12 de Fevereiro de 2021, em outros tempos estaríamos nos preparando para algum role aproveitando o carnaval, mas, o Coronavírus nos tirou grana e segurança pra fazer isso…
Acabamos indo passar o fim de semana em Cosmópolis e pra não passar em branco, demos uma parada em Franco da Rocha pra entender um pouco da história do futebol profissional da cidade!
Franco da Rocha também está na situada “Região Metropolitana de São Paulo” que tem sido nosso foco nesses tempos de Corona… Aliás, espero visitar as cidades vizinhas, nos próximos meses.
A história da região começa em 1627, com a doação das terras conhecidas como “Campos do Juquey” pelo rei de Portugal a Amador Bueno da Ribeira para a produção agrícola, tornando-a nos séculos seguintes uma parada para os bandeirantes a caminho de Minas Gerais, como ilustra a pintura de Benedito Calixto abaixo:
O final do século XIX trouxe ao lugarejo a Estrada de Ferro São Paulo Railway, em fevereiro de 1888, nascia a Estação do Juquery (foto do site Estações Ferroviarias), que seria importantíssima para a primeira atividade industrial da região: a extração de pedras.
Porém, ainda no século XIX um fato mudaria a história da região para sempre: a instalação do polêmico Hospital Psiquiátrico do Juquery (nome da região até então). Já falamos disso no post sobre Mairiporã, lembra?
Em 1896, o Doutor Francisco Franco da Rocha foi designado pelo Governo para administrar o Hospital. Daí viria o nome da cidade.
O século XX viu a ocupação crescer em torno desses primeiros elementos. Foram construídas a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, bem como escolas e outras melhorias na urbanização que ajudaram a vila a ser elevada a distrito de Mairiporã, em 1934, adotando como nome Franco da Rocha, homenageando o Doutor recém falecido.
Em 1944, Franco da Rocha tornou-se uma cidade autônoma, separando-se da então “Juquery” (que viria a se tornar Mairiporã), com seus desafios, como a constante luta contra as inundações…
E as belezas do Parque do Juquery…
E assim chegamos à cidade aos dias de hoje!
Mesmo antes de ganhar sua autonomia como município, a cidade viu no futebol, um exemplo do amor a Franco da Rocha, e assim começaram a surgir os times na cidade.
O primeiro deles, quando a região ainda tinha uma ligação muito forte com o nome “Juquery”, surgiu a Associação Atlética Juquery (distintivo toscamente fotografado do incrível livro “Os esquecidos”).
O time foi o primeiro da cidade a disputar o Campeonato Amador do Interior em 1943, na 26a região, que teve o Corinthians FC (de Santo André) como campeão do grupo.
Em 1944, novamente na 26a região, que teve o São Caetano EC como campeão do grupo:
No campeonato de 1945,aparece um novo time representando a cidade no Campeonato Amador: a AA Franco da Rocha.
Poucos anos antes, em 24 de julho de 1942, nascia outro time na cidade: o Clube Atlético Expedicionários.
E em 1946 foi sua vez de estreiar no Campeonato Amador do Interior, ocupando o lugar deixado pela Associação Atlética Juqueri, dessa vez jogando na 3a zona da 4a região, que teve o São João FC (Jundiaí) como campeão.
Em 1947, apenas o CA Expedicionários representou a cidade no Campeonato Amador, no Setor 6 da Zona 2.
Em 1948, surge outro time a representar a cidade: o Esporte Clube Flamengo, carinhosamente chamado de Flamenguinho, que nasceu de um pessoal que costumava se juntar pra jogar futebol sob o nome de Vilas Unidas, que unia moradores da Vila Ramos e do bairro Pouso Alegre.
Um dos diretores, o Sr. Gino Morelato conseguiu a área para um novo campo em regime de comodato, junto ao Hospital Juquery. Os próprios pacientes do hospital ajudaram a limpar a área que ficaria conhecido como “Peladão”.
É nesse momento que o “Vilas Unidas” se divide em dois grupos. O pessoal da Vila Ramos, liderado pelo Sr.Gino Morelato, em 12 de Junho de 1948, adotou o novo campo e fundou o Esporte Clube Flamengo (distintivo mais uma vez veio do excelente site Escudos Gino):
O outro grupo, liderado pelo Sr. Antonio Faria, decidiu fundar um clube no outro bairro e assim, em 3 de janeiro de 1953, surgiu o Esporte Club Corinthians de Pouso Alegre.
Os três times começaram disputando partidas amistosas, mas logo passaram a representar a cidade no Campeonato Amador do Interior. É muito difícil conseguir todas as edições dessa competição, mas encontrei duas edições interessantes, a de 1956:
E a de 1958:
O pessoal do Jogos Perdidos chegou a acompanhar uma partida amistosa entre o Flamenguinho e o CA Expedicionários, clique aqui e veja como foi!
Por hora, babe em duas fotos que eles fizeram:
Em 1960 foi campeão do setor 13 do Campeonato Amador do Estado (foto daFanpage do EC Flamengo):
Embora tenha demorado um pouco mais pra passar a jogar as competições oficiais, o EC Flamengo foi o que chegou mais longe, mas teve que lutar não só contra os adversários em campo como também com as chuvas, já que seu campo fica às margens do rio Juqueri:
Com tamanha valentia, não é a toa que seu mascote é o Popeye!
Se você quer saber mais do passado do time, olha cada foto linda disponível naFanpage do EC Flamengo:
Em 1959, o EC Flamengo sagrou-se campeão municipal invicto:
Aqui, o goleiro do EC Flamengo em pleno campo!
