ourinhos é uma cidade de maior porte, com mais de 115 mil habitantes. Surgiu na década de 1910 e seu nome é uma referência ao antigo município de Ourinho (atual Jacarezinho, no Paraná).
Ourinhos tem sua história muito próxima das demais cidades da região: até o fim do século XIX era habitada por indígenas kaingangues que de repente viram seus piores pesadelos se tornar viram realidade: foram invadidos pelos produtores de café e algodão.
A cidade também teve grande influencia da estrada de ferro (chegou em 1908), e mais uma vez apresento uma imagem da Estação do site Estações Ferroviárias
Atualmente, a cidade conta com um forte comércio e se tornou uma referência regional.
Assim como em outras cidades, também se encontram construções antigas que reforçam seu passado ferroviário.
Aliás, aproveitaram parte dos antigos galpões da ferrovia para construção de um espaço turístico com museu, uma locomotiva antiga aberta à visitação e assim um ambiente bem legal. Pena que no feriado a cidade estava mais vazia e essa estrutura fechada
Desce daí, garoto!
Falando um pouco do futebol da cidade, além de várias importantes equipes no futebol amador, Ourinhos teve 4 times disputando o futebol profissional:
Comecemos falando do mais tradicional: o Clube Atlético Ourinhense.
Dos times que disputaram o profissional, o Clube Atlético Ourinhense é o mais antigo, tendo sido fundado em 5 de junho de 1919, e há algumas décadas tem seu lindo estádio junto ao clube social.
Dessa vez, a primeira coisa a fazer foi registrar o pórtico de entrada do estádio, que esquecemos de fotografar na outra visita…
Infelizmente, parece que o clube social teve graves problemas financeiros piorados com a pandemia do Corona e … Não existe mais…. Restou apenas o campo, e com ele as lembranças …
Que sorte! Não apenas estava rolando um jogo como era do próprio CA Ourinhense!!!
O CA Ourinhense começou disputando tinha uma série de partidas amistosas (os times aproveitavam da estrada de ferro sorocabana para facilmente chegar à cidade) e o Campeonato Municipal (do qual seria campeão em 1942, 43, 48, 50 e 51). Veja a lista de jogos de 1939:
Divido algumas fotos que o blog “Ourinhos” apresenta como sendo dos anos iniciais do time:
A partir de 1942, o CA Ourinhense disputa o Campeonato do Interior, na 14ª região (Piraju), sendo campeão do grupo e sendo eliminado na fase seguinte pela Ferroviária de Botucatu (4×1, em Botucatu).
Em 1943, viu o outro time local participar do Campeonato, mas novamente sagrou-se campeão do grupo e perdeu a fase seguinte pra a Ferroviária de Botucatu (1×1, 1×1 e 2×0 no jogo desempate).
Neste ano, o Corinthians da capital veio a Ourinhos inaugurar uma sub sede e disputou um amistoso (com seus atletas amadores) do qual venceu por 2×0.
Não disputa a edição de 1944, e em 1945 vê o CA Farturense sagra-se campeão do grupo.
Em 46, também não se classificou para os mata-matas.
E novamente em 1947, não consegue ser o campeão do grupo.
A partir da edição de 1948, o Campeonato do Interior passa a ser amador, já que surge a segunda divisão, mas o CA Ourinhense segue disputando.
Em 1950, um amistoso com o XV de Piracicaba:
Em 1951, o CAO inaugura o seu estádio (antes dele, mandava seus jogos em um campo que ficava próximo do atual camelódromo da cidade):
Em 1952, um ato de grande ousadia de sua diretoria, o CAO se credencia a disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, mas faz uma campanha fraca. Alguns resultados encontrados: 31/8- Bauru AC 3×3 CA Ourinhense 14/9- CA Ourinhense 0x1 São Bento 28/9– AA Ferroviária (Assis) 5×1 CA Ourinhense 12/10- CA Ourinhense 2×2 Noroeste 19/10- Garça EC 1×0 CA Ourinhense 2/11- CA Ourinhense 3×1 AA Ferroviária (Botucatu) 9/11- CA Ourinhense 4×1 Corinthians PP 23/11- CA Ourinhense 1×0 Bauru AC 7/12- São Bento 5×0 CA Ourinhense 21/12-CA Ourinhense 6×2 AA Ferroviária (Assis) 3/1- Noroeste 1×0 CA Ourinhense 11/1- CA Ourinhense 0x3 Garça EC 25/1- AA Ferroviária (Botucatu) 2×1 CA Ourinhense 1/2- Corinthians PP 2×5 CA Ourinhense
Ainda em 1952, o time recebeu o São Paulo em um amistoso perdendo por 4×0 (ainda que todos os gols tenham saído apenas no segundo tempo):
Em 53, o CAO não disputa o profissional, mas faz um amistoso com o Palmeiras, sendo derrotado pelos visitantes por 2×1:
Ainda em 53, incrível vitória contra o Fluminense em um quadrangular que constava ainda com Jacarezinho (venceu o CAO por 2×1) e com o Cambaraense.
