São Caetano 2×2 Inter de Bebedouro: o fim da linha para o Lobo na série A4-2025

Sábado, 22 de março de 2025.
Escolhemos como palco da última rodada da primeira fase da série A4 o Estádio Municipal Anacleto Campanella.

Já faz algum tempo que eu não ia para o Anacleto, e foi legal rever alguns itens que atualmente estão no setor dos visitantes.

São recordações de um tempo que todo torcedor do Azulão tem saudades…

E tem também material da mais antiga torcida caetanista: a Bengala Azul.

Foi bacana ver que o pessoal de Bebedouro acreditou no time e veio até o ABC para apoiar o Lobo!

Fiquei ali olhando estes detalhes e quando vi, os times já estavam vindo ao campo.
O espetáculo está próximo de começar!

Público pequeno para um São Caetano já classificado e que luta pelo retorno às divisões mais altas do Campeonato Paulista…

O time da AA Internacional fez questão de agradecer à presença da sua torcida, afinal, não é fácil acompanhar o time em uma viagem como esta:

Destaque para a Torcida Organizada Sangue do Lobo que se fez presente para apoiar a Inter!

Olha aí as faixas dos caras:

Lá no fundo, o ônibus da AA Internacional!

Sente o clima do Anacleto Campanella depois da reforma:

Mais uma partida acompanhando o futebol paulista! E que vença o melhor!

Pra um jogo da 4ª divisão, até que tinha bastante gente no lado visitante, principalmente se considerarmos a distância…

A conta para o time de Bebedouro se classificar é simples: vencer o São Caetano e torcer para no mínimo um empate do Colorado Caieiras contra o Osasco Audax ou por uma derrota do Joseense frente ao Barretos.

Com a bola rolando, o time visitante atacava explorando o lado esquerdo do campo e quem se destacava era o Kiko, que ia pra cima da zaga caetanense mesmo que nem sempre levasse a melhor.

Pra torcida visitante era um olho no jogo e outro no celular acompanhando os demais resultados.

Quem achava que o São Caetano iria amolecer por já estar classificado, se enganou, o time entrou ligado e pensando em manter a segunda colocação que ocupava no início da rodada.

Pena que a torcida do São Caetano ainda não abraçou o time nesse difícil momento, na 4ª divisão. O público da partida não chegou a 700 torcedores e apenas o setor coberto estava mais movimentado.

Aos 14 minutos, em um cruzamento meio despretensioso, Fábio Azevedo apareceu sozinho para cabecear e marcar o gol do São Caetano:

Festa na arquibancada local do Anacleto!

O jogo melhorou com o gol e a Inter se jogou com ainda mais empenho em busca do empate!

A maioria das jogadas saiam pelo lado direito do ataque da Inter e principalmente com bolas paradas.

Bom para a torcida visitante que pode acompanhá-las de perto!

Mas a missão ia se tornando cada vez mais difícil já que o Joseense seguia empatando e o Colorado Caieiras ia vencendo sua partida.

O intervalo veio e foi hora de bater um papo com o pessoal de Bebedouro, afinal é pra isso que serve o futebol!

Olha que legal essa família que compareceu à partida, com suas 3 gerações!

Os bancos de reservas estão lá do outro lado e agora não sofrem mais pressão da arquibancada.

O segundo tempo começa e a ideia é dar tudo em campo para buscar a virada e assim classificar a Inter para os mata-matas. Sangue, suor e lágrimas!

O plano começa a dar certo quando Gênesis empata para a Inter:

Mesmo sendo difícil, a torcida volta a acreditar na classificação!

Voltam as contas, os olhares na tabela e pra ajudar, mas o Colorado faz 2×0…

Aos 23 minutos, escanteio para a Inter e Vinicius Pequeno vai para cobrança… E marca um gol olímpico!

O melhor momento da tarde da torcida da Inter foi esse.

O time vencia e lá em Osasco o Audax diminuiu para 2×1, ou seja…
Um gol do Audax colocaria a Inter na próxima fase!

E a Inter seguiu apertando…

Mas, como o futebol não tem coração, e segue uma lógica bastante ilógica, o São Caetano empatou!

Para a alegria dos que assistiam em sua singela arquibancada!

E para a bronca e a tristeza da torcida visitante…

E por pouco a Inter não sai com os 3 pontos, metendo uma bola no travessão já na parte final do jogo…

Fim de jogo e a torcida do São Caetano manda aquele “E-li-minado!!!” para o time e torcida da Inter…. Faz parte…

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O futebol profissional em Palmital

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê de Santo André até Bataguassu-MS.
Veja os posts já feitos sobre as 6 primeiras cidades dessa viagem:
1) Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo
2) Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju
3) Estádio Municipal Clube Ferroviário em Bernardino de Campos
4) Estádio Municipal Arnaldo Borba de Moraes, em Ipaussu
5) Estádio do Clube Atlético Ourinhense e o Estádio Djalma Baia, em Ourinhos
6) Estádio Romeirão, em Ribeirão do Sul

Agora é a vez de dividir a nossa passagem por Palmital, mas vale lembrar que já estivemos lá em 2010. Veja aqui como foi!

Vamos conhecer um pouco da cidade !

Durante muito tempo, a região do Paranapanema foi ocupada por indígenas Coroados, Cayuás, Xavantes e Kaingangues.
Vi uma publicação que descreve a descida do rio do Peixe, de onde tirei a imagem do xavante abaixo, leia mais clicando aqui.

No século XVII, chegam os bandeirantes para escravizar indígenas e só 2 séculos depois, começa a se estabelecer um povoado, pra isso, muito sangue indígena foi derramado.
Surgem cidades como Santa Cruz do Rio Pardo (1876) e Piraju (1880), com foco na plantação de café e cana de açúcar, no início do século XX, a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana ajudou a criar uma segunda onda de cidades como Ipauçu (1915), Assis (1917) e Palmital (1919).

