Primavera 1×0 Santo André (Quartas de final da série A2 2025)

Quarta feira, 19 de março.
É dia da partida de volta do mata-mata das quartas de final da série A2-2025.
Juntei me a alguns abnegados que toparam a viagem em pleno “dia de semana” para Indaiatuba!

A foto acima foi na primeira parada antes de chegar no Estádio, na tradicional “Borracharia do Luizinho” para dar um jeito em um pneu que furou na estrada 🙁

Indaiatuba é uma cidade relativamente próxima de Santo André e mesmo com a parada no borracheiro, chegamos com boa antecedência e pudemos dar uma volta no entorno do Estádio Ítalo Mário Limongi, o “Gigante da Vila Industrial”.

O entorno do estádio tem uma série de interferências e grafites em alusão ao apelido do time: o fantasma da Ituana!

Existe um pequeno memorial do time em uma sala administrativa do Estádio, e ali estão vários tesouros do time!

A torcida local se fez presente mesmo em um horário ruim, quando muitos estariam trabalhando. Se liga no clima que estava na entrada da torcida do Primavera:

E aí está a nossa bilheteria!

Uma vez dentro do Estádio Ítalo Mário Limongi, foi hora de rever a torcida do Fantasma, já que minha última partida neste estádio foi há 15 anos para ver um Primavera x Paulínia (veja aqui)!!
Olha como eu estava jovial:

Um momento muito diferente do atual, onde o Primavera se tornou uma SAF e chega na melhor campanha da sua história em um Campeonato Paulista.

Muito lega os tirantes estendidos pela arquibancada local e a empolgação do pessoal da torcida organizada:

Do outro lado, na arquibancada coberta, a lotação era máxima!

A vibração da torcida local é compreensível…
O Primavera jamais alcançou a série A1 e uma vitória simples na partida de hoje colocaria o fantasma nas semifinais, ou seja: 2 partidas para o acesso.

Mas, para isso, se faria necessário passar pela camisa pesada do Ramalhão!

Aí, o nosso banco de reservas:

E o time visitante mostrou que iria dar trabalho…

E junto do time, aí estamos nós: a torcida do Ramalhão!

Olha como é o setor dos visitantes do Estádio Ítalo Mário Limongi e diga se não é muito legal poder ver uma partida assim tão dentro do jogo e sem tanta vigilância.

Quantos anos de arquibancada nesta foto?

Assistir uma partida no Estádio Ítalo Mário Limongi como visitante é uma daquelas experiências intimistas que todo torcedor merece passar um dia na vida.

É o tipo de Estádio que a Fúria Andreense gosta! Só faltava deixá-lo um pouco mais azul e branco…

E se falar da Fúria, não tem como não falar destes dois irmãos: Simone e Diogão!

E deixá-lo um pouco mais antifascista também…

Se a torcida do Santo André estava confiante?

O começo do jogo foi meio morno, mas os últimos 15 minutos do primeiro tempo foram do Santo André, que dominou mas não criou chances reais de gol, desperdiçando inclusive as jogadas de bola parada…

O primeiro tempo termina com certa empolgação para o lado azul do estádio…

Aproveito para registrar as três gerações da família Pelachine:

E também montar a foto do pessoal que desafiou a lógica e foi até Indaiatuba! Um abraço especial para o seo Odair, dona Mercedes e o neto que vieram de Itú só para rever o time e a torcida!!!

Mas, o futebol é cruel, e pune…
Terminamos o primeiro tempo bem e começamos o segundo tempo bem.
Mas não matamos o jogo.
Então, aos 8 minutos do segundo tempo, veio o castigo…

A jogada começou com uma possível cotovelada pra cima do Juninho ocasionando uma briga generalizada após o gol.
No setor visitante, uma mistura de lamentos, mãos na cabeça e olhares vazios.
A sensação de que o destino tinha nos pregado mais uma peça era inevitável.
Que dura pancada contra estes apaixonados pelo time da sua cidade…

A Fúria não deixou o gol desanimar! Aliás, quem reclama das organizadas não deve ter o costume de ver jogos fora de casa. Não há clima de jogo sem a presença das organizadas na arquibancada.

