Primeiro jogo do ano: Rayo Vallecano x Getafe

Então, começa 2013… Que seja um ótimo ano para todos nós! E para ajudar a torná-lo inesquecível, o nosso primeiro jogo tem grandes chances de ser o melhor do ano! Em nossa última noite por Madrid, fomos até o bairro de Vallecas para enfim conhecer o time e a torcida do Rayo Vallecano!

Esse ano, o time até lançou um livro sobre sua história: “Vallecas y el Rayo Vallecano“.

Infelizmente, o valor do Euro não me permitiu trazer a camisa do time, mas trouxe um cachecol, comprado ali, na porta do Estádio “Vallecas Campo de Futbol”, antigo Teresa Rivero que aliás, fica literalmente em frente à estação “Portazgo”, do Metrô.

Vallecas é um lugar único. É um bairro que já foi cidade, cheio de histórias e tem até brasão. Para completar o cenário, a população local tem seu próprio time e seu próprio Estádio…

Como eu disse, o metro para em frente das bilheterias laterais, porém, não tinha nenhuma aberta, tivemos que ir até a bilheteria central comprar nossos ingressos.

O preço mais barato é 18 Euros, junto da galera do Los Bukaneros, mas estavam “agotadas”…

O jeito foi ir a um lugar nas laterais, que nos custaram 30 Euros, cada, ou seja, é caro torcer em Madrid…

Passeando pelo entorno do estádio pudemos ver a polícia local, não tão a paisana como imaginávamos.

Algumas inteferências nos muros, mostram que Los Bukaneros estão na ativa há 20 anos, desde 1992 (21, agora). O site deles é www.bukaneros.org

Ainda antes de entrar, deu pra tirar uma foto do ônibus do GETAFE, pro Anderson, lá de Curitiba. A qualidade tá ruim porque tava bem escuro…

E enfim, chega o momento de conhecermos pessoalmente esse estádio, seu time e principalmente sua torcida…

A cena chega a ser engraçada. Eu e a Mari parados ali, em frente ao campo, por 5, 6 minutos, até que um cara da administração diz que não podemos ficar ali em pé… Mas o momento era mágico, merecia dedicação. Os Deuses do futebol capricharam em Vallecas!

Incrível como as fotos e os vídeos trazem tão pouco daquela atmosfera. Ok, sei que não sou um fotógrafo de primeira linha, mas mesmo assim. As imagens não traduzirão nunca o que as pessoas construiram em Vallecas.

Ficamos na segunda fileira de cadeiras bem perto do campo, como costumamos fazer, em Santo André. Nos sentíamos em casa e ali, ao nosso lado esquerdo, estava a torcida “Los Bukaneros” com seus cantos, faixas, bandeiras e animação.

E o jogo rolava ali, bem pertinho da gente.

Aliás, o time do Rayo está bom nesta temporada, e em especial nessa noite, eles jogaram muito, com muitas jogadas de linha de fundo, o que fez a gente estar bem perto da ação.

O melhor da ação é o momento do gol… O vídeo está bem realista com o que a gente estava vivendo… Estávamos em êxtase, sem saber pra onde olhar hehehe.

Nessa foto, dá pra ver o momento em que o estádio inteiro levanta seus cachecóis! Como é muito frio (ao menos nessa época), você quase não vê pessoas na arquibancada com a camisa do time, afinal estão com um monte de blusas por cima, mas os cachecóis estão sempre a mão. Essa noite estava uns 4 graus quando saímos para ir pro jogo.

Os cantos da torcida são sempre de apoio ao time criticando racismo, xenofobia e as atitudes da polícia.

Recentemente um jovem ativista de Vallecas, chamado Alfon Fernandes foi preso a caminho de uma manifestação e acabou se tornando o ícone da crítica à ação policial, tendo seu nome cantado pelas ruas e estádios. E quando a torcida manda mensagem, é assim:

Participamos de uma manifestação nas ruas centrais de Madrid e pudemos ver seu nome em várias faixas e nos adesivos que eram distribuídos.

