Pessoal, segue o podcast gravado ao vivo pelo jornal Correio de Atibaia que participei junto dos amigos Mário e Fernando (Jogos Perdidos).
Gastamos algum tempo falando sobre as competições da Federação Paulista de 2024.
Divirta-se!
Tag: copa paulista
214- Camisa do Ituano FC

A 214ª camisa de futebol do site foi presente da amiga Andrea Sanches e representa um time que tem crescido bastante no últimos anos mas que em 2024 passa por um ano difícil.
Falamos do Ituano FC.

Graças à rivalidade com o Santo André e à distância relativamente próxima, o Ituano é um dos times que mais assisti em campo.

Além dos vários duelos contra o Ramalhão, estive em Itu para acompanhar o acesso do Vasco no ano passado (veja aqui como foi).

Aproveitei esses rolês para escrever dois posts sobre o futebol local: Parte 1 (sobre o Estádio Novelli Júnior) e parte 2 (sobre o Estádio da Baixada, o Estádio Municipal Álvaro de Souza Lima).

O time foi fundado em 24 de maio de 1947, por trabalhadores da Estrada de Ferro Sorocabana, sob o nome de Associação Atlética Sorocabana.

Em 1956, a A.A. Sorocabana conquistou uma vaga na 3ª divisão do futebol paulista.

Em 1965, a Associação Atlética Sorocabana passa a se denominar Ferroviário Atlético Ituano.


Em 1977, esportistas da cidade se reuniram em torno do Ferroviário Atlético Ituano trazendo inclusive o apoio dos seguidores do Clube Atlético Ituano, fundado em 1953, sendo sucessor do Esporte Clube Oficinas Gazzola, tendo vencido a Terceira divisão de 1954 e 1955 e. que andava enterrado em dívidas.

Em 1989, o Ferroviário é Campeão do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, mudando seu nome a partir daí para Ituano Futebol Clube.
Tem como maiores conquistas 2 títulos do Campeonato Paulista em 2002 e 2014.

O Ituano também possui 2 títulos do Campeonato Brasileiro da Série C, em 2003 e 2021.

Além disso o time ainda conquistou a Copa Paulista de 2002 e o Campeonato Paulista da segunda divisão de 1989.
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
1º jogo da Final da Copa Paulista 2023
Sábado, 7 de outubro de 2023. Dia de decisão.
O Estádio Ulrico Mursa recebe a primeira partida da final da Copa Paulista.
Em campo, dois clubes de enorme tradição no futebol paulista:

Estivemos do lado da torcida local, da Associação Atlética Portuguesa, a Portuguesa Santista, fundada em 20 de novembro de 1917, se liga como estava a entrada do Estádio:

Aos que não conhecem o time da baixada, a Portuguesa Santista é conhecida como Briosa e esta partida contra o São José mais uma vez mostrou que o apelido é certeiro!

Ingressos em mãos depois de certa dor de cabeça… Afinal, na 6ª feira eles haviam se esgotado e pra conseguir esse aí tive que fazer um baita corre desde cedo em Santos, achando que não conseguiria na hora. Óbvio que paguei mais caro e na hora tinha váááárias pessoas vendendo até a R$ 10 na porta…

Mas vamos ao jogo, porque não para de chegar gente!
A atual capacidade oficial do Estádio Ulrico Mursa é de 7.635 torcedores e a previsão era de lotação total, o que acabou não se confirmando por algumas poucas centenas de lugares vagos.


É até difícil pensar onde estariam essas pessoas olhando as diferentes áreas do Estádio Ulrico Mursa que pareciam cheias mesmo antes da partida começar.


Mas faz sentido, afinal, depois de muitos anos, independente do resultado dessa final, a Briosa volta ao cenário nacional (Copa do Brasil ou Série D do Brasileiro) e o torcedor está pra lá de feliz!

Será que aqueles trabalhadores lá em 1917 decidiram fundar um time que representasse a colônia portuguesa imaginavam que mais de 100 anos depois a AA Portuguesa ainda representaria tamanha paixão do povo santista, indo além da própria colônia lusa???