Em 18 de dezembro de 1919, Palmital foi elevado à categoria de Município.

Nesses 101 anos, muita coisa mudou, mas ainda existe tempo pra um joguinho de dominó na praça da cidade…

A cidade ainda tem no agronegócio seu maior motor econômico, mas aos poucos se vê obrigada a investir na diversificação de serviços para seguir oferecendo possibilidades de emprego à sua população.

Hoje, Palmital tem várias possibilidades de lazer na região, mas por muito tempo, o xodó da cidade foi o futebol, e esse amor ganhou cara em 19 de dezembro de 1929, com a fundação do Operário Futebol Clube:

O Operário Futebol Clube incluiu a cidade nas competições que já incendiavam a região naquela época.
Em 1930, a diretoria comprou o terreno onde seria construído o Estádio Manoel Leão Rego.

A partir de 1942, o Operário FC passou a disputar o Campeonato do Interior, e disputou ainda em 44, 45 e 46.

O time de 1946 que jogou em Paraguaçu Paulista, contra o ABC:

Também disputou em 1949 e 50, mas em 1954, a cidade mal pode acreditar na notícia…
O Operário FC se inscreveu para a disputa da Terceira Divisão!!!
Ainda que não tenha sido uma campanha exemplar, valeu pela experiência de estrear no profissional.

O time acabou não disputando as edições seguintes, mas nesse período sagrou-se campeão amador regional em 1957 e 1959 e voltou à Terceira Divisão em 1958, com uma campanha próxima da realizada em 54.

A Gazeta Esportiva apresentou o time daquele ano:

Novamente o Operário FC se licencia do profissionalismo e passa a disputar os campeonatos amadores.
As partidas se transformam em uma verdadeira mobilização da cidade: a turma se reunia na sede social e caminhava até o estádio, sendo que os próprios jogadores tomavam parte da brincadeira, uniformizados em meio aos torcedores.
Em 1960, o primeiro portal de entrada do estádio foi inaugurado, na gestão de Miguel Assad Taraia (que daria nome ao futuro estádio).

Ainda no início dos anos 60, o estádio foi batizado de Manoel Leão Rego, prefeito daquela época, que dizem haver perdoado uma dívida do clube com ele, referente a um empréstimo para a construção da sede social. Vamos dar uma olhada na fachada nos dias de hoje:

É sempre bom poder estar em um lugar com tanta história e se conectar com isso diretamente.

Em uma das laterais, uma arquibancada descoberta.

Será que no passado ela foi maior?

Aparentemente o gramado está muito bem cuidado.

Aqui pode se ver as duas arquibancadas:

Voltando aos anos 60, o Operário FC volta ao profissionalismo em 1964 para a disputa da 4ª divisão do Campeonato Paulista e terminou a primeira fase como líder do seu grupo:

Na segunda fase terminou em terceiro no seu grupo e acabou eliminado das finais (o EC São José fez a final com a Associação Bancária de Esportes de Fernandópolis e foi campeão).

Novamente o disputa a Quarta Divisão em 1965 e mais uma boa primeira fase:

Na fase final, o Operário FC acabou perdendo a vaga na final por um pontinho…

Chegamos em 1966 e mais uma participação na Quarta Divisão (que era chamada de “Terceira Divisão, já que a primeira era a “Especial”).

Na segunda fase, apenas uma derrota!

Vem a fase final e… O Operário FC acaba sendo vice-campeão da quarta divisão.

Em 9 de maio de 1967, a diretoria decide mudar o nome do clube para Palmital Atlético Clube, homenageando a cidade e assim buscando maior identificação com a população, sendo carinhosamente chamado de “Galo do Planalto” e “PAC“.

Com o vice campeonato do ano anterior, e com seu novo nome, o Palmital AC disputa a Terceira Divisão em 1967, terminando a primeira fase em 4º lugar, sem se classificar para a fase final.

Em 1968, nova campanha ruim na primeira fase, mas há de se considerar que o time agora jogava uma divisão acima daquela que costumava jogar.

Começa o campeonato de 1969 e o Palmital AC simplesmente desiste da competição e se licencia do futebol profissional.
Durante quase 10 anos o time se ausenta e só retorna na Quinta Divisão de 1978, quando faz uma campanha terrível…

Disputa ainda a Quinta Divisão de 1979, com o time abaixo:

Mais uma campanha fraca:

Em 1980, a Federação resolve diminuir o número de divisões e com isso o Palmital FC volta à Terceira e mais uma campanha fraca…

Mais uma vez o time se licencia e só retorna em 1985 na terceira divisão, e faz uma campanha intermediária, assim como em 1986. Mas em 1987, sagra-se campeão do seu grupo na primeira fase…

E na fase final, chegamos a dois grupos, onde a Esportiva Sanjoanense venceu um (e acabou sendo considerada campeã da Terceira Divisão) e o Palmital AC venceu o outro.

Esse foi o time de 1987:

Porém, com a reformulação do Campeonato Paulista, o Palmital AC não recebe o acesso à segundona (nem a campeã Sanjoanense) e segue na terceira em 1988, se ausentando do profissionalismo em 1989.
Volta à Terceira Divisão em 1991, mas seu Estádio Mário Leão Rego encontra-se em condições ruins e para apoiar, o município reforma o Estádio Miguel Assad Taraia.

E lá fomos nós conhecer o segundo estádio do PAC!

Dá uma olhada como os dois estádios até que são próximos (o Miguel Taraia é o do canto esquerdo superior e o Mário Leão o da direita inferior) :

O Estádio Miguel Assad Taraia fica no final da cidade, já próximo à sua área rural, mas é sem dúvida um lindo estádio.

Olha que linda a parte coberta da arquibancada:

Os bancos de reserva compõe um lindo cenário a frente da arquibancada.