Mais algumas formações do time nos anos 50 e 60:
E estas imagens de lances do jogo, simplesmente maravilhosas…
A cerca de madeira separa a torcida do campo:
E até a imprensa já tinha sua área, que aparentemente é no mesmo lugar do bar atual.
O time chegou a fazer um amistoso com o Jabaquara, de Santos vecendo por 2×0, como mostra o Jornal “A Tribuna”, em 1966:
Aliás, ainda em 1966, o Flamenguinho participou do Campeonato Paulista da Terceira Divisão (o quarto nível do futebol paulista daquele ano) graças ao apoio do presidente Nilson Morelato, que chegou a bancar do próprio bolso a profissionalização do time.
Olha o que teve de time nessa edição:
O time jogou também a Terceira Divisão de 67 e depois dessa disputa abandonou o futebol profissional.
Em 1971, o Flamenguinho ainda montou um time feminino sendo pioneiro na região.
Depois, passou longos anos paralisado reformando a área do campo, aterrando-a alguns metros para evitar que futuras enchentes acabassem com o patrimônio do clube.
E assim, lá fomos nós conhecer o seu Estádio, a “Praça de Esportes Gino Morelato“.
Olha que entrada mais charmosa!
Mais um estádio cheio de história, que faço questão de registrar!
Logo na entrada a sede da secretaria do time. Eles até tem uma outra sede social, mas que está alugada no momento.
O gramado está em ótimas condições e é só olhar a foto pra entender o motivo… Muita dedicação das pessoas envolvidas no clube atualmente.
Vamos dar uma olhada na parte interna do estádio e admirar um pouco mais a casa do EC Flamengo de Franco da Rocha!
Atualmente não há nenhuma estrutura de arquibancadas, afinal, como dissemos antes, o espaço foi todo reformado e o campo era a primeira prioridade, e ficou show!
Mas na lateral do campo, existe uma estrutura de bar e vestiários bem bacana e um lugar de onde se pode acompanhar os jogos.
O bar segue funcionando até pra gerar algum suporte financeiro pro time (Se vc mora em Franco da Rocha, vale a pena prestigiar!).
O distintivo do Flamenguinho está lá, estampado as paredes da estrutura do clube.
Ao lado dessa estrutura, fica o rio Juqueri.
Voltando nossas atenções ao campo, esse é o gol do lado esquerdo:
Aqui, o meio campo:
E aqui, o gol do lado direito:
E olha que lindo os bancos de reservas e a área para o mesário:
E se o que vale é gol… Taí o gol, de pertinho!
Deixa até eu me eternizar aqui na frente de um gol que já foi defendido (e atacado) no Campeonato Paulista da Terceira Divisão!
O “momento ecologia” fica por conta do Quero Quero deitado em pleno campo.
Hora de ir embora do Estádio, conhecido como “Praça de Esportes Gino Morelato“, onde tanta coisa aconteceu, e literalmente tanta água já passou…
Vale reforçar que o time segue na ativa, aqui uma das formações atuais do time:
E caso alguém queira uma réplica da camisa, o site Só Futebol tem uma em sua loja virtual:
Assim, agradecemos aos que acompanham o blog, principalmente aos poucos que devem ter conseguido ler até o fim, já que o post ficou bem longo… Mas era necessário jogar um mínimo de luz na história de uma cidade que tem muito amor ao futebol!
Sempre gostei de viajar… Tenho ligações e memórias carinhosas com muitas cidades, mas existem 4 que tem um lugar especial no meu coração: Santo André, Itanhaém, Buenos Aires e … Cosmópolis, a cidade da Mari e onde sempre estamos presentes pra curtir a família, a natureza ou mesmo pra servir de parada pros rolês do interior afora!
E embora tenha registrado a UE Funilense e seu estádio várias vezes (aqui tem mais um post sobre eles) faltava um time da cidade para ser registrado, que embora também tenha perdido seu estádio para o crescimento urbano, segue firme e forte, já tendo passado do seu centenário.
Trata-se do time que nesse 15 de Novembro, completa nada menos do que 115 anos, falamos do Cosmopolitano FC, fundado em 1915!!
Na época de sua fundação, Cosmópolis era apenas um distrito de Campinas.
O nome da cidade significa “cidade universo“, e é uma relação direta à história da ocupação de suas terras por uma infinidade de imigrantes de diferentes nacionalidades.
Vale lembrar esse momento da história, quando o fim da escravização fez com que os cafeicultores paulistas perdessem sua principal mão de obra e razão de tamanha lucratividade com o café.
Uma vez aterrorizados com a ideia de não ter mão de obra, os “barões do café” passaram a bancar a vinda de imigrantes europeus para trabalhar na lavoura (num segundo momento o próprio Governo passou a realizar tal ação).
Só depois de chegar aqui, o imigrante entendia as “letrinhas miúdas do contrato” e descobria que ele deveria pagar pelos custos de sua viagem, e também pela habitação, comida e etc… Não a toa, muitos acabaram desistindo ou tentando desistir, já que legalmente estavam presos a um contrato em que a cada mês trabalhado suas dívidas com os donos da terra só aumentavam.
Foi assim que cidade viu surgir suas colônias de imigrantes, sendo a primeira delas a Colônia Núcleo Campos Sales (formada por suíços). Até escolas foram criadas para atender às colonias, como a tradicional Escola Alemã, que atualmente mantém uma série de festividades relacionadas à cultura alemã. Fotos do Portal Cosmopolense:
Com o Brasil investindo em sua industrialização, em 1898 foi fundada a Usina Ester, o que de certa maneira dividiu a cidade entre a turma da Usina, a vila e as famílias que viviam da agricultura. Leia aqui o post que mostramos algumas imagens da Usina.
Em 1906, surge o distrito de Cosmópolis e em 30 de novembro de 1944 eleva-se à condição de Município.