E assim, o apoio seguiu inquestionável.
Bem como o amor pelo nosso time, inabalável.

Mesmo nos minutos finais não faltou quem acreditasse em um gol, que levasse o jogo pros penaltys…

Mas ver nosso Carlão morder a camisa de raiva e agonia, me fez entender que talvez… apenas talvez, hoje, a sorte não estaria do nosso lado…

E enquanto tentávamos gritar como se nossas vozes pudessem reverter o placar, o juiz terminou a partida, sem dó dos nossos corações…

Festa merecida para a torcida do Primavera.

Do nosso lado fica o agradecimento por mais um Campeonato cheio de sentimentos.
E ficam as incertezas.
O que será deste time cada vez mais distante de suas origens e de sua população?

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O Estádio Estádio Augusto Schmidt, a casa do Rio Claro FC

O site passou as últimas semanas dando atenção apenas ao lado rubro verde da cidade de Rio Claro, mas você há de concordar que foi por uma justa razão…
Para equilibrar as coisas, hoje vamos falar do lado azul da cidade, mostrando o Estádio Municipal Dr. Augusto Schmidt Filho, a casa do Rio Claro.

O Estádio Augusto Schmidt, o “Schmidtão” foi inaugurado em 28 de janeiro de 1973 em um Rio Claro 1 x 2 Corinthians.

Estivemos acompanhando uma partida decisiva nele em 2016, pela série A2 do Campeonato Paulista entre o Rio Claro e o Santo André.

A partida era válida pelas quartas de final, e após ter perdido em casa por 1×0, o Santo André foi até Rio Claro em uma noite chuvosa, em busca de um milagre…

Choveu tanto aquela noite que a própria torcida local acabou prejudicada e presente em baixo número.

Após abrir 2×0 e ter a certeza do milagre realizado o Santo André aguardava o fim do jogo quando, batendo uma falta na entrada da área, o Rio Claro marcou o seu gol levando a partida para a decisão por penaltys, onde finalmente o time visitante conseguiu carimbar a vaga para a semifinal, para a festa da sua torcida.

Confesso não lembrar se depois deste dia voltei ao Estádio, mas fato é que em 2023, acabamos dormindo uma noite em Rio Claro e aproveitei para rever o Augusto Schmidt!

O Estádio foi inaugurado com o nome de Dr. Álvaro Perin, e teve o Corinthians, o São Paulo, e o Velo Clube, como primeiros adversários. (28 de janeiro de 1973: Rio Claro 1-2 Corinthians, 4 de fevereiro de 1973:Rio Claro 0-1 São Paulo e em 11 de fevereiro de 1973 – Rio Claro 1-0 Velo Clube)

E realmente o Estádio não só é espaçoso, como está muito bem conservado e bonito, todo pintado em azul e branco!

Pra quem acha que o futebol do interior não é cheio de emoções, vale lembrar que nos últimos 20 anos este estádio viu o Rio Claro ser vice-campeão da Série B2 do Campeonato Paulista em 2001.

No ano seguinte, foi campeão da Série B1 conquistando o acesso à Série A3.

Em 2005, viu o acesso para a Série A2 e o vicecampeonato da Copa Paulista.

Em 2006, chega o inédito acesso para a Série A1. E daí pra frente foi aquele sobe e desce que se encerrou em 2016, quando foi rebaixado para a série A2 onde permanece até hoje.

O Rio Claro sofreu em 2024 um duro golpe: viu o seu rival voltar à série A1. Assim, em 2025, é missão da torcida e da diretoria levar o time até a primeira divisão para quem sabe fazer o derbi na série A1!