Vamos dar um role pelo estádio:

Pra quem olha da arquibancada, esse é o gol da esquerda:

Esse é o meio campo:

E aqui o gol da direita, nessa foto fica mais fácil ver que existe um lance grande de arquibancada que acompanha o campo:

Junto da outra arquibancada existe um painel homenageando o time.

Aliás, os painéis espalhados pelo Estádio Miguel Assad Taraia dão um caráter informativo e único ao local.

É sem dúvida o estádio que receberia os jogos de um time que fosse disputar o profissional, hoje.

E ali ao fundo existe o ginásio municipal, tornando o lugar o pólo esportivo da cidade.

Mas, voltemos no tempo à nossa história, quando em 1991 o PAC não passou da primeira fase, assim como em 92 e 93. Somando os maus resultados a uma nova mudança na configuração do Campeonato Paulista e temos o Palmital AC na Sexta Divisão (a série B2).
Pra piorar, o time abandona o campeonato pouco antes do seu início.
O retorno se dá em 97, na Quinta Divisão, em uma campanha decepcionante que selou a participação do time e da cidade no futebol profissional, pelo menos até hoje (2022).

Pra piorar, em 2004, um incêndio destruiu a sede social, que acabou desapropriada pela Prefeitura em 2012. O prédio foi demolido dando lugar à Farmácia Municipal em 2014.
Tanto o Estádio Manoel Leão Rego quanto o Estádio Miguel Assad Taraia seguem em ordem para competições amadoras.

Será que um dia Palmital voltará ao profissional?

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O Estádio Municipal Clube Ferroviário e o futebol em Bernardino de Campos

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê de Santo André até Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. Entre as centenas de quilômetros percorridos, registramos 20 estádios que receberam partidas profissionais e amadoras em diferentes cidades.

Depois de registrar o Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo e o Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju nossa terceira parada foi em Bernardino de Campos para conhecer o Estádio Municipal Clube Ferroviário !

Bernardino de Campos tornou-se município, legalmente, em 9 de outubro de 1923, mas a história da região também passou pelas diferentes fases com ocupação indígena até a chegada dos portugueses, e depois uma aceleração com a chegada da ferrovia (Foto do site Estações Ferroviárias).

Encontrei esse galpão, achando que foi o que sobrou da estação.

Até o fim do século XIX, o local era um pequeno povoado conhecido como “Douradão”, que depois foi chamado de “Figueira” até finalmente se oficializar como “Bernardino de Campos” em homenagem ao político que presidiu o estado de São Paulo por duas vezes.

Bernardino de Campos tem como base da economia a agricultura e teve início com o café e o algodão, mas com o tempo, grande parte do cultivo foi dedicado a pastagens e canaviais. Atualmente, sua atuação está focada em gado de leite, gado de corte, cana-de-açúcar, milho e soja, além de um pequeno comércio e serviço.

Demos um rolê rápido pela cidade e deu pra sentir que o lugar ainda é bastante tranquilo. Por lá, vivem cerca de 12 mil pessoas.

Estivemos na cidade para conhecer e registrar o atual Estádio Municipal de Bernardino de Campos, que por muitos anos foi conhecido como o Estádio do Esporte Clube Ferroviário.

Fiquei triste de ver a pintura mal cuidada… No passado essa entrada era assim:

O Esporte Clube Ferroviário foi fundado em 16 de agosto de 1947, pelos funcionários da Estrada de Ferro Sorocabana.

Olha aí a imagem de um goleiro que defendeu o clube no passado.

Como a maioria dos times, o EC Ferroviário começou no futebol amador e nessa fase, seu principal adversário era o outro time da cidade: a Associação Atlética Bernardinense, fundado em 13/08/1925.

Já em 1931, os jornais noticiavam partidas da AA Bernardinense:

A AA Bernardinense disputou o Campeonato Paulista do Interior em 1947:

Aqui, o time juvenil de 1957:

E o principal do mesmo ano:

Em 1956 e 58, rolou o derbi pelo Amador do Estado daquele ano.

E a vitória foi da Associação, mesmo jogando no campo do Ferroviário!

E também no jogo de volta…

O campo da Associação fica na Av da Saudade. O Estádio foi construído no início dos anos 30!

Aqui, uma imagem da torcida do EC Ferroviário no campo da Associação em 1978:

Aqui, uma matéria na Gazeta Esportiva falando sobre um amistoso disputado em Palmital:

Mas, em 1965, desafiando a lógica, o EC Ferroviário fez sua estreia no futebol profissional na 4ª do Campeonato Paulista, terminando a primeira fase de grupos em 8º lugar.

O time manteve no profissional em 1966, novamente com uma campanha muito ruim, terminando na última colocação.

O EC Ferroviário volta às disputas amadoras.

Com a crise na Ferrovia, o clube também passou por problemas e em 1994 a Prefeitura assume a gestão do time e do estádio, mas a sua memória segue por lá, nas paredes…

Vamos dar uma olhada em mais este templo do futebol:

Aparentemente, o time voltou a usar o estádio jogando partidas amadoras.

Suas cores seguem na pintura da arquibancada.

E nos olhos sonhadores da molecada que segue frequentando o campo e jogando bola lá, sonhando em quem sabe ser um jogador, ou simplesmente curtir os seus 90 minutos de craque local.

A pequena arquibancada segue lá, na lateral do campo. Dá pra ver que ela é feita em tijolos, uma construção para durar muito tempo.

O gramado cresce bonito aproveitando os nutrientes da famosa “terra roxa”.

Antes de ir embora, o registro do meio campo, com destaque para um detalhe que eu aprendi a observar com o historiador “seo” Adalberto, aqui de Santo André: perceba o que está sendo usado para segurar o alambrado.

