Nosso rolê para Montevideo começou ainda no aeroporto de Santiago, no Chile, mas a foto do avião da LAN é só pra dar uma ideia do lugar, pois nos mantivemos fiéis a querida PLUNA!!:
De avião, conseguimos ver por cima toda a beleza da Cordilheira dos Andes, um lugar mágico…
Enfim, depois de navegar por entre campos de algodão, chegamos ao aeroporto de Montevideo.
No caminho do aeroporto até o nosso hotel ganhamos um belo por do sol de presente de boas vindas.
Nem bem chegamos e encontramos o Gui, fomos para um rolê pelo centro da cidade. Com direito até a passada por um dos vários cassinos da cidade.
Ah, e estar de rolê pela América do Sul sem protesto, não é rolê….
Depois de mais de uma hora de caminhada, hora de matar a saudades de “El mundo de la Pizza”…
No caminho de volta, coisas estranhas…. Não sei se comi algum cogumelo do país das maravilhas, mas começei a me sentir menor…
Fomos dormir e pela manhã um rolê para rever os principais pontos de Montevideo, em especial da Ciudad Vieja.
Como esse blog é sobre futebol e não sobre viagens, logo demos nossa primeira parada.
Esse é o Estádio Luis Franzini, onde o Defensor Sporting manda seus jogos.
Infelizmente nossa visita foi só pelo lado de fora, já que era carnaval e o zelador estava dançando por aí…
Navegando pela Internet pudemos encontrar algumas imagens feitas do estádio no geral, pode se perceber como o estádio fica bem no meio de um bairro residencial:
Aqui, imagens de um jogo contra o Tacuarembó:
Bom, ao menos registramos mais um estádio desse incrível mundo do futebol!
Uma foto por cima do muro, para ao menos matar a curiosidade…
Somada a um zoom da câmera, dá pra enxergar os 18 mil lugares do estádio.
Enfim… Fica aí nosso registro da casa do Defensor!
Na sequênciado nosso passeio, conseguimos trombar o pessoal do time da LDU que iria jogar no dia seguinte com o Penarol.
E encontramos também mais deliciosos lanches e sucos…
Mas, voltando ao papo boleiro, quando menos vimos já era dia de jogo. E que jogo!
Fomos para o Estádio Centenário para ver simplesmente uma partida do Penarol, pela Libertadores!
Para um apaixonado pelo futebol, não há passeio mais romântico!
E como há apaixonados por futebol (e pelo Penarol), em Montevideo.
Do capítulo “Comilanças de estádio”, lá está dona Isabel vendendo deliciosas Tortas Fritas!!!
Chegamos cedo, deu para pegar um bom lugar e esperar comendo umas batatinhas…
Mari comprou um belo cachecol do time uruguaio!
Aos poucos o estádio foi enchendo e ganhando cor. Aliás, cores; preto e amarelo.
A chegada da Barra é uma cena única!
A única parte que demorou para encher foi a “geral”, que fica quase no mesmo nível do campo e embora dê uma ideia de proximidade muito boa, impossibilita de se ver o jogo como um todo.
Além das faixas e tapos, lá vem a “fumaça” colocar mais cor no estádio!
E a gente ali… Curtindo o jogo!
E os visitantes da LDU vieram. Ainda que em pequeno número…
O time de Montevideo aparece para entrar em campo, mas mesmo sem pisar na grama, já emociona, ao mostrar um de seus atletas carregando o filho recém nascido nos braços.
E se o jogo está pra começar, é hora de cantar ainda mais…
E é hora de se beliscar muitas vezes pra se tere certeza que essa noite estava mesmo acontecendo.
O jogo começa e é difícil saber para onde olhar. Se em campo as duas equipes dão um show de luta e dedicação, nas arquibancadas, não é diferente!
Do nada surge um “Mister M” uruguaio flutuando sob a galera…
Em campo, o jogo era duro. O time da LDU veio do Equador disposto a voltar com um empate.
As chances criadas paravam no goleiro ou eram mandadas pra fora, para desespero do torcedor Carbonero.
Andamos pelo estádio para ver outros ângulos, outras pessoas… O estádio estava lindo!
Não teve jeito de não se empolgar com a festa!
Até o Gui, que jura ser mais Nacional cantou “Hay que saltar… Hay que saltar… E quem não salta… É Nacional”. E ele saltou.
