Conhecido popularmente como Monumental de Colo-Colo, possui capacidade para mais de 43 mil torcedores, e ocupa uma área bem grande na comuna de Macul
Infelizmente, o Estádio Monumental David Arellano tem sua entrada bastante restrita, não dá pra chegar e ir entrando…
Estivemos por lá antes de ir embora, e foi bem triste relembrar (porque já havíamos passado por isso na nossa última viagem ao Chile) que só se entra pagando a visita guiada, então preferimos apenas dar essa olhada…
Já escrevemos sobre a camisa do Colo Colo, veja aqui como foi.
Claro que um cartaz celebrativo do centenário do Colo-Colo veio para Santo André…
Hora de ir embora…. E voltar para mais um ano de muito trabalho no Brasil!
A capital chilena vem se desenvolvendo bastante nas últimas décadas, tornando-se mais uma dessas metrópoles globais e a Grand Torre Santiago está aí para ilustrar esse progresso.
Mas você pode questionar o que é o progresso e se como ele se materializa no nosso dia a dia, e pra você não pensar sozinho, deixo abaixo um som da Plebe Rude que questiona a dualidade progresso x retrocesso nesse processo.
O fato é que esse mundo de guindastes, cimento e construção civil se mistura com o nosso rolê de hoje, porque o estádio da Universidade Católica está em obras.
O que se espera após esta faraônica obra é algo similar ao projeto abaixo:
A Universidad Católica foi fundada em 21 de abril de 1937 e seus torcedores são chamados de “Los Cruzados”e já adesivaram todos os postes e placas da região do estádio.
Até 2024, a Universidad Católica já conquistou dezesseis campeonatos chilenos, sendo o primeiro título em 1949, registrado abaixo em foto do site Memória Chilena!
Depois vieram títulos em 1954, 61, 66, 1984 e 1987, com o time abaixo:
A partir daí o Campeonato passou a ter dois títulos e em 1997 e 2022,a Católica vence o Torneo Abertura, com o time abaixo:
Em 2005 e 2010, ganha o Torneo Clausura.
Em 2016, ganha o dois, depois o campeonato volta a ser único e a Católica levanta o caneco em 2018, 2019, 2020 e em 2021, com o time:
Além disso foi vice campeã da libertadores em 1993.
No ano seguinte, como o São Paulo abre mão da disputa da Copa Interamericana, a Católica joga em seu lugar e levanta mais um título!
Voltando a falar do Estádio San Carlos de Apoquindo, sua inauguração foi em 4 de Setembro de 1988.
Sua capacidade é de 20.000 torcedores e ele fica dentro da Universidade, em Las Condes, na região metropolitana de Santiago do Chile quase no pé da cordilheira. Demoramos quase uma hora pra chegar lá.
Ao chegar, esperávamos poder olhar alguma parte do lado de dentro, mas as obras estavam paradas e todas as portas de acesso fechadas…
Registrei um pouco das máquinas presentes no seu entorno:
Mas achei um vídeo da parte interna das obras:
O jeito foi registrar um pouco do entorno…
E fazer a foto em frente do que será um moderno estádio em alguns meses…
Nos posts anteriores mostramos algumas coisas de Santiago, mas talvez tenha faltado falar que há alguns anos, além de gostar da história dos povos originários, a gente começou a pegar gosto pela história natural dos locais que visitamos.
Assim, aproveitamos a oportunidade de conhecer o Museu Nacional de História Natural do Chile em Santiago.
Na ocasião da nossa visita, uma exposição especial de dinossauros!
Mas também faltou falar da 90 minutos!
E aí um pouco das camisas de times que você encontra por lá!
Um outro ponto que vale a pena é o bairro Lastarria, que lembra um pouco a Vila Madalena.
Destaque também para a rua dos brechós em Santiago, a Calle Bandera. Na verdade não são bem brechós, mas “lojas de roupa americana”, onde pessoas revendem roupas de segunda mão que compram em containers vindos dos USA.
Andando pelo centro da cidade, pudemos ver o monumento aos povos indígenas, que rememora a bravura do povo mapuche.
E terminamos essa parte cultural mostrando que em Santiago o mercado musical está muito aquecido, não apenas com as lojas de vinil espalhadas em shoppings e até supermercados, como também com as lojas de instrumento que vendem das coisas mais tradicionais até essa batera eletrônica que eu pirei!
Mas, falemos do tema deste post, o Estádio Bicentenário Municiplidad de La Florida.
Ou, simplesmente o “Estádio do Audax Italiano“.
O time foi fundado em 30 de novembro de 1910, ainda como Audax Club Ciclista Italiano. Como o nome indica, seus fundadores eram membros da colônia italiana que tinham como hobby o ciclismo.
O futebol só foi surgir no clube no início da década de 1920, com os irmãos Domingo e Tito Frutero. E só em 2007, passou a se chamar Audax Italiano La Florida. O time se inscreveu na Liga Metropolitana, e em 1924 sagrou-se campeão pela primeira vez!