Tirei muitas fotos da torcida, pois sei que não voltarei tão cedo para lá e quero muito guardar essa imagem na mente, principalmente das bandeiras com mastros, ainda permitidas por lá e que geram um espetáculo visual!

Dê uma olhada nas bandeiras em movimento:

Em campo, o time mandava bem e fazia 3×0. E a gente ali, acompanhando tudo… A emoção era tanta que nem demos muita bola para um capítulo normalmente essencial: As comidas de estádio. Lembro que no bar, vendiam os tradicionais salgadinhos (destaque para semente de girassol que lá é vendida como amendoim), água, refrigerante (não reparei se tinha cerveja), mas flagramos uma galera que levou uma torta!! Dando uma olhada para outros ângulos do Estádio, aqui, a galera que estava do mesmo lado nosso,mas lááá na outro lado, perto da linha de fundo.

Outro grupo tradicional presente no estádio são os “Pena Rayista Ultramarinos“, que eu não conheço, mas vi várias faixas. Se alguém souber, pode postar comentando…

A animação era tanta que nem vimos o GETAFE diminuir para 3×1. E mais mensagens contra o capitalismo! E mais festa…

Ahhhhhhh, 2013, futebol, rock e revolução em nossas mentes… A torcida do GETAFE não compareceu. É um time de uma cidade próxima de Madrid, mas que não tem muitos torcedores.

O Rayo Vallecano conta ainda com um brasileiro no time, Leo Baptista, que na semana seguinte a este jogo acabou se lesionando. Já no final do jogo, percebemos que o negócio era mesmo ter ficado lá no meio de Los Bukaneros, porque como em todo estádio, tem horas que a torcida dá uma “descansada” e ali no meio, a galera assistia sentada mais comportada… Do outro lado, também vinham alguns gritos animados!

Para terminar, que tal cantar a tradicional música imortalizada pelo SKA-P, junto da torcida local?

APOIE O TIME DO SEU BAIRRO!!!

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Santo André 1×1 Oeste – série C 2012

Araras, 29 de julho de 2012.

Mesmo não sendo ligado à religião, pela manhã fui até a igreja matriz de Santo André para ver a cara do santo que dá nome à minha cidade e ao time que torço. Lembra um pouco o próprio (e misterioso e polêmico) João Ramalho, que fundou a cidade, não?

Mais uma vez (e pelo que dizem, a última) fizemos de Araras a nossa casa. Assim, lá fomos nós ao Estádio Herminio Ometo para assistir Santo André x Oeste.

E lá foram também os heróis seguidores do Ramalhão, que fizeram questão de mostrar o descontentamento de todos com o atual prefeito Aidan, que parece ter esquecido do nosso Estádio.

E se é pra falar de faixas, aí está a nossa, que mostra a mistura que mais curtimos, futebol + punk rock!

O jogo prometia, afinal, o Santo André, embora invicto, vinha amargando uma sequência de empates, dando aquela incomoda sensação de que o time não anda. O jogo começou e mostrou que infelizmente o time parece não andar mesmo, este ano…

Logo de cara, levamos um gol… Terceiro jogo “em casa” e nenhum gol feito. Nenhuma vitória… Os ânimos não estavam bons na torcida Ramalhina…

E se é pra ser difícil, que seja tudo de uma só vez… A polícia militar de Araras proibiu a entrada da bateria da Torcida Fúria Andreense. O jeito foi improvisar…

E foi assim que a percussão nasceu das cadeiras do Herminio Ometo…

Lá estavam as faixas e bandeiras para apoiar o time… Mas a verdade é que parecia que o time estava distante…

A rapaziada da Fúria Andreense também compareceu pra apoiar!

Em campo, o time esboçava uma reação e alcançou o empate de 1×1.

Mas nada que empolgasse os torcedores. Sei que é um post meio triste e chato, mas é que a situação do Santo André nos últimos anos não está muito animadora.

O jogo em si foi morno até o seu final… Por mais que o Santo André dominasse o jogo, o empate foi o resultado final.