Aliás, quantos anos você tinha quando percebeu que a Portuguesa Santista é a primeira “Portuguesa” do Brasil? A faixa ali na bancada ajuda a torcida local a relembrar este fato!

A torcida visitante também fez bonito e se fez presente em bom número, apoiando o jogo todo!


Abraços ao amigo Lucas Barbosa, que acompanha o time do São José por toda a parte!

E dessa forma o Ulrico Mursa viveu um dia de diferentes cores competindo nesta decisão…


Sem dúvida uma tarde que coloca frente a frente dois times que tem muitas glórias. Já falamos um pouco da história do São José EC (veja aqui como foi), quando estivemos por lá acompanhando o Ramalhão nessa mesma Copa Paulista.

Mas as glórias da AA Portuguesa também não são de agora, o seu primeiro título é de 1920: a segunda divisão da Associação Santista de Esportes Athléticos (Asea), dando direito à disputa da primeira divisão, onde conquistaria o título por 11 vezes (1923, 1924, 1926, 1927, 1931,1932,1933, 1934, 1958, 1962 e 1963). Ainda foram quatro conquistas da série A2 em 1932, 1933, 1934 e 1964.
Aqui, o time de 1958, do site Varzea Santista:

Mas, sem dúvidas, os dois times vivem no presente mais uma vez um bom momento, ambos em ascensão e essa final serve de celebração.


É hora da festa começar, os times estão para entrar em campo e o Ulrico Mursa se transforma em um verdadeiro caldeirão de cores, sons e sentimentos!

E logo, o Estádio que começou a ser construído em 1919 e foi inaugurado em 5 de dezembro de 1920, com uma goleada de 6×0 em cima do Clube Sirío, recebe as duas equipes para a cerimônia de abertura:

Um detalhe bacana é que o goleiro do São José é o Luis Augusto, que conhecemos quando defendeu o Ramalhão e é muito legal ver o baita profissional que ele se tornou.

O Estádio Ulrico Mursa foi o primeiro estádio da América Latina a ter cobertura de concreto e ela nunca foi tão valorizada quanto na hora da chuva de hoje…

O maior público aconteceu em 1952, contra o Corinthians, com 12.500 torcedores. Incrível pensar que é quase o dobro do público de hoje…
Pô, vale um destaque importante para a culinária de estádio do Ulrico Mursa, com oportunidades únicas, como os Doces do mineiro:

E os tremoços… O que dizer dessa incrível iguaria?

E pra nós é sempre uma grande honra poder vivenciar um dia como este em meio ao pessoal da Briosa!

E vem a Briosa pra cima!!! Confesso que me surpreendi com o time da Portuguesa Santista no primeiro tempo tomando a iniciativa e indo pra cima, mas faltava bater no gol…
Ou, faltava pontaria…
Pra mim, o grande momento da Briosa tem como principal responsável este homem: Sérgio Guedes.

E na bancada, a torcida não para!!!

A Força Rubro Verde fica aí atrás do gol, e é daí que vem a festa!

Tirantes, gente na bancada ou mesmo colada no alambrado…


Após uma noite e uma manhã abafadas, começou a garoar, e a bandeira ajudou alguns a se proteger da água…

Outros sequer perceberam a água que começava a cair e seguiram em um transe apaixonado fazendo a sua parte em busca de um placar que desse vantagem à Briosa no jogo de volta.

O amigo Luis Augusto se tornou o principal vilão para a torcida local, atuando com segurança “irritante”.

Acabou sendo “homenageado” pela torcida várias vezes…
O São José também atacava e contra-atacava levando perigo. Era uma decisão de verdade!

A chuva foi apertando e deixando a arquibancada e o gramado em condições mais adversas…
Ficou difícil até pra ver o jogo…

E se pra ver estava difícil, pra jogar, imagine pra jogar…
As arquibancadas cobertas eram os únicos espaços secos.

