Uma espiadinha na série D

02 e agosto de 2013.

É hora de acompanhar o Ramalhão em sua saga. Mais do que lutar pelo acesso, o time tenta recuperar seu prestígio com a torcida e em paralelo ainda tem o Estádio Bruno José Daniel, finalmente, em reformas.

Como dá pra perceber, para aqueles que conhecem o estádio, está tudo bem diferente e menor.

O público só tem acesso às laterais das arquibancadas e embaixo delas, apenas metade do espaço normalmente utilizado está disponível.

Na parte destinada às cadeiras cobertas, também temos uma “movimentação” acontecendo.

A torcida Fúria Andreense fez, recentemente, uma entrevista com o atual secretário de obras da cidade, falando sobre as obras no Estádio. A entrevista faz parte da TV Fúria, uma iniciativa bacana da torcida. Esse programa tem 3 blocos, esse é o segundo deles em que se trata especificamente das obras:

Mas para aqueles apaixonados pelo time, todos os atuais desafios enfrentados pelo time e pela própria torcida são encarados como mais uma página da história do amor pelo time!

Ah, o que você vê na mão dos torcedores, na foto acima é a nossa nova empreitada, o Fanzine “Santo André – Série D 2013”, que temos distribuído gratuitamente nas partidas em casa! Esse foi a edição do jogo contra o Juventude:

Assim, o que tem sido visto nos jogos do Santo André é uma presença apenas razoável em quantidade de público, mas com uma alta participação e dedicação. A torcida tem feito a diferença, nos jogos da Série D. Prova disso é que o time tem 100% de aproveitamento na competição, nos jogos em casa.

A torcida do Juventude também compareceu e foi bem recebida, sem passar por nenhum problema.

A tarde quente ajudou a animar ainda mais o torcedor ramalhino.

Em campo, um primeiro tempo difícil e truncado, que acabou virando 0x0, embora o Santo André tivera chances de abrir o marcador.

No segundo tempo, a torcida jogou junto, acompanhando o mais perto possível!

Vale registrar que além das organizadas, o time tem conseguido manter torcedores “autonomos” que vêem no Ramalhão o seu time do coração e mais uma manifestação cultural da cidade!

Mas a festa foi para todos os torcedores, organizados ou não, quando Chico fez Santo André 1×0!

O meia Élvis que acabara de entrar (está se recuperando de uma operação recente) comandou a festa entre jogadores e torcedores. Aliás, isso é uma coisa que sempre pedimos, que os jogadores dividissem essa alegria dos bons momentos conosco!

E para terminar a rodada definitivamente como líder, o Santo André ainda marcou o segundo gol, de penalty. Ramalhão 2×0 Juventude.

Ótima estreia do treinador Paulo Roberto!

A torcida pode voltar para casa feliz, mesmo sabendo que na próxima rodada é o Santo André quem folga, ou seja, não joga.

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Dor, alegria, lágrimas e catarse com o Santo André na Copa do Brasil 2013

1de maio de 2013.
Dia do trabalhador, feriado para protestar e repensar a relação do homem com seu trabalho, com seus patrões.
E por quê não fazer isso no estádio?
Curtindo um mata mata de Copa do Brasil?

Olha aí a nossa torcida, em sua casa…

O “Esquerdinha” foi caracterizado como operário metalúrgico, e levou sua bicicleta toda estilizada para relembrar aqueles que tratavam o 1de maio simplesmente como dia de festas.

A comunicação do time com sua torcida ainda é pequena, mas mais do que as faixas, a população da cidade se mobilizou e mais uma vez surpreendeu, indo em bom número ao Bruno José Daniel.

O jogo era bom, segunda fase da Copa do Brasil.
Pegue sua bandeira, sua camisa e vamos lá, torcedor Ramalhino!

Até fila pra entrar teve….

Já dentro do estádio, o público se mostrava confiante no time, mesmo sabendo dos limites do time atual.
Pra quem nunca foi a um jogo do Santo André, a experiência é cada vez mais “bairrista”, mais próxima e intimista. Todo mundo se conhece e, felizmente, se respeita.

Essa intimidade está até mesmo presente na relação com o time, que tem literalmente chegado cada vez mais perto da torcida.