A nós, torcedores, só restava gritar com o time…

E ao menos o orgulho em estar presente em mais um momento do nosso time…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Futebol e Punk Rock…

Desde quarta-feira (28/03/2012) até ontem, (sábado , 31/03/2012) aconteceu no SESC Pompéia o festival punk “O FIM DO MUNDO, ENFIM”, reunindo diversas bandas de São Paulo, além do Garotos Podres daqui do ABC, Attaque 77 da Argentina e Devotos de Pernambuco. A ideia do festival é dar sequência ao “COMEÇO DO FIM DO MUNDO”, realizado pela primeira vez em 1982 no mesmo local e que teve outra edição no Tendal da Lapa em 2001 (A UM PASSO DO FIM O MUNDO). Apesar da boa estrutura oferecida pelo SESC e de terem possibilitado a volta do ATAQUE 77 ao Brasil, após mais de dez anos de ausência, choveram críticas aos organizadores. A principal delas veio dos punks do ABC que mais uma vez se sentiram minimizados na participação. Bandas como DZK (que participou do Começo do Fim do Mundo), Subviventes, Hino Mortal, Ulster, Grinders, 88Não entre outras mais uma vez ficaram de fora dos shows. Segundo alguns devido a falta de “carteirinha de músico”… Estranho, não? Restou como consolo a presença dos veteranos “Garotos Podres”, que aos poucos tem perdido sua podridão substituindo a força política de suas letras por piadas infantis, mas que ainda sim… são os Garotos Podres e ouvir os acordes iniciais de “Garoto Podre” no começo do show ainda chega a arrepiar. Para um festival deste porte, também sentiu-se a falta de outras bandas. de outros estados ou mesmo de São Paulo que representam de modo mais real a cena punk dos últimos 30 anos. Na real, o que tem acontecido é que há muita gente de saco cheio de “alguns” monopolizarem a relação da cena com a sociedade em geral. Por mais que ele se esforce, ele está fora do role autêntico. É muito poser e paneleiro. Por fim, o show de domingo, que iria reunir bandas como Cólera, Olho Seco, entre outras e que seria GRATUITO acabou cancelado pelo medo do alto número de pessoas e de possíveis problemas. O rei do punk rock foi mesmo “inocente” ao achar que não iriam colar milhares de punks num som como este. Mas, falando dos shows, estivemos presentes na sexta-feira, dia em que os amigos argentinos do ATAQUE 77 tocaram ao lado dos nossos conterrâneos  Garotos Podres e dos amigos do Flicts, banda que abriu a noite. O show do Flicts foi intenso, cheio de novas canções que aos poucos vão ganhando a força dos seus já tradicionais hits como “Amigos”, “Despedido” e “Briga de Bar”. O Flicts se transformou na maior banda politizada atualmente, são anti-fascistas e estão diretamente ligados à cenas punk, rash, etc, além disso… fazem um puta som.

Depois do Flicts chegou a vez do ATTAQUE 77, pela primeira vez tocando no Brasil sem o ex-vocalista  Ciro. O show foi composto apenas de clássicos da banda levando ao delírio aqueles que como nós são fãs de punk rock latino.

 

Vale citar o grande número de camisetas de futebol argentino que estavam presentes, a começar pela Mari com a do All Boys:

 Mas tinha gente com a do Racing…

Do San Lorenzo… E dá-lhe rivais portenhos em pleno show! A77aque, All Boys e Chacaritas!!

O show foi daqueles pra ficar na memória dos brasileiros e também dos demais latino-americanos que ali estavam.

Na foto abaixo tem a gente do Brasil e mais amigos de Perú, México, Argentina e Chile! Somos ou não somos latinos? Depois do show do A77aque, assistimos apenas algumas canções do Garotos e fomos reencontrar os amigos argentinos. Mais do uma grande banda, os caras são gente muito boa, com quem mantemos contato desde a primeira vez em que o Ataque 77 veio ao Brasil. Pena que o Daniel (do 88não! desfocou a foto hehehehe):

Abraços ao Mariano, guitarrista e atual vocal a banda!

E pro Mundy, que alem de cuidar da banda ainda bate uma bola melhor que muito profissional!

Mais uma história com punk rock e futebol envolvidos. A vida não precisa ser tão complicada, né?

