A estrela de 2004 – As aventuras do Ramalhão no Maracanã

Lá se vão 16 anos daquele 30 de junho de 2004… Um dia pra ser guardado eternamente nos corações e mentes de todos os torcedores do Ramalhão. Preparamos dois presentes para essa data: um é este post, o outro é o clipe do Visitantes, que você vê em primeira mão:

Não sei quando foi que me dei conta de que o Santo André realmente estava na final da Copa do Brasil em 2004. Tantos desafios foram vencidos até ali, que eu já não sabia se aquilo tudo era apenas fruto da minha imaginação. Final da Copa do Brasil 2004 Pra me deixar ainda mais confuso, acordei numa quarta feira, onde normalmente trabalho, e, pasmem, estava prestes a ir ao Estádio Mário Filho, o “Maracanã” acompanhar a final in loco, eu que nunca havia assistido a um jogo sequer ali… Como não conseguimos ir com a torcida, numa última tentativa, ligamos no clube e conseguimos vagas no ônibus que estava fretado pela diretoria do Santo André. Ainda duvidando da realidade, era por volta das 10 horas quando o amigo Márcio (esse que a gente homenageia no clip do Visitantes), junto do seu irmão Matheus e de Anderson, o “Gigante” começou a buzinar em frente de casa. Ida ao maracanã Fomos em carreata fazendo um auê até o Jaçatuba, de onde sairia nosso ônibus. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Após uma espera angustiante, a viagem enfim começou, e com ela, os causos contados pelos companheiros de viagem, sendo que alguns eram diretores do clube e se divertiam revelando fatos dos bastidores, enquanto tocava o hino do Santo André. ônibus Santo André Ônibus Santo André Além do nosso veículo, ainda tinha um micro ônibus nos acompanhando levando outros amigos como o Luiz Henrique da Ramalhonautas (primeira torcida virtual do Ramalhão). Por volta das 15:00hs, paramos num posto meia boca e fizemos uma boquinha. Posto Gasolina O ônibus volta ao seu percurso, sentado atrás da gente estava um diretor financeiro do Santo André e pouco mais à frente o Wigand, antigo presidente do clube, uma verdadeira lenda! Onibus Copa do Brasil Logo que chegamos ao estado do RJ, uma ótima notícia, nos encontraríamos com o time no hotel, e dali sairíamos juntos. Adentramos na Serra das Araras e vejo o primeiro carro com bandeira do Flamengo. Começo a pensar que este será o jogo onde verei o maior número de torcedores rivais na minha vida… Não me abalo, estou confiante, e no fundo o placar em si, já nem me importa mais, quero só mostrar meu orgulho deste time, que acompanhamos há tanto tempo. Estamos quase chegando na cidade do Rio de Janeiro. São 6 da tarde e percebo que pegaremos o horário do rush na Av. Brasil, o que nos atrasaria bastante. Av Brasil - Rio de Janeiro

Um dos organizadores nos informa que não iremos mais pro hotel, e sim direto pro estádio, mas que teríamos escolta da polícia assim que chegássemos na cidade.

