Terceiro jogo em 7 dias! Pra quem ficou tanto tempo sem ver o time, nada melhor do que uma overdose de futebol!
Jogo ainda sob o clima da tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul, na boate Kiss. Bandeiras a meio pau…
Outro jogo numa quarta feira a tarde, o que prejudica o público… Dessa vez, pouco mais de 500 torcedores estiveram no Estádio Bruno José Daniel.
É mais um jogo do Ramalhão, o time da minha cidade!
O Santo André fez 1×0 no segundo tempo… Gol de Leandrinho após boa jogada do atacante William.
Nesse jogo, levei o meu cachecol do Rayo Vallecano, em homenagem ao time espanhol do bairro de Vallecas e sua torcida!
As duas organizadas tem colorido o Estádio. A que fica na parte central é a Fúria Andreense. A que fica na lateral, levando os tirantes é a Esquadrão Andreense.
Para os andreenses que abandonaram o nosso time, fica nosso convite. Assistir ao Ramalhão é uma festa regional, sem violência, que reúne amigos de diferentes idades. Vale a pena apoiar!
Aqui, a rapaziada da Fúria BDC no pós jogo!
Em campo, o jogo não estava tão difícil, mas o juiz anulou dois gols ramalhinos e ainda encheu o time de cartões amarelos.
Pra piorar, a Santacruzense empatou o jogo…. 1×1.
Um resultado que só atrapalha o time e a volta do torcedor ao estádio…
Mas, como insisto em dizer, o resultado é só um número. Frequentar o Estádio do Santo André é um prazer, que precisa ser experimentado pelos moradores da nossa cidade.
Quarta feira, 23 de janeiro de 2012. Dia da volta do Ramalhão ao futebol profissional!
Primeiro jogo, pela Série A2 de 2013, contra o Velo Clube de Rio Claro. E até o ônibus do time está de cara nova.
Pra quem não acompanhou a “saga” do time em 2012, vale lembrar que o Santo André enfrentou 4 rebaixamentos seguidos (da A1 para a A2, da série A para a B, da B para a C e da C para a D), perdeu metade do seu estádio (demolido pela prefeitura), endividou-se até não poder mais e consequentemente viu sua torcida cada vez mais distante.
Mas o que se viu, desde o lado de fora do Estádio, nessa quarta, não foi nada que lembrasse essa má fase.
Até fila para entrar no estádio tinha!
Ingresso na mão…
Finalmente, era hora de entrar! Depois de um ano todo proibida de acompanhar o time no Brunão, a torcida do Santo André finalmente voltou ao seu lugar…
Nesse jogo, levamos a campo um cachecol da torcida Desperdicis, do Sant Andreu de Bracelona time que disputa a terceira divisão espanhol e que tem o mesmo nome do Ramalhão. Pelo visto está nascendo uma amizade entre os times e suas torcidas.
Falando em torcida, fica nosso alô ao pessoal do Velo Clube que enfrentou trânsito e ainda teve que dar um jeito no trabalho para poder comparecer ao estádio!
E parabéns também à torcida Ramalhina que mesmo depois de tanto desprezo, voltou a comparecer em um bom número ao Estádio!
A faixa colocada no antigo lugar das numeradas expressava o que esses torcedores esperavam do time: raça.
E por falar em time, lá está o Ramalhão 2013, com seu adversário de hoje, o Velo Clube, a postos, pouco antes do jogo começar…
Até o prefeito e a primeira dama estiveram presentes.
O horário atrapalhou alguns dos mais fanáticos pelo time, então falatarm muitas das tradicionais caras ramalhinas, mas o que se viu pelas arquibancadas foi um sentimento de amor ao time, à cidade e de muita amizade.
Nem a chuva que caiu no fim do primeiro tempo desanimou a galera! Olha aí a nova geração dos Ramalhinos se protegendo como deu…
Agora que já conseguimos voltar a mandar jogos em casa com os portões abertos, falta recuperar a área do outro lado do estádio, e dizem que a prefeitura já está se mexendo nesse sentido.
E a torcida sabe que é seu dever ficar de olho. Nossa cidade merece!