Por  fim, abraço ao amigo que andava sumido… Gabriel Uchida!!! Cidadão Cosmopolense!

Somos latinos! Punks, boleiros…

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Desequilibraram o jogo…

Nem sempre consigo escrever as coisas sob o calor dos acontecimentos.
O que é bom, porque assim consigo ser um pouco mais racional, mesmo em assuntos mais delicados.
O mês de setembro (em setembro…) fechou de uma maneira muito triste.
O jogo da vida, ao menos da que eu vivo, sofreu uma influência bastante decisiva.
O time das pessoas que sonham em mudar o amanhã perdeu a presença de Rédson, vocal e guitarra do Cólera, entre outras bandas que ele teve durante a vida.

Pra quem ama futebol, mas não sabe o que é o Cólera, eu diria que eles são mais ou menos como o Juventus.
Paulistanos, mega importantes para a história do rock, em específico do punk rock independente da cidade, e deixados de lado pela grande mídia que prefere olhar para as mesmices do dia a dia.
Mas, mais do que influenciar musicalmente, os discos do Cólera colaboraram demais no processo de formação educacional e social de muitas pessoas, entre elas, eu.
De seus discos (Tente mudar o amanhã, Pela paz em todo mundo, Verde, não devaste, Mundo mecânico, mundo eletrônico, Caos mental geral e Deixe a Terra em paz) saíram ideias, pensamentos e atitudes que serviram de inspiração para meu comportamento desde a década de 80.
Mas só nos anos 90, quando já estava envolvido diretamente com o movimento punk, onde não existem fronteiras entre bandas, fanzineiros e punks em geral, entrei em contato pessoalmente com o Redson.
Na época organizamos um show inesquecível no Planeta Rock, em São Bernardo do Campo.
Mais de duas horas de som, que ficaram na memória do pessoal até hoje.
Anos mais tarde, devido ao meu trabalho, uma vez por semana eu tinha que ir do ABC até o Capão Redondo e por vezes passava na gráfica onde ele trabalhava pra batermos papo sobre punk rock, sobre a história do Cólera e claro, sobre política, ecologia e  a sociedade em geral.
Aos poucos a figura da referência musical (quase um ídolo, ainda que no meio punk sempre tenhamos repudiado essa denominação) dava espaço à pessoa Redson. Confesso que no fim dos anos 90, início dos anos 2000 meu posicionamento foi ficando bastante radical e por vezes fiquei chateado com o Cólera por coisas como eles cobrarem para tocar nos festivais que a gente armava, ou por exigirem um equipamento que na época eram quase inacessíveis para nós, punks do ABC.
Mas os anos passaram, eu amadureci e o som do Cólera sempre me acompanhou. Tornei-me vegetariano, passei a atuar com outros grupos de contra cultura, entre eles o Ativismo ABC, com o qual conseguimos por fim alugar uma casa para sediar eventos como palestras e debates.
Logo, quis levar atividades relacionadas ao punk para dentro da Casa da Lagartixa Preta Malagena Saleroza (sede do Ativismo ABC) e me peguei pensando em como levar uma atividade punk sem relacionar com um show, propriamente dito.
Nascia ali a ideia de comemorar os 30 anos do Cólera, não apenas com um show, mas uma palestra do Redson sobre a evolução da cultura underground.


Como complemento, organizamos ainda, junto do pessoal da COBAIN (Cooperativa de Bandas Independentes do ABC) um show, no Sonia Maria, bairro operário de forte tradição punk.

Foi tudo muito legal e o Redson tornou-se ainda mais presente no ABC, não só pra tocar, mas para visitar os amigos.
Tivemos a chance de acompanhar o Cólera com a banda Tercera Classe por algumas vezes, creio que a última delas no Outs, em SP.
Mas o tempo é arisco e quando vimos, mais 6 anos tinham se passado e embora nos encontrássemos em alguns shows, nunca mais tivemos a oportunidade de sentar e bater um papo.
Recentemente, ainda comentava com a Mari sobre a felicidade em termos assistido ao Cólera, no Kazebre.