Se fosse pra natureza escolher um dos times, o céu escolheu o seu. Esse era o céu daquela tarde:

O Ramalhão posou pra foto com cara séria. O time sabe dos seus limites, mas tem colocado a raça como sua maior arma. É tudo o que a gente pedia…

O reflexo nas arquibancadas está sendo percebido. Aqui, a rapaziada da Esquadrão Andreense cantando e apoiando!

Momento pra gente nunca esquecer. Os dois times perfilados, o Goiás é o primeiro time da série A a pisar no Brunão, este ano.

Aqui, o pessoal da Fúria Andreense, reunido e pronto pra gritar pelo Ramalhão.

Mas o estádio estava tomado por torcedores comuns, autônomos, livres para torcer do seu jeito, pelo time da sua cidade.

Em campo, o Santo André começou com tudo, indo pra cima e fazendo valer seu mando.

Mesmo jogando bem, confesso que o gol me surpreendeu… Abrir o placar deu um suspiro de esperança que há tempos não sentia.

O gol trouxe ainda mais alegria e ânimo à torcida!

E o Ramalhão seguiu no ataque! Parecia que novamente havíamos encontrado nosso rumo!

Porém, uma falta na entrada da área, tirou a alegria dos rostos ramalhinos… Walter (ele mesmo, o gordo…) empatou o jogo em 1×1.

A pancada doeu. Mas, mantivemos a fé…

O intervalo mostrou mais uma vez a presença do movimento contra o futebol moderno.

Ah, e esse jogo contou com a ilustre presença do amigo Edú, que ainda não conhecia o nosso estádio.

O segundo tempo veio ainda com a esperança e a alegria dominando a torcida.

Olhando de cima, o estádio mostrava-se ainda mais bonito, como há tempos eu não via…

Diferentes pessoas, diversas torcidas, mais uma vez o futebol como agente social de integração e união.

Durante o intervalo, a Fúria Andreense organizou um mosaico bacana com as cores do Ramalhão.

Mas nem todo o esforço do torcedor e do time foi capaz de segurar o resultado.
O Goiás virou o jogo. 2×1.

E depois, o golpe fatal. Santo André 1×3 Goiás.
Esse resultado eliminava o jogo de volta, em Goiânia. Mas quando tudo parecia perdido, o Ramalhão mostrou-se forte novamente e marcou o gol que forçou o jogo de volta. Lágrimas e comemoração de uma derrota, coisa que poucas vezes eu vi…

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Overdose de Santo André!!!

30 de janeiro de 2013.

Terceiro jogo em 7 dias! Pra quem ficou tanto tempo sem ver o time, nada melhor do que uma overdose de futebol!

Jogo ainda sob o clima da tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul, na boate Kiss. Bandeiras a meio pau…

Outro jogo numa quarta feira a tarde, o que prejudica o público… Dessa vez, pouco mais de 500 torcedores estiveram no Estádio Bruno José Daniel.

É mais um jogo do Ramalhão, o time da minha cidade!

 O Santo André fez 1×0 no segundo tempo… Gol de Leandrinho após boa jogada do atacante William. Nesse jogo, levei o meu cachecol do Rayo Vallecano, em homenagem ao time espanhol do bairro de Vallecas e sua torcida!

As duas organizadas tem colorido o Estádio. A que fica na parte central é a Fúria Andreense. A que fica na lateral, levando os tirantes é a Esquadrão Andreense.

Para os andreenses que abandonaram o nosso time, fica nosso convite. Assistir ao Ramalhão é uma festa regional, sem violência, que reúne amigos de diferentes idades. Vale a pena apoiar!

Aqui, a rapaziada da Fúria BDC no pós jogo!

Em campo, o jogo não estava tão difícil, mas o juiz anulou dois gols ramalhinos e ainda encheu o time de cartões amarelos.

Pra piorar, a Santacruzense empatou o jogo…. 1×1.

Um resultado que só atrapalha o time e a volta do torcedor ao estádio…

Mas, como insisto em dizer, o resultado é só um número. Frequentar o Estádio do Santo André é um prazer, que precisa ser experimentado pelos moradores da nossa cidade.

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Basquete em Santo André relembra o Estádio

O basquete feminino de Santo André está sempre se esforçando para estar entre os melhores times das competições que disputa. E não é graças ao apoio da Prefeitura, ou mesmo da população. É questão de raça das meninas atletas e das envolvidas, principalmente da técnica Laís Elena.