O CA Ourinhense permanece nas disputas do amador do interior, e até ensaia um retorno à Terceira Divisão em 1955, mas acaba desistindo e só em disputa em 1961, fazendo uma boa primeira fase (série pecuária):
Já na fase dois, o time da Usina São João falou mais alto…
Em 1962, mais uma boa primeira fase:
A segunda fase foi levada pelos vizinhos de Santa Cruz do Rio Pardo…
Em 1963, mais uma primeira fase terminada na liderança!
Novamente o time da Usina São João levou a segunda fase…
Em 64 e 65 bate na trave e não se classifica para a segunda fase.
Em 1966, volta a se classificar na liderança do seu grupo.
A segunda fase foi, mais uma vez, decepcionante…
Em 1967 desiste do profissionalismo e desde então apenas utiliza seu lindo estádio para as competições amadoras, como essa que estava rolando no momento da nossa visita.
Ali no chão, encontrei uma pequena lembrança do dia-a-dia do clube. Hoje pode ser apenas um pedaço de papel, mas logo se tornará lembrança.
O Estádio está sem grandes cuidados, com exceção ao campo, que tem a grama bem aparada. Essa é o gol da esquerda, tendo ao fundo a linda arquibancada coberta:
Aqui, o meio campo. Vale lembrar que antigamente aquela arquibancada era beeeem vermelhinha e tinha o distintivo do clube pintado no meio dela.
E aqui o gol da direita, olha onde a arquibancada termina. Ali atrás, ficava o clube social, ainda mais para a direita.
Aqui é a lateral de onde eu estava, e dá pra ver um pouco do clube social à frente e à direita:
Aqui o banco de reservas.
A passarela ligava a entrada do clube social a vários salões (olha que linda a inscrição do inesquecível CAO!) e servia de arquibancada local.
Se fora de campo o futuro do CA Ourinhense parece tenebroso, em campo sua camisa segue sendo usada com respeito e orgulho pelo time dos veteranos.
Um detalhe que poderia passar desapercebido… A bandeira de escanteio!
Os tuneis para os vestiários parecem um pouco mais esquecidos…
E no céu, o sol… Na verdade é só o flash do celular porque fiz essa última foto já dentro do carro hehehehe
Seguindo pela idade, o segundo time mais antigo de Ourinhos é o EC Operário (o site História do Futebol produziu os antigos distintivos do time):
Segundo Euclides Rossignoli, no livro Ourinhos, Histórias e Memórias, o campo do Operário ficava entre as Ruas Duque de Caxias e Dr Antonio Prado, em frente o camelódromo.
Interessante que, atualmente, ao lado esquerdo existe um grande campo de futebol.
Antes do estádio atual, o campo do CA Ourinhense ficava bem próximo do campo do Operário. O site contratempo fez uma imagem mostrando os dois rivais nos anos 40:
Essa arquibancada foi inaugurada em 1926, mas caiu durante um vendaval nos anos cinquenta.
O nascimento do EC Operário foi quase uma resposta das camadas menos favorecidas da cidade (a turma que morava pro lado debaixo da linha do trem) ao surgimento do CA Ourinhense, a própria ideia do nome, remete à essa ideia.
E assim, logo começam os derbis, aqui, um noticiado em 1922:
O futebol tinha uma grande força local, na cidade mesmo, por isso os primeiros anos foram marcados por campeonatos locais. Já em 1939, os times da região passam a ser os adversários.
Esta e outras fotos podem ser encontradas no site do Jornal Biz.
Em 1943, faz sua estreia no Campeonato do Interior, no mesmo grupo do CA Ourinhense (que saiu campeão, como vimos antes), e em 1944, sagra-se campeão do grupo (perderia o primeiro mata-mata da Ferroviária de Botucatu).