A “terceira onda” de desenvolvimento da cidade veio na década de 50, com os trilhos da Estrada de ferro da Funilense, braço da Sorocabana, que cruzava a Região Metropolitana de Campinas (Cosmópolis, Paulínia, Artur Nogueira, Engenheiro Coelho e Conchal).
Eu costumo comparar a estrada de ferro à Internet porque representava a porta de entrada de muita informação para a cidade. Consequentemente é nessa época que a cidade mais se desenvolve.
Foi este o cenário que colaborou para formação e fortalecimento do Cosmopolitano FC, que praticamente acompanha todo o desenvolvimento da cidade.
A principal fonte de informações para este post foi o livro “A história dos 100 anos do Cosmopolitano FC“, escrito por Walber Kowalesky e Antono Rodolfo Rizzo (interessados em adquirir o livro, contatar o próprio clube).
O livro apresenta uma série de fotos históricas que permitem registrar a história do clube, com times de várias épocas, esse foi o que jogou em 1917:
Inicialmente, o Cosmopolitano FC mandava seus jogos em um campo ao lado da Igreja Matriz, mas em 15 de novembro de 1919 conseguiram inaugurar sua “Praça de esportes“, com direito a uma arquibancada de 20 metros e 6 degraus, em uma partida onde empataram em 1×1 com a AA Ponte Preta.
Pra se ter ideia da importância do campo do Cosmopolitano, basta pensar que na época, nem Guarani ou Ponte Preta possuiam estádio. Veja que incrível registro de um amistoso em 1920:
Até detalhes do uniforme dos anos 20, podem ser observados:
E assim, as primeiras décadas foram marcadas por partidas disputadas com adversários da região, como em novembro de 1920, na celebração de 5 anos do clube, quando o Cosmopolitano FC ganhou a Taça Carvalho & Fonseca, vencendo por 4×1 o Clube Concórdia, de Campinas.
A partir de 1921, filia-se à Liga Funilense de Futebol e já em 1922, sagrou-se campeão da Liga. Além disso, houve um torneio comemorativo ao centenário da Independência do Brasil, onde venceu o União Coqueiros FC por 4×0.
Em 1923, mais uma conquista da Liga disputada contra times como o Usina Esther FC, Guaiquicano FC, Paulinense FC, entre outros. Ainda nesse ano, levou a taça “Câmara Municipal de Campinas” ao vencer o Voluntários da Pátria FC, por 2×0 em 9 de setembro de 1923.
Em 1926, seguem as partidas e campeonatos regionais e esse foi o time que representou o Cosmopolitano FC.
Até o fim dos anos 20, o esquadrão cosmopolitano foi batendo adversários como o Capão Fresco FC (Betel), João Aranha FC, Quilombo FC (ambas de Cosmópolis), EC Tujuguaba (Conchal), União Internacional FC (Arthur Nogueira), Brasil FC (Campinas), Salto Grande FC e o CA Comercial (Limeira).
Aqui o registro do embate contra o Conchal FC, valendo a “Taça Apito” em 1927:
A década de 30 se inicia com o time se cadastrando na Liga Campineira de Esportes Athléticos. Aqui o time de 1931 que iria enfrentar o São Paulo Railway AC, conforme conta o jornal “A Gazeta“:
Infelizmente a Revolução Constitucionalista de 32 paralisou todas as competições esportivas do estado e a Liga Campineira não teve final naquele ano, mas encontrei no jornal “A Gazeta” uma nota sobre a 3a rodada, onde o Cosmopolitano FC é chamado de Cosmópolis:
O Cosmopolitano FC foi campeão da sua série e chegou à final do campeonato, perdendo por 3×1 para o Corinthians, que se tornou bicampeão campineiro.
Em 15 de Novembro de 1933, foi disputada uma partida em homenagem ao aniversário do Cosmopolitano FC e mais uma taça garantida com a vitória por 1×0 contra o time da Tecelagem Libanesa de São Paulo. O Correio de São Paulo até divugou o jogo:
O Cosmopolitano FC foi ainda campeão da Liga Campineira de 1933, após vencer o Pátria FC, no Estádio do Guarani, por 2×0. Segue uma nota da vitória da primeira rodada:
E a matéria do jornal “A Gazeta”, de 22 de janeiro de 1934 (disponibilizada pelo amigo Celso Franco, pesquisador do futebol campineiro) que mostra a vitória final:
Em 1936, o ano seria macado por mais um amistoso contra uma equipe paulistana: Clube Atlético Lapa. Distintivo disponibilizado pelo site História do Futebol:
Os anos 40 mantiveram a sequência de amistosos e desafios com destaque para o jogo contra o CR Floresta (de Artur Nogueira) em março de 1946, vitória do time de Cosmópolis por 3×2.
Em 47, uniram-se os rivais citadinos Cosmopolitano FC e Adm Usina Ester para formarem uma seleção e enfrentar no Estádio Thelmo de Almeida o Guarani FC de Campinas: vitória do Bugre por 3×2.
Em 48, uma série de bons resultados registrados:
Em 49, constam duas partidas jogadas como visitante: Itaicy FC 1×1 Cosmopolitano FC e EC Prada (Limeira) 0x1 Cosmopolitano FC.
Aqui, o time de 1952:
Aqui, o time de 1953:
Em 1954, um amistoso com um misto do Guarani FC.
Em 1955, um grande acontecimento, graças aos esforços de Adão Martelli Filho e Francisco de Mário, o Cosmopolitano FC foi convidado para disputar um amistoso contra a AA Avenida (de Salto), no Estádio do Pacaembú. A partida seria a preliminar de Palmeiras x Vasco (pelo Rio São Paulo daquele ano). Público presente: quase 40 mil pessoas! Infelizmente a tarde não estava para o time do Cosmopolitano FC que foi batido por impiedosos 7×3.