O motorista parece meio doido, corta boa parte do transito, faz um caminho louco, entra e sai de quebrada. O rádio informa que o movimento já é grande ao redor do Maracanã, também, pudera, já era 19:25hs. Após muitas voltas, caímos em uma grande avenida, já abarrotada de flamenguistas, onde podemos visualizar o Maracanã ao horizonte. Maracanã Devemos estar uns 4 km longe, e a nossa frente… aquele trânsito…. Tinha muita gente indo pro jogo, muita mesmo. Santo André x Flamengo - Copa do Brasil 2004 - Maracanã - RJ De repente, o micro ônibus que estava com a gente parou e começou a sair uma nuvem de fumaça enorme… Alguém gritou: “Pára motorista!! O ônibus deles ta pegando fogo!!!!!!”. Só depois percebemos que, na verdade, o pneu dele havia caído dentro de um bueiro, e acabou socorrido pelos torcedores ramalhinos com a ajuda de alguns flamenguistas… A situação estava um caos, o ônibus não havia andado 500 metros nos últimos 20 minutos, mas de repente, como uma miragem no deserto, aparece o ônibus da delegação, com a escolta! Mas… Nosso motorista vacilou e perdeu a chance de chegarmos mais rápido. Santo André x Flamengo - Copa do Brasil 2004 - Maracanã - RJ Agora somos nós contra 70 mil rubro-negros espalhados pelas ruas do bairro, e dá lhe arrastões, bondes, provocações com a gente, e muito vermelho e preto…. Justiça seja feita, em momento algum nos colocaram em situação de risco real. Torcida do Flamengo Era muita gente, e parecia que ninguém se movia, parecia um formigueiro humano… Santo André x Flamengo - Copa do Brasil 2004 - Maracanã - RJ Essa foto é incrível, veja a galera já reconhecendo a gente como torcida do Santo André: uns dão joia, outro arremessou um pedaço de gelo, e outros dois com as mãos à cabeça parecem se perguntar “O que esses loucos vieram fazer aqui???”: Torcida Flamengo Após mais de uma hora nesse inferno, chegamos em frente ao Maracanã, o massagista do time, que estava no nosso ônibus decidiu descer em meio à torcida deles pra não perder o jogo. Já era 20:40hs! A foto não saiu “legível”, mas fiquei emocionado ao ver uma faixa que dizia algo como “A Torcida Banguense deseja sorte ao Santo André”. torcida Bangú Quando tudo parecia se acertar, o motorista fez merda de novo e perdemos o portão 13 que iria nos dar acesso aos nossos lugares… A decisão mais acertada parece ser descer ali mesmo, em meio ao mar rubro negro. A galera começa a ficar nervosa… Alguns acham arriscado, mas o motorista se recuperou dos erros e dando uma ré no meio daquela loucura, o ônibus conseguiu entrar no estacionamento. Descemos e a polícia chegou. Embora parecessem mais guardadores de carro do que policiais, e tivessem no máximo 20 anos, toparam nos guiar até as catracas passando pelo meio da torcida local. Assim que retirei meu ingresso da catraca, já não havia mais nenhum policial conosco. A partir dali, era por nossa conta. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã Subimos as escadarias do Maracanã com a galera cantando “Meeeengoooooooooo”… Era uma festa tão contagiante que até a gente tava cantando…. No momento em que chegamos no fim das escadarias, não acreditei no que via… Pra quem gosta de futebol, não importa o time, aquela é uma visão maravilhosa: o Maracanã lotado, com muitas bandeiras, faixas, confetes, e tudo mais, além da vibração da galera… Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Não haveriam lugares separados para os torcedores paulistas, e nos pusemos a contornar o anel da arquibancada, buscando algum lugar ao menos pra sentar (tava muito lotado… aquele empurra empurra, gente indo, vindo…). Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Enquanto procurávamos um lugar falei pro meu pai “Hoje é histórico pra nós, mas é pra eles também…”. Na mesma hora, o cara do meu lado virou pra mim e falou “Oh, tu é paulixxxta! Tu veio até aqui torcer pro Sant’André? Não vai querer gritar aqui hein…”. Voltei à realidade… Estava em outro estado, no meio da maior torcida do país, indo torcer pro time contrário, e não podia sequer abrir a boca, que já me identificariam… Encontramos uma seqüência de cadeiras vazias e sentamos. O pessoal do ônibus se separou e sentou por ali. E não é que em meio aquela bagunça toda, alguns dos nossos torcedores começaram a gritar “É Santo André!!”… Virei pra conferir e estavam com as camisas do ramalhão, como se estivessem no Brunão, gritando. A torcida local começou a chiar, mas foi a loucura mesmo quando eles abriram uma faixa com uma mensagem pro Galvão. Voaram latas, sanduíches, chinelos e etc… Quando o pior tava pra acontecer apareceu a polícia para tira-los de lá. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã O policial os convenceu a irem pras arquibancadas junto da TUDA e da Fúria (que estavam no anel inferior, atrás do gol). Assim que eles sairam um flamenguitsa veio e gritou: “Aê, aê, é tudo paulixxxta aqui ó, é tudo paulixxxta” e nos apontou… Assim que sentamos os jogadores já saíram da pose da tradicional foto do campeão e foram para o campo, pro jogo começar. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã O jogo rolava, e eu nem acompanhava direito de tantas coisas que tinham para ser obseravdas. Além disso, estava um jogo feio, truncado e quando eu comecei a querer assistir, alguém cutucou minhas costas, como que me chamando. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã A princípio achei que fossem torcedores nossos, mas de repente ouvi a mesma pessoa me perguntar “Olha só, o Filipe é qual número?”  Xi… fudeu… E era pra mim… Eu só tive tempo de responder num carioquês embrulhado “Ele é o déixxxx, mas jogava com a seixxxx”.  Não deu certo… Ficaram me enchendo o saco dizendo pra não torcer ou eu teria que sair dali … Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Lá embaixo a nossa galera se fazendo ouvir de tempos em tempos, mesmo com quase 80 mil torcedores gritando contra. A Fúria Andreense e a TUDA fizeram bonito aquela noite! Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Assim que acabou o primeiro tempo, veio o meu inferno. O local onde estávamos era tipo “cadeiras cobertas” e o que separa este setor dos outros é uma placa de um tipo de acrílico com quase 2 metros de altura. E os caras começaram a bater naquela placa e fazer um puta barulho, e gritar “Olha aqui tem paulixxxta”… Meu pai tranquilizava dizendo “Calma, que o jogo vai recomeçar e eles te esquecem”. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Mas o 2o tempo começou e os caras não parar. Pra tentar me livrar disso, pensei em sentar junto com o Márcio, o Matheus e o Anderson… Pô, os caras são grandes, duvido que alguém vai vir nos encher o saco! Comecei a subir e pude ver que a situação não estava boa pra nenhum andreense… Tinha cara abraçado à bandeira do flamengo tentando se disfarçar, outros, nem bem me viam e diziam baixinho, “Sai fora, que aqui eles já tão desconfiados”. Quando cheguei no Márcio, vi que nem lugar pra sentar tinha… Eu me sentia uma batata quente, que ninguém queria segurar. Era melhor voltar ao meu lugar. Voltei e pensei num plano “B”: sentar sozinho no meio da torcida deles pra me misturar. E foi o que eu fiz, assim que o Flamengo teve um lance de ataque, desci uns 10 degraus e sentei na única cadeira livre (claro, assim que sentei percebi porque estava disponível… a cadeira estava molhada…). Estava em meio a uma criança e um homem de uns 40 anos. Pensei: “aqui eu to tranqüilo”. Meti minha toca (num calor de uns 35 graus), abaixei a cabeça e fiquei o mais encolhido possível. Foi assim, e desse lugar que vi o sonho se concretizar. O Santo André fez 1×0. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã  Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã

O gol foi um soco no estômago na torcida rubro negra… Como não podia gritar pra comemorar, Márcio fez a primeira “selfie” dos anos 2000 pra registrar a alegria!

Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã

O tempo não passava direito, as coisas estavam cada vez mais tensas, e de repente… 2×0. Pensei… “SOMOS CAMPEÕES!!!!!”, mas tudo o que pude dizer ao cara da cadeira ao lado foi “Que merrrrrda, hein merrrrmão”… Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Só fui ter consciência do que acontecia após uma cobrança de falta do Flamengo que foi uns 3 metros acima da trave. Levantei a cabeça e vi que muita gente tinha gente indo embora. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Priiiiiiiiiiiiiiii!!! Ouvi o apito final do juiz. Já dava pra desabafar e chorar um pouco… Reunimos boa parte do pessoal que veio conosco e gritamos “É Campeão” sendo aplaudidos por alguns torcedores do Flamengo. Lá embaixo nossa torcida ia ao delírio! Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã O time passou a fazer a festa em campo! Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio Maracanã Os diretores começaram a pular para as cadeiras da imprensa, e nós fomos atrás, até chegarmos em um túnel que levava à porta de acesso aos vestiários. Um a um, os diretores foram entrando até que na nossa hora, o segurança pediu nossas identificações e … Fomos barrados… Tentei me lamentar com outro segurança que me deu a dica: “Entra naquela segunda porta, que você sai no campo”. Tinha certeza que era alguma armadilha, afinal de onde estávamos víamos muitos torcedores do Flamengo deixando o estádio, sem nenhuma proteção entre eles e a gente. Mas, como era a única coisa a se fazer naquele momento, decidimos arriscar… Andamos um pouco e de repente, para nosso espanto… Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã Estávamos dentro do campo!!! Não consegui acreditar que entrávamos, sem qualquer impedimento no mais sagrado templo do futebol brasileiro. Assim que entramos, os jogadores estavam rezando. Eu nem acreditava, e corri pra galera, pra tentar encontrar algum conhecido. Não conseguia enxergar direito e quase caí no fosso que separa a torcida do campo. Pude ver o Ovídio, o pessoal da Fúria, entre outros. Quando voltei minhas atenções pro campo, vi o Márcio caído no gramado deitado e sorrindo. Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã Aproveitamos pra pegar no pé de vários jornalistas que nunca acreditaram em nós. Flamengo 0x2 Santo André - Copa do Brasil 2004 Depois, olho pro lado e vejo meu pai ajudando a carregar a taça pra dar a volta olímpica… Flamengo 0x2 Santo André - Copa do Brasil 2004 Tiramos fotos em tudo que foi lugar, no gol, no meio das entrevistas da jovem pan, no banco de reservas, na cadeira da globo… Flamengo 0x2 Santo André - Copa do Brasil 2004 Flamengo 0x2 Santo André - Copa do Brasil 2004 Comemoramos com a torcida, como se fizéssemos parte do time. Olhava o Maracanã de dentro pra fora, pisava na mesma ponta de grama onde Garrincha fizera história, lembrei do filme do Pelé, e imaginei quantas jogadas aquele lugar não presenciou… Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã  Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã  Flamengo x Santo André - Copa do Brasil 2004 - Estádio do Maracanã Era quase uma festa particular, exclusiva para umas poucas pessoas, nunca mais esqueceríamos o que vivemos naqueles momentos. Flamengo 0x2 Santo André - Copa do Brasil 2004 Pra acabar a noite, ainda fomos aos vestiários, conversamos com dirigentes, jogadores, tiramos fotos com o Chamusca, o Sérgio Soares, o Sandro Gaúcho, e até beijando a taça. Péricle Chamusca - Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004 - Maracanã Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004 - Maracanã Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004 - Maracanã Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004 - Maracanã Meu pai agia como um jogador, bebia água, gatorade, deitava e relaxava nas cadeiras, só faltou tomar uma ducha e dar entrevistas. Já era quase umas 2 da manhã, quando saímos por um portão lateral, e pra surpresa geral ainda havia alguns torcedores do flamengo, uns olhavam meio feio, outros queriam até trocar a camisa, mas nessa hora já não temíamos mais nada… Subimos no ônibus, e cantamos até umas 3 ou 4 da manhã, quando paramos num posto. Após o posto, todos dormiram, satisfeitos, com o sabor de missão cumprida. Só eu e meu pai ainda estávamos acordados (típico da nossa família), e chegamos praticamente destruídos de cansaço. Era o fim de uma aventura e o início de uma nova era pra nós que acompanhamos o Santo André de perto há tanto tempo. Nada mais seria igual, nunca mais seríamos os mesmos. Só de olhar para o ingresso dá vontade de chorar… Santo André Campeão da Copa do Brasil 2004 - Maracanã O fim da história (se é que a história tem fim) nos levou da extrema felicidade à tristeza sem fim, quando o amigo Márcio, 7 meses depois faleceu em um acidente de moto, deixando as lembranças desse jogo como uma festa de despedida de uma amizade que tínhamos desde criança. Esse post e o clipe são uma homenagem e lembrança ao nosso Ramalhão, mas sem dúvida, também é uma homenagem e lembrança a ele. Márcio Fenício

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

]]>

133- Camisa do Galícia Esporte Clube

A 133ª camisa do blog vem de Salvador, capital da Bahia. Um lugar que eu ainda não conheço, mas tenho nos meus planos de visitar, um dia.

O time dono da camisa é o Galícia Esporte Clube.

O Galícia é um dos times mais tradicionais da Bahia, ao lado de Vitória, Bahia e Ypiranga, entre outros. O time foi fundado em 1933, por imigrantes espanhóis que vieram da Galícia (uma comunidade autônoma espanhola), entre eles Eduardo Castro Iglesias.

Quatro anos após após sua fundação, em 1937, o time foi campeão estadual. A fase inicial do time foi muito boa e além deste título vieram 5 vicecampeonatos, em 1935, 1936, 1938, 1939 e 1940. Esse era o time de 1940:

Já no ano seguinte do time acima, em 1941, começaria um dos grandes feitos do time: o tricampeonato de 1941, 1942 e 1943, o primeiro tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol. Em 1967, mais uma vez foi foi vice campeão, com o time:

Voltou a ser campeão baiano em 1968. A foto abaixo retrata alguns dos jogadores daquela campanha:

O time chegou a mais três vicecampeonatos em 1980, 1982 e 1995. Participou ainda do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão em 1981 e 1983, mas se tem uma coisa que dá ainda mais orgulho aos torcedores é lembrar que o atacante Oséias começou sua carreira por lá!