Mas quem disse que o coração se importa se está seco ou molhado? Se o time da Portuguesa é conhecido como Briosa, pode se dizer que sua torcida também o é!


A água era tanta que as lentes da câmera ficaram encharcadas e cheias de manchas…

Parece que conforme a chuva aumentava, crescia a gana, a raiva mesmo do torcedor contra um resultado que não interessava ao time da baixada.

A chuva castigava, mas para a torcida local, quem maltratava mesmo era o placar.
E o relógio ia passando com o cair dos pingos…
10, 20… 40 minutos… 45 minutos….
Um empate definitivamente tornaria a missão da Portuguesa santista bastante complicada, mas… Seu lema é não desista!
Assim, acompanhe os melhores momentos e o que aconteceu após os 45 minutos do segundo tempo e entenda porque a Portuguesa Santista é a mais briosa!!!
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
O dérbi do ABC – 2023

25 de agosto de 2023.
Uma sexta feira que em outros momentos, seria uma tarde de mobilização.
Falamos de um dérbi cheio de rivalidade, há tantas partidas já…
Mas a realidade de 2023, encontra nessa Copa Paulista os dois times em maus momentos.
E por isso, a mobilização foi pequena…

Apenas cumprindo tabela nesta reta final de Copa Paulista, pelo Grupo 3, as bilheterias tiveram pouco trabalho…

Ingresso em mãos (R$ 10 a inteira e R$ 5, a meia), vamos a la cancha!

Times em campo, e aí, pra quem está na arquibancada a fase é deixada pra lá, a posição no campeonato é minimizada e tudo o que importa é… vencer o rival!

Muito triste ver a bancada do São Caetano assim vazia…

Do nosso lado, sendo visitantes, pelo menos tivemos o comparecimento das organizadas e de algumas dezenas de torcedores autônomos.

Sente a vibração:
Aqui, uma boa alma fez uma foto de dentro do campo da turma do Ramalhão!

Aí, o pessoal do São Caetano. Como sempre reforço, pra mim, o rolê é rivalidade sempre, inimigos, nunca!

O amigo Barata, da Comando Azul mandou uma foto pra mostrar a rivalidade do lado de lá com a faixa do Somália fazendo a dancinha em frente à torcida do Ramalhão, num 3×0 que o São Caetano fez em 2007.

Em campo, uma boa surpresa, o Santo André entrou voando! E logo aos 4 minutos Guilherme Matheus abriu o placar! Ramalhão 1×0!

Achei que essa partida era a oportunidade pro Santo André devolver os fatídicos 3×0 de 2007, mas infelizmente o time não conseguiu converter as chances criadas.

A festa na bancada se animou!

O ritmo não diminuiu e Alexiel ampliou no final do primeiro tempo, aos 44 minutos: Santo André 2×0. Canta aê!!

Ah, sem dúvidas que o fato não esperado do jogo foi a presença do Cartolouco ! Não nego que eu achava o trabalho dele esquisito, principalmente na época do Cartola / Globo, mas hoje o cara tem feito um conteúdo bem interessante principalmente dando voz às torcidas e times fora dos grandes eixos, por isso, todo respeito a ele e ao mano que faz as fotos e vídeos junto.

O público final: 187 torcedores. Decepcionante. O horário atrapalha, as más fases dos times também, mas mesmo assim… É preciso repensar.

O São Caetano diminuiu com Douglas aos 46 do segundo tempo.
O Ramalhão foi a campo com: Marcelo; Córdoba, Henrique, Guilherme Matheus e Denilton; Ruan (Gabriel Paz), Nelsinho (Gabriel Gama), Matheus Neris (Davison) e Bruninho (Gabriel Ferreira); Alexiel (Will Viana) e Josiel. Técnico: Márcio Griggio.
Fora de campo mais uma derbi pra nossa história!

Antes de ir embora, ainda pude ver o escritório da SAF do São Caetano. Acabei não a visitando porque em dia de derbi, eu considero respeitoso não estar em um espaço desses com a camisa do rival.