Em 1956, o time disputou o Setor 12 do Campeonato Amador do Interior ao lado da AA Internacional (Limeira), do CA Usina Santa Bárbara e da AE Internacional (Santa Bárbara), CA Usina Iracema (Iracemápolis) e EC Paulista (Santa Bárbara D’Oeste) como mostra a Gazeta Esportiva:
O time de 1957 tem uma característica muito especial: o quarto jogador postado em pé, da esquerda pra direita é o “João Bocão“, também conhecido como o vô da Mari infelizmente, já falecido:
Em 1957, o time disputou o Campeonato Amador do Interior, ao lado de outros 3 times na série B do setor 13:
Ainda naquele ano, disputou o Torneio João Mendonça Falcão, ao lado da UA Barbarense, AA Ararense, AA Internacional (Limeira), SER União São João e EC Lemense, Canto do Rio FC (Americana), como mostram diversas notas da Gazeta Esportiva da época de outubro de 1957, até a final em janeiro de 1958:
A Gazeta Esportiva divulgava o que seria o jogo final:
E infelizmente… o resutado 9×3 para os grenás da AA Ararense…:
Em 1958, o Cosmopolitano FC disputou o setor 21 da zona 14 do Campeonato Amador do Interior, ao lado de potencias como o XV de Piracicaba, e o União Agrícola Barbarense, como registrou a Gazeta Esportiva:
Aqui os jogos, alguns resultados e a classificação do grupo:
Em 15 de Novembro, em comemoração ao aniversário do clube, venceu o EC Mogiana por 3×1, como apresentou a matéria da Gazeta Esportiva da época:
Aqui, o 2o quadro de 1958:
Este, o primeiro quadro:
Em 59, disputou o amador do estado.
Em 1961, seu estádio ganha a denominação “Estádio Thelmo de Almeida” em homenagem a um dos sócios fundadores do clube que fez história jogando, apitando ou ajudando na organização do time.
Este foi o time de 1961, que empatou com o juvenil da AA Ponte Preta por 1×1.:
Em 62, mais jogos importantes disputando o amador do estado (não encontrei maiores detalhes sobre sua participação neste campeonato).
Aqui, um flagrante da diretoria do clube em 1962 (até Antonio Pinto, um dos fundadores do clube ali sentadinho):
Olha que maravilha a arquibancada coberta do Estádio Thelmo de Almeida, lotadinha em uma partida contra o Botafogo local!
1963: mais uma boa sequência, com direito a participação no Campeonato Amador da Federação (não encontrei maiores detalhes sobre sua participação neste campeonato):
O time de 1963:
Em 1964, mais uma vez o time disputa o Campeonato Amador do Estado, pelo Setor 21 e monta um grande time, que em março bate o Barão Geraldo por 6×2. Temos ainda uma ficha técnica disponibilizada pelo incrível site História do Futebol com o registro de incrível goleada:
Aqui, o time de 1964:
Aqui uma imagem da fachada do estádio em 1965, que recebeu o time de aspirantes do Guarani para uma peleja, também do site “Relíquias do futebol” (eles deram uma bela tratada na imagem do livro e a foto ficou linda!):
E aqui, uma foto do derbi no campo da Usina Ester:
Em 1966, sagrou-se campeão do setor 13, zona 22, numa sequência invicta de 25 jogos.
No time, ainda tem o “Tio Tito”(tio avô da Mari):
Veja a faixa feita na época para comemorar o título e já aparecendo seu mascote!
Embora o time fosse conhecido como o “Galo da Funilense“, logo, ganhou um mascote oficial, o papagaio da vila:
Em 1967, mais uma vez disputou o amador da Federação Paulista, mas antes venceu um amistoso contra o Real São Paulo de Campinas por 3×1. Pelo amador, o jogo contra a Usina Ester (futura Funilense) empatava em 0x0 quando um penalty foi marcado para o Cosmopolitano FC e o time da usina abandonou o campo, cabendo ao juiz dar a vitória ao time da vila.
Na última partida do amador, jogando em Serra Negra, venceu a Portuguesa local por 3×2.
O livro oferece duas fotos do time de 1967:
Em 1968, novamente uniram-se os times do Cosmopolitano FC e da Usina Ester para enfrentar o Guarani de Campinas, com vitória para os bugrinos por 3×2.
Há apenas o registro da vitória por 1×0 num amistoso contra o CA Silvicultura do Horto Florestal de São Paulo. Distintivo disponível no site História do Futebol:
Aqui, o registro do time de 1969:
Os anos 70 parecem ter afastado o time das disputas do Campeonato Amador da Federação Paulista. Há o registro de um amistoso em 74: Cosmopolitano FC 1×0 São José (Campinas).
Já em 79: Cosmopolitano FC 1×0 EC Alvorada (Campinas) e celebrando o aniversário do clube um amistoso contra a Inter de Limeira.
Quase não há registros do futebol nos anos 80. Em 1990, o time que se sagrou campeão municipal também disputou uma com o União São João, vencendo por 3×2.
Em 96, foi campeão da Liga Cosmopolense e o torneio municipal “30 de novembro”, revivendo o derbi com o time da usina agora representados pela UE Funilense.
Em 1997, conquista o Campeonato Paulista de Futebol Amador promovido pela Federação Paulista, desta vez realizando a final contra o time do SR Cantareira. Primeira partida vencida por 2×0 no Estádio Thelmo de Almeida e o segundo um empate por 1×1 no Estádio Mansueto Pierrot, em São Vicente. Foram 10 vitórias, 3 empates e uma derrota!