Como era uma 5a feira a noite, era de se esperar que a casa estivesse mesmo vazia… Mas lá fomos nós pra acompanhar o jogo contra as líderes do time de São José dos Campos.

Pra quem não tem acompanhado o basquete feminino brasileiro, é bom saber que a atual geração joga com muita raça, é um jogo forte, legal de se assistir.

As arquibancadas do Pedro del´Antonia mereciam estar repletas, ainda mais sabendo que o jogo é gratuito. Um país que vai sediar as Olimpíadas precisa começar a divulgar mais os esportes…

Bacana ver que mesmo nas arquibancadas do basquete o protesto pela liberação do Estádio Bruno José Daniel estava presente!

Falando sobre o jogo, após um início disputado, o time de Santo André terminou a metade do jogo liderando e conseguindo se manter na frente do placar, porém o terceiro quarto trouxe um São José ávido pela vitória e conseguiram a virada.

Mas, as meninas de Laís Elena mostrarm que não falta fibra e técnica para esse time e no último período deram a vitória ao quadro andreense por 62 a 59 e agora divide a liderança do campeonato com o próprio São José.

Parabéns aop trabalho realizado e ao público (ainda pequeno) que acompanhou a partida.

Ficam aí algumas imagens do jogo:

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CQC apoiando o Ramalhão!!!

Ta aí o motivo da nossa luta. Cadê a tal reforma, prometida pela Prefeitura de Santo André?

Ficou no papel? Não. Eles simplesmente fizeram a parte mais fácil (demoliram a marquise coberta) e deixaram pra acabar depois das eleições.

Pra piorar, criaram um embrólio burocrático que não permite a nós torcedores Ramalhinos acompanharmos nosso time do coração de dentro do estádio.

Para pressionar a Prefeitura a cumprir o prometido, alguns torcedores chamaram o pessoal do CQC para acompanhar o nosso martírio, e não é que eles foram lá acompanhar Santo André 0x3 Brasiliense (bando de pés frios).

Diferente do que os defensores do atual prefeito pensam, esse movimento não foi para favorecer um ou outro partido nas eleições, mas para conseguir uma solução para um problema que nos afeta há mais de um ano.

Mas em Santo André nada é fácil.

Além de levar uma sacolada em campo para o Brasiliense, fora do estádio, tivemos companhia durante boa parte da partida. Sabe como é, para sua proteção…

Engraçado que para o pessoal do CQC ninguém foi falar nada, mas era só eles sairem de perto…

Não houve nenhum tipo de enfrentamento, mas eu questiono a postura “pronta pra guerra” que a Polícia tem tido conosco..

No meio da bagunça achei um adesivo do Lixomania, grande banda mostrando que sempre tem algo de punk no meio das rebeliões!

Com o jogo morno (e perdido) em campo, a galera se concentrou em ajudar o pessoal do CQC entender o que estava acontecendo.

O resultado final taí pra quem quiser ver. Eu gostei, só falta saber se a prefeitura vai mesmo conseguir entregar…

E que fique de resposta aqueles que estão sepultando nossa alegria, nossa cultura. O povo de Santo André está unido!

Fizemos até um clipe sobre essa situação, veja aí:

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Presos do lado de fora – EC Santo André

25 de agosto de 2012. Jogo válido pela série C do Campeonato Brasileiro, enfrentam-se Santo André x Macaé-RJ. Seria engraçado, se fosse só mais uma cena de um filme. Seria heroico, se não fosse tão real.

É dia de jogo em casa e mais uma vez, nós, torcedores do Santo André estamos trancados do lado de fora.

A verdade é que a situação enfrentada pela torcida do Santo André já passou dos limites.

É de fazer a raiva falar mais alto.

Só pra explicar, de forma rápida, já há alguns anos o Estádio do Santo André vinha sofrendo com problemas de infiltração, tanto no lado das cadeiras cobertas, quanto na arquibancadas.

Mas a verdade é que essa conversa nunca foi muito levada a sério.

Porém, desde 2010, por questões de segurança, começaram a priorizar o uso das arquibancadas em detrimento das numeradas (o engraçado é que o oposto também já ocorrera, tendo jogos em que apenas o setor coberto estava liberado).

Em 2011, num movimento irreal, a Prefeitura Municipal de Santo André, “capitaneada” pelo prefeito AIDAN, simplesmente demoliu o setor das numeradas e sua cobertura.