Aqui, um dos times do início dos anos 40:
A questão de se chamar “Operário” sempre foi colocada como certo ruído entre time e a população de Ourinhos, por isso, em 1944, o time passa a adotar o nome de EC Olímpico e adota um novo escudo:
Assim, como EC Olímpico, disputa o Campeonato do Interior de 1945 (a Farturense ganha o grupo).
Em 1946, vence a “zona” (o grupo) mas perde as finais da região para a Botucatuense, que venceu a zona vizinha. Era tudo uma grande zona kkk
O dérbi daquele ano nem chega a terminar pelo quebra quebra em campo.
Em 1947, mais uma vez o EC Olímpico sagra-se campeão da sua zona:
Assim, vai disputar com os campeões de outras zonas próximas (AA Botucatuense, AA Ferroviária de Assis, A Prudentina de EA e Paulista FC de Álvaro Machado), e quem sai campeão é a AA Botucatuense.
Aqui, o time de 1949, com uma faixa de campeão, mas não encontrei a confirmação de qual campeonato seria:
Em 1950, os gestores do clube decidem retornar ao nome tradicional. Alguns anos depois, em 1954, o time se inscreve no futebol profissional e disputa a Terceira Divisão.
O time volta ao amadorismo por 3 anos e retorna à Terceira divisão em 1958.
Esse foi o time daquele ano.
Depois dessas atuações no profissional, o EC Operário volta ao amadorismo e… Desaparece… Falemos então do terceiro time da cidade em ordem cronológica: o Esporte Clube Gazeta.
O time foi fundado em 7 de setembro de 1948 como homenagem a equipe de futebol do jornal A Gazeta Esportiva de São Paulo que foi até Ourinhos disputar uma partida amistosa com o E. C. Operário. Tomaz Mazoni (diretor da Gazeta Esportiva) topou colaborar com os uniformes do novo time com a condição de que o nome da equipe fosse “Esporte Clube Gazeta Esportiva” em homenagem ao jornal.
O time é conhecido como “O Líder das Excursões” graças às partidas disputadas fora de casa. Aqui, o time de 56:
Esse é o time de 1958:
Mas com a saída do Clube Atlético Ourinhense, do Esporte Clube Operário e do Esporte Clube União Barra Funda (já vamos falar deles abaixo) do profissionalismo, coube ao EC Gazeta disputar o Campeonato Paulista e em 1979, fez sua estreia na 5a divisão.
O time classifica-se para a fase seguinte, mas acaba eliminado nas quartas de final para a Jalesense.
Com a reorganização do futebol paulista passou a jogar a terceira divisão em 1980, mas não se classifica para a próxima fase:
Não se classifica também em 1981 nem em 82 e se licencia do profissionalismo. Volta apenas em 2000, na 5a divisão (série B2). Em 2001 e 2002, joga a 6a (série B3) com péssimas campanhas, afastando-se definitivamente do futebol profissional.
Por fim, o último time a ser fundado: o Esporte Clube União Barra Funda, fundado em 23 de março de 1972.
O time disputa o amador mas em 1978, disputa a 5a divisão do Campeonato Paulista.
Por fim, menção especial ao novo time da cidade, o Grêmio Esporte Clube de Ourinhos, fundado em 1 de Agosto de 2015.
O time jogou a Taça Paulista de Futebol, tem um perfil sempre atualizado no Insttagram (veja aqui) e tem trabalhado bem as categorias de base.
O Grêmio Esporte Clube de Ourinhos tem mandado alguns de seus jogos no Estádio Municipal Djalma Baía.
O nome é uma homenagem ao jogador nascido na cidade e que acabou indo para Portuguesa, e que faleceu em um acidente de carro, jovem ainda.
Esse já é um estádio mais novo, do início dos anos 90 e que além do Grêmio, tem atendido ao futebol amador da cidade.
Ainda que seja mais acanhado, tem uma ótima estrutura, esse é o gol do lado direito.
A arquibancada deste lado de onde faço as fotos é descoberta mas tem lindas árvores (entre elas uma mangueira) oferecendo boa sombra.
Aqui o lado esquerdo da arquibancada e o gol ao fundo.
E lá no meio campo, está a arquibancada coberta.
Fomos até lá pra também registrar mais este espaço.
Olhando lá da arquibancada coberta, esse é o gol da esquerda:
O meio campo:
E o gol da direita.
Até uma pequena cabine de rádio existe no estádio.