Nos anos 90, disputou a série C do Brasileiro, entre 1995 e 1997. Mas as coisas ficaram ruins e em 1999, o time foi rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Baiano. E quem achava que o acesso viria fácil, se enganou… Esse foi o time de 2001:

Em 2002, licenciou-se de competições profissionais. Era o fim do Galícia… Ao menos por 4 dolorosos anos. Em 2006, o improvável acontece. Um grupo de torcedores criou a “ATAG”: Associação Torcedores e Amigos do Galícia para colaborar com a recuperação do clube. Com a ajuda, o clube voltou a participar do Campeonato Baiano, da Segunda Divisão, ficando em terceiro lugar. Em 2008, o vice-campeonato não foi suficiente para o acesso, com o time:

O time de 2010 também não conseguiu o acesso…

Assim, em 2012, o Galícia permanece na segunda divisão estadual, ainda com chances de subir pra primeira divisão. Falando um pouco dos estádios, por onde o time já jogou, antigamente, o Galícia mandava seus jogos no antigo Campo da Graça. Posteriormente, passou a ter o mando de campo na Fonte Nova, e, eventualmente, no Estádio de Pituaçu, belo estádio, diga-se de passagem:

Atualmente, o Galícia conta com seu próprio estádio, o Parque Santiago, construído em 1995 e que tem capacidade para cerca de 2 mil torcedores, mas dificilmente usa este campo para seus jogos, mandando seus jogos em estádios de cidades próximas.

O Galícia é conhecido como “Demolidor de Campeões”, “Granadeiro” ou “Azulino”. Seu mascote é o granadeiro:

Pra quem gosta de ouvir e conhecer hinos de times, segue um vídeo legal:

Seu maior rival é o time do Ypiranga, com quem faz o clássico “lado b” do futebol baiano, pra festa das torcidas!

Aliás, falando em torcida, veja como é um jogo do Galícia:

Para maiores informações, o site oficial do time é o http://www.galiciaec.com.br/ , mas também existem informações bacanas no http://www.granadeiros.com .

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Mogi Mirim Campeão do Troféu Interior Paulista

Sábado, 12 de maio de 2012.
Tarde fria e escura pelo interior paulista.

Enquanto a maioria dos torcedores e da mídia esportiva aguardava a chegada do domingo para a final do Paulistão 2012, nós dirigíamos pela estrada vicinal que liga Arthur Nogueira a Mogi Mirim, empolgados para acompanhar a final do Troféu do Interior Paulista.

Chegar ao estádio num dia desses é emocionante.
E a diretoria do Sapão ajudou, colocando os ingressos a preços honestos: R$ 20 e R$ 10 (a meia entrada).

É ótimo ver que ainda tem gente se empolgando com o time da cidade, mesmo que parte desses torcedores só apareçam na final.

Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (antigo Papa João Paulo II) não estava completamente cheio, mas pelo que eu conversei com alguns torcedores, foi o jogo de maior público local do ano.

E cada um buscou levar as cores e símbolos do Mogi Mirim, como possível.
Camisas, faixas, bandeiras…

O clima de festa estava no ar.
O placar do primeiro jogo, uma vitória por 4×2, em Bragança Paulista, deixou todo mundo pronto pra festa.

E lá estávamos nós acompanhando mais uma página histórica do futebol paulista.

A torcida Mancha Vermelha fez uma festa muito bonita.
Lá ao fundo dá pra ver o bandeirão deles.

Mas não foi só o bandeirão que ajudou a fazer a festa.
Olha o show que eles deram, nas arquibancadas:

E ta aí a faixa deles, presente em todos os jogos do Mogi!

Como eu gosto de frisar, além das organizadas, haviam muitos torcedores “comuns” ou como eu prefiro chamar “autônomos”, que moram na cidade e estavam ali para acompanhar a sua cultura local!

Ah, e tinha até uma banda que ficou tocando o tempo todo…

O mascote do Mogi fez a festa da criançada e até dos marmanjos que acham graça em ver o Sapão ali em carne, fantasia e ossos…

E para quem acha que não faz sentido torcer por um time que não seja São Paulo, Palmeiras, Santos ou Corinthians, fica aí mais uma opinião sobre o que é torcer para o time da sua cidade…

O time do Mogi começou com tudo e logo de cara fez 2×0, ainda no primeiro tempo, deixando claro que a noite seria de comemoração.