Se você se preocupa com a cultura e a história do futebol, não assista o final do vídeo. Ver uma torre daquelas caindo e derrubando a marquise machuca o coração…

Fui, com dor no coração ver como o Estádio ficou após a demolição (clique aqui e veja).

Começam0s a assistir os jogos da arquibancada, e dali vimos uma má campanha na série C em 2011, que quase nos levando à série D.

Em 2012, mais de 6 meses depois da destruição, nada foi feito e simplesmente perdemos o direito de mandar os jogos no Brunão, passando a disputar o Campeonato Paulista da A2 em estádios vizinhos (1o de Maio e Anacleto).

Na última partida, quando precisávamos de uma vitória sobre o União Barbarense para não cair para a série A3, voltamos a jogar em casa, porém… com os portões fechados… Retratamos esse jogo da A2 aqui.

E é assim que seguimos. A série C de 2012 iniciou tendo como nossa casa o Estádio Hermínio Ometto, em ARARAS!!!

Depois de 4 jogos por lá, voltamos ao Bruno José Daniel, mas… Mais uma vez com portões fechados.

E assim tem sido a ridícula vida de adaptação dos torcedores locais.

A Esquadrão Andreense, ocupou os muros próximos à entrada dos visitantes.

 

A visão do jogo até que era aceitável. Ali em cima do morro (pra quem conhece a região) até teve gente tentando assistir, mas a visão é mínima…

A maior aglomeração era mesmo em frente ao portão do “finado” setor das cadeiras cobertas.

Mas houve quem encontrasse um setor mais VIP, contando com um buraco no muro que colaborava com a visão do jogo.

Tudo bem, que o “piso” do setor VIP era “lixuoso  ao invés de ser luxuoso…

Ah, e já tem setor ficando disputado. Assistir em cima da árvore por exemplo já começa a ser uma opção para quem chega mais cedo… O resultado em campo foi terrível. Santo André 0x3 Macaé-RJ. Por incrível que pareça o Santo André até jogou melhor o primeiro tempo, perdendo chances incríveis!

Mas, o segundo tempo começou fulminante e logo de cara levamos o gol do time carioca… E o poder de reação não foi suficiente para sequer empatar o jogo…

Ah, e enquanto sofríamos em campo, a Polícia Militar resolveu aparecer no intervalo e expulsar a galera que estava assistindo o jogo na parte “superior” da entrada…

Independente da posição política de cada um, ficou claro que mesmo entre os antigos eleitores do atual prefeito a relação é de decepção com a nossa prefeitura.

Por isso, mais uma vez foi realizado um enterro simbólico do prefeito que enterrou nosso estádio.

Além disso, foram distribuídos e colados pelo bairro o panfleto lembrando aos atuais eleitores a “grande obra” do Prefeito Aidan.

É triste ver o descaso com um patrimônio histórico da cidade… Até “restos de catracas” estavam por ali. E quer saber? Eu vou tentar pegar isso e guardar como relíquia, aqui em casa!

Mesmo no meio de tanta coisa triste, achei uma coisa legal, que eu não havia percebido: o (aparentemente) novo ônibus do Ramalhão. Como sei que o Anderson (lá de Curitiba, do blog Camisas e Manias) curte essa estranha ligação entre ônibus e futebol… Taí uma foto pra coleção dele.

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E começou a série C (2012)…

Sábado, 30 de junho de 2012.

Exatamente 8 anos depois de encantar o país ao conquistar a Copa do Brasil, contra o Flamengo, calando o Maracanã e os mais de 70 mil presentes, o EC Santo André faz sua estreia na série C – 2012.

Mesmo com o mando de jogo, as obras no Estádio Municipal Bruno José Daniel obrigou o Santo André a buscar uma nova casa, que acabou sendo a cidade de Araras e o Estádio Doutor Hermínio Ometto.

Uma tarde triste para os times e seus torcedores. É incrível como ao invés de gerar esperança, a série C começou mostrando que realmente o futebol brasileiro parece próximo de uma nova fase, onde só poucos super times vão sobreviver. O adversário? A Chapecoense!

O jogo foi aquele tradicional 0x0 de estreia. Sem grandes emoções, com muita marcação no meio campo.

