Após registrarmos os estádios de Pirassununga, Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tambaú e Santa Rosa de Viterbo chegou a hora de conhecer a cidade de Santa Cruz das Palmeiras.

Lá vivem cerca de 33 mil pessoas.

E sim, a cidade tem esse nome porque a primeira capela erguida na região era cercada de frondosas palmeiras. E não é que elas ainda estão pela cidade? Essa é a rodoviária, de imponente arquitetura!

A cidade prosperou graças às propriedades agrícolas que aproveitaram a terra roxa da região para o cultivo de cafezais, que chegaram a somar mais de quatro milhões de pés.
Para saber mais sobre a história da cidade, recomendo um romance policial interessante que se passa por lá e foi escrito baseado na vida (e morte) de Manezinho, filho de escravos que viveu por lá (compre aqui por menos de R$ 20):

Nossa visita à cidade se deu pelo desejo de conhecer o tal “Estádio do Coronel“, campo do Esporte Clube Palmeirense.


O EC Palmeirense é um dos clubes mais antigos do estado de São Paulo. Foi fundado 7 de setembro de 1908, após uma partida entre os moradores locais contra o Pirassununguense (que jogou em comemoração ao seu primeiro ano de vida). Esse é o time da época:

O clube é conhecido como “Leão da Coronel“, porque fica localizado na Rua Coronel Penteado e por isso seu estádio é chamado de “Estádio da Coronel“, ou simplesmente o “Campo do Palmeirense“.


Atualmente, embora não dispute as competições oficiais da Federação Paulista, o EC Palmeirense mantém um ótimo patrimônio: seu clube social.


Mas o EC Palmeirense fez história disputando torneios amadores organizados pela Federação Paulista de Futebol nos anos 1940, 1950 e 1960, recebendo também times de diversas cidades para amistosos.
Aqui, um belo empate com o time do União de “Piraçununga”, em 1956 pelo Campeonato Amador:

Olha o destaque no portão, que lindo!

Que tal um rolê por dentro do campo?
Como deu pra ver, também ia rolar um show no feriado de 7 de setembro (até porque é também o aniversário do clube). Quanto mais festa, mais alegria, menos ódio. Então, boa festa!

Bom, mas o Palmeirense não se contentou com o amadorismo e decidiu se profissionalizar para respirar ares ainda mais competitivos e assim, 1976 estreou pela terceira divisão, perdendo de virada, em casa para o Descalvadense, por 3×1, nesse mesmo chão que hoje, com todo o respeito, pisamos!

Mas a derrota na estreia não desanimou e o EC Palmeirense viria a disputar doze Campeonatos Paulistas, de 1976 a 1989, entre a terceira e a quarta divisão, fazendo a alegria das arquibancadas de seu singelo estádio! Esse foi o time que disputou a Quarta Divisão em 1989, agradecemos ao Tostão (lá do Palmeirense mesmo) pela disponibilização da foto:

Aparentemente a foto é desta área do estádio:


Da história vão ficando as memórias e as pessoas, como um dos colaboradores do clube que cuida com o mesmo amor de sempre do campo, e mostra com orgulho sua medalha conquistada na São Silvestre de um passado inesquecível.

A verdade é que olhando assim, dá pra sonhar com uma partida pela série B do Paulista sendo jogada aí no Coronel, não dá?

Aqui o gol da direita…

O meio campo…

E o gol da esquerda…

Em 1978, o “Leão da Coronel” chegou à fase final da quarta divisão, mas acabou perdendo a chance de ser campeão ao ser derrotado pelo.


Nos anos 90, o time volta ao amadorismo, tendo seu estádio voltado aos torneios amadores e amistosos, além do uso pelos sócios do clube.

Mas segue na memória (e n

O campo possui uma série de árvores ao seu redor, dando um clima bem tranquilo.

E as palmeiras também!!

O placar segue 0x0…

As arquibancadas também estão ali na saudade de receber a torcida!

Os vestiários muito bem cuidados.

Bom, mais uma etapa completa e com louvor!
O EC Palmeirense mostrou uma incrível estrutura, justificando a nossa visita, por hora… Voltemos à estrada! Pois ainda há muito a conhecer!