Em 2001, definida a venda do estádio. Eram os últimos momentos de um dos estádios mais antigos do estado…
Foi realizada uma partida de despedida entre os ex atletas do Cosmopolitano FC e uma seleção de craques do passado, que venceram por 3×1.
Em 2002, acertada a compra do terreno onde seria construído o novo estádio.
Em 2003 foi inaugurado em partida cont
ra o time B do Corinthians, que terminou com a vitória cosmopolense por 3×2.
E aqui está o Estádio Thelmo de Almeida, atualmente:
A placa celebrativa ainda homenageia mais um que tem estado bastante com a gente nessas andanças em busca de estádios: o Lúcio Carone (tio da Mari) que era o 2º secretário na época!
Vamos dar uma olhada no Estádio atualmente:
O Estádio possui uma estrutura bem maior que o original e fica na entrada da cidade.
Um grande lance de arquibancadas com 8 degraus, na lateral da entrada:
Além da arquibancada lateral, ainda existe um lance de arqubancadas atrás do gol!
Atrás do outro gol, os vestiários. E ali na lateral se pode ver os bancos de reserva e para os mesários / árbitros.
O Estádio além de bem cuidado e grandioso, possui toda a sinalização do clube, com seu nome no banco de reservas.
Olhando da arquibancada, esse é o gol da esquerda:
Aqui, o meio campo:
E aqui, o gol da direita:
A entrada do estádio possui ainda uma área verde que dá um charme especial ao Estádio.
Em 2007 e 2008, o sub 15 e o sub 17 disputam o Campeonato Paulista sa categoria.
O clube segue sua vida equilibrando as atenções entre o social e os esportes.
E pra terminar, o seu hino:
E olha que legal esse anúncio da Usina Esther pra terminar o post:
Até por sua vocação “praieira”, o time adotou como mascote o…. Sol!!!!!! O sol é uma derivação do brasão da bandeira do município, isso porque os raios que saem dele representam a geração de energia elétrica, uma vez que a cidade nasceu da construção da Hidrelétrica de Ilha Solteira, uma das maiores do mundo.
O time do Ilha Solteira manda seus jogos no Estádio Municipal Frei Arnaldo Castilho, e tem capacidade para 5.540 torcedores.
A estrada segue… Agora, chegamos à Votuporanga, cidade muito bacana e bem estruturada. Lá vivem cerca de 90 mil pessoas.
Vale citar que antes de entrar na cidade demos uma parada em uma lanchonete na beira da estrada Euclides da Cunha, de propriedade do simpático casal Elivelton e Danúbia!
Já na cidade, demos a sorte de ser uma quinta feira, quando ocorre uma tradicional feira na praça São Bento, até altas horas da noite…
E lá vamos nós experimentar novas delícias!
A fonte estava desligada pela manhã, mas quando voltamos à noite, estava funcionando!
Nossa missão era conhecer o Estádio Municipal Plínio Marin, onde o Votuporanguense mandou seus jogos até este ano,
O Clube Atlético Votuporanguense, também conhecido como CAV é um time recente, fundado em 11 de dezembro de 2009.
O mascote do CAV é uma pantera negra!
O time nasceu para substituir a Associação Atlética Votuporanguense, fundada em 23 de dezembro de 1956 e que teve 36 participações no Campeonato Paulista de Futebol, sendo considerada a agremiação mais tradicional de sua região.
Bom, após relembrar um pouco da história, vamos enfim conhecer o Estádio Municipal Plínio Marin, palco histórico do futebol da cidade.
O Estádio fica na região central da cidade, na Rua das Américas, em um bairro bastante residencial.
A parte externa do estádio ainda carrega a identificação do time. E digo ainda, porque o estádio está com seus dias contados…
A empresa Morini Incorporadora, Comércio e Construções Ltda foi a única participante na licitação para a venda do terreno em que está localizado o Estádio Municipal Plínio Marin.
A licitação foi regida pela modalidade Concorrência, do tipo maior oferta, e, segundo a imprensa local, a proposta apresentada pela empresa foi de R$ 3.403.000.
Pra piorar, devido à venda, o estádio está fechado, ou seja… Nada de fotos lá dentro….
Porém… Além de servir de sede para o time, o estádio é também a casa de um senhor, que muito gentilmente, nos permitiu conhecer a sua casa e … um pouco do que foi por tantos anos a casa do Votuporanguense.
Somente em 2023, fui descobrir graças a um comentário do amigo FERNANDO ANTONIO DE MIRANDA, que esse senhor era nada mais nada menos que “Fifi”, ex-atacante do Votuporanguense, e que viria a falecer em 2021, aos 83 anos. Francisco Santana, o Fifi, foi revelado pelo Guarani mas jogou também no Atlético-MG, XV de Piracicaba, Fluminense, entre outros. Fica aqui nossa homenagem ao craque! Foto do site Futebol Interior:
Advertimos que as cenas a seguir são muito fortes para os apaixonados pelo futebol do interior…
Logo na entrada, já pode se ver os antigos alojamentos a esquerda, sem telhado…
Ao adentrar um pouco mais, encontramos as arquibancadas, já sem refletores e sem vida…
Algumas partes já pré destruídas, com os tijolos a mostra, como vísceras de um gigante ser vivo, que até o mês passado ainda pulsava em vida…
Plínio Marin foi um dos primeiros moradores de Votuporanga.
Foi ele quem comprou e doou a área para construção do Estádio Plínio Marin, que seria inaugurado em 22 de julho de 1975 (curiosamente, hoje, dia em que escrevo esse post seria aniversário de 40 anos do estádio, e é aniversário de 65 anos do meu pai).