A festa só não foi maior, porque depois de dar um penalty para o Mogi, o juiz fez que não viu, pelo menos outros dois e o Bragantino ainda viria diminuir com um gol no final do primeiro tempo.

Mas a missão do Bragantino era muito difícil, já que havia sido derrotado em seus domínios no primeiro jogo.
Mesmo assim, alguns torcedores de Bragança compareceram para defender, apoiar e cobrar seus jogadores.

E se a torcida foi exemplo de superação, o Bragantino tem ainda em seu banco de reservas, outro motivo de orgulho: o técnico Marcelo Veiga, atualmente o treinador há mais tempo comandando uma equipe, no Brasil, a frente do time desde 2007.

É sempre com muito respeito às duas equipes e torcidas que a gente procura mostrar esse lado do futebol, muitas vezes deixado de lado pela grande mídia.
Sabemos que para nós e para os torcedores, são momentos mágicos, de eterna lembrança!

Outra figuraça que não podia deixar de ser citada é o Anderson, goleiro do Mogi Mirim, que após ter se machucado no jogo de ida, preferiu jogar com um capacete de proteção dando uma cara de de maluco pra ele hehehehe.

O jogo passou rápido. Estava bom e cheio de gols!
A certa hora do jogo eu confesso que até perdi a conta..

O placar acabou em outro 4×2, para o delírio do pessoal de Mogi.

Parabéns pela festa!

Da série “Culinária de estádio”, destaque para a pipoca quentinha, servida atrás do gol…

Ah, a polícia estava presente, como sempre, para sua proteção…

Mogi Mirim dormiu contente. Como deveria ser.
Assim como o pessoal do próprio Bragantino, que também representou bem a cidade.

Era o penúltimo jogo do interior paulista pela série A1 de 2012.
Na tarde seguinte, o Guarani iria disputar o segundo jogo da final contra o Santos.

Ao final, mais do que festa, ficam os parabéns para a torcida, aplausos para quem realmente faz a festa do futebol no interior.
O futebol ainda sobrevive nos estádios escondidos dos holofotes da grande imprensa…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

116- Camisa do Palestino (Chile)

A 116ª camisa de futebol do nosso blog é bastante curiosa.
Embora venha de um time aqui da América do Sul, ela defende as cores de um povo do Oriente Médio, que atualmente tem sido bastante coagido em sua própria terra natal.
Trata-se da camisa do Club Deportivo Palestino, do Chile.

O Palestino nasceu em 1920, na cidade de Osorno, de onde sairam atletas de outras modalidades, também, como se pode ver…

Foi fundado por um grupo de imigrantes, defendendo as cores e cultura da comunidade palestina no Chile. A partir de 1952, o Palestino começa a disputar o futebol profissional, pela segunda divisão chilena, com o time abaixo:

E logo no seu primeiro ano, sagrou-se campeão, conquistando o acesso à primeirona! E 3 anos depois, em 1955, o clube conquistou seu primeiro campeonato nacional, com o time abaixo:

Por começar a atrair muitos craques no elenco, o time ganhou o apelido de milionário. Em 1970, o clube volta para a segunda divisão.
O clube retornaria em 1972, com o título da segunda divisão.
Aqui, o time de 1975:

Em 1977 viria um novo título da Copa Chile. E em 1978, viria o seguindo título numa campanha marcada pelo recorde em número de jogos invictos, com o time:

A década de 70 se encerrou bem, afinal o time conseguiu disputar 3 edições da libertadores (76,78 e 79) sendo que em 79, o Palestino chegou até a semifinal, sendo eliminado pelo campeão Olímpia. A década de 80 levou novamente o time a um “passeio” pela segunda divisão, de onde retornou rapidamente. Em 2006, o time enfrentou sua pior fase, tendo que disputar com o time Fernandez Vial para manter-se na primeira divisão.

Em 2008, chegou a final, perdendo para o Colo-Colo.

O time de 2010, que chegou à semifinal da Copa Chile e nas posições intermediárias do nacional. O time manda seus jogos no Estádio Municipal de La Cisterna, com capacidade para 12 mil pessoas. Estivemos lá em fevereiro de 2011 (veja aqui como foi):

Fomos até lá conferir um jogo sub-20 do time contra o Colo-Colo:

Esta é a torcida local:

O time ainda conta com a torcida do vocalista da banda MISERABLES, como pode se comprovar neste clip, onde ele canta usando a camisa do time:

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!