Ufa…. Quanta história, quanto futebol… Espero que o futuro possa desenhar novidades para o futebol de Ourinhos…
É importante repetir a mesma história de sempre: por séculos e séculos, a região de Boituva foi terra indígena. O próprio nome é de origem guarani: Mboituva, que significa “muitas cobras”. Até por este detalhe, o local não era tão habitado pelos indígenas, mesmo sendo uma paisagem incrível. Mas ali por perto, dois povos seguiam com sua existência secular: Guaianases e Carijós até que a chegada dos portugueses mudou tudo isso…
Com o passar do tempo, a região acabou ficando entre duas ocupações: Sorocaba e Porto Feliz, ambas muito importantes durante as expedições em busca de ouro e de indígenas que seriam escravizados. Boituva acabou se tornando uma parada para viajantes, tropeiros e mascates. Atualmente existe um Museu dos Tropeiros na cidade.
Logo, a cidade passou a desenvolver a agricultura e pecuária, mas o escoamento da produção para os grandes centros de consumo só foi acontecer com a chegada da Ferrovia, a Sorocabana e a instalação da estação Boituva, em 16 de Julho de 1882. Foto do incrível site Estações Ferroviárias.
Com os trens, a cidade se movimentou, surgem hotéis, restaurantes, pensões e outros comércios, o que ajudou a aumentar o número de moradores, principalmente com a chegada de imigrantes que vieram para o cultivo do café e depois passaram a se dedicar ao algodão, a alfafa, o café, a cana, o abacaxi e mais atualmente, cogumelos e hortaliças.
Falando sobre o futebol local, Boituva tem dois times para se orgulhar, e o mais antigo deles é a Associação Atlética Boituvense.
A AA Boituvense foi fundada em 13 de Março de 1948, numa época em que a cidade possuía menos de 5 mil habitantes. Seu campo, o Estádio Luiz Grando, fica na Rua Moacir Ferreira, nº 81, na Vila Ferriello.
Aqui, uma imagem da AA Boituvense de 1956:
Estivemos por lá em 2024 para finalmente fazer umas fotos do estádio, se liga:
Vamos dar uma olhada na parte interna:
Esse é o banco de reservas:
A arquibancada fica apenas de um lado do campo, do lado da avenida:
Aqui, o gol da direita:
Aqui, o gol do lado esquerdo, onde existem as entradas do campo:
E aqui o meio campo, com a arquibancada:
Ah, tem também um pequeno lance de arquibancada atrás do gol da esquerda:
Mas logo, o amor da cidade passou a se dividir… Com o crescimento da Indústria Votorantim, em 1º de maio de 1959, por meio dos operários da industria nasceu o Esporte Clube Votoran.
Esse é o time do ano de fundação, 1959:
O time de 1960:
Mas o grande momento do time chegou em 1983, quando o EC Votoran se sagrou Campeão amador do Estado, batendo na final o Brodowski FC (após vencer em Boituva por 1×0 e conquistar um empate em 2×2 em Brodowski).
Em 1989, veio o bicampeonato do EC Votoran vencendo na final o São João FC de Capela do Alto (final: Esporte Clube Votoran 1 x 0 São João de Capela).
Foi por essas duas conquistas históricas que decidimos parar na cidade para almoçar, no retorno para Santo André.
E já que estávamos ali, decidimos conhecer e registrar o Estádio Comendador Olímpio Andrade, a atual casa do EC Votoran!
Sei que essa entrada parece meio caída, mas é que ela é a mais histórica, com o nome do estádio e tudo, mas tem uma outra entrada pela parte de baixo que está bem ajeitadinha!
Vamos dar uma olhada no estádio!
O Estádio foi inaugurado em 1989, para receber as partidas do Amador do Estado.
Olha que bacana esse vídeo de alguém que registrou o dia da inauguração do Estádio:
Com tantas dificuldades, é de se surpreender que o EC Votoran siga resistindo e ainda tenha como casa um estádio tão bonito! Essa é a outra entrada:
Olha que linda a arquibancada em verde e vermelho na lateral do campo!
Atualmente o Estádio também é conhecido como Arena Saint Roch, graças a uma parceria com a agência esportiva Saint Roch Sports.
O clube possui uma sede social no próprio estádio.
Aqui o registro tradicional do meio campo:
Do gol do lado esquerdo:
E do lado direito:
Aqui, a vista lá do morro onde fica a entrada antiga, registrada no começo do post.