Em 1927, o Audax começou a participar na Liga Central, a qual conquistou em 1931. Em 1933, o clube foi um dos primeiros a participar da Primeira Divisão do Campeonato Chileno.
Em 1936, sagra-se campeão nacional!
O título se repete na década seguinte, em 1946 e 1948!
Em 1957, seu quarto título.
Em 1961, o brasileiro Zizinho jogou no Audax.
De lá pra cá, muitas disputas, mas ausência de títulos… As glórias terão ficadas no passado? Fomos até o Estádio La Florida para sentir o clima do campo…
Olha aí um dos ônibus do time!
A gente foi naquele esquema de “vai entrando antes que alguém reclame”… E quando percebi… Estava ali embaixo das arquibancadas…
Então, vamos ao campo!
O Estádio Bicentenário Municipal de La Florida tem capacidade de 12 mil torcedores e é todo coberto!
Dá uma olhada na arquibancada moderna da casa do Audax Italiano!
A torcida do Audax se denomina Los Tanos (provavelmente uma derivação de “Los Italianos”).
O Estádio foi inaugurado em 1986, na época com capacidade para 7 mil torcedores. A obra de expansão para a capacidade atual ocorreu em 2007.
Como não deu pra gente estar no meio do campo, fizemos as tradicionais fotos um pouco “tortas”. Esse é o gol da direita:
O gol da esquerda:
E uma visão geral…
Mais um belo estádio chileno registrado!
O Estádio fica num bairro bem distante do centro mas conversamos bastante com moradores do local e as pessoas disseram adorar morar lá.
É ou não é um visual incrível?
Mas agora em 2025 tenho acompanhado algumas partidas do Audax, aqui do Brasil e parece que a média de público tem sido bem baixa!
Que o Audax Italiano possa encher seu estádio para a alegria dos imigrantes italianos e comunidade local!!!
Durante nossa estadia no Chile, por várias vezes escutamos as pessoas falarem sobre os tais “Dulces de Curacaví“, demorou até entender que Curacaví era um lugar, mais precisamente uma comuna da Região Metropolitana de Santiago localizada estrategicamente entre Algarrobo e Santiago.
Assim, lá fomos nós conhecer a cidade chilena entre as colinas da Cordilheira da Costa.
O nome da cidade tem origem Mapuche (linguagem Mapudungu) da soma das palavras “cura” e “cahuín”, que significa “encontro – ou reduç˜ão – na pedra”. Os assentamentos pré-colombianos de Curacaví são do povo Picunche (significa “povo do norte”e essa denominação foi criada pelos historiadores para diferenciá-los dos Mapuches do sul). Aliás, vale conhecer esse mapa dos povos originários do Chile:
Quando os espanhóis chegaram, no século XVI, os Picunches estavam enfraquecidos por combater uma invasão dos Incas (guerra Inca-Mapuche) e assim foi realmente difícil sobreviver às duas batalhas ao mesmo tempo.
Os Picunches acabaram tendo sua cultura destruída pelos espanhóis e perderam mais de 75% de sua população em menos de um século. Ainda assim, são considerados os ancestrais ameríndios dos chilenos. O primeiro documento oficial sobre a história de Curacaví, datado de 1550 diz que ali havia uma aldeia Promaucae (nome dado aos Picunches que viviam nesta região) e que estes foram entregues como “encomiendas” por Pedro de Valdivia a Juan Bautista Pastene.
A atual Curacaví era composta por apenas duas propriedades no século XVII que acabaram se dividindo junto aos descendentes dos proprietários. Aos poucos o local foi se tornando ponto de parada para os viajantes já que se localiza no meio do caminho entre a capital e o litoral. Olha que legal um dos ônibus que fazia essa linha (foto da fanpage Fotos Antigas de Curacaví):
No início do século XX, algumas famílias começaram a fazer doces, como Don Justo Poblete e aproveitando o movimento dos viajantes para vendê-los. Os doces eram cozidos em fornos de barro e recheados com manjar, melcocha, doce de abóbora ou doce de pera. Surgiram marcas como Los Hornitos, Agua de Piedra, Parolo, Doña Elisa e Doces ISSA.
Os doces de Curacavi viraram uma grande tradição nacional, vendidos frescos e dificilmente em supermercados. Atualmente, existem cerca de cinquenta fábricas que produzem doces chilenos em Curacaví, e fomos conhecer estas delícias “in loco” na loja Dulces Sandy!
É difícil explicar mais porque são várias opções de sabores bem diferentes uns dos outros, mas posso dizer que não são tão doces e enjoativos. O mais conhecido é chamado “Los Chilenitos“, tipo um sanduíche de dois biscoitos artesanais com recheio de doce de leite, como um alfajor com menos massa, tudo muito caseiro.
Dá uma olhada na loja:
É… tome um copo d’água, esqueça a água na boca e vamos falar de outra paixão chilena, além dos doces: o futebol! E Curacaví também tem uma bela história no futebol amador e profissional, e começamos nosso rolê indo conhecer o Estádio San Luis De Campolindo.