Falando um pouco sobre o jogo, o Santo André começou com tudo e abriu o placar com menos de 2 minutos, com um gol de cabeça do William Xavier. Depois o jogo ficou pesado, os dois times marcando forte e sem grandes chances claras de gol.
Teve até bandeirão da Fúria, na hora do gol!
Com a vitória garantida, o público de volta e o estádio reaberto, sobraram motivos pra comemorar!
E nós, que por tantas vezes fomos ao portão de saída do time pra xingar, dessa vez fomos lá pra aplaudir!
Agradecemos aos 2.205 torcedores que compareceram para nossa festa! Para mais fotos, visite o blog do torcedor andreense da globo .
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Onde mais você pode sair na rua carregado pelo “Auto-maca” ???
25 de agosto de 2012.
Jogo válido pela série C do Campeonato Brasileiro, enfrentam-se Santo André x Macaé-RJ.
Seria engraçado, se fosse só mais uma cena de um filme. Seria heroico, se não fosse tão real.
É dia de jogo em casa e mais uma vez, nós, torcedores do Santo André estamos trancados do lado de fora.
A verdade é que a situação enfrentada pela torcida do Santo André já passou dos limites.
É de fazer a raiva falar mais alto.
Só pra explicar, de forma rápida, já há alguns anos o Estádio do Santo André vinha sofrendo com problemas de infiltração, tanto no lado das cadeiras cobertas, quanto na arquibancadas.
Mas a verdade é que essa conversa nunca foi muito levada a sério.
Porém, desde 2010, por questões de segurança, começaram a priorizar o uso das arquibancadas em detrimento das numeradas (o engraçado é que o oposto também já ocorrera, tendo jogos em que apenas o setor coberto estava liberado).
Em 2011, num movimento irreal, a Prefeitura Municipal de Santo André, “capitaneada” pelo prefeito AIDAN, simplesmente demoliu o setor das numeradas e sua cobertura.
Se você se preocupa com a cultura e a história do futebol, não assista o final do vídeo. Ver uma torre daquelas caindo e derrubando a marquise machuca o coração…
Começam0s a assistir os jogos da arquibancada, e dali vimos uma má campanha na série C em 2011, que quase nos levando à série D.
Em 2012, mais de 6 meses depois da destruição, nada foi feito e simplesmente perdemos o direito de mandar os jogos no Brunão, passando a disputar o Campeonato Paulista da A2 em estádios vizinhos (1o de Maio e Anacleto).
Na última partida, quando precisávamos de uma vitória sobre o União Barbarense para não cair para a série A3, voltamos a jogar em casa, porém… com os portões fechados… Retratamos esse jogo da A2 aqui.
E é assim que seguimos. A série C de 2012 iniciou tendo como nossa casa o Estádio Hermínio Ometto, em ARARAS!!!
Depois de 4 jogos por lá, voltamos ao Bruno José Daniel, mas… Mais uma vez com portões fechados.
E assim tem sido a ridícula vida de adaptação dos torcedores locais.
A Esquadrão Andreense, ocupou os muros próximos à entrada dos visitantes.
A visão do jogo até que era aceitável.
Ali em cima do morro (pra quem conhece a região) até teve gente tentando assistir, mas a visão é mínima…
A maior aglomeração era mesmo em frente ao portão do “finado” setor das cadeiras cobertas.
Mas houve quem encontrasse um setor mais VIP, contando com um buraco no muro que colaborava com a visão do jogo.
Tudo bem, que o “piso” do setor VIP era “lixuoso ao invés de ser luxuoso…
Ah, e já tem setor ficando disputado. Assistir em cima da árvore por exemplo já começa a ser uma opção para quem chega mais cedo…
O resultado em campo foi terrível. Santo André 0x3 Macaé-RJ. Por incrível que pareça o Santo André até jogou melhor o primeiro tempo, perdendo chances incríveis!
Mas, o segundo tempo começou fulminante e logo de cara levamos o gol do time carioca… E o poder de reação não foi suficiente para sequer empatar o jogo…
Ah, e enquanto sofríamos em campo, a Polícia Militar resolveu aparecer no intervalo e expulsar a galera que estava assistindo o jogo na parte “superior” da entrada…
Independente da posição política de cada um, ficou claro que mesmo entre os antigos eleitores do atual prefeito a relação é de decepção com a nossa prefeitura.