Ver o Cólera já não era algo tão raro, como antigamente. Talvez por isso não tenha dado àquele show a devida importância.
O facebook passou boa parte do ano me lembrando que talvez eu conhecesse “Redson Pozzi”, graças aos vários amigos em comum.
Mas, sou teimoso. Não gosto da ideia de retomar uma amizade pela internet. Esperava um reencontro pessoal, pra aí sim voltar a papear pela internet.
O reencontro pessoal não veio.
Veio a notícia, pela manhã. A notícia não, o boato.
Não podia ser real.
Mas era.
Não houve oportunidade para um último papo, uma última história.
Fica a saudade e o sentimento de perda.
Vai-se uma grande referência.
O jogo da vida fica cada vez mais triste e difícil pra quem não quer jogar do jeito errado…
Segurem-se amigos. São tempos difíceis…
Redson, fique em paz…

Cock Sparrer em SP

O show foi fantástico, inesquecível para quem curte a banda.

Muitos lembram dos caras moleques, tipo na foto abaixo…

Mas esses são os atuais “garotos”:

O show foi fantástico, inesquecível para quem curte a banda!

Mas… assim como no futebol, a violência esteve presente e acabou levando a vida de uma pessoa, além de ferir gravemente outra num incidente ideológico.
É difícil conseguir guardar tantos sentimentos distintos que vem ao coração ensses momento.
Sem dúvida a alegria do show, ao menos pra mim, foi bastante contaminada pela tristeza da violência exagerada.

APOIE A CENA DA SUA CIDADE!!!

Não está morto quem pelea

A imagem acima retrata cansaço, mas também felicidade e realização. Após tanto tempo jogando peladas por aqui e por ali, enfim disputei um torneio e… Saímos campeões!!! Aí está o time “88Não / Fora de Jogo / punks do ABC“:

Na verdade o evento tinha mais do que um torneio de futebol. Misturava as culturas que eu mais gosto, futebol e música com um bom recheio de atitude!

 

Joguei ao lado de amigos que por diversos momentos eu dividi os palcos, a começar pelo nosso goleiro “Jão”.

Aliás, ele agora tem sua própria “gangue”, veja só:

Ele aproveitou o clima para apresentar a pequena Flora ao nosso mundo punk boleiro! Bem vinda, Flora!

Claro que ele aproveitou pra fazer umas defesas e dar umas saídas da área também…

Bom, minha atuação (jogando com a camisa de Tevez) foi razoável, ainda que meu atual peso esteja começando a incomodar…

O nosso time misturou jogadores, torcedores… Mas sempre “loucos” pelo futebol, como o Guilhermão!

Mas, como eu disse, nem só de futebol, foi o rolê, aqui o Daniel (88não) dá uma olhada nos cds e camisetas que o Barata e a Dunga (DZK) trouxeram ao evento!

Eu e a Mari também pudemos curtir um som (jogar ouvindo Deserdados é simplesmente fantástico)!

Olha ali no ataque “El Pibe Gui”, outro companheiro de palco, time e arquibancadas…

Enfim… Mio maloqueiros, meio atrapalhados, meio gordos… Mas totalmente felizes. Não é para isso que existe o futebol?

Ok, nessa a gente tá 100% maloqueiro!

Ainda bem que tem a Mari que me salva, né?

Aliás, se a Mari não jogou bola, ao menos detonou no pebolim!

Ah e pra não esquecer os outros times que participaram, segue a foto do pessoal que fez a final com a gente:

Futebol & Punk Rock!

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100- Camisa do Garotos Podres

Enfim, a centésima camisa.
E para comemorar, tinha que ser uma especial, que fizesse a diferença na minha vida e me motivasse a continuar o trabalho com o blog.
Assim, apresento a camisa do Garotos Podres, time do qual faço parte e ajudei a formar em1995.

Pra mim, o time representa a essência do futebol que sempre sonhei: união, atitude, amizade, família, ética…
Tantos valores que aprendemos ou reforçamos em campo e que acabamos levando para a vida.

O Garotos Podres (óbvia referência à banda punk/Oi! do grande ABC) nasceu em julho de 1995, na cidade de Itanhaém.