O Estádio é a casa do CD San Luis de Campolindo, fundado em 10 de abril de 1934.
O San Luis de Campolindo é uma equipe amadora mas que já revelou jogadores para o futebol profissional e possui um estádio muito bem cuidado.
Além do estádio, o time possui uma apaixonada torcida, como se pode ver na inscrição do muro ao fundo: a Canários Wapos!
E falando em jogadores da cidade, o melhor exemplo é Roberto Gutiérrez, que estava no Estádio durante nossa visita e que jogou em diversas equipes chilenas, como o Palestino.
Olha ele dando um tapa no gramado enquanto conversamos:
E bacana a montanha ao fundo do campo né?
Atravessando para o outro lado do rio que serpenteia as costas do estádio chegamos à principal casa do futebol de Curacaví: o Estádio Olímpico Curacaví.
Também tendo a montanha como moldura. O azul das arquibancadas e até dos bancos de reserva (bastante simples) contrasta com a cor de terra da montanha e cria um cenário único, inesquecível para quem ama natureza e futebol.
A arquibancada é pequena, mas permitiu a utilização do estádio por diferentes times em competições oficiais do Chile. Ah, e existe também um sistema de iluminação que permite partidas noturnas.
Um dos times que disputou o profissionalismo em Curacaví é o Juventud O’Higgins.
O Juventud O’Higgins foi fundado em 17 de outubro de 1956. Entre 1986 e 1997 disputou as divisões Terceira A e a Terceira B (quarto e quinto nível do futebol chileno), e atualmente disputa o amador regional. Aqui, o time de 2022:
A fanpage Equipes de Futbol do Chile traz algumas fotos incríveis mostrando as equipes que foram campeãs das divisões de acesso:
Em 1985, liderou o campeonato e sgrou-se campeão mais uma vez do quarto nível:
Esteve a um passo de subir para a Segunda Divisão en 1989. Em 1993, o Juventud O’Higgins foi campeão da Terceira B pela última vez, depois de vencer o Unión Municipal La Florida por 2×1. Em 1995 subiu para a 3ª divisão depois de ser vice campeão e, abandonando o profissionalismo em 1997 e dedicando-se atualmente apenas ao amadorismo. Mandou seus jogos no Estádio Municipal Julio Riesco, com capacidade para cerca de mil torcedores. Não estivemos por lá, mas achei essas fotos no Google Maps:
O outro time da cidade que disputou o profissionalismo é o Curacavi FC, fundado em 22 de dezembro de 2014.
O time disputa a Terceira B desde 2015 e em 2024 foi eliminado somente nas quartas de final (para um dos times que conquistou o acesso, o Malleco Unido), classificando se em 3º na primeira fase
Esse foi o time de 2024:
E o Estádio Olímpico foi onde o Curacaví FC mandou seus jogos na Zona Central da Tercera B, a 5ª divisão do futebol chileno.
Olha aí que belo visual das arquibancadas onde cabem cerca de 1500 torcedores:
Para chegar a Algarrobo tivemos que novamente subir uma parte da serra, mas cerca de 60 km antes de Santiago, descemos a direita.
Pelo mapa fica mais fácil de ver, vindo de Viña, saímos na estrada após Casablanca:
E não é que existe uma praia de nome Mirasol no Chile?
O litoral parece sempre ter atraído os seres humanos e no Chile não foi diferente. Quando os espanhóis chegaram à região, ainda no século XVI, encontraram diversas sociedades ali, algumas delas já milenares, como a Tradição Bato, cujos vestígios indicam que já habitavam a região 2 mil anos antes de Cristo (Ilustração de Jorge Salinas):
Outro grupo que se tem informação são os povos da Tradição Llolleo (ou Complexo Cultural Llolleo), que estiveram pela região litorânea entre 200 e 1.000 anos depois de Cristo (Ilustração por Chris Fattori):
Mais um exemplo que demonstra a diversidade dos povos pré colombianos é a Cultura Aconcágua que habitaram a região desde o século X com um modo de vida semi-sedentário com casas próximas a rios e à costa do Pacífico. Gravura de Gerónimo de Bibar na sua “Crónica e relação copiosa e verdadeira dos reinos do Chile”:
Em 1535, Diego de Almagro comanda uma expedição do Peru até as terras chilenas e é assim que se inicia a ocupação do território pelos espanhóis. Corsários e piratas souberam que parte do ouro que vinha do Peru estava dando sopa pelo litoral chileno, e nomes importantes como Francis Drake e Thomas Cavendish passaram a se fazer presente na região (Crédito da foto: Instituto Chileno de Derecho y Tecnologías).
Inicialmente pensei que Algarrobo fosse uma alga marinha, mas o que dá nome à comuna (é, Algarrobo não é uma cidade, é uma comuna da província de San Antonio na região de Valparaíso) na verdade é uma árvore da família papilonáceo (leguminosas), que chega a 10 metros de altura.