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Copa Paulista 2023: São José EC 2×0 EC Santo André

29, de julho de 2023.
Sabadão a noite. O rolê pra hoje não tem taaaanto glamour, já que a Copa Paulista não é a competição mais apreciada pelos torcedores, mas em campo, temos um encontro que há tempos não se via.

Assim, repetindo o que torcedores do Ramalhão já faziam nos anos 70, pegamos a Dutra e fomos até o belíssimo Estádio Martins Pereira para acompanhar a partida frente o São José, que vem em uma retomada dentro do cenário futebolístico.
Antes do jogo, fomos dar um rolê pela cidade e foi bacana ver a loja do São José, lá no centro da cidade:

A loja faz a diferença na “materialização” do time em pleno centro da cidade.


Uma série de cartazes espalhados pela cidade ajudam a divulgar os jogos do São José na Copa Paulista:

Refletindo o bom momento do time, a torcida local compareceu e fez uma bela festa!
Uma pena que ali do local destinado aos Visitantes, não deu pra fazer uma foto frontal.

Massacrado por uma incrível sequência de maus resultados, o Ramalhão tenta se reerguer juntando ao time de “pratas da casa” alguns nomes que chegaram para a Série D, da qual foi eliminado há uma semana. E começou o jogo indo pra cima do São José EC:
Será que bem aqui em São José dos Campos o Ramalhão iniciaria uma incrível reviravolta chegando ao título da Copa Paulista, conquistando também a Copa do Brasil 2024 e voltando à Libertadores em 2025?
Olha aí outro ataque do Santo André que nos deixava esperançosos:
O São José EC respondia nos contra ataques e em bolas paradas:
Falta para o Santo André e um desvio quase “mata” o bom goleiro Ariel. Aliás, o seu reserva é o nosso amigo Luis Augusto! Seguimos na torcida pra que ele tenha uma carreira vitoriosa!
O jogo era mesmo de rivalidade! Teve cordão de policiamento separando e tudo!

O primeiro tempo virou 0x0. Mas com a chegada da Fúria Andreense, as emoções se concentraram mais na arquibancada do que no próprio campo.

Fico contente de ver a nossa turma sempre presente mesmo em um momento tão difícil do time.

É óbvio que ninguém gosta de perder, e participar diretamente do pior momento do time nos últimos anos, mas estar na arquibancada com os amigos é sempre um prazer!

Nossos sonhos de vitórias foram interrompidos aos 28 minutos do 2º tempo, quando Matheus Serafim colocou os donos da casa na frente do placar! A torcida local foi à loucura!

O que fazer do nosso lado, se não responder cantando e apoiando ainda mais…

Loucura? Inocência? Não há porque seguir apoiando?
Fala isso pra Fúria, então, que canta a plenos pulmões mesmo nos piores momentos….
Mas, somos realistas. Sabíamos dos limites deste time e principalmente deste ano, com um time montado sem grandes esforços comerciais, e aos 36’ do 2º tempo, Nicholas fez 2×0 e matou o jogo…

É um momento de extrema satisfação para a torcida do São José que tem acompanhado esse novo momento do time, de volta à série A2, após chegar à Segunda Divisão, o quarto nível do futebol paulista e agora luta para conquistar uma vaga na série D do Brasileiro de 2024…

A nós? Resta a resiliência em aguardar um 2024 melhor (já que nossa principal dívida termina de ser paga em outubro-2023) e a disposição de tentar levar a frente ideias de como a diretoria pode melhorar a gestão do time…


Após o jogo, ainda pudemos celebrar o aniversário do amigo e também torcedor do Ramalhão, Furlan! Feliz aniversário, meu amigo e que os próximos jogos sejam melhores presentes kkkk

Por fim, a síntese de curtir o futebol se resume a isso: diferentes times, rivais sempre, mas inimigos nunca. Abraços aos amigos Lucas, que acabei encontrando no estádio e também na pizzaria em que fomos comemorar, e ao Castanhare, que não deu pra trombar no rolê!