Diferente da maior parte dos times, nascemos da dor da derrota e não da alegria das vitórias, numa tarde chuvosa, após levarmos um 3×0 de um time de “boleiros” numa partida de futebol de salão.

Nascia ali, no futebol de salão o “Garotos Podres”, com Léo, Rodrigo, Caio Tâmbara, Bruno Milani e eu.

Naquele ano disputamos nosso primeiro campeonato, ainda com uniformes emprestados.

Jogamos contra a AABB Santo André e após um primeiro tempo incrível (2×2) perdemos o jogo por 10×2 e aprendemos o quanto valia um banco de reservas.

No ano seguinte, nosso primeiro jogo de uniformes oficiais valeu um convite à diretoria do Satélite E.C. para um amistoso de estreia.

Aproveitamos o amistoso para estreiar também dois novos atletas, Gustavo e meu irmão Murilo. Murilo mostraria a essência do time em menos de 10 segundos, após a saída do time adversário ele apresentaria como cartão de visita um “pé alto” na altura do peito do atleta e presidente do clube “Carelli”.  A partir de então, faríamos uma série de jogos não oficiais e participaríamos anualmente dos Campeonatos Maio Soçaite e Primavera Salão, organizados pelo Satétile.

Engraçado que havia um jogador chamado Flávio que disputava a maioria dos jogos mas nunca os campeonatos.

Com esse elenco conquistamos nosso primeiro troféu (de terceiro lugar) no campeonato de futebol de salão do Satélite Esporte Clube, de 1997:

Olha aí o troféu:

Em 1998, sofremos a primeira baixa, nosso goleiro Léo deixaria o time. Em seu lugar, eu e Bruno iríamos revezar no gol. No sacrifício, Bruno marcaria época quebrando o braço durante um jogo. Chegariam também dois atletas o jovem e promissor Edu (irmão do Rodrigo) e o Marcel (meu irmão) para ajudar a compor a nossa defesa. Surgia também um novo jogo de uniformes com uma tonalidade de verde mais clara, em homenagem à seleção da África do Sul.

Este uniforme foi rapidamente abandonado pois sua gola enforcava os atletas com problemas de peso. O uniforme seguinte também foi problemático e polêmico. Devido à sua cor (todo preto com uma faixa verde na lateral) chegava a quase 50 graus nos jogos em dias de sol, como na foto abaixo, em 2000:

No fim do ano, chegariam Júnior “Português” e Caio Pompeu, primeira contratação vinda de um outro time, o “Oposição Futebol Clube“. Mesmo sendo um time entre amigos, gostávamos de dar um ar de seriedade nas decisões e praticamente paramos o clube ao anunciar a contratação oficial de Júnior, que lembra alguns detalhes dessa época:

“Eu ja fazia parte da “turma”dos temidos e respeitados Garotos Podres, andava para cima e para baixo com o pessoal e já disputava as peladas não oficiais, porém oficialmente eu ainda não fazia parte do time e isso era extremamente frustrante. Foi no Carnaval de 2000, que fui oficialmente anunciado e lembro que encarei um ritual de passagem com direito à inúmeras pancadas. Era o jeito do time dizer bem vindo”.

Abaixo, o time que disputou o cmapeonato de Soçaite, em 2003. 

Após a fratura do braço de Bruno Milani, assumi a posição de guarda metas e disputei o campeonato de 2004 no gol.

No segundo semestre, muitas novidades. Cláudio “Pitbull”, um atacante com fome de gol e o goleiro Douglão “a muralha negra”, renovaram o time, que perdera atletas para os estudos, namoradas e trabalhos. Como já era tradicional, a mudança pedia um novo jogo de uniformes. Criamos então a camisa branca (chega de calor) com a faixa transversal verde, uma das mais bonitas da história do time.

Foi com ela que disputamos os campeonatos de 2005.