Algarrobo surge como uma grande propriedade de María Vidal Delazar, que a dividiu em lotes dando-lhe o formato de uma vila de veraneio. Em 1854, a então enseada de Algarrobo foi convertida em Porto, permitindo exportar a produção local – principalmente o trigo – para o Peru e a Califórnia ajudando a desenvolver o local, expandindo a cidade ao redor da capela de La Candelária construída em 1837 (foto do site Chile Iglesias):
Algarrobo foi oficializada como comuna em 1945, declarada balneário turístico e mesmo tanto tempo depois, e já com tantos turistas visitando suas praias consegue manter uma energia muito legal!
Muitas das ruas da cidade ainda não foram asfaltadas, ampliando o jeito rústico do lugar…
Dali, era super fácil chegar a qualquer praia de Algarrobo, e daria pra ficar vários dias conhecendo cada dia uma praia diferente!
Como eu disse no post de Viña del Mar, curtir as praias do Chile é um pouco diferente do jeito que fazemos no Brasil. A água é fria, então não dá pra ficar direto no mar, o negócio é curtir o visual e interagir com mais moderação com o mar…
Ao invés de fazer castelos de areia, empilhar pedras acaba sendo o passatempo mais praticado.
E caminhar pela orla e conhecer uma praia nova a cada curva é um outro rolê pra se curtir em Algarrobo.
Vida marinha por todo lado…
Ah, em Algarrobo está o complexo San Afonso del Mar que possui a maior piscina do mundo.
Além da ocupação humana, foram encontrados fósseis no litoral de Algarrobo que comprovam a vida animal 80 milhões (milhões mesmo) de anos atrás… Em seus mares vivida o Elasmosauro.
Pensar que nosso planeta tem milhões de anos e que nos últimos 200 anos estamos destruindo tudo isso dá uma sensação esquisita.
Visitamos também uma feira de artesanatos, mas não curti muito… Esperava objetos mais artísticos e no fim das contas era só mais uma tentativa de vender qualquer coisa.
Então, voltemos à praia e no caso de “El Canelillo”, vc precisa passar pelo parque Canelo antes de chegar à praia!
A praia de Canelillo é mais próxima do que estamos acostumados: areia com guarda sol e aquele cenário divertido.
Ah, o que o pessoal gosta de beliscar num role assim? Palmeiras. Nenhuma ligação com o time, é esse … biscoito ou torta assada feita de farinha, margarina e açúcar.
Enfim… Viver alguns dias em Algarrobo foi uma experiência incrível com muito descanso em meio a essa mistura rochas e água do Oceano Pacífico!
Só não se esqueça que estamos em área de risco de Tsunami… A cidade indica rotas de evacuação por toda a praia.
Mas, começando com essa mesa de “MeteGol”, com um punk de volante, vamos começar a falar do futebol local!
Nossa primeira parada foi para matar a curiosidade e saber se a Mirasol chilena também tem um time de futebol como a cidade do interior paulista. Por isso nos dirigimos ao Estádio José Orlando Gonzalez, inaugurado em 1951 e…. Morto em 2019? Parece até uma lápide…
Um dos times que manda seus jogos no amador no Estádio José Orlando Gonzalez é o Club Deportivo Unión Mirasol, cuja data de fundação talvez explique parte daquela “lápide” no estádio: 4 de maio de 1951!
Outro time que manda partidas ali é o Club Deportivo Unión San José:
Até onde consegui pesquisar, os dois times jamais estiveram em competições profissionais e atualmente se dedicam muito às categorias de base e têm um bom estádio para isso, com gramado artificial:
A outra data que aparece na já citada “lápide” (2019) pode se referir à ultima grande reforma pelo qual o estádio passou…
Oito times fazem parte da Associação de Futebol de Algarrobo:
A curiosidade maior era para conhecer o Estádio Municipal de Algarrobo, utilizado por alguns times em disputas profissionais das divisões de acesso do futebol chileno.
Um dos times que mandou seus jogos no Municipal pelas divisões de acesso foi o Rayo del Pacífico, fundado em 13 de janeiro de 2006.
Olha aí o time postado no Estádio:
Em 2006, jogou a Terceira chilena ao lado de outras 6 equipes da região:
O Rayo termina a competição em 5º lugar, e abandona o profissionalismo no ano seguinte. O outro time a mandar partidas oficiais aí é o Club Coliseo FC, fundado em 15 de novembro de 2022.
No ano seguinte, disputa a Terceira Divisão B Chilena (equivalente ao quinto nível do futebol) no grupo Norte.
Em 2024, terminou o campeonato muito mal sendo rebaixado e paralisando suas atividades…
E estas duas equipes (Coliseo e o Rayo) mandavam seus jogos aqui, no Estádio Municipal de Algarrobo!
Ali no fundo uns caminhões, cenário que lembra o Estádio do Nevense:
Mais uma arquibancada oldschool registrada!
Lembra um estádio do interior paulista, com gramado natural e uma arquibancada de madeira com cadeiras parafusadas.