Por isso, mais uma vez foi realizado um enterro simbólico do prefeito que enterrou nosso estádio.
Além disso, foram distribuídos e colados pelo bairro o panfleto lembrando aos atuais eleitores a “grande obra” do Prefeito Aidan.
É triste ver o descaso com um patrimônio histórico da cidade… Até “restos de catracas” estavam por ali. E quer saber? Eu vou tentar pegar isso e guardar como relíquia, aqui em casa!
Mesmo no meio de tanta coisa triste, achei uma coisa legal, que eu não havia percebido: o (aparentemente) novo ônibus do Ramalhão. Como sei que o Anderson (lá de Curitiba, do blog Camisas e Manias) curte essa estranha ligação entre ônibus e futebol… Taí uma foto pra coleção dele.
feriado chuvoso no ABC, em SP, no interior e por onde tudo que é lugar… Mas a ideia é “levanta e vamos fazer alguma coisa!”. E assim, lá fomos nóspara um endereço bastante tradicional do futebol paulistano…
No Estádio Nicolau Alayon seria disputada mais uma rodada do Campeonato Paulista das categorias de base, com dois jogos entre Nacional e Santo André, um pelo sub 15 e outro pelo sub 17.
Como a grana anda curta, a boa notícia é que nessas categorias, a bilheteria é só pra ilustrar a foto, pois não há cobrança de ingressos.
O Estádio Nicolau Alayon continua como um dos pontos mais tradicionais do futebol paulistano e até que está bem cuidado.
Pra quem não vai lá há algum tempo, vale uma visita para assistir às categorias de base ou mesmo para acompanhar o futebol profissional pela série B do Paulista (a quarta divisão). Isso sem contar os jogos do Audax, que são mandados ali.
No nosso caso, aproveitamos pra reunir dois desejos. Revisitar um belo estádio, acompanhando o time da casa, mas também torcer pelo nosso Ramalhão!
E assim… lá estávamos nós, embaixo de chuva…
Pra um jogo das categorias de acesso, até que tinha um público interessante, inclusive de gente torcendo pro Santo André.
A chuva caia fraca, não chegou a prejudicar o bom andamento da partida, em campo, mas manteve a temperatura bem baixa, durante os dois jogos.
O sub 15 sofreu mais, porque jogos assim acabam sendo mais desgastantes. O resultado final da partida foi um 1×1. Já o sub 17 teve mais movimentação e um 0x0 ia marcando a cara do jogo até o segundo tempo.
Mas o time do Nacional acabou tendo um jogador expulso e com a vantagem numérica, não demorou pro Ramalhão abrir o placar!
Com 1×0, o jogo ficou mais aberto e emocionante, eram ataques dos dois lados.
Mas, o Santo André seguia com um jogador a mais, e conseguia dominar o jogo, seguindo as instruções de seu técnico.
O resultado foi um segundo gol, de falta, praticamente fechando o jogo, para a alegria do time e da torcida presente.
O torcedor do Nacional ainda tentou gritar e reclamar, mas não adiantou…
Santo André 2×0 Nacional, no placar do Nicolau Alayon!
Além do jogo em si, a ida até o estádio da rua Comendador Sousa, nos ajudou a reencontrar outro maluco por futebol, o Álvaro.
Aliás, um detalhe interessante dos jogos esta categoria, é que assim como os bancos de reserva, torcedores locais e visitantes ficaram lado a lado.
Aproveitando a pouca área coberta do estádio. E tudo rolou numa boa, sem problemas.
Já era hora de irmos embora, pois ainda pegaríamos a Bandeirantes sentido interior, para outras aventuras. Assim, nem vimos o final do jogo…
Mas pouco depois de entrar no carro, o Álvaro mandou a mensagem: “Final de jogo 2×1.”
Pra quem quer ver como estão as tabelas de classificação destas categorias, seguem os links da Federação Paulista:
Bragantino! Como sei que o amigo Anderson coleciona fotos de ônibus de times, fizemos algumas!
Ir a um jogo do Santo André continua sendo um programa que não faz sentido à maioria das pessoas. Difícil é explicar isso para 400 e poucos malucos que se encontram todo jogo, independente do resultado ou da fase.