Mas, a verdade é que a nossa realidade ia da glória aos desastres.
Isso porque nossa garra sempre nos orgulhava em campo, mas muitas vezes não era suficiente para impedir de sofrermos goleadas.
E foi para acabar com isso que contratamos John, nosso primeiro e único técnico, que é o foco de todos na foto abaixo, com exceção de Bruno Milani, eterno rebelde que seguia a olhar para o outro lado.

Esse foi o auge técnico do time, com direitos a treinos mensais. A consequência foi uma deliciosa vitórias sobre nosso eterno rival, o Califórnia F.C. por 4×0.

Esse time ficaria em 4º lugar em um campeonato bastante disputado!

Ah, além do trabalho em campo ou quadra, buscamos inovar também nas arquibancadas e fomos um dos primeiros times a paralisar o campeonato por vandalismo. As “Podretes” que sempre apoiaram o time desta vez encheram a quadra de fumaça verde. Um outro ponto forte da torcida é o bandeirão confeccionado pela “Nona” do Bruno e que esteve presente em vários jogos e atualmente se encontra perdido…

Mas sempre nos portamos com o respeito exigido pelo esporte e mais que isso, como uma família, composta por pessoas diferentes uma das outras, mas unidas por um mesmo ideal. Na foto abaixo, dá para ver como uníamos a agilidade de Bruno Milani com a força física de Murilão (o primeiro agachado à esquerda).

No final de 2005, um de nossos mais antigo atletas, Gustavo (o primeiro à esquerda, na foto abaixo) mudou-se para a Austrália para estudar inglês.

Para diminuir a perda, agregamos o já bastante amigo Igor assim como os gêmeos Paulo e João e os irmãos “fumetinhas” (Danilo, Felipe e Douglas). Foi aí que começamos a disputar a liga do Batalha.

Animados com tantos compromissos, desenvolvemos um uniforme homenageando o nosso jogo de camisas original (essa camisa é a que está no início do post).

Entretanto, as coisas acabaram se esfriando em 2007 e o time quase não teve jogadores suficiente para a disputa dos campeonatos.

2008 e 2009 trouxeram a maior crise ao nosso time. Não jogamos nenhum campeonato oficial.

Ainda assim, nos reencontramos fora das quadras e campos para celebrar o que de melhor o futebol nos trouxe, a amizade!

E para quem achava que a história do time acabaria por aí, veio o desafio, reerguer o time em 2010 e novamente disputar alguns torneios.

Assim, encaramos o Campeonato de soçaite, em Maio (leia mais sobre isso aqui).

O hino do time explicita o sentimento de cada atleta:

“Garotos Podres, um ideal
como esse time não há igual
Garotos Podres, avante, avante!
Raça do gol ao centroavante

Sim somos Podres, é o que somos e não vamos nos mudar
Vencer não é fácil, mas os Podres sempre irão acreditar

Avante, avante… Nossos heróis
Jamais desistam, façam por nós
Levando ao jogo, sua energia
Garotos Podres, minha alegria

Ouço a torcida, sempre a cantar
“A raça podre muito irá nos orgulhar”
Agora cante, você também
E seja Podre pro seu próprio bem.

Podres, gol!

Agora resta saber o que o futuro nos aguarda…

Odeia os dirigentes do seu time?
Monte seu próprio time!

Intercâmbio boleiro

Autônomos FC, equipe de várzea autogestionada da Grande São Paulo, estará no Brasil entre 16 e 26 de maio de 2009 o Easton Cowboys&Cowgirls, equipe de futebol de Bristol, Inglaterra que desde 1992 joga e viaja pelo mundo divulgando os ideais anti-fronteiras, anti-racismo, anti-fascismo. easton Entre suas viagens, está todo ano a ida ao Mundial Anti-Racista que acontece em julho na Itália, uma visita aos zapatistas em Chiapas e outra à Palestina, lugar onde foram a primeira equipe inglesa em toda a história a jogar. Para saber mais sobre a história e as atividades do clube, visite a página oficial dos ingleses: http://eastoncowboys.org.uk Aqui no Brasil, Easton e Autônomos terão agenda cheia durante os 12 dias de estada dos ingleses. Segue abaixo a relação das atividades de que o Easton participará – atualizações e relatos serão postados diariamente no blog do Autônomos FC:  http://vamoauto.wordpress.com 16/05As 14h: Amistoso internacional(ista) – Unidos contra o racismo

