São Caetano 1×1 Nacional: time da capital se classifica para semifinal da A4-2025

Sábado, 5 de abril de 2025.
Estamos novamente em São Caetano, para mais uma decisão.
Você sabia que o nome do time não é mais AD São Caetano? Eles até iam mudar de distintivo pra uma coisa nada a ver, mas aparentemente apenas tiraram o “AD”.
Com a SAF implementada, o time agora se denomina São Caetano Futebol.

Se da última vez, assistimos a partida que valeu a desclassificação da Inter de Bebedouro, hoje veremos a decisão das oitavas de final entre o time local e o Nacional AC da capital!

Ingressos em mãos, vamos ao campo!

Vamos acompanhar a partida pelo lado dos visitantes.

O torcedor visitante tem o prazer de poder ver a “sala VIP do azulão”, com algumas memórias nas paredes.

Times vêm a campo com o tradicional hino da Federação.

Embora o jogo fosse com portões abertos para o torcedor local, a mudança de tempo, com frio e garoa parece ter atrapalhado e não houve aquele público capaz de transformar o Anacleto em uma panela de pressão para o adversário, mas, ao menos o estádio teve clima de decisão!

O Nacional posou pra foto…

Enquanto isso, o São Caetano era concentração pura, visto que após a derrota por 3×0 no Nicolau Alayon, o time precisava de uma partida histórica para obter a classificação.

O lado visitante, pode não ter tido um grande número de torcedores, mas quem veio ao jogo, estava confiante e veio porque ama o time, como é o caso do Reinaldo e da Xexéu, com suas faixas que deram cor às bancadas:

Presença do pessoal da Torcida Almanac também se fez presente!

E assim e montou o cenário para a partida decisiva…

Bola rolando e o São Caetano partiu para o ataque desde o primeiro momento…

Lá do outro lado, os bancos de reserva:

A marcação alta não deixou o Nacional jogar.

Bom pro goleiro do São Caetano que não teve muito trabalho durante todo o primeiro tempo…

Bom também pra torcida local que compareceu e acreditava na classificação!

Várias bandeiras decoravam o Anacleto, como uma tentativa de reforçar a relação perdida entre o time e a cidade.

O pessoal da Comando Azul também estava por lá para apoiar o Azulão em mais um milagre!

Destaque para os dizeres da pequena faixa: “Seja o que Adhemar quiser“, em alusão ao craque do início dos anos 2000:

Do lado do Nacional, embora a vantagem de 3×0 no primeiro jogo desse uma grande vantagem, a postura do time em campo deixava todos em tensão, mas o apoio também estava ali…

Mas a pressão era grande e o São Caetano parecia muito seguro indo par o ataque.
E foi uma dessas descidas que fez a torcida local levantar e acompanhar a bola de pé em pé…

…até chegar em Fábio Azevedo, que aos 32 do primeiro tempo fez: São Caetano 1×0!

Festa no Anacleto Campanella!!!

E preocupação entre a turma da ferrovia:

O jogo parecia se transformar em uma corrida de gato e rato com o Nacional ainda atordoado em campo…

Mas, o Nacional acabou acertando um contra-ataque e só não chegou ao empate porque o gol que marcou estava impedido…

Termina o primeiro tempo e vem o intervalo…
Hora do pessoal comprar uns quitutes com o vendedora ali na cerca…

Pra molecada é hora de se divertir…

E se a gangue local vem dar uma olhada nos amigos visitantes…

… o jovem nacionalino pareceu não se importar…

Aproveitei pra registrar o pessoal do Nacional, começando com o Cláudio da Torcida Almanac:

E depois o Reinaldo e a Xexéu:

Também deu pra dar um oi pra quem estava do outro lado da grade, abraços para o Puci, na foto abaixo, e também pro amigo de longas datas Renato Doniseti, torcedor e historiador do futebol local e também responsável pelo gigante fanzine Aviso Final!

Conversando o intervalo passou rápido e o segundo tempo começou.
E o jogo voltou com um São Caetano ainda mais decidido a tirar os dois gols de diferença…

Porém, o que parecia certo, desmoronou-se e todos os sonhos de quem um dia viu seu time em final de Libertadores caíram ao ch˜ão quando Daniel Costa empatou a partida aos 19 minutos do 2º tempo…

O golpe pega forte o torcedor do São Caetano, que vinha acreditando…

E finalmente dá ao torcedor nacionalino a certeza de que a vaga para a semifinal já é uma realidade!

Mesmo que em campo o São Caetano ainda domine as ações de ataque…

O Nacional se abraça à vantagem construída na capital e joga tranquilo… Tudo fica mais fácil, até mesmo defender uma falta perigosa…

Já dá pra perguntar: “Quanto falta???”

Dá até pra ser mais ousado e arriscar um “Vamos subir, Naça!!!”