Os dois lances de maior emoção foram uma bicicleta do ataque Ramalhino que por pouco não entrou e o penalty para a Chapecoense, que o goleiro Bonan defendeu aos 45 do segundo tempo.

De positivo, fica a presença da torcida visitante, formada por catarinenses que vivem pelo interior paulista e também por alguns que se aventuraram na longa viagem até Araras para acompanhar a Chapecoense.

Fica também a nossa presença em mais um jogo nessa fase nebulosa do time que tanto gostamos… Cada vez mais distante da ideia que acreditamos para o futebol… Cada vez mais próximo apenas de um jogo qualquer. Fica ao menos mais uma vez a amizade presente. Os amigos que tem sofrido junto vendo mais uma tradição se perder, torcendo para uma recuperação.

Os próximos dois jogos em casa serão disputados em Araras, só então existe uma possibilidade de voltarmos para Santo André. Enquanto isso, o jeito é viajar e aguentar a dor!

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DRAMALHÃO

E no final das contas, o Drama do Ramalhão acabou em paz.

Em uma paz triste, mas ao menos paz.

Pra quem não acompanhou os últimos capítulos (ou os últimos anos) o Santo André, outrora campeão da Copa do Brasil, Vice Campeão Paulista, entre outros, jogava sua última partida da série A2, de 2012, lutando para fugir do rebaixamento para a A3.

Pra piorar, devido ao descaso da Prefeitura e á má gestão da SAGED, o jogo foi realizado num Estádio Municipal Bruno José Daniel, com as portas fechadas aos torcedores.

Do lado de dentro, apenas atletas, juízes e la policía, que parecia não acreditar no que acontecia do lado de fora…

É que do lado de fora, as ruas não tem donos, se não nós, o povo. Ali não tem como proibir faixa, música, atitude…

E foi assim que o torcedor Ramalhino sofreu até o fim.

Ainda que ao final do primeiro tempo o Santo André tenha feito 1×0, não houve quem ficasse tranquilo…

Assistir ao jogo era difícil. Víamos algumas partes do campo, comentávamos os demais resultados, tentávamos ver o escanteio, mas… os muros impediam.

Só uns ou outros arrumaram lugares com melhor visão, mas conforto duvidoso…

Por todo o entorno do Estádio houve gente se aglomerando para acompanhar o que poderia ser a pior tragédia da história do time.

No antigo portão das cobertas, havia a turma da geral…

E até o pessoal das “cadeiras especiais”, lá no alto…

Vem o segundo tempo e o desespero segue. Os resultados das demais partiam não permitiam que o Santo André empatasse o jogo para se manter na série A2.

Ou seja, um gol do União Barbarense levaria o Ramalhão à A3.

E dá lhe bateria para fazer os corações baterem com a força necessária para se aguentar esse sentimento…

Faltando poucos minutos para o fim, do jogo e da agonia, ninguém fala nada… Silêncio quebrado pelos cantos da Fúria Andreense…

Últimos segundos de apreensão…

Pronto… Chega de temer a A3. O Santo André vence o jogo e permanece na série A2.

Para muitos, não há o que comemorar, mas tirar das costas esse peso fez bem a todos que acompanham o time.

E comemorar a permanência na A2 não significou esquecer os problemas… OS torcedores fizeram questão de mostrar sua indignação, mesmo com a vitória. Seja pela reforma do Estádio…

Seja pelos problemas administrativos apresentados pela SAGED.

Só não avisaram a polícia local, que mais uma vez fez se presente de forma truculenta, fazendo questão de apresentar suas armas aos pouco mais de 50 torcedores que foram para a saída dos vestiários.

E foram pra festejar, pra cobrar e pra mostrar a cara.

Os jogadores e administradores do time tem que saber que somos nós os donos da festa. Ou da dor…

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Santo André x Palmeiras B

Só pra constar aos meus amigos amantes do rock e do futebol, na semana passada conseguimos fazer aquilo que sempre sonhamos.

Levamos o rock para as arquibacadas!

A sede a Fúria Andreense recebeu a turnê da banda argentina Muerte Lenta. Tocaram ainda 88Não! (do ABC) e Visitantes (que é a banda formada por mim, a Mari e o Gui.

Pra quem quer ver como está o nosso som:

Esse ao centro é o Tano, vocal do Muerte Lenta e fã do Ramalhão desde sua primeira estadia no Brasil, em 1999:

Mas além do show, também teve jogo. Em casa, pero no mucho.