Olhando do lado onde existe uma estrutura administrativa, aqui vê se o gol da direita:
O gol da esquerda, onde pode se ver outra estrutura ao fundo que é o ginásio municipal:
Olha ele aqui:
E o meio campo, com uma mistura simpática de cores e formatos de arquibancadas:
De perto da pra ver que as que estão mais ao canto ainda são aquelas estruturas metálicas que recebem tábuas da madeira para sentar.
As do lado direito tem uma parte com cadeiras padrão “quase” FIFA:
O banco de reservas:
Do outro lado, de onde fiz as primeiras fotos, também tem um pequeno lance de arquibancadas e uma estrutura que funciona como a administração do local.
Mais um estádio interessante e que recebeu partidas oficiais pelas divisões de acesso para a nossa lista!
Dê uma olhada para ver se faltou eu registrar algo:
Achei curioso esses pássaros que vivem no campo, tão diferentes dos que estamos acostumados, embora aqui também existam muitos quero-queros:
Um último olhar pra memorizar essa tarde inesquecível…
Janeiro de 2025. Ainda falando do rolê pelo Chile, após curtirmos Viña del Mar (veja aqui como foi), suas praias, cultura e seu futebol, é hora de conhecermos a vizinha Valparaíso, uma das cidades mais antigas do país, capital da homônima Província e sede do Estádio Elias Figueroa Brander, a casa do Santiago Wanderers.
Como você deve imaginar, Valparaíso também é uma cidade litorânea.
Mas Valparaíso não tem uma cultura tão forte de praias, está mais pra uma cidade portuária. Banhada pelas gélidas águas do pacífico, a baía de Valparaíso, assim como Viña del Mar, foi habitada por milhares de anos por outros povos. Quando da chegada dos espanhóis, o povo Changos, exímios pescadores, que utilizavam balsas de pele de lobo marinho, é que estava por lá.
O primeiro contato dos espanhóis foi em 1536 com a chegada de Diego de Almagro e seu pelotão.
Eles batizaram a baía como Valparaíso, e ainda no século XVI foi construído o porto aproveitando as características naturais do litoral, enquanto expulsavam o antigo povo Chango de suas terras milenares…
Em 1559, foi erguida uma capela onde hoje fica a igreja matriz e com ela, a região passou a receber seus primeiros moradores que utilizavam o porto para exportar vinho, sebo, couros e queijos para o Peru.
Com a independência chilena e a declaração de liberdade de comércio, Valparaíso foi declarado como porto franco (onde mercadorias podem ser depositadas sem ser taxadas).
Valparaíso tem uma topografia bem exclusiva: 44 colinas em frente ao mar, sendo que das 300 mil pessoas da cidade, 280 mil vivem no alto das colinas. Não a toa, os elevadores se mostram tão importante e quando um deles é fechado, é compreensível a revolta da população.
Aqui é a parte de baixo da cidade, com a praça Sotomayor o principal ponto da região e onde as pessoas se concentraram durante o ano novo.
As ruas ao redor guardam uma arquitetura que parece estar parada no tempo, dando um aspecto bem legal.
Já no século XIX, Valparaíso recebeu muitos imigrantes, dando a ela um caráter cosmopolita e andar nos seus diferentes “Cerros” é uma mistura de experiências, em especial o Cerro Concepción, cheio de grafites pelas ruas…
Como se pode ver, o Cerro Concepción é uma verdadeira galeria a céu aberto.
Ainda na parte baixa da cidade, muitas manifestações pró Palestina.
Cruzamos com muitos punks e skins, ao mesmo tempo que curtimos a cidade e sua natureza. Olha que árvore linda!
Ah, senhor Simon Bolivar, que preazer encontrar o senhor por estas ruas…
Falar de Valparaíso é falar de futebol, e o time que defende as cores da cidade é o Club de Deportes Santiago Wanderers, fundado em 15 de agosto de 1892, pô, século RETRASADO!!!
Até entendo que o o nome em inglês reflete a força da imigração britânica para a cidade, mas sempre me questionei porque “Santiago”… E a resposta é que o nome diferenciava o clube de outra equipe citadina o Valparaíso Wanderers, que já nem existe mais. Muitas vezes foi levantada a ideia de substituir “Santiago” por “Valparaíso” mas nunca chegaram em uma decisão nesse sentido.
O Santiago Wanderers começa a montar suas equipes de futebol em 1897, sendo membro fundador da Asociación Profesional Porteña e juntando-se, em 1944, à Asociación Central de Fútbol (ANFP desde 1987). O primeiro título de Campeão Chileno veio em 1958 (foto do site Memória Wanderers):
No ano seguinte, sagrou-se Campeão da Copa Chile em 1959:
Novamente levantou a Copa Chile, em 1961:
O segundo título do Campeonato Chileno veio em 1968 (Foto do site Memória Wanderers), com o time:
Em 1977 foi rebaixado para a 2ª divisão, da qual sai campeão no ano seguinte (1978):
Depois são quase 20 anos sem títulos até mais uma vez sagra-se campeão da 2ª Divisão em 1995:
Mas em 2001, o time volta a sagrar-se campeão chileno da 1ª divisão.