Bom, claro que tem gente que consegue ficar parado…
Mas faltava algo para fechar a festa, um 0x0 era triste demais para tamanha comoção…
Pronto. A festa estava completa. Nossa presença no jogo já seria inesquecível para sempre.
Bom, então o negócio foi aproveitar os demais “atributos” da noite. Vamos às Tortas!
E por que não deliciosos churros?
Após uma noitada de futebol, era o momento de aproveitarmos o dia em Montevideo, assim fomos curtir uma praia.
Guilherme soltou as amarras de sua vida cheia de incertezas e simplesmente… “Foi pro mar”.
Incrível são as coisas que se pode comprar pelos mercados locais…
Mas ainda precisávamos conhecer o outro grande clube da cidade, o Nacional, e por isso fomos até o Gran Parque Central.
O Estádio fica praticamente dentro do bairro o que dá um charme especial a ele.
Incrível como o futebol combina com grafite…
E fica aí o registro em mais um estádio histórico da América Latina!
Mais uma honra estar em um estádio como esse, com sua memória e história…
Por se tratar de um estádio particular, eles cuidam de todos os detalhes e morrem de orgulho de mandar seus jogos ali!
O diretor do Nacional, que nos acompanhava narrava com orgulho as obras de expansão do estádio.
Ficamos um bom tempo de papo com o diretor e com o caraque havia nos levado de taxi até lá. Mal sabíamos nós queo taximetro seguia ligado…
Aí estão os dois figuras, o diretor do Nacional e o taxista entre o Gui e eu.
Ah, a Mari que estava fotografando até então, também estava por lá.
Saindo do estádio do Nacional, a caminho do nosso hotel, ainda passamos em frente ao estádio do Club Sportivo Miramar Misiones.
O clube é resultado da fusão de dois outros clubes: Misiones Football Club (fundado em 26 de março de 1906) e Sportivo Miramar (fundado em 17 de outubro de 1915). A fusão ocorreu em 25 de junho de 1980.
O Estádio Parque Luis Méndez Luis Piana tem capacidade para 6mil torcedores.
Antes de irmos embora, uma última noite para encontrar, entre outras coisas, manifestações vegetarianas!!!
Um passeio para os apaixonados é visitar e interagir com a “Fuente del cadeados”, onde as pessoas colocam cadeados com o nome do casal… Vê se vc acha por lá o “MAU x MARI” que colocamos.
Ah, era a última noite. A despedida pedia os tradicionais “helados La Cigale“…
O tempo escorria por nossas mãos… Já era hora de adentrar em um outro avião, dessa vez a caminho da nossa também amada Buenos Aires.
Quem acompanha o blog sabe que todo carnaval, após juntar grana o ano todo, a gente escapa do Brasil e vai desbravar o futebol da América do Sul, com o projeto “Futebol Rompendo Fronteiras“, em parceria com os blogs www.expulsosdecampo.blogspot.com e o www.fototorcida.com.br .
Esse ano não foi diferente, e pela primeira vez fomos ao Chile.
O aeroporto de Guarulhos foi nosso ponto de partida!
Já no aeroporto, começamos nosso intercâmbio futeboleiro, com um simpático casal de africanos.
Após algumas horas de viagem, chegamos à Santiago e fizemos um city tour com o ônibus da Turistik, empresa local que oferece ótimas opções para se conhecer a capital e suas proximidades.
O legal desses ônibus é que você pode descer onde quer e depois pegar outro ônibus e assim, pudemos andar bastante por bairros bem distantes de onde estávamos.
E foi após muita caminhada que chegamos a um local que a Mari vinha se programando há tempo para conhecer, o Museu da Moda (mais detalhes veja no blog da Mari quando ela postar).
Já cansados pelos cerca de 14 km caminhados, ainda no primeiro dia, fizemos um último esforço pois eu tinha certeza que estávamos perto do Estádio do Audax Italiano.
Mas só após conversar com o pessoal do estádio é que descobri que tratava-se do Estádio da comunidade italiana de Santiago.
Falando um pouco da cidade, Santiago passa por grandes mudanças estruturais e assim como o resto do mundo está se verticalizando dia após dia.
Mas, o que mais chama a atenção de quem está ali pela primeira vez, são as montanhas e cerros que cercam a cidade, em especial a Cordilheira dos Andes, que mostra sua força, energia e grandeza a todo instante.