Como o Estádio Bruno José Daniel segue com problemas, o jogo rolou no Anacleto Campanela.

Some esse problema ao fato de estarmos na série A2 e o resultado é … público pequeno…

Assm, somamos aos trapos e faixas do Santo André, a do Muerte Lenta!

O jogo era entre Santo André e Palmeiras B, duas equipes que tendem a ocupar as posições dianteiras da A2.

E lá estávamos nós!

A Fúria Andreense teve “problemas de relacionamento” com a polícia local e não pode entrar com suas faixas, nem camisas.

Em campo, um jogo pegado. Primeiro tempo virou 0x0.

No segundo tempo, além de terem que entrar sem seus uniformes, a Fúria foi praticamente expulsa do Estádio pela polícia militar.

O segundo tempo foi marcado pela melhor atuação do Sato André, que abriu um 2×1, garantindo mais três pontos!

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Santo André x Brasil (RS)

Domingo, tivemos uma oportunidade única!

Em um único jogo, conseguimos assistir nosso Ramalhão, conhecer pessoalmente um time e torcida que sempre sonhei e além do mais, reunir meus amigos uma vez mais no estádio…

Até fila nas bilheterias! Quem diria…

 

Aliás, se assistir aos jogos do Santo André não tem sido um bom programa do ponto de vista dos resultados (o time tem colecionado rebaixamentos) pelo lado da camaradagem e do amor ao futebol, tem trazido ao estádio mais malucos e apaixonados, possibilitando, por exemplo, encontrar camisas como essa, da década de 80:

Muitos torcedores andreenses vinham reclamando da “distância” entre time e torcida e ao menos nesse ponto o elenco da série C se mostrou diferfente, vindo saudar de perto os torcedores e mostando se envolvidos com a partida.

Em campo, o jogo foi quente, ainda que as duas equipes sejam tecnicamente fracas.

O estádio em ruínas dava ainda um visual único ao jogo… Parecia uma partida disputada num país pós guerra…

A demolição das cadeiras cobertas fez com que a torcida visitante, os Xavantes, ficassem ali do nosso lado, o que é sempre interessante, já que o futebol, na minha opinião serve muito mais para unir do que para separar.

O Ramalhão saiu perdendo, para a festa  dos Xavantes, mas chegou ao empate com o gol do vibrante Wanderley!

É engraçado ver que assim como nós temíamos pela fragilidade do nosso time, a torcida Xavante também ainda não estava 100% confiante no elenco gaúcho, como percebe-se pelas entrevistas do pessoal que veio lá de Pelotas!

Foi muito legal poder conversar e conhecer a rapaziada que veio de tão longe para acompanhar o time do coração…

A presença do Brasil de Pelotas levou vários amantes do futebol alternativo, do pessoal dos “jogos perdidos” até o Gabriel do Foto Torcida e seu irmão andreense João Vítor.

Bandeiras, faixas, cores…

Como é bom ver a vida de volta ao nosso estádio.

Ainda que soframos ao ver ao fundo uma espécie de Coliseu Andreense, em ruínas…

Veio o intervalo e além de reunir os amigos, consegui trocar uma rápida ideia com Ronan, o presidente da SAGED que atualmente gere o Santo André.

O segundo tempo veio com o Ramalhão indo pra cima, em busca da virada.

Mas, nosso mais novo amuleto havia ido embora no intervalo.

Reclamando da zaga e do vento que gelava suas pequenas orelhas, a não menos pequena Flora, voltou para casa e não viu o segundo gol do time Xavante!

Festa rubro-negra em plenas arquibancadas azuis.

O medo volta a acompanhar a torcida andreense e confesso que mesmo respeitando o adversário, sua torcida e toda a história que eles carregavam para nossa cidade, eu queria é a vitória!

E novamente Wanderlei decretou o empate! Santo André 2×2 Brasil de Pelotas.

Quando começávamos a reclamar do empate em casa, numa estreia veio o banho de água gelada.

O Brasil marcou o terceiro gol e decretou o resultado final: Santo André 2×3 Brasil (RS).

Só me restava guardar mais um canhoto de ingresso, mais uma história, mais um time visto ali ao vivo em uma tarde de domingo…

E ir pra casa.

Apoie o time da sua cidade

Sofra com ele…

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