Veja aqui, o gol da direita enquanto eu te respondo o que são esses “falsos” postes: na verdade são pedaços de trilhos, que provavelmente sobraram nos depósitos da época da Ferrovia.

E o gol da esquerda:

Um grande orgulho poder pisar e registrar o Estádio do Clube Ferroviário e de ter conhecido a bela e pacata cidade de Bernardino de Campos.

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O futebol profissional em Santo André: CA Pirelli

Já falamos de quase todos os times que disputaram o Campeonato Paulista pela cidade de Santo André: o primeiro post do blog foi sobre a camisa e a história do EC Santo André, depois um sobre o Estádio Bruno José Daniel, um para o Corinthians de Santo André e seu estádio, outro do Primeiro de Maio (e consequentemente sobre o Clube Atlético São Bernardo, da fusão temporária do Primeiro de Maio com o Corinthians) e mais recentemente do Aclimação EC. Mas o Grande ABC ainda tem outros times, conheça o mapa criado pelo Victor Nadal:

Faltava falar do Clube Atlético Pirelli, cujos distintivos vieram do incrível site Escudos Gino.

A história do time começou com a chegada da multinacional Pirelli à cidade de Santo André, em 1929.

Desde cedo a Pirelli foi muito além de uma empresa e apoiou o crescimento do esporte e da cultura na cidade. Assim, em 13 de maio de 1947 surge o Clube Atlético Pirelli para representar o time de futebol.

O clube acabou ganhando visibilidade no futebol, no boxe (com a lenda Servílio de Oliveira) e no volei (quem viu o time da foto abaixo, não se esquece!).

Falando especificamente do futebol, em 15 de janeiro de 1956, o time da CA Pirelli ganhou uma “Praça de esportes” para mandar os seus jogos.

A partida inaugural foi frente ao time da Pirelli de São Paulo:

O CA Pirelli logo se transformou em uma força do futebol amador, mas em 1964, como a cidade havia ficado “órfã” de times nas competições profissionais, o time operário passou a disputar a 3a divisão do Campeonato Paulista de Futebol (que equivalia ao quarto nível estadual e será tratado nesse post como “Quarta Divisão“). Era a certeza de que o Estádio Pirelliano receberia partidas incríveis!

E logo no primeiro ano fez uma boa campanha e classificou-se para a segunda fase terminando em primeiro lugar da 6a série. Por coincidência o time campeão da quarta divisão foi o EC São José, que terminou como vice camp˜eão da sua série.

Nesse ano, a equipe de marcenaria da Pirelli construiu uma arquibancada no seu campo e o Estádio do CAP também ganhou um placar eletrônico.

Na segunda fase, chamada à época de “Torneio dos finalistas” o time acabou nas últimas colocações. Vale ressaltar que embora fosse profissional, o time mantinha o espírito do amadorismo sendo formado por funcionários da empresa. Em pé: Peretto, Carioca, Romeu, Afonsinho, Risada, Josué. Agachados: Amaro, Robertinho, João Gilberti, Vavá e Ranulfo.

Em 1965 o time começou bem, jogando em casa e vencendo a SE Itapema, no então denominado “Estádio Pirelliano“, na partida inaugural da 4a divisão do Campeonato Paulista, mas perdeu o jogo desempate para o Osasquense, e assim ficou de fora da fase final.

Em 1966 o time foi bem mais uma vez, classificando-se em 3º no 1º Grupo para disputar a segunda fase, mas não chegando a final do Campeonato.

Esse foi o time que disputou o quarto nível do Campeonato Paulista daquele ano. De pé: Augusto, Troia, Ademar, Nay, Trovão, Roberto, Nelson e Ivahi (diretor). Agachados: Canavesi (técnico), Fabri, Adilson, Pinoia, Clovia e Bené

Em 1967, o time fez sua última participação no futebol profissional, mas acabou saindo como um vice campeonato da sua série:

Todas essas fotos eu consegui do Jornal “Pirelli em Notícias”. Aqui, duas fotos que não consegui encontrar o registro das datas:

Após suas aventuras no profissionalismo, o CAP volta ao amadorismo ainda com muita força. Em 86, o time sagrou-se campeão do amador do estado (foto do Milton Neves – Portal Terceiro Tempo).

Porém, a partir dos anos 90, as indústrias do grande ABC foram passando por crises até o ponto em que a própria Pirelli acabou adquirida por outra empresa. Assim, o Clube Atlético Pirelli acabou vendido para a UniABC (Universidade do Grande ABC), que atualmente pertence ao Grupo Anhanguera, finalizando sua participação com o esporte de alto rendimento em Santo André. Mas… o campo de futebol ainda está lá, dentro do campus da Av Pedro Américo!

Essa é a entrada atual da faculdade, não sei o quanto parecida com a original.

Muita emoção em poder andar e conhecer um pouco desse histórico estádio! Comentando com o meu pai, ele diz lembrar de assistir partidas da Pirelli aí, nos anos 60!

Para que você tenha uma ideia geral do lugar, esse é o meio campo para quem olha de cima dos pequenos degraus da arquibancada lateral:

Este, o gol da esquerda:

E este, o da direita:

Estes são os degraus restantes da arquibancada na lateral. Como disse no vídeo, li que quem montou a arquibancada foi a equipe de marcenaria, e vendo a foto lá em cima, a arquibancada era coberta, o que gera a dúvida sobre o quanto dessa arquibancada atual ainda é original.

Aqui, a vista estando do outro lado das arquibancadas. Esse é o meio campo:

O gol da esquerda:

E o da direita!

A área reservada para juízes e mesários segue ali.

Embora um pouco alto, o gramado não pareceu abandonado, ao contrário, está bem cuidado.

Os bancos de reserva seriam também originais? Quem saberá responder?