Outra coisa que chama muito a atenção é a limpeza da cidade. O fato de não ter um papel pelo chão é até imaginável, o que chega a intrigar é como uma cidade tão arborizada não tem sequer folhas pelas ruas do centro da cidade… (na periferia a coisa muda um pouco).
Talvez pela arborização, a cidade possua também um grande número de pássaros que voam e caminham tranquilamente pelos bairros.
E ali estávamos nós, um casal punk boleiro para andar e deixar rastro de coturno pela cidade…
Ah, sobre a gastronomia local, nota dez!
Muitas opções para vegetarianos, local ideal para amantes de bons vinhos, mas também para quem gosta de comidinhas do dia a dia com sabores diferentes…
E muitos sucos deliciosos!
Santiago é uma cidade com muitas equipes de futebol e infelizmente tivemos que selecionar algumas poucas nessa primeira viagem à capital chilena, já que não tínhamos muito tempo.
Assim, nossa primeira escolha foi conhecer o Estádio Municipal de La Cisterna, casa do Club Desportivo Palestino, time que defende as cores dos imigrantes palestinos.
Situado no bairro Cisterna, um pouco afastado do centro, o Estádio possui uma pequena arquibancada coberta e um lance de arquibancada descoberta que envolve todo o campo.
Ao fundo do estádio pode se ver o início das Cordilheiras, dando um visual único ao campo!
Tivemos sorte e bem na hora da nossa visita, estava rolando uma partida sub-17 entre o Palestino e o tradicional Colo-Colo.
Assim como no Brasil, as categorias de base não são muito apoiadas pelas torcidas, e por isso, nas arquibancadas do Estádio Palestino ao invés dos “Barra Bravas” estavam presentes parentes e amigos dos atletas, de ambas as equipes.
Ah, claro, e nós, em busca de mais um sonho de futebol…
O entorno da arquibancada é meio estranho, cheio de pedras e aparentemente em obras, mas o estádio é bem simpático!
Não se pode negar que a simples existência do time e do estádio representam um forte ato político, colaborando com o orgulho do sofrido povo palestino, para nós foi uma grande honra estar ali!
E o orgulho de ser Palestino está por todo lado, esse cachecol estava dentro de um carro, no estacionamento.
Ah, claro e já que falamos em sonhos, fica aí mais um sonhador como nós. Trata-se do jovem Tomás que iria disputar uma partida pelo infantil do Palestino, no campo secundário.
Já este outro sonhador, pensava em como seria montar a “Barra do Bloco J”…
E do sonho à realidade. Mais um estádio cheio de magia entra na lista do blog!
Aproveitamos que estávamos próximos e fomos conhecer também o centro desportivo e o estádio do time da Universidad do Chile, que fica há poucas quadras, na mesma avenida.
O time da “La U” conta com vários campos neste local.
Infelizmente, o segurança não nos deixou passar até o campo principal, onde o time chegou a mandar alguns jogos. Atualmente, eles jogam no estádio nacional.
Ao menos, pudemos mais uma vez acompanhar um jogo da categoria sub-17.
Ainda que não seja um estádio muito usado pelo time principal, mais uma vez valeu o rolê!
Mesmo no campo secundário, só pudemos ficar por alguns instantes… Mas deu pra fazer essas fotos.
Fim do rolê, de volta ao metrô!
Santiago também é a cidade onde vive o pessoal da banda “Los Miserables “, que tem um disco todo dedicado ao futebol, com destaque para o tema “El crack”:
Como já tínhamos um contato com os caras, fomos assistir um ensaio da banda que mistura punk rock, harcore, rap e até percussão, sempre com letras muito inteligentes!
Outro rolê legal foi conhecer as lojas da galeria, do calçadão Ahumada. Destaque para a loja “Hooligans – Rebel Music” que vende material rockeiro e boleiro:
E também para a loja Mercado Futbol, que comercializa camisas novas e usadas de todos os times que você possa imaginar…
Andando por Santiago, é impossível não ver o rio Mapocho, que nasce nas cordilheiras e corta toda a cidade.
Mesmo com tantas mudanças e crescimento, a cidade soube preservar sua memória e história, principalmente na arquitetura dos prédios do centro.
Como em toda grande cidade, não dá pra visitar Santiago e não dar uma passada pelo mercadão!
Se acha de quase tudo ali.
Até uma… Lhama… Mas essa, é só pra se fotografar.
Outra coisa que se nota caminhando pelas ruas é a relação do povo Chileno com os símbolos nacionais.