E justiça seja feita, há malucos dos dois lados. Também teve o pessoal que veio de Sorocaba para assistir ao Atlético bater o Santo André por 2×1.
Embora o mando de jogo fosse nosso, jogamos mais uma vez no Estádio Anacleto Campanela. Rivalidade a parte, São Bernardo e São Caetano emprestaram seus estádios nos últimos 3 jogos.
Em campo, típico jogo de A2. Muita marcação. Jogo forte, pegado.
Acima do campo, muita água. Chuva pra lavar a alma de quem ainda crê no futebol. O Santo André perdeu em campo. Aliás, não tem como negar que há tempos os resultados tem sido negativos.
Mas como explicar o sentimento dos que ainda seguem acerditando? Batucando, gritando, pulando, se emocionando por um time que dificilmente trará alegrias tão grandes em campo?
Como explicar os amigos que cada vez mais se aglutinam em torno de algo como o time do Santo André? Talvez, aos poucos e para poucos a ideia de que o futebol realmente é a expressão cultural (uma das) de um povo comece a fazer sentido. Espero!
Pra quem gosta de confundir rival com inimigo, fica a minha foto com o amigo da Bengala Azul, torcedor do São Caetano.
“É nóis”. Sinto que algo de novo pode acontecer nos estádios, nas ruas, nas cidades. Só depende da gente.
Só pra constar aos meus amigos amantes do rock e do futebol, na semana passada conseguimos fazer aquilo que sempre sonhamos.
Levamos o rock para as arquibacadas!
A sede a Fúria Andreense recebeu a turnê da banda argentina Muerte Lenta. Tocaram ainda 88Não! (do ABC) e Visitantes (que é a banda formada por mim, a Mari e o Gui.
Pra quem quer ver como está o nosso som:
Esse ao centro é o Tano, vocal do Muerte Lenta e fã do Ramalhão desde sua primeira estadia no Brasil, em 1999:
Mas além do show, também teve jogo. Em casa, pero no mucho.
Como o Estádio Bruno José Daniel segue com problemas, o jogo rolou no Anacleto Campanela.
Some esse problema ao fato de estarmos na série A2 e o resultado é … público pequeno…
Assm, somamos aos trapos e faixas do Santo André, a do Muerte Lenta!
O jogo era entre Santo André e Palmeiras B, duas equipes que tendem a ocupar as posições dianteiras da A2.
E lá estávamos nós!
A Fúria Andreense teve “problemas de relacionamento” com a polícia local e não pode entrar com suas faixas, nem camisas.
Em campo, um jogo pegado. Primeiro tempo virou 0x0.
No segundo tempo, além de terem que entrar sem seus uniformes, a Fúria foi praticamente expulsa do Estádio pela polícia militar.
O segundo tempo foi marcado pela melhor atuação do Sato André, que abriu um 2×1, garantindo mais três pontos!
Nessa quarta feira, a série A2 voltou à ativa. Sem dúvida os estádios do interior de São Paulo terão dias de emoção, diversão e agito!
Nós fizemos nossa parte como torcedores e fomos até o Estádio Municipal Doutor Augusto Schmidt, em Rio Claro para assistir à estreia do Santo André frente ao Rio Claro.
Aproveitamos a faixa pra fazer um “merchan” da nossa banda, o “Visitantes”.
Os estádios seguem como sempre… Torcidas Organizadas, faixas, pouco público… E tudo o que for necessário pra sua proteção…
A torcida local compareceu, aqui o pessoal da Sangue Azul.
Fomos bem recebidos pelo público local e mesmo próximas as duas torcidas não se provocaram, mantendo um clima familiar na estreia.
Em campo, um jogo difícil de jogar e de assistir. Partida disputada e truncada, atrapalhada pela falta de ritmo dos dois times.
O Estádio Municipal Dr. Augusto Schimidt Filho possui ainda um lado coberto, que contou com a presença de alguns torcedores.
Aí estão os dois lados da cor azul…
Embora fosse a estreia da série A2, pra nós já era a terceira viagem do ano, após acompanhar o time na copinha, na cidade de Leme.