Um último olhar ao gol que tantas emoções causou…

Antes de ir embora ainda fiz uma foto do ginásio, com uma arquitetura tão bacana e que está lá até hoje…

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O acesso do União Suzano Atlético Clube (série B do Campeonato Paulista de 2021)

Tarde de sábado, 23 de outubro de 2021. Para a cidade de Suzano, a data tem que ficar marcada: dia histórico para o futebol local. É hora de decidir quem sai da série B e vai pra A3 de 2022. E a cidade entrou no clima!

O Estádio Municipal Francisco Marques Figueira, o tradicional Suzanão viveu o dia que sempre sonhou… Bexigas coloridas, batucada em frente à entrada e até um pessoal vendendo bandeiras e máscaras do USAC

Até fila pro pessoal entrar, teve!

Normalmente faço questão de comprar meu ingresso, mas ao chegar fui informado que não haveria venda no dia, já que todos já haviam sido distribuídos durante a semana.

Fiquei chateado em perder a viagem, mesmo vendo surgirem ingressos a todo instante… Falei com a pessoa que disseram ser a responsável e ela disse que não tinha o que fazer…

Quando já estava quase desistindo vi uma família com alguns ingressos na mão e perguntei se tinha algum sobrando e… Obrigado a vocês que me arrumaram o ingresso!

Agora a fila já não parecia tão divertida… O jogo começara e pelo barulho que eu ouvi enquanto apresentava a carteirinha de vacinação comprovando minhas duas doses, o time local havia inaugurado o placar.

Só deu tempo de ver o fim da comemoração da torcida local! Depois pude ver o golaço do volante Tenner, aos dois minutos. Como já haviam vencido o primeiro jogo, fora de casa, por 3×2, o gol tão cedo tirou a graça do jogo…

Há cerca de 2 anos estivemos no Estádio Municipal Francisco Marques Figueira, para acompanhar o clássico entre Santo André e São Caetano (o Brunão estava em reformas). Aproveitamos para contar um pouco da história do futebol profissional em Suzano. Veja aqui como foi!

Mas hoje, seria diferente. A cidade estava muito perto de ver o acesso do União Suzano Atlético Clube para a série A3 de 2022, para a tristeza do desafiante Grêmio Prudente!

Hora de registrar a presença em mais um momento marcante do futebol paulista. Perceba que este é o mesmo boné de nossa última visita hehehe…

O ingresso ganho era para a arquibancada descoberta, que tinha um público interessante, ainda que limitado pela pandemia.

Só o sol forte das 15hs, mesmo com um céu encoberto de nuvens, é que incomodava um pouco.

Sol forte comemorado pelos vendedores de água que puderam acabar com o estoque (e nem tava tão cara, R$ 2).

Mas depois de tanto tempo sem assistir a um jogo no estádio, nem sol nem chuva chegam a atrapalhar

Do outro lado, nas cadeiras cobertas, vários convidados viam a mesma partida que a gente, mas na sombra.

Aos 27 minutos, o USAC ampliou, novamente com Tenner: 2×0. Era o fim de qualquer medo. O USAC estava muito perto da A3!

Seria uma questão de tempo até a torcida de Suzano cair na festa! O USAC enfim deixaria a Bezinha pra trás!

Além do elenco, o principal responsável por tal feito é esse cara de calça jeans aí abaixo.

Trata-se de Ricardo Costa, que aos 40 anos estava prestes a conquistar seu quinto acesso (os 5 por clubes diferentes: Portuguesa Santista em 2016, EC São Bernardo em 2017, Marília em 2019 e São José em 2020) na tão temida “Bezinha”, o quarto nível do futebol paulista.

O que será que o destino reserva para Ricardo Costa em 2022? Mais um acesso na Bezinha? Ou finalmente terá uma chance nas divisões superiores? Vamos agurdar!

Com o acesso praticamente garantido, é hora de dar uma olhada no estádio e na torcida, que compareceu na medida do possível.

Tinha muita gente que é ligada ao futebol amador (campo e salão) da cidade.

Muitos apaixonados pelo futebol e que entenderam a importância desse acesso na vida do futebol em Suzano

Quem não podia faltar era o pessoal apaixonado, da “Torcida Javali“:

Pra piorar a situação dos visitantes, o Grêmio Prudente teve um jogador expulso após o segundo amarelo, aos 35 minutos ainda no primeiro tempo: Wallace voltou mais cedo pro vestiário.

O estádio também estava cheio dos “apaixonados” pela Bezinha: Mário Gonçalves (que acaba de lançar um livro sobre o SC Atibaia), o juventino Pucci, o “histórico” Milton e o Roberto, com sua camisa da Lusa:

E abraço pro amigo Genílton Lucas que também estava na torcida pelo USAC!

O pessoal do Jogos Perdidos também estava por lá, olha aí o Fernando fazendo suas incríveis fotos! Já já deve sair a matéria sobre o jogo!

Mesmo jogando com um a menos e perdendo por 2×0, o Grêmio Prudente terminou o primeiro tempo pressionando, mas nada que diminuísse a festa na torcida local!

Aliás, fica aí um salve especial ao pessoal da Torcida Javali, que fez a festa ficar mais animada!

Começa o segundo tempo e a torcida realmente não tem tempo de parar de comemorar…. aos 9 minutos USAC 3×0!!!!

O Estádio Municipal Francisco Marques Figueira tem capacidade para cerca de 4 mil torcedores, e tomara que na série A3, já totalmente livres da pandemia, possamos ver suas arquibancadas cheias!! O público anunciado foi de 717 pessoas.

E pra fechar com chave de ouro, já ouvindo alguns gritos de “olé”, aos 38 minutos veio o quarto gol, do atacante com nome de craque: Romário deu números finais à partida: USAC 4×0 Grêmio Prudente. Aí foi só fazer a bola rolar até esperar o apito final.

O apito final foi comemorado como um gol!

E a festa mudou de lugar… Saiu das arquibancadas e foi para dentro do campo!

