Conhecido popularmente como Monumental de Colo-Colo, possui capacidade para mais de 43 mil torcedores, e ocupa uma área bem grande na comuna de Macul
Infelizmente, o Estádio Monumental David Arellano tem sua entrada bastante restrita, não dá pra chegar e ir entrando…
Estivemos por lá antes de ir embora, e foi bem triste relembrar (porque já havíamos passado por isso