Em 2017, o Santiago Wanderes é mais uma vez campeão da Copa Chile.
Porém desde que foi rebaixado em 2022 segue na luta pelo retorno à divisão de elite do futebol chileno.
O Santiago Wanderers manda seus jogos no Estadio Elías Figueroa Brander, e fomos lá para registrar mais este templo do futebol.
O Estádio também é conhecido como “Playa Ancha” e entre tantas alegrias, o povo chileno faz questão de manter viva a lembrança de um momento triste para que ele nunca se repita: a ditadura militar. Milhares de homens e mulheres foram presos e torturados vivendo uma rotina de terror no então estádio de Playa Ancha.
Outro desdobramento deste triste passado é que a barra brava do Wanderers é bastante ativa politicamente se posicionando como uma torcida antifascista.
O Estádio é ainda chamado de Regional Chiledeportes.
Antes de entrar no Estádio, achei legal dar uma volta em seu entorno e poder registrar esses quatro campos modelo “terrão” como aqui no Brasil, onde o futebol amador de Valparaíso pode se desenvolver bem pertinho do principal estádio da cidade.
Agora sim, é hora de adentrar ao Estadio Elías Figueroa Brander. Vamos ao campo!
O nosso tradicional registro do meio campo:
O gol da esquerda:
O gol da direita:
Um olhar geral:
Percebe que existe um certo padrão se comparado ao estádio de Viña del Mar? As cadeirinhas no padrão FIFA acomodam 23 mil torcedores, com um destaque para a bonita área coberta do estádio:
O Estádio foi construído em 1931 e passou por uma renovação em 2014.
Olha aí como o seu exemplo é importante…
Uma curiosidade é este pequeno “memorial” em pleno campo, do ex atleta Gustavo Poirrier, o “Laucha” que atuou no Santiago Wanderers na década de 80 e que faleceu em 4 de janeiro de 2003 enquanto jogava um amistoso em uma liga amadora em Nova York.
O Estádio recebeu ainda os jogos do Futebol nos Jogos Pan-Americanos de 2023.
Antes de ir embora, um registro dos adesivos das torcida em várias placas de identificação:
Um último olhar antes de irmos para a próxima parada: a praia de Algarrobo.
Janeiro de 2025. Começo o ano me sentindo muito agradecido pela oportunidade desse rolê, em uma realidade onde tanta gente sequer garante grana para a nutrição básica… Fizemos de tudo para que a viagem ao Chile fosse inesquecível e vamos compartilhar um pouco das aventuras futebolísticas desse rolê, começando com a histórica e badalada Viña del Mar e o Estádio Sausalito, a casa do Everton!
Saímos de Santiago e uma ótima estrada nos levou à Viña del Mar em pouco mais de uma hora.
Interessante como as manifestações políticas seguem presentes pelas cidades que visitamos…
Logo, estávamos pelas ruas e praias, curtindo a cidade!
Poucas vezes falamos da história do outro lado do nosso continente, e óbvio que não dá pra resumir isso em um post sobre o futebol…
O Chile se divide em 16 regiões e Viña del Mar fica na região de Valparaíso. Sua história moderna começa com a chegada dos espanhóis no Valle de Peuco, nome original da região. Há mais de 7 mil anos, o lugar já era habitado pelos Changos, povo que vivia da pesca, caça, mariscos e dos benefícios do litoral, fabricando balsas com o couro de lobo marinho.
Os Changos não enfrentaram um extermínio direto como aconteceu com outras civilizações mas os espanhóis causaram seu declínio invadindo seu território, trazendo doenças como varíola, sarampo e gripe, além de desestruturar sua organização social, usando-os como mão de obra e acabando com sua cultura local, sendo forçados a adotar a religião cristã, entre outras deturpações. E claro, também houve conflitos e mortes nesta relação. Somente no século XXI os Changos foram reconhecidos como povo originário Chileno.
Após a ocupação dos territórios, os espanhóis dividiram a regi˜ão em duas grandes propriedades: as “Sete Irmãs” e “La Viña del Mar“. As terras acabaram nas mãos de uma única herdeira (Mercedes Álvarez), casada com José Francisco Vergara, que elaborou o projeto de fundação da cidade de Viña del Mar, em 1874. Logo algumas famílias começaram a construir ali suas casas de campo, e durante o verão, a elite de Santiago se mudava para Viña del Mar para curtir o clima da praia. E que clima gostoso…
O sol quente na cabeça, e a água chegando para refrescar nossos pés…
Que água geladaaaa!!!! Bem vindo ao Oceano Pacífico…
Acabei aprendendo a curtir a praia de um jeito diferente. Eu que sou acostumado a ficar no mar o tempo todo, aprendi a caminhar e a curtir o visual…
Durante nossa estadia, a mãe natureza nos presenteou com uma ressaca monstra, chamada localmente de “Marejada”, que deu uns visuais incríveis mas um pouco assustadores kkk.
A vida noturna da cidade é bem animada, e o frio da noite é compensado por estas mantas distribuídas em um dos restaurantes que fomos beira mar…
Ah, e tem também o tradicionalíssimo relógio de flores, que traz milhares de turistas à cidade ano após ano.