Agradeço aos deuses do futebol por poder participar como espectador. Hora de voltar para casa, com a cabeça cheia de memórias e imagens desse acesso!

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Bezinha 2019 – Decisão e emoção para o Rio Branco, em Americana

“Se o mundo é mesmo parecido com o que eu vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito.” Então, nesse 11 de agosto de 2019, a estrada logo cedo nos levou a um estádio que ocupa lugar especial no meu coração: Décio Vitta, em Americana, a casa do Rio Branco, o tigre da paulista! Rio Branco - Tigre da Paulista Como sempre, tá aí a nossa parte pra apoiar o futebol local! ingresso Rio Branco x Guarulhos O Décio Vitta é um estádio muito bacana e só depois de passar a catraca e “descer o morro” é que se chega às arquibancadas. Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana E se não bastasse toda história, estrutura e tradição… Ta aí o bar, com seus quitutes mais que especiais! Bar do Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Outro diferencial é a loja do Tigre, dentro do estádio e vendendo não só a camisa oficial mas uma série de outros ítens, como esse moleton muito louco! Loja - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Embora o jogo fosse decisivo pra equipe local, a cidade estava recebendo vários eventos (de encontro de carros antigos a passeio ciclístico) e o público ficou um pouco abaixo do que o de costume para uma equipe de tanta tradição, como o Rio Branco EC. Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Vamos dar uma olhada geral no estádio!

Reforço o carinho que será eterno por esse amigo que nos deixou tão cedo e que era tão querido por todo mundo. Valeu Rogérião!

Rogérião - Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Mas, mesmo sem seu eterno presidente e amigo, a Malucos do Tigre segue apoiando o Rio Branco, mesmo nesta tão dolorosa 4a divisão estadual. Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Malucos do Tigre - Rio Branco de Americana Fica um alô especial para os amigos de bancada e de som! Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana Vale lembrar que a Malucos tem esse nome em referência a Raul Seixas e é uma das poucas torcidas que nasceu focada muito mais no rock do que em outros ritmos. Torcida Malucos do Tigre - Rio Branco de Americana Começo de jogo com todo cerimonial exigido pela Federação, da entrada dos times ao hino nacional. Malucos do Tigre - Estádio Municipal Décio Vitta - Rio Branco - Americana O jogo começa quente e muito corrido, como acontece em quase todos os jogos da série B do Paulista, que é na verdade, uma competição sub-23. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Se não dá pra entrar em campo, na bancada, embaixo de sol, a Malucos faz sua parte e canta o tempo todo, sonhando com dias melhores, em outra divisão. Torcida Malucos do Tigre - Rio Branco de Americana Do outro lado, a valente Torcida Força Jovem do AD Guarulhos esteve presente com suas faixas e apoio ao time da grande São Paulo. Forte abraço ao Rapha “Cabelo” e demais amigos que compareceram. Futebol sem torcida visitante não tem graça. Torcida Força Jovem AD Guarulhos Torcida Força Jovem AD Guarulhos Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana E se o jogo estava quente, pegou fogo, ainda no primeiro tempo quando o Rio Branco começou a garantir sua presença na terceira fase com o gol de Thiago, numa cabeçada que matou o goleiro visitante, ainda na metade do primeiro tempo.

Festa em Americana nas cobertas e nas numeradas, que também receberam um bom público para os padrões da série B, mas ainda abaixo do potencial da torcida do Rio Branco.

Estádio Décio Vitta - Rio Branco de Americana Estádio Décio Vitta - Rio Branco de Americana Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana O segundo tempo apresentou oportunidades para os dois lados, mas sabendo da sua condição de classificação como um dos 4 melhores terceiros, o AD Guarulhos não demonstrou muita preocupação em buscar o empate, o que não significa que não criou chances para isso. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Assim, o jogo foi se encaminhando para o seu final, com a vitória magra, mas suficiente por 1×0 e só nos restava registrar a nossa presença mais uma vez neste templo do futebol do interior paulista que é o Estádio Décio Vitta. As mil Camisas - Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Finalmente o técnico Marcos Campangnollo conseguiu ter um pouco de sossego e agora terá 6 jogos para decidir o futuro do Rio Branco. Treinador do AD Guarulhos - Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Apita o árbitro…

Antes de ir, um último olhar para a faixa da Malucos, e a certeza de que nessa vida, tudo o que vale são as amizades e aquilo que construímos com nossas atitudes. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Lembrei de 2012, quando estivemos aqui celebrando o título e que emocionado, registrei o Rogérião falando sobre o título.

Boas lembranças para nos motivar a seguir nessa caminhada de cada um, enfrentando nossos desafios. Pra torcida do Rio Branco, vitória garantida, hora de ir pra casa e comemorar o dia dos pais, já sonhando com a próxima fase, que contará com adversários cada vez mais complicados. A mesma coisa serve para os meninos do AD Guarulhos. Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana Mais uma vez, obrigado ao pessoal da Malucos do Tigre por nos receber tão bem! Abraços e vida longa à torcida! Rio Branco x AD Guarulhos - Estádio Décio Vitta - Americana

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Rolê em Assis para ver o VOCEM em 2016

E não é que mais um ano conseguimos cumprir a tradição de ir até Assis para ver um jogo do VOCEM??
O VOCEM é um time que sempre povoou meu imaginário fosse pelas histórias que meu pai contava, ou pelas tantas férias que passei na casa da vó Luzia, tendo como “vizinho de frente” a Igreja da Vila Operária, onde o Padre Belini fundara a equipe local.
Abaixo uma foto do Padre com meu vô Tonico, meu primo Gustavo (sãopaulino) e eu, armado, de cuecas e sandálias.

Ir pra Assis quase que anualmente significa refazer uma peregrinação que mistura a história da minha família ao futebol local e à ferrovia, aproveitando ainda para conhecer novas cidades ao caminho (dessa vez passamos por Cerquilho, São Manuel, Pirajú).