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99- Camisa do Primeiro de Maio

Camisa do Primeiro de Maio FC A 99ª camisa é mais uma que faz parte da história do futebol paulista e tem uma atenção especial por ser da minha cidade, Santo André. O time dono da camisa é o Primeiro de Maio Futebol Clube. Distintivo do Primeiro de Maio FC Apesar de não disputar mais competições profissionais de futebol, o clube mantém sua movimentada sede social e esportiva bem no centro de Santo André. A história do Primeiro de Maio Futebol Clube teve início por meio de um grupo de operários italianos, apaixonados por futebol, que em 1913, reuniram-se nos fundos de um armazém na Rua Cel.Oliveira Lima (o calçadão central da cidade), com o objetivo de fundar um clube de futebol. Como eram todos operários, decidiram homenagear o dia do trabalhador, batizando o time com o nome de Primeiro de Maio Football Club. O primeiro jogo oficial aconteceu no dia de Natal daquele mesmo ano. Em 1914, o time que fez a primeira excursão (para Jundiaí), para enfrentar o Corinthians Jundiayense, com o time abaixo: Primeiro de Maio FC A conquista da primeira taça veio num jogo realizado contra o Serrano Atlétic Club, de Paranapiacaba, em 1916. Em 1917, inscreve-se na APSA (Associação Paulista de Sports Athleticos) tornando-se o primeiro time da região a disputar um campeonato paulista. Jogaria a série A2 até 1926, quando sagrou-se Campeão Paulista da série A2, com o time abaixo: Primeiro de Maio FC Era a primeira vez que um time fora da capital levava esse título e assim, no ano seguinte, em 1927, disputou a primeira divisão com grandes times como o Santos, o Guarani e o Palestra Itália tornando o time conhecido por todo o Estado.  Em 1928, houve a fusão entre o clube e o Corinthians de São Bernardo do Campo, fazendo surgir o Clube Atlético São Bernardo, que duraria apenas dois anos, período marcado mais por crises do que por boas notícias. Assim, em 1930, o Primeiro de Maio FC volta à ativa sozinho. Iniciava a melhor década do clube. Abaixo o time do início da década de 30:

Primeiro de Maio FC

Abaixo, o time que enfrentou a Portuguesa no antigo campo lusitano do Cambuci, em jogo válido pela primeira divisão da APEA, em 1936:

O time ainda disputaria a série A2 em 1938, ano em que disputaria um amistoso contra o Palestra Itália (perdendo para o futuro Palmeiras por 3×1) em partida disputada com o time abaixo:

Aqui, o time que trazia no gol aquele que anos depois daria nome ao stádio Municipal: Bruno José Daniel!

Ainda haveria força para mais dois anos de disputas oficiais em 1939 (quando marcaria a história do futebol municipal ao derrotar o Corinthians de Santo André em seu próprio território) e 1940, quando surgiria o time conhecido como os “Flechas Verdes“.

A partir daí o futebol não seria mais disputado profissionalmente.

Mas haveriam amistosos, como o disputado contra o Rhodia, em 1946, com o time:

Em 1949, o clube se licencia também do campeonato municipal. A década de 50 ficaria marcada no clube pelo surgimento e rápida ascensão do futebol de salão. Os anos 60 e 70 dariam sequência na construção de um forte e bem equipado clube social, enraizado no centro da cidade e reunindo milhares de pessoas em torno de suas atividades. Os anos 80 e 90 democratizaram diversos esportes para os seus sócios, do já tradicional futebol de salão à natação, futebol de areia, boliche e etc. Assim, chegam os anos 2000 e infelizmente já era praticamente impossível encontrar um jovem frequentador do clube que soubesse da história do time do Primeiro de Maio FC disputando campeonatos oficiais de futebol pela federação. O historiador Ademir Médice ainda ajudou a resgatar a história do clube com o livro “Os Flechas Verdes”, que muito me ajudou na confecção deste post: Mas mesmo assim, o clube segue sendo um dos principais agregadores sócio culturais da região, mas não tem jeito, para quem gosta de futebol sempre fica aquele desejo de que os “Flechas Verdes” poderiam se aventurar novamente no futebol profissional… Fica abaixo o hino do clube: “Vinte e cinco ilustres fundadores, operários de visão. Foi então, a forte engrenagem deste clube tradição. Salve, salve o Primeiro de Maio, nosso nome exaltação. De alta voz e brado juvenil cantamos com o coração: de glórias mil, alto e bom tom, te exaltamos com fervor. Oh! Clube bom e popular, que o esporte sempre divulgou. Unidos com muito vigor de verde e branco proclamar: Primeiro de Maio, a tradição familiar”.

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