Outra diversão da galera é essa: empilhar pedras!
Encontramos algumas feirinhas pra ficar naquele clima de Nordeste que todo brasileiro ama!
Viña del Mar também está repleta de… abelhas gigantes, do tamanho de besouros!
Ah, e passamos a virada do ano na beira da praia, com direito a um belo show de fogos de artifício silenciosos, só não deu pra pular as ondinhas…
Pô, e ainda tem o incrível Museu Fonck, dedicado à arqueologia e à história, inaugurado em 1937, com peças de culturas originárias do Chile, como os Mapuches, Diaguitas, Atacamños, Rapanui entre outros. Ah, e desde 1951 existe uma estátua monolítica de pedra Moai da Ilha de Páscoa.
Um pouco do que você verá por lá:
Esse mapa me roubou o coração, ele mostra a geografia dos povos originários do Chile:
Mas deixemos um pouco de lado os atrativos naturais e culturais de Viña para mergulhar no nosso principal tema: o futebol na cidade, materializado pelo principal time, o Everton de Viña!
O Everton de Viña del Mar foi fundado por imigrantes ingleses, em 24 de junho de 1909, na cidade vizinha de Valparaíso. O nome é uma homenagem ao time homônimo inglês que em janeiro daquele ano esteve excursionando pela América do Sul:
Em 1922, se constitui como equipe de futebol (Foto do site Equipos de futbol):
Em 1935, uma decisão polêmica: o time transfere-se para a cidade vizinha de Viña del Mar o que acirrou ainda mais a rivalidade com o Santiago Wanderers (que se mantém de 1916 até hoje em Valparaíso). O dérbi ficou conhecido como Clásico Porteño.
O Everton esteve em recesso entre 1936 e 1943, e só então passou a disputar a liga profissional. Na década seguinte teve suas maiores conquistas, começando com o Campeonato Nacional de 1950 (foto da revista Estadio, disponível no site EverForever).
Logo depois, veio o bicampeonato em 1952 (fotos da revista Estadio e do Centenário Everton). Claro que o que vem à cabeça vendo as fotos é “como a camisa parece a do Boca!”.
Durante os anos 1960 e princípios dos 1970, o clube viveu uma crise que acabou se materializando em um rebaixamento em 1972 (foto do canal Centenário Everton).
Mas com tamanho sucesso junto aos torcedores locais, o time acabou recebendo o apoio do cassino de Viña del Mar, e por isso são conhecidos como Los ruleteros. Assim, já no ano seguinte, o time volta à primeira divisão. E, em 1976, veio o terceiro campeonato chileno (foto do site Footballkitarchive):
Com o título, veio a oportunidade de participar da Libertadores de 1977, primeira vez em um torneio internacional, com uma campanha abaixo do esperado:
Depois de um período mediano, em 2000 vem um novo rebaixamento. Em 2003, sagra-se campeão da 2ª divisão e retorna à elite.
Foi novamente campeão chileno em 2008 (Apertura).
Em 2009, fez uma campanha na Libertadores melhor do que a de 1977, mas ainda assim não se classificou.
Em junho de 2016, o Everton teve 80% de suas ações compradas pelo Grupo Pachuca (dono do Pachuca Club de Fútbol e do Club León), mas o clube não conseguiu adquirir um protagonismo no futebol chileno, terminando 2024 na 7ª colocação.
O Everton manda seus jogos no Estádio Sausalito, localizado em Viña del Mar, e aproveitamos para fazer uma visita!
O Estádio Sausalito foi construído em 8 de setembro de 1929.
É bem curioso a forma com que eles utilizam os morros, com construções diferentes das que temos acostumado a ver e que tem como resultado um visual mais bonito. Essa fica bem na entrada do Estádio:
Além de ser a casa do Everton, o Sausalito foi sede do Grupo C da Copa do Mundo de 1952, que contava com Thechoslováqui, México, Espanha e o time que entraria pra história ao conquistar o bicampeonato mundial: Brasil, il il.
Sem mais demora, é hora de adentrar a mais um lugar sagrado do futebol sulamericano. Bem vindo ao Estádio Sausalito!
O Sausalito tem capacidade para cerca de 25 mil torcedores, mas já recebeu mais de 30 mil em algumas partidas do passado.
Olha aí o meio campo:
O gol da direita:
O gol da esquerda:
Aqui, o banco de reservas.
Aprovado pelo padrão As Mil Camisas de bancos de reserva!
O Brasil mandou os 3 jogos da primeira fase em Sausalito: Brasil 2×0 México, Brasil 0x0 Tchecoslováquia e Brasil 2×1 Espanha.
Olha que lindo esse vídeo do último jogo:
Além disso, recebeu a partida de quartas de final (Brasil 3×1 Inglaterra), e como se pode ver, o Estádio era bem diferente naquela época:
Além disso, o Estádio Sausalito foi sede da Copa América de 1991 e de 2015, bem como os Jogos Pan-americanos de 2023.