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Também gosto de fotografar alguns locais para ver como as coisas vão mudando, e mesmo pixações que tenham a ver com meu jeito de pensar e viver, assim, seguem algumas dessas fotos:

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Dói demais ver tantos trilhos, tanta estrutura pronta simplesmente abandonada… A Ferrovia faz parte da história do interior e cruzou muitas vezes com o futebol.

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E o Osvaldo Gimenez Penessor, meu pai, entrou no clima do rolê, passeando com sua camisa da Ferroviária!

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O interior paulista tem uma vida social e cultural riquíssima, que mistura passado e presente.

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Outro detalhe que sobrevive na cidade são as casas de madeira que resistem ao tempo e mantém-se lindas!

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Aqui, a praça na Vila Operária, onde ficava a Paróquia, hoje reformada e bem ajeitadinha:

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Aqui a imagem do padre Aloísio Belini junto da escola de samba da Vila Operária (mesmo local de onde nasceu o VOCEM).

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Tivemos tempo de dar um pulo em Cândido Mota (tomar um sorvete na praça é passeio obrigatório!) e visitar o campo do CAC (Clube Atlético Candidomotense), o Estádio Municipal Benedito Pires!

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No sábado, deu ainda pra acompanhar um pouco do dérbi de Assis, pelo sub 20, final de jogo VOCEM 0x0 Asssissense

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Também fomos dar um alô no campo da Ferroviária!

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E no Clube São Paulo de Assis, completando o ciclo dos times que disputaram as competições oficiais da Federação representando Assis.

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Enfim, o fim de semana passou corrido, e quando me dei por conta, já era domingo de manhã, hora do jogo, e lá fomos nós, de volta à Vila Operária, para o Estádio Municipal Antônio Viana da Silva, o “Tonicão”.

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O jogo era a última rodada da segunda fase da série B, de onde se definiriam os 8 times a disputar as quartas de final.
O VOCEM enfrentaria a AD Guarulhos do amigo Rapha!

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Essa é a fachada do Tonicão. Acanhada né? Merecia um letreiro com nome da cancha…

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Chegamos cedo, e pudemos acompanhar a entrada da torcida local, animada, mas ainda em pequeno número perto do potencial que a cidade tem.

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O Estádio tem duas arquibancadas, onde cabem 5 mil pessoas em cada. O público do jogo foi de 2 mil torcedores.

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Como tudo isso aconteceu há quase um ano, o fim da história eu já posso resumir pra vocês… Nem o VOCEM nem o AD Guarulhos (dos nossos amigos Francisco e Cabelo) subiram pra A3…

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Se há alguns anos atrás, nosso companheiro nessa aventura foi o tio Zé (já falecido), dessa vez foi o Tilim (filho do Tio Zé) que nos fez companhia!

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Destaque pra tradicional pipoca de estádio, sempre presente!

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A torcida local compareceu, não em tantas pessoas como eu esperava, pra um jogo decisivo, mas… Lá estavam os apaixonados pelo futebol!

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O time local venceu a partida por 4×1, eliminando qualquer esperança pro Guarulhos.

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Futebol Profissional em Laranjal Paulista

Hoje é dia de registrar nosso rolê pela cidade de Laranjal Paulista, onde vivem pouco mais de 28 mil pessoas. Laranjal Paulista Assim como diversas cidades, Laranjal Paulista cresceu em torno da ferrovia. A estação da cidade foi inaugurada pelo próprio D. Pedro II. Laranjal Paulista Os nossos “anfitriões” eram esse trio: Esdras, Kiki (a cachorrinha) e o Carlos. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Recentemente, a cidade teve destaque nos noticiários por terem pixado o sobrenome (“Queiroz”) de um ex assessor do atual presidente na tradicional laranja gigante que fica na entrada da cidade. Laranjal Paulista Mas, a população de Laranjal Paulista tem um grande motivo de se orgulhar! Trata-se da Associação Esportiva Laranjalense. Distintivo da Associação Esportiva Laranjalense A Associação Esportiva Laranjalense foi fundada em março de 1943 e chegou a disputar cinco edições da terceira divisão do Campeonato Paulista (1971, 1972, 1974, 1975 e 1976) e quatro da quarta divisão (1969, 1977, 1978 e 1979). Aqui, o time de 1971 (na foto está escrito 2a divisão, porque na época existia a primeira, a “especial” e a segunda): AE Laranjalense 1971 Em 1977 chegou a semifinal da terceira divisão, contra o Primavera, perdendo o primeiro jogo em Indaiatuba por 2×1 e o jogo de volta (em Laranjal) por 3×2. Esse jogo ficou marcado na história como a maior caravana já feita pela torcida do Esporte Clube Primavera, veja a torcida tricolor no Accácio Luvisotto: Estádio Accácio Luvisotto - Laranjalense x Primavera 1977 Esse é o time de 1978: Associação Esportiva Laranjalense - 1978 Aqui, também uma imagem que retrata um tempo em que torcida e time se viam com grande frequência! AE Laranjalense - Estádio Municipal Accácio Luvisotto AE Laranjalense AE Laranjalense A AE Laranjalense mandava seus jogos no Estádio Municipal Accácio Livisotto. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista E se tem estádio com distintivo do time pintado na parede… Aí estamos nós! Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Uma bilheteria a mais na nossa coleção. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista E que tal dar um rolê por dentro do estádio?