O estádio possuía uma capacidade de 7.464 torcedores.
Quando estivemos em Taubaté, assistindo a final da série A3 entre o time local e o Votuporanguense, decidi que era uma questão de honra visitar o estádio antes de sua demolição final… E aí esta a foto!
Mais que isso, ainda pude presenciar os momentos finais, me despedindo, mesmo sem jamais ter visitado antes esse templo sagrado do futebol!
O gramado já começa a ir embora também…
Mesmo entendendo todas as razões que justificam a venda do estádio, é impossível não sentir certa dor no coração ao ver imagens como essas…
Dá pra imaginar quantos gols e quantas alegrias foram vivenciadas entre essas traves…
Fica aqui o nosso adeus a mais um campo que marcou a história do futebol paulista por tantas décadas e vai-se embora para dar lugar a mais um empreendimento imobiliário.
A 174a camisa de futebol do blog vem de Minas Gerais (de onde já mostramos a camisa da Caldense, do Vulcão e do Tupi).
Ela pertence ao América F.C., da capital mineira.
Embora venha da capital, eu comprei a camisa numa lojinha na cidade de Mariana, há alguns anos atrás, quando fomos de busão desbravar as cidades históricas de MG.
Estivemos em São Roque, para conhecer um pouco sobre o futebol local. Uma cidade que já teve uma equipe nas competições oficiais mas que atualmente se vê orfã.
Antes de mergulhar no futebol, fomos nos aventurar pela cidade, a começar pela antiga estação de trem.
Pra mim, a ferrovia e o futebol tem uma ligação muito forte!
Depois, tive coragem de encarar o teleférico que nos leva a um parque bem bacana!
A cidade é bem próxima de São Paulo e tem várias opções legais para se visitar.
Falando de futebol, São Roque foi sede do Clube Atlético Paulistano, time fundado no dia 28 de novembro de 1950.
Esta é sua sede:
É conhecido como o “Mamute de São Roque“, e esse é seu mascote:
O time foi fundado em homenagem ao tricolor da capital paulista e até 1985, disputou competições amadores, a partir de 1986, se profissionalizou e disputou pela primeira vez um Campeonato Paulista, na época a A3.
Em 1995, pediu licenciamento, porém, em 1998, voltou a disputar uma competição profissional, graças a um acordo com o tricolor da capital.
Outras idas e vindas ocorreram até que em 2010, o clube se licenciou do Campeonato Paulista e ate hoje segue inativo.
Destaque para algumas fotos históricas que estão lá na sede do clube.
Achei esta na Gazeta Esportiva de 1955:
Fomos conhecer o Estádio onde o C.A. Paulistano mandava seus jogos, o Estádio Municipal Quintino de Lima.
Pela placa indicativa no próprio local, o estádio foi inaugurado em 1982.
O campo, além de um gramado muito bem cuidado, lá ao fundo pode se ver uma bonita paisagem da cidade, misturada a uma reserva natural.
O estádio abriga cerca de 3 mil torcedores, em sua arquibancada descoberta.
A sombra na arquibancada fica por conta da mãe natureza.
A arquibancada fica um pouco distante do campo, padrão diferente do que acostumamos ver nos estádios do interior.
Pra
nós é mais uma oportunidade de conhecer um campo que já recebeu
competições profissionais e agora rende-se ao amor do futebol amador.
Parabéns à cidade pela estrutura. Quem sabe um novo time pode surgir, ou o CA Paulistano voltar ao profissional?
Aqui dá pra ter uma ideia geral da parte interna do campo.
A 167ª camisa do nosso blog vem da região Norte do país, da capital amazonense: Manaus!
A camisa foi presente do meu padrinho e amigo (e também grande fã de futebol) Sérginho!
E o presente foi completo! Além da bela camisa, também ganhei o shorts do time amazonense.
O time dono da camisa é o São Raimundo Esporte Clube.
Falando um pouco da história do time, o São Raimundo foi fundado em novembro de 1918, como consequência do desenvolvimento da cidade graças à cultura da Borracha. O nome é uma homenagem ao bairro, próximo do Centro Antigo de Manaus.
Em 1955, o São Raimundo chegou na Primeira Divisão da antiga Federação Estadual Amazonense, a FADA.
Desde essa época, o time é chamado de “Tufão”. Daí a origem de seu mascote, o “Taz”, envolto em seu tufão:
O São Raimundo conquistou o Campeonato Amazonense de 1961, o time da época:
Outro título viria 5 anos depois, em 1966 já disputando a competição organizada pela recém criada FAF (Federação Amazonense de Futebol).
Após o titulo estadual de 1966, o clube passou por diversas crises econômicas.
Esse é o quadro de 1971:
Os anos 80 quase obrigaram o clube a vender seu estádio e fechar as portas, mas o clube se segurou, para a alegria de sua torcida.
A recuperação iniciou-se em 1996, gerando a conquista do tricampeonato amazonense em 1997/98/99, esse é o time de 1998:
Esse, o time de 1999:
Além disso, veio o reconhecimento nacional para o clube, disputando a Copa dos campeões em 2001,
O maior e mais ferrenho rival do São Raimundo é o Sul América do bairro vizinho da Glória.
Depois do seu período de crescimento, o São Raimundo começou a fazer rivalidades com Nacional, Rio Negro e Fast Clube.
Esse é o time campeão de 2004:
A partir do ano 200, o São Raimundo disputou a série B do brasileiro, e se manteve lá até 2006, quando foi rebaixado para a Série C.
Nesse ano, o time sagrou-se campeão estadual mais uma vez, com a equipe abaixo:
A partir de 2008, o clube já não disputou o campeonato nacional por não conseguir índice de qualificação.