Seguindo as normas da FIFA, o Estádio todo está com cadeiras demarcando seus lugares.
Foi uma sensação curiosa, pensar que entrei praticamente pelo mesmo lugar que aquele timaço do Brasil entrou em 1962…
Na parte interna existe um mini memorial das competições que o Estádio recebeu.
Ao lado do Estádio existe um lindo lago que dá um visual único ao local!
Olha ele aqui na “vida real” (o sol nos prejudicou nessa última imagem kkkk Mas enfim, concluo esse primeiro post sobre nosso rolê no Chile com a sensação de que curtimos o suficiente Viña del Mar, suas praias, museus e principalmente seu futebol… Gracias!
A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacana, lá de Santiago, o José e a Javi.
Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas. Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.
Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!
A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.
O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:
A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:
Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.
Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.
Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.
Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.
Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:
Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo.
Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão.
No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão.
Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99:
Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!
O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura).
Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos.
A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011.
Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores.
Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.
Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011:
Aqui, dentro do Estádio:
Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!
A gente sempre mostra muito dos jogos e estádios que fomos ver, mas esse rolê (que denominamos Futebol & Rock Rompendo Fronteiras) tem como objetivo uma troca de opiniões e cultura, por isso vou mostrar outras coisas que fizemos por lá, seja as fotos levando o nome do nosso time (Santo André) a novos espaços, seja conhecer lugares legais, como o “Cerro Santa Lúcia”, no centro de Santiago, onde se pode ter uma bela vista da cidade.
Nessa nossa última visita, encontramos nos muros da cidade alguns cartazes feitos pela torcida ou pela própria diretoria do time da Universidad do Chile, comemorando as conquistas de 2011.
Pra quem gosta de passear com a camisa do seu time por um bairro cheio de bares, restaurantes e gente pelas ruas até de madrugada, o negócio é descer no metro Universidad Católica se divertir pelas ruas do centro.
E o metro em Santiago do Chile é super de boa, lembra até um pouco o de São Paulo.
Ok! Várias bolas pelas ruas, mas… evite chutá-las…
Esse é um bar que está ali pelo centro também, chamado “The clinic”. É meio de boy, mas até que é legal.
Essa campanha contra as drogas é muito foda!!
“Quando sua cabeça está no que você quer, você não quer drogas”
O imponente rio Mapocho! E a banda “Visitantes” com cara de mau…
Os cães pela rua são comuns na região do centro velho. Eles são dóceis e companheiros. Nos acompanharam em alguns roles por várias e várias quadras.
Na época, o show parecia longe, agora já passou e aqui no Brasil sequer soubemos da vinda do Gatillazo à América Latina…
Para quem ainda curte comprar cds e é do rolê punk/oi!/hc, a loja Hooligan é a parada ideal, ali na galeria do calçadão “Paseo Ahumada“, número 85.
Outra loja bacana, ali mesmo na galeria é a Mercado Futbol. Camisas usadas e novas de times do Chile!
Falando em camisas, minha frustração foi ter voltado de lá sem uma do time La U…
Devido ao sucesso do time, em 2011 estavam todas “agotadas”…
Bom, acho que deu pra ter uma idéia do que foi o rolê “urbano” né? Ah, na hora de irmos embora, ainda encontramos um torcedor do Flamengo, que havia ido a Lanus ver Lanus x Flamengo…
Nosso objetivo era conhecer o Estádio Monumental, onde o Colo Colo manda seus jogos. E da estação Pedrero até lá, é só caminhar por uma longa e deserta avenida.
Cerca de um quilômetro depois, estávamos em frente ao Estádio!
Bastava encontrar a entrada principal e adentrar a mais um “castelo do futebol”!
A entrada não era assim tão perto, mas… Ok! Mais uma etapa, encontramos a entrada, e por sorte estava acontecendo um treino da equipe principal!
Mas… A sorte logo iria mostrar sua verdadeira face, naquela tarde. Quando preparávamos para entrar, o segurança nos fez enxergar uma frase que ainda não tinha reparado: Sin público…
Sair do Brasil, viajar até ali e não poder ver de perto um estádio que produziu imagens como a abaixo, é no mínimo frustrante…
Restava apenas fotografar o lado externo do Estádio…
Se liga nas montanhas da cordilheira dos Andes às minhas costas…
Nunca as grades foram tão separatistas no mundo do futebol…
Não teve jeito… O negócio foi marcar nossa presença em frente ao estádio e ficar na imaginação… Ou guardar para uma próxima vez.
Pra quem ficou com vontade de saber como é por dentro, fica aí uma foto que achei na wikipedia.
Mesmo só olhando por fora, dá pra ver que é um belo estádio…
Hora de voltar pra casa… Mais uma caminhada até a estação do Metro…
Agora, era só pegar o metro sentido Plaza de Maipú e voltar por nosso hotelzinho mequetrefe hehehe.
Do metro, um último olhar para o estádio e as cordilheiras…
Pra relaxar, só com uma Escudo!
E… fim da noite, pois o dia seguinte ainda prometia…