Fica aí nosso alo para os torcedores das duas equipes que acabaram empatando por 1×1. E preparem-se para 2012, porque o ao promete jogos e estádios fantásticos!
Sexta feira de muito sol pelo interior de São Paulo e após uma estrada sem nenhum trânsito, chegamos rapidamente à cidade de Leme.
Nosso objetivo: o Estádio Municipal Bruno Lazzarini!
É o primeiro jogo do ano e tinha que ser do nosso clube do coração, o Santo André, frente a outra potência futebol brasileiro, o Internacional-RS.
Se a torcida do Santo André não é das maiores, sem dúvida tem se tornado uma das mais presentes. Para nossa surpresa até que tinha bastante que saiu de Santo André para acompanhar o time.
O pessoal da Fúria Andreense mais uma vez homenageou o jovem Lucas Moraes que faleceu no final do ano, em Itanhaém.
A torcida do Internacional também apareceu por lá! Aliás, tanto Ramalhinos quanto torcedores do Inter foram muito bem recebidos pela torcida local.
Torcida local que ficou bastante triste ao ver no jogo de abertura mais uma derrota do Lemense, que acabou eliminando o time da fase seguinte.
A eliminação precoce castiga o trabalho muito bem feito pela Prefeitura e por toda cidade que se envolveu e que tem se acostumado à realidade da Copinha. Até informativo eles distribuíram.
Falando um pouco do jogo, o Inter veio com tudo pra cima do Santo André, no primeiro tempo. Tudo o que o Ramalhinho pode fazer foi se defender e contar com a boa atuação do seu goleiro. O calor estava muito forte, desgastando os atletas e a torcida…
Durante o intervalo, aproveitei para conversar com alguns torcedores locais, infelizmente como estava tendo uma série de sorteios, anunciados pelo sistema de som, o áudio da entrevista que fiz ficou ruim, mas fica aí a imagem do amigo José, torcedor do Lemense, em apoio à idéia “Apoie o time da sua cidade”.
O estádio recebeu um bom público!
O jogo recomeçou e para a surpresa da imprensa (que insiste em “desconhecer” o Santo André) o Ramalhão fez 1×0.
Festa em azul e branco, nas arquibancadas do Brunão (por coincidência, o Estádio do Lemense chama-se Bruno Lazzarini).
Mas, o segundo tempo estava recheado de emoção. Pouco após o gol, o Santo André teve um jogador expulso. E pouco após a expulsão começou a chover. Mas choveu muito. E o time do Inter veio com a mesma força em busca do empate.
Mas, o Ramalhinho lavou a alma do time e da torcida. A chuva ajudou a limpar qualquer resquício de 2011 e assim, fomos pra rede mais uma vez.
Santo André 2×0 Internacional.
E fim de papo. E fim de chuva. Restou aos poucos encharcados assistir ao apito final.
E a comemoração foi como a que todo torcedor sonha… Com raiva, felicidade, respeito ao adversário, mas sobretudo dedicação… De ambas as partes, do time à torcida.
Confesso que não gritava assim há algum tempo. Esses meninos nos fizeram reencontrar o orgulho perdido em 2011. Taí a prova:
Só restava voltar para casa. Com a alma (e o corpo) devidamente lavada!
Domingo, dia sagrado do futebol. 2 de maio de 2010. Eu ainda não acredito… Mas estamos na final do Campeonato Paulista, e com chances de ser campeão…
Acima de tudo, começamos a aventura de domingo felizes! Eu, a Mari, El Pibe e todos os já tradicionais amigos de arquibancada. Nem nos preocupamos ao saber que haveria menos ônibus do que o esperado.
Os poucos, mas lotados ônibus seguiam com famílias, amigos e gente que se uniou nesta vida em nome de uma cidade, representada pelo time do Ramalhão!
O dia se fez de azul como que torcendo pela vitória do time do ABC!
E, rapidamente chegamos ao Pacaembu! Foi maravilhoso ver tanta gente de azul e branco chegando junto ao mesmo tempo no estádio!
E juntos, fomos cantando até o portão 22, a entrada para o show final!
Além dos ônibus, muita gente veio de carro e ficou aguardando pra entrar junto, assim, acredito que conseguimos levar cerca de 2.500 torcedores para o estádio!