O Estádio Accácio Luvisotto tem capacidade para receber 5 mil torcedores em suas arquibancadas. De um lado temos essa, descoberta:

Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Do outro lado, temos dois lances de arquibancadas cobertas: Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Ao fundo, pode se ver a cidade, ainda sem os prédios tão comuns às grandes metrópoles. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista O Estádio possui ainda um sistema de iluminação daqueles tradicionais. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista Do outro lado, o ginásio de esportes, que também contribuiu para a vida esportiva da cidade. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista E esse é o Carlos, professor de educação física e que tem uma relação bem especial com o estádio. Desde cedo ele frequenta o campo, seja pra assistir (algumas vezes até pulando o muro…) seja para jogar. Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista E ele (e várias pessoas) ainda sonham em ver esse campo cheio de torcedores e atletas locais, ocupando uma parte tão importante da cidade, que já foi responsável por tanta alegria. Nós torcemos para esse dia chegar logo… Estádio Acácio Luvisotto - Associação Esportiva Laranjalense - Laranjal Paulista

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Rolê 2018 pelo interior paulista: Dracena (parte 16 de 27)

A 16ª parte deste rolê nos levou até a cidade de Dracena.

Dracena

Chegamos lé depois de conhecermos os estádios de Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo CruzRinópolis, Lucélia, Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Junqueirópolis e Irapuru, além de dois jogos da Bezinha (4a divisão paulista) em Andradina e em Tupã.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Dracena tem orgulho de se apresentar como o “berço do futebol”, graças aos diversos jogadores nascidos na cidade e que chegaram a grandes clubes.

Dracena

Mais de 46 mil pessoas vivem em Dracena.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Nosso objetivo na cidade era conhecer o Estádio Municipal Írio Spinardi!

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena
Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena
Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Ta aí mais uma bilheteria para a nossa coleção!

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena
Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Foi no Estádio Írio Spinardi que a cidade de Dracena viu seus dois times disputarem as divisões de acesso de Campeonato Paulista. O Círculo Operário de Dracena disputou apenas uma edição da quarta divisão do Campeonato Paulista em 1965, no mesmo ano em que nasceu. É um dos chamados “mistérios” do futebol paulista, já que existe pouquíssima informação oficial sobre o time.

Distintivo do círculo operário de Dracena

Já o outro time da cidade, é bastante tradicional, embora atualmente esteja fora das competições da Federação Paulista. Trata-se do Dracena Futebol Clube, fundado em julho de 1948 (completou 70 anos em 2 de julho de 2018!!), e teve 27 participações no Campeonato Paulista de Futebol.

Distintivo do Dracena FC

O Dracena FC teve sua estreia na Quarta Divisão, em 1960, e já em 1961 conquistou o acesso para a Terceira Divisão. Nos anos 70, oscilou entre terceira, quarta e quinta divisões.
O time de 1981 que disputou a terceira divisão (aliás, veja aqui no Arquivo do Futebol, do Julio Bovi Diogo, a campanha deles neste ano).

Dracena FC

Depois, entre 1982 e 1985, disputou a Série A2. Em 82, jogou a Série G do Grupo Amarelo de um campeonato cheio de fases… Terminou em segundo a primeira fase do primeiro turno.

Série A2 - 1982

Assim, disputou o quadrangular semifinal, e terminou em segundo, desclassificando-se da decisão do turno (o Araçatuba levou a melhor frente o Votuporanguense).

Série A2 - 1982 (Grupo Amarelo)

Na sequência, foi campeão da primeira fase do segundo turno.

Série A2 - 1987 (Grupo Amarelo)

Novamente disputou o quadrangular semifinal, e dessa vez foi campeão da Série.

Série A2 - 1982 (Grupo Amarelo)

Assim, o Dracena FC decidiu o turno com o Santa Fé. No primeiro jogo: Santa Fé 2×1 Dracena e no segundo, um 0x0, tirou as chances do time ser campeão do grupo e jogar a fase final do campeonato, que teve como campeão final o Taquaritinga. Por fim, em 1994, fez sua última aparição, jogando o que na época era a Quinta Divisão. O time era conhecido como “Fantasma da Região”. Essas são algumas fotos disponíveis na Internet (principalmente na fanpage “”cidadededracena” ) desde sua época no amador, nos anos 50.

Dracena FC
Dracena FC
Dracena FC
Dracena FC

Esse é o time de 1960:

Dracena FC

Aqui, duas imagens em especial pra se ter ideia de como era o público no Estádio Írio Spinardi em dia de jogo:

Dracena FC
Estádio Írio Spinardi
Estádio Írio Spinardi
Estádio Dracena

E essas camisas, que tal?

Camisa di Dracena FC

Interessante perceber o distintivo em vermelho. Mas, voltando aos tempos atuais, vamos dar uma olhada em como anda o estádio…

No estádio também existe a lembrança dos jogadores formados ou nascidos na cidade, como é o caso de Rodrigo Caio.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

E o campo… Segue por lá. Ainda usado pelo amador, e vivo, lembrando a cada morador de Dracena que um dia esse já foi o ponto de encontro de milhares de torcedores locais!

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Gramado seco, mas bem cuidado. As árvores ao fundo completam a imagem.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Encontrei a imagem de um cartaz convidando as pessoas a uma peleja nos anos

Olha o gol aí, esperando os gols de outrora!

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena
Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

O estádio possui sistema de iluminação e uma charmosa arquibancada coberta.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena
Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Ainda dá pra ver o jogo atrás do gol, pra por pressão no goleiro adversário.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Somando-se os espaços, o estádio possui capacidade para mais de 6 mil torcedores.

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena
Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Bancos de reserva presentes!

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Mais uma olhada pensando num cruzamento para o segundo pau…

Estádio Municipal Írio Spinardi - Dracena

Mas, vale lembrar que a cidade de Dracena conta ainda com o Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara, também chamdo de “Vila Barros” inaugurado em 1982, quando o Dracena FC disputou o Campeonato Paulista da Série A2.

Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara
Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara
Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara

Resgatamos algumas imagens do estádio no Blog do Diego Dracena:

Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara
Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara
Estádio Centro Olímpico Paulo Tahara

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