Autônomos FC x Easton Cowboys 14h

CDM Bento Bicudo Rua Werner Siemens, 350 – ponte do Piqueri – Lapa Entrada gratuita 1605 As 19h (pontualmente), show com: Fora de Jogo (Futebol e Rock n Roll), Sweet Suburbia, Homem Elefante, Naifa e Morto Pela Escola (ES) Espaço Impróprio Rua Dona Antônia de Queirós, 40 – travessa da Rua Augusta Entrada: R$ 5,00 Conheça o som boleiro do Fora de Jogo em http://www.myspace.com/foradejogo show1605 17/05 as 15 hs – Festival Internacional de Futsal Das 15h às 21h Às 21h30: Jogo Internacional de Futsal contra o Racismo Autônomos FC x Easton Cowboys Rua Anita Costa, 155 – ao lado do metrô Jabaquara Entrada: R$ 8,00, com acesso ao show e jantar vegetariano ao final festival1705 18/05 As 20h: Futebol sem fronteiras Autônomos FC + Easton Cowboys x Hermanos de Pelé CDM Bento Bicudo Rua Werner Siemens, 350 – ponte do Piqueri – Lapa Entrada gratuita 1805 19/05 Das 17h30 às 18h30 – Easton Cowboys na Rádio Várzea da USP (106,7 FM) nos arredores do campus da USP no Butantã – Programa Futebol e Resistência radio1905 20/05 Futebol de Areia Internacional no Rio Praia de Copacabana 16h Rio Punxxx x Easton Cowboys 21/05 19h – Debate: Futebol contemporâneo, entre o jogo e o negócio Com: Danilo “Mandioca” (Geografia – USP), Felipe Trafani (Ciências Sociais – PUC), Easton Cowboys (Bristol, UK) e Flávio de Campos (Professor de História – USP). Local: Museu da Cultura da PUC – Entrada gratuita 22/05 19h – Debate: Futebol e política Com: Danilo “Mandioca” (Autônomos FC), Easton Cowboys (Bristol, UK) e Pulguinha (Gaviões da Fiel – Movimento Rua São Jorge) Local: Espaço Ay Carmela Rua das Carmelitas, 140 – Metrô Sé – Entrada gratuita 23/05 10h – Jogos da Cidade – Futsal Feminino Autônomas x AAA XI de Agosto Local: CEE Rubens Pecce Lordello Av. Lins de Vasconcelos, 804 – Cambuci Na torcida: Easton Cowboys & Autônomos FC 13h- Jogos da Cidade – Futebol de Campo Autônomos x Unidos do Cambuci Local: CDC Roberto Russo Rua dos Italianos, 1261 – Bom Retiro Na torcida: Easton Cowboys – Entrada gratuita 15h- Amistoso Internacional Fanáticos x Easton Cowboys Local: Campo do Guaiaúna Avenida Aricanduva x Radial Leste – próximo ao metrô Penha Na torcida: Autônomos FC – Entrada gratuita 24/05 13hs- Debate: Anarquismo e futebol na Europa Com: Easton Cowboys e Coletivo Ativismo ABC 16h- Futebol na rua! Local: Casa da Lagartixa Preta Malagueña Salerosa Rua Alcides de Queirós, 161 Entrada gratuita 25/05 19h- Debate: Futebol e gênero Com: Easton Cowboys&Girls, Autônomas, Diana Mendes Machado da Silva (GIEF – USP), Ricardo Silva (assessor de imprensa futebol feminino) e convidadxs. Local: Espaço Ay Carmela Rua das Carmelitas, 140 – Metrô Sé – Entrada gratuita 26/05 21h- Goodbye game Autônomas x Easton Cowgirls Local: ACERGA Rua Ten. Lycurgo Lopes da Cruz, 45 – Lapa – próximo à estação de trem e paralela à Av. Ermano Marchetti Após o jogo, jam session com Siete Armas acústico – A CONFIRMAR Entrada gratuita]]>