Enquanto isso, na bancada local, a temperatura interna esfria tal qual o outono lá fora…

Os visitantes sentem o momento e apimentam a provocação:

Os minutos passam e vem o que o torcedor visitante esperava: o fim de jogo e a classificação para o jogo decisivo, que vale a vaga para a série A3!

Time e torcida celebram juntos…

Fico contente de ter registrado mais uma história de decisão, e ver que o time do Nacional pode voltar à série A3.

A última homenagem foi para o treinador Tuca Guimarães que tem conseguido tirar do time uma energia e dedicação incríveis!

E pra garotada, coube a atenção especial dos atletas…

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19- Camisa do Nacional

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A história da 19ª camisa de futebol mostra como o amor ao futebol é bonito.
Numa dessas tardes quaisquer, meu amigo Renato Ramos, presidente da Fúria Andreense me liga e diz “Mau, acabo de comprar uma camisa do Nacional aqui em SP”.
No mesmo instante pedi pra trazer uma pra mim. Não é muito louco isso?
Mesmo ambos torcendo pelo Santo André, o respeito e admiração pelo símbolo de uma outra agremiação permanece.
Porque fala mais alto o verdadeiro amor ao futebol e a ideia de que rivalidade não implica em inimizade.
Mas falemos do Nacional Atlético Clube, cujo site oficial é www.nacionalnac.com.br.

A data oficial de fundação é 16 de fevereiro de 1919, mas já em 1903, funcionários da São Paulo Railway Company (companhia ferroviária inglesa) criaram o clube como alternativa de lazer para os ferroviários e seus familiares.

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O nome do clube, inicialmente era São Paulo Railway Athletic Clube, mas a concessão de serviços da empresa no Brasil terminou em 1946, e a estrada de ferro e o time foram literalmente nacionalizados.

O momento da mudança ocorreu em uma partida no Pacaembu contra o Flamengo (RJ). A equipe entrou em campo no primeiro tempo com a camisa do São Paulo Railway e, no intervalo, trocou o uniforme, e voltou para a segunda etapa ostentando o nome Nacional Atlético Clube. (Foto do site da torcida Almanac)

Vale lembrar que o clube foi um dos fundadores da Federação Paulista de Futebol, em 1935 e assim, no ano seguinte, participou de seu primeiro Campeonato Paulista da Primeira Divisão, onde se manteve por quase duas décadas, até 1953, quando paralisou as atividades do futebol profissional no clube.

Em 1959 foi rebaixado à Segunda Divisão, e desde então, nunca mais conseguiu voltar à elite.
Desde o fim dos anos 90 a situação se agravou e agora tem lutando pra manter-se na série A2, tendo participado da A3 (a terceira divisão estadual de São Paulo) por algumas vezes nesses 10 últimos anos.
Seu mascote é o “Ferroviário”, homenagem aos fundadores do clube:

Seu Estádio é o Nicolau Alayon, homenagem ao uruguaio que dirigiu o time no início de sua história.

O Estádio Nicolau Alayon fica na Barra Funda, e foi inaugurado em 1938 com uma partida entre o São Paulo Railway e o Corinthians (2×1 pro Corinthians).

Tem capacidade para 11 mil pessoas, e é o único no Brasil a homenagear um estrangeiro.

Numa conversa, no ano passado, eu, Mandioca e dois juventinos (Piva e Fernando Boça) tentávamos entender de onde surgiu a rivalidade do Nacional e Juventus.
E chegamos a conclusão que foi algo criado recentemente, provavelmente na década de 90, uma vez que não existe qualquer registro oficial sobre algum motivo específico.

Claro que por ser um derby o clássico JUVENAL carrega a rivalidade entre duas agremiações operárias da mesma cidade, mas a visão que alguns torcedores tem hoje sobre ambos serem principais rivais é recente.

Tomei a liberdade de ligar para o próprio clube (Nacional) e a respostas do sr. Aguirre foi: “Essa rivalidade pra mim é coisa nova”. Achei estranho, mas… tudo bem.

Há pouquíssimo material na net sobre o Nacional.
Um vídeo sobre o último (e simplesmente histórico e fantástico) JUVENAL com vitória da equipe da Mooca por 5×4 tem um vídeo no youtube, mas foi feito pelos torcedores grená.
Se alguém arrumar um vídeo feito pela torcida local, me comprometo a inserir aqui.

Se hoje o clube não vive uma situação das melhores, temos que ressaltar sua importância na história do futebol paulista. Ao lado de outros times de origem fabril o Nacional foi a oportunidade para setores menos favorecidos da sociedade – entre negros e operários – ocuparem espaço nas equipes de futebol, o que, de certa forma, popularizou a sua prática, até então um privilégio das elites. Segue uma foto mais recente do esquadrão:

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