Porém, como o estádio foi construído em 1989, você deveria se perguntar onde foi disputado o campeonato do 1º título, em 1983. E o Estádio do Gamitão é a resposta!
Essa é a entrada do estádio do Gamitão.
O Estádio recebeu melhorias recentemente e está todo pintado de azul e branco.
O gramado também está bem cuidado.
As arquibancadas ainda são usadas pelos torcedores do futebol amador local.
Notícias recentes dizem que o estádio receberá uma parte coberta.
Falta pouco para concluir esse rolê que aconteceu no feriado de 7 de setembro de 2018. Nossa missão era ir até Uberaba e voltar, registrando estádios nas diversas cidades que ficam no caminho.
Vivem cerca de 15 mil pessoas em Altinópolis, e a cidade diz produzir o melhor café do Brasil!
A cidade parece muito bem cuidada, tem até o tradicional pórtico de boas vindas!
Embora os bairros mantenham sua característica de cidade do interior, tranquilo e com pouco movimento, a cidade é cruzada por largas e arborizadas avenidas.
Nosso objetivo na cidade de Altinópolis era conhecer e registrar o Estádio Municipal Sileno Crivelente.
E aí estamos nós! Em mais um estádio desse interior tão futebolístico!
Uma bilheteria a mais registrada.
O Estádio Sileno Crivelente foi a casa do Altinópolis FC em suas disputas amadoras e em sua única aventura pelo profissional da Federação Paulista de Futebol, a terceira divisão de 1958.
O clube foi fundado em uma primeiro de maio, em 1917. E desde cedo, brilhou no amadorismo. Esse era o time de 1937:
Esse, o time de 1949, campeão Amador do interior do Estado de São Paulo:
E olha que vídeo sensacional sobre essa conquista:
Não encontrei nenhuma placa indicativa da inauguração do estádio, apenas uma de “condições de uso”.
Vamos dar uma olhada por dentro?
Demos sorte de estar rolando uma partida amadora (mas não era do Altinópolis FC).
Esse é o gol do lado esquerdo (pra quem olha da lateral principal):
Esse, o gol do lado direito (perceba a arquibancada lá atrás):
É bonito ver o distintivo do clube ainda nas paredes.
Esse é o lado “da arquibancada”:
E aqui está a própria arquibancada atrás do gol:
Aqui, uma vista de traz do gol, olha que linda a serra lá atrás:
Aqui, o pessoal que apoia o time local:
Olha que linda fonte, dentro do estádio.
Muito orgulho em estarmos presente em mais um templo do futebol paulista! E sigamos em frente!
Hoje é dia de contarmos sobre nossa busca pelos Estádios da cidade de Pedreira, que fica há uma meia hora de Campinas e é conhecida por ser um centro de compras de objetos de decoração.
Lá, em março de 1939 surgiu um time chamado EC Santa Sofia.
Sua sede social e esportiva ainda permanece ativa na cidade.
O clube nasceu como amador e vive atualmente como um clube social.
O time começou com um início modesto com disputas locais, e antes que fizesse sua estreia pelas disputas da Federação Paulista, um outro clube local chamou atenção e disputou o Campeonato do Interior de 1943: o Corinthians EC (distintivo do site Escudos Gino).
Em 1944, o EC Santa Sofia estreia no Campeonato do Interior:
Em 1945 mais uma vez disputa o acirrado grupo da 6ª região ao lado de times como Ponte Preta, Guarani, Bragantino, Rio Branco entre outros…
Aqui um lindo registro do time de 1946 que mais uma vez disputou o Campeonato do Interior:
Em 1947, mais uma vez os dois times de Pedreira estavam presentes:
O grande destaque local vai para o EC Santa Sofia que levanta o título de campeão do interior de 1953.
Aqui, uma matéria sobre o derbi:
Em 1956, o EC Santa Sofia sagrou-se campeão do setor 13:
E fala ainda do zagueiro Arlindo, do Corinthians:
A Gazeta Esportiva registrou um amistoso do time contra o Mogiana:
Grupo do Campeonato de 1958:
Em 1966, o EC Santa Sofia faz sua estreia no Campeonato Paulista, disputando sua única edição da quarta divisão.
Com tantas histórias, lá fomos nós registrá-lo!
Como o futebol profissional não teve sequência e o clube social precisava de espaços, eles “cortaram” um pedaço do campo, e o que era a linha de fundo do passado virou a linha lateral do atual gramado.