O time é dono do Estádio Ismael Benigno, conhecido como o Estádio da Colina, com capacidade para 11.000 pessoas. No jogo de estreia da iluminação, no ano de 2000, o São Raimundo venceu por 5×0 a Seleção do Suriname. O Estádio foi demolido para ser erguida uma arena FIFA em seu lugar… Será que foi um bom negócio?
E aqui, um pouco do maior patrimônio do time: sua torcida que luta dia após dia para incentivar o público local a apoiar o São Raimundo, ao invés de adotar um clube carioca ou paulista para se torcer…
Mais informações, acesse: http://www.saoraimundofutebol.blogspot.com.br/
A 152a camisa de futebol da nossa coleção vem da cidade de Guarulhos e consegui graças à ajuda do amigo e incentivador do futebol local Francisco Tardivo Neto.
O time dono da camisa é a Associação Desportiva Guarulhos!
O time nasceu em fevereiro de 1964, como Associação Desportiva Vila das Palmeiras, referência ao seu bairro de origem. Suas cores iniciais eram verde e branco.
O Francisco tem até a camisa deles, olha só:
Durante os primeiros anos do clube, o foco eram as competições amadoras.
A partir de 1981, o clube passou a disputar as competições profissionais da Federação Paulista de Futebol.
Porém, o time enfrentou as velhas dificuldades do futebol brasileiro, principalmente porque no início estava muito mais ligado ao seu bairro e o Brasil ainda está longe de conseguir ter times de bairro brilhando nos campos…
Para melhorar essa situação, a partir de 1994, passou a se denominar Associação Desportiva Guarulhos e utilizar as cores da bandeira da cidade: azul, branco e vermelho.
Esse movimento ajudou a identificar mais o time com a cidade e nesse ano, a AD realizou sua melhor campanha ao chegar ao vice-título da Série B1-A.
Em 2003, licenciou-se da Federação Paulista e só voltou em 2005.
Esse é o time de 2009, fotografado pelo pessoal do Jogos Perdidos, num jogo contra o Jabaquara, em Santos.
Seu mascote é um índio!
Já estivemos acompanhando uma partida do time, num “clássico da grande SP” contra o Nacional.
A 150a camisa da coleção vem da Alemanha e foi presente da amiga Júlia. Essa camisa vermelha deixou de ser usada na temporada atual, após se tornar a mais tradicional. Agora jogam com a bordô ou a branca.
O time dono da camisa é o “1. FC Nuremberg”, da cidade de Nuremberg, na Alemanha, onde aconteceram os julgamentos dos oficiais nazistas após a segunda guerra mundial.
O time foi fundado em maio de 1900, quando um grupo de jovens tiveram a ideia de criar um clube de futebol após lerem sobre o assunto em uma revista.
O mascote do time é um cavaleiro:
O time fez sua primeira partida oficial contra o Bayern de Munique, em 1901.
Aqui, o time de 1902:
Durante as primeiras décadas de existência, o 1FCN não chegou a ter tantas conquistas e reconhecimento pois disputava o campeonato do sul da Alemanha.
Porém, após a Primeira Guerra Mundial, o time conseguiu fazer história ao permanecer invicto entre 1918 e 1922, ficando 104 jogos sem perder, ganhando o apelido de “Der Club” (O clube).
O primeiro título no pós guerra, veio contra o Spielvereinigung Greuther Fürth na temporada 1919/1920.
A década de 20 seria o período mágico do time. Mais quatro títulos nacionais viriam. Aqui, o time na final de 1921:
Aqui, o time de 1927:
Na década de 30 chegaria a mais uma final em 1933/1934, perdendo para o Schalke 04.
Outro título viria na temporada 1935/1936, além das duas primeiras Copas da Alemanha, em 1935 e 1939.
Aqui o time que conquistou a Copa de 1935:
Durante a segunda guerra, os campeonatos foram suspensos, mas logo que voltaram a ser disputados, o 1FC Nueremberg sagrou-se campeão na temporada 1947/1948. Aqui, o time entrando para a disputa da final:
O próximo título nacional viria na temporada 1960/1961. Aqui, uma cena da final:
Em 1962, outra Copa foi conquistada. Mais que isso, os bons resultados garantiram o time na disputa da Bundesliga, que iniciou em 1963.
Sua última conquista nacional se daria em 1967/1968.
No ano seguinte, o clube enfrentaria seu primeiro rebaixamento.
Pra piorar, o rival Schalke 04 tornava-se um time forte e cada vez mais popular, tornando as brigas entre seus torcedores cada vez mais constante.
O time permaneceu entre quedas e acessos, tendo 1988, como o melhor ano na época.
Na temporada 1995/1996, o time acabou rebaixado para a terceira divisão.
A partir daí o time passou a se recuperar até voltar à primeira divisão em 1998/1999.
Em 2006, após um longo jejum, o time conquistou mais uma Copa da Alemanha.
Porém em 2008 o time voltou à segunda divisão, recuperando-se e voltando à primeira, onde está até então (2013).
O time manda seus jogos no Estádio Frankenstadion, com capacidade para mais de 45 mil torcedores.
Pra celebrar mais um time conhecido, que tal uma cerveja do clube:
Saiba mais sobre o time em: www.fcn.de
A 147a camisa volta a falar do rico futebol mineiro!
Foi presente do leitor e amigo Gustavo Vidal, que tem muito em comum comigo. O cara também é louco pelo futebol argentino e o time dele foi parceiro do meu caindo da série C para a série D do brasileiro, em 2012.
O time dele vem da cidade de Juiz de Fora, onde vivem mais de 500 mil pessoas e por onde corre o rio Paraibúna.
