O futebol profissional em Getulina!

E lá vamos nós a essa cidade de nome intrigante!
Será a terra de Getúlio Vargas em pleno estado de São Paulo, dito “constitucionalista”, e que por isso declarou guerra em 1932, ao político gaúcho? Vamos descobrir isso e um pouco de sua história no futebol profissional na cidade de Getulina, após passarmos por Monte Alto, Guariba, Bebedouro, Monte Azul Paulista, Severínia, Riolândia, Cardoso, Votuporanga, Fernandópolis, Palmeira d’Oeste, Aparecida d’Oeste, Ilha Solteira, Pereira Barreto, Auriflama, Araçatuba, Guararapes, Buritama e Promissão.

A cidade nasceu de um pequeno território formado entre o Rio Feio e o Ribeirão Tibiriçá, em 1917 para abrigar equipes de trabalho responsáveis por construir a estrada para o Município de Garça.
E logo…. surge uma capela, que se tornaria o “imã” para novos moradores.

Mas o seu nome não é uma homenagem a Getúlio…
Trata-se de uma homenagem à Getulina, uma das desbravadoras (ou destruidoras?) das matas da região do Noroeste do Brasil.
Em 1935, Getulina foi eleveada a município.
A cidade ainda preserva na arquitetura vários casarões do passado.

E também mantém aquele ar tranquilo das cadeiras na varanda de casa…

E não só o nome da cidade não é uma homenagem a Getúlio Vargas, como a cidade faz questão de exibir seu apoio à revolução constitucionalista de 1932.

Além disso, no ano seguinte ao início dessa verdadeira guerra civil brasileira, em 19 de novembro de 1933, surgia o Clube Atlético 9 de Julho!

O CA 9 de Julho como a maioria dos times passou uma boa fase disputando as competições amadoras da região, mas em 1951 estreou no profissionalismo, num ano em que o futebol paulista se dividia em apenas 2 divisões, ou seja… Getulina se viu em meio à 2ª divisão do Campeonato Paulista.
A campanha foi…. bem ruim…

Em 1952, novamente na segunda divisão, o CA 9 de Julho também não atingiu bons resultados.

Os maus resultados fizeram o CA 9 de Julho se licenciar e só voltar ao futebol profissional na Terceira Divisão em 1957, onde ficou até 1959, destaque para a campanha de 1957, quando se classificou para a segunda fase:

Mas na segunda fase, terminou na penúltima colocação.

Aqui, a campanha de 1958:

E por fim, sua última participação no futebol profissional, em 1959, fechando em último lugar e desanimando o pessoal para seguir no profissional.

O Clube Atlético 9 de Julho mandou os seus jogos no Estádio Municipal, que no passado se chamou Estádio Pedro de Toledo, e atualmente se chama Estádio Pedro Benedito Nascimento.

O Estádio tem o apelido de Pixoxó.
Até onde eu pesquisei, Pixoxó é o nome de um pássaro e também foi um político dos anos 50, mas não sei qual a razão para o apelido do estádio ser esse, você sabe?

Aparentemente, a última gestão da prefeitura municipal fez algumas melhorias no estádio.

Bacana o grafite do cara tocando a mão com a Mari!

“Respeite a arte. Respeite o esporte”.

Destaque para a linda arquibancada coberta, com uma pequena cabine para transmissão.

Perceba como o gol fica há poucos metros a frente das casas:

Além de ver a igreja ao fundo, perceba as torres de iluminação.

E olha que linda essa imagem do estádio na época em que ainda se chamava Estádio Pedro de Toledo, com uma arquibancada lotada e com o distintivo do CA 9 de Julho lá estampado na parte central:

Aqui, um olhar do campo todo.

Essas fotos foram feitas do morro ao lado do Estádio!

E esse espaço? Seria para a arbitragem?

Aqui, a vista do gol que fica pertinho das casas, feita do lado da arquibancada, ou seja, o gol do lado esquerdo:

E aqui o gol da direita, e lá no fundo o morro de onde fiz as outras fotos!

O meio campo, com um gramado bem cuidado, também com os seus postes de iluminação ali… literalmente bem “postados”!

E aqui, a arquibancada coberta começa a se revelar…

São apenas 8 lances de arquibancada, uma capacidade bastante reduzida, mas que garante a proteção das intempéries do clima.

Se aquelas fotos do fundo foram feitas de cima do morro, essas da arquibancada foram feitas de cima do muro:

Olha aí a entrada do estádio (que estava fechada, diga se de passagem!).

Hora de ir embora, mas não sem antes registrar um grafite em frente ao estádio em homenagem aos Trapalhões.

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