Existem muitas bandeiras pela cidade, seja nos monumentos, ou mesmo no comércio e na casa das pessoas. A relação das pessoas com o país é de um patriotismo carinhoso, difícil de explicar.
Não que isso impeça a existência do pensamento e manifestações anarquistas…
Voltando ao mundo do futebol, conseguimos ir ao jogo da Universidad do Chile contra o time do Unión San Felipe, no Estádio Nacional.
O jogo contou com um bom público da “La U“, um dos grandes times do Chile.
O grandioso e belíssimo Estádio Nacional não estava com seus 55 mil lugares ocupados, mas ainda assim era uma bonita vista, concorda?
O Estádio segue o modelo tradicional, com boa parte da área descoberta e uma área central coberta.
Embora estivemos ali num momento de festa, vale lembrar que o Estádio foi outrora usado pelo ditador Pinochet como campo de concentração durante o período de ditadura no Chile.
Ao fundo pode se ver o iluminado placar do estádio. Tão iluminado que não dá nem pra ler na foto… Ali embaixo fica a Barra Brava do time.
Deliciosos sandubas podem ser comprados e consumidos durante o jogo….
As diversas lanchonetes tem grande capacidade de atendimento, e o preço não é assim tão salgado como é aqui no Brasil.
Como era nossa primeira vez no estádio fizemos um rolê por outros setores para conhecer melhor cada lugar.
Trapos e faixas espalhados por todas as grades e áreas… Isso é uma das coisas que mais sinto falta no Brasil…
O gramado em ótimas condições não impediu a equipe local (La U) de perder o jogo e a chance de subir para as primeiras posições no campeonato chileno.
Mas nem mesmo a derrota nos tirou o orgulho e felicidade em conhecer mais um templo do futebol latino.
Mas nem só de futebol foi nosso rolê. Subimos a cordilheira dos Andes, para pela primeira vez na vida vermos gelo (ainda que há distância, já que estávamos no verão).
Após 61 curvas de 180 graus dentro de um ônibus, finalmente estávamos a mais de 3 mil metros de altitude, começando a sentir a diferença da temperatura e pressão…
As imagens são tão loucas que até parecem montagens, mas acredite, é tudo real…
A nossa base lá em cima foi a estação de ski Valle Nevado, e confesso que fiquei com muita vontade de voltar na época do frio, para ver o gelo.
Mas a volta do passeio nos desanimou um pouco, já que o ônibus da Turistik quebrou e nos fez esperar por quase duas horas em plena montanha, fazendo nos perder o jogo do Colo-Colo…
Outro passeio fantástico e que não poderíamos perder era conhecer as praias próximas à Santiago.
Assim fomos primeiro conhecer Valparaíso, uma cidade portuária, com forte presença cultural.
Engraçado, mas na minha cabeça o que mais eu ouvi falar de lé é que é um lugar onde haviam muitos skinheads.
O time do Deportes Santiago Wanderers defende as cores da cidade!
Entretanto, o estádio do time fica bem longe de onde estávamos e acabamos não o vistando.
Os claustrofóbicos (assim como eu) sofrerão um pouco ao descer pelos elevadores da cidade, mas vale a pena, e nem é tão sofrido assim…
A praia não é tão bonita, e no Chile praia não é sinônimo de calor, mas é um passeio que tem que ser feito para quem está em Santiago, é menos de 2h de viagem.
Depois fomos a Vina del Mar, famosa pela sua praia e pelo seu relógio de flores…
Vina del Mar é a casa do Everton.
O time manda seus jogos no Estádio
Assim como a vizinha Valparaíso, Vina del Mar também possui grande importância na produção cultural chilena.
Mas o grande barato do rolê foi ter pisado no Oceano Pacífico, pela primeira vez em minha vida. Pode parecer besteira, mas é uma sensação muito loca!
Até porque nem só de futebol a gente vive, o rolê tem que ser completo!
Recomendo a viagem ao Chile, em especial à Santiago. Um lugar de muita história, marcado por bons e maus momentos.
Antes de irmos embora ainda conseguimos subir o Cerro Santa Lúcia para ver Santiago lá de cima.
Assim, tivemos uma visão mais completa da capital, antes de nos despedirmos do Chile.
Esperamos poder voltar um dia e conhecer mais sobre sua cultura e seu povo.
Levamos na lembrança imagens, cheiros, sons e muitos cds, dvds, fotos…
Assim, acabamos nosso rolê pelo Chile e rumamos a Montevidéo.