O dono da camisa é o Tupi F.C. e fica um abraço aos amigos que torcem pelo time, em especial, além do próprio Gustavo, ao Vitor Lima e o Tales (que me conseguiu algumas fotos).
A camisa deste ano foi feita pela Gsport (clique aqui para acessar a fanpage deles no facebook e comprar a camisa direto com eles), fornecedor de uniforme esportivo do Tupi.
O time nasceu em 1912, como Tupi Foot-Ball Club, segundo alguns pesquisadores, por dissidentes do Tupynambás Futebol Clube, o rival local.
O mascote do time é o Galo Carijó, homenagem a um de seus fundadores, Antônio Maria Júnior, conhecido como Carijó.
O time teve sua fase inicial marcada por amistosos e torneios locais, como a Taça Olinda de Andrade e o Torneio de Juiz de Fora.
Em 1931 veio a inauguração do estádio do Tupi, o Estádio Dr. Francisco de Salles Oliveira, ou apenas Salles Oliveira. Na época, o campo da equipe de Juiz de Fora era o maior e mais moderno de toda a Zona da Mata Mineira.
Vale destacar a participação no Campeonato Mineiro de 1933. A competição foi encerrada prematuramente, e o time ocupava a segunda colocação (se considerarmos os pontos perdidos). Na ocasião, o time venceu o “Palestra Itália” (denominação do Cruzeiro, na época) por 4×3.
Passou os anos 40 e 50 longe do Campeonato Mineiro.
Só nos anos 60, que o time voltaria a fazer história conquistando campeonatos e montando bons times.
Logo em 1966, montou um dos melhores times de sua história, que acabou conhecido como “O fantasma do mineirão”, graças às vitórias sob os 3 times da capital (Atlético, América e Cruzeiro) em amistosos, após conquistar, de forma invicta, o segundo turno do campeonato municipal.
No mesmo ano, disputou um torneio com Botafogo-RJ, Palmeiras e os três grandes de Belo Horizonte, terminando em primeiro lugar.
Isso lhe rendeu um convite para ir jogar contra a seleção brasileira (de Pelé, Garrincha e cia), empatando em 1×1, em partida realizada em Caxambu – MG.
Em 1969, novamente participou do Campeonato Mineiro e permaneceu na primeira divisão até 1973. Em 1975, conquistou o Campeonato do Interior. Aqui, o time do fim dos anos 70.
O time esteve presente em campeonatos durante toda a década de 80, com exceção de 1983. Em 1985 e 1987, foi campeão mineiro do interior. Essa foto, com Simão Saturnino (à esquerda) é de 1987:
Esse é o time de 1989:
Percebeu na foto acima quem está segurando a bola? Adil! Mais um craque a vestir a camisa do Tupi! O acidente que interrompeu a carreira do atleta foi em uma estrada que liga Juiz de Fora a Ponte Nova.
Nos anos 90, o time foi rebaixado em 1993, e a partir daí surge uma iniciativa de reunir os três clubes da cidade (Tupi, Tupynambás e Sport) formando a “Cooperativa Manchester de Futebol”.
Inicialmente, a ideia deu certo, e a Cooperativa conseguiu o acesso à primeira divisão, já em 1994.
Entretanto, no ano seguinte, a campanha foi decepcionante e o Manchester acabou rebaixado de volta à segunda divisão, acabando com a Cooperativa.
Em 1997, pela série C, já na fase final, o clube precisava ganhar apenas um jogo para chegar à série B, porém perdeu os três últimos jogos.
Assim, os anos 90 terminaram sem muita alegria para os torcedores de Juiz de Fora.
Os anos 2000 começaram vendo o time vencer o Módulo II, a segunda divisão mineira, em 2001.
Em 2003, o Galo Carijó foi novamente Campeão do Interior, chegando em terceiro lugar no Campeonato Mineiro, conquistando uma vaga para a Copa do Brasil, em 2004, onde logo de cara enfrentou o Flamengo, que só seria eliminado na final pelo incrível Santo André!
Outra contratação bombástica aconteceria em 2003: Muller.
Pela série C, foi eliminado em um jogo tumultuado contra o Bragantino…
Em 2004, o Tupi seria novamente rebaixado para o Módulo II.
O retorno se daria em 2006, ao ficar com o Vice Campeonato do módulo II, perdendo o título para o Rio Branco de Andradas.
No mesmo ano, o time anuncia uma contratação polêmica! Romário no Tupi!
Mas o baixinho teve uma passagem relâmpago, pelo time e segundo dizem “Treinou dois dias, foi para o JF Folia e depois foi embora”. Ao menos a presença do craque ajudou o marketing do clube!
Em 2007, mais uma boa campanha, ficando em 4° lugar no estadual.
Em 2008, novamente um ótimo Campeonato Mineiro, chegando no quadrangular final e novamente terminando em terceiro lugar.
Foi novamente campeão da Taça Minas Gerais garantindo mais uma participação na Copa do Brasil e na série “D”, de 2009.
Em 2011, nova conquista. Dessa vez, faturou a série D do brasileiro, subindo para a série C 2012.
E, como eu disse lá no princípio, em 2012 o time foi rebaixado para a série D.
Atualmente, manda as suas partidas no Estádio Municipal Radialista Mario Helênio, inaugurado em 1988 e que tem capacidade para 35 mil pessoas.
Falando um pouco das torcidas, a Tribo Carijó é uma das que estão sempre presentes.
Outras organizadas são a Império Alvinegro, a Tupinga e a Tupirados.
Mas, assim como no interior paulista, os torcedores comuns também são presença constante no estádio:
Pra quem curte hinos, esse é o do Tupi:
O time tem até um livro chamado “A saga dos Carijós”, lançado recentemente.