Gente que se misturava fazendo uma onda azul inundar o setor visitante do Pacaembu, com corações transbordando de orgulho!
Veja como foi a nossa chegada:
A cada passo, um amigo, um sorriso, um grito de confiança. A cada passo, mais próximos do jogo final…
Mas se o clima entre nós era de pura amizade, a PM nos fez lembrar que infelizmente, o futebol ainda está mais próximo da guerra do que da paz…
E quando menos percebemos, já estávamoo dentro do Pacaembu, prontos pro último jogo do Campeonato!
Colorimos de azul e branco o lado laranja, visitante, e colorimos com sonhos, nossas mentes, enquanto aguardávamos o início da partida!
Lá estavam os apaixonados pelo Ramalhão! Esquerdinha e Maradona mandavam recado relembrando que se o Santos é o peixe, o Santo André é o pescador!
A Torcida Jovem do Santos também fez sua bela festa, com enormes tirantes…
Aliás, fazendo justiça, a torcida do Santos como um todo fez um grande espetáculo!
Mas o Ovídeo e a velha guarda Ramalhina não deixou nosso ânimo se abater! É … Santo André!!!!
O Bill conseguiu quebrar a máquina justo no dia da final, então fica ele registrado aí:
Nossa festa é simples, mas de coração, balões levam pro céu nossos pedidos…
O frio na espinha aumenta, os jogadores estão pra entrar no campo…
O hino nacional foi tocado por uma orquestra. Achei legal a presença da orquestra, mas reitero que o hino ainda me incomoda nos estádios… Infelizmente ele ainda me traz na mente a ditadura de 64…
Jão dá um último olhar para a torcida adversária…
E que torcida…
O jogo nem bem começa e… um ataque congela nossos olhos…
Inacreditável… Menos de um minuto e o Santo André fez 1×0… Com lágrimas nos olhos, sinto que a taça está mais próxima de nossas mãos…
Entretanto… Minutos depois, silêncio nas bancadas Ramalhinas… É o empate santista…
Eu nunca tinha visto um time com tanta gana de vencer… O Santo André praticamente ignorou o gol, foi pra cima, e mandou 2×1!!
Por vários minutos sonhei com tudo o que poderia escrever com a conquista do título. Queria jogar na cara da imprensa toda a mediocridade de cada jornalista que em momento algum nos colocou no páreo como finalista. Mas o futebol é traiçoeiro… E o ataque santista não perdoa nem liga pros sonhos de um andreense rebelde… Santos 2×2 Santo André…
Antes do desânimo ameaçar, duas expulsões: Nunes (Santo André) e Léo (Santos). Algum tempo depois, mais um jogador foi expulso, desta vez Marquinhos (Santos) deixou a torcida com um sorriso no rosto… Principalmente porque aos 40 minutos, o Ramalhão fez 3×2 e o primeiro tempo terminou com um gol de vantagem e nosso time com um jogador a mais. Cenário melhor, impossível!
O 2º tempo começa e o Ramalhão é todo ataque! O time joga bem, e a torcida se emocionou com a iminência do título…
Mas o futebol não se importa com a lógica. O segundo tempo praticamente vôou. Quando percebemos já passava dos 40 minutos do segundo tempo, e mesmo com 2 homens a mais (Roberto Brum fora expulso minutos antes). Mesmo com muito ataque e com “erros” improváveis da arbitragem… O título se fora… Ficou o aplauso do torcedor Ramalhino…
O reconhecimento a um time que soube humildemente chegar onde chegou escondia a dor da perda do título…
Fiquei triste como há muito não ficava. Nem quando fomos rebaixados me permiti sofrer assim… Alheio à nossa dor, time e torcida do Santos comemoraram o 18º título estadual do Santos.
O Santos foi o melhor time durante todo o campeonato, e se a regra fosse a dos pontos corridos, nenhuma reclamação faria sentido. Entretanto, a regra da final ser em dois jogos, deixou a campanha do Santos como mero critério de desempate. Assim sendo o gol incorretamente anulado acabou com todo um campeonato que seria histórico e inesqeucível para um time, uma torcida e uma cidade. A bandeira Maria Elisa torna-se persona non grata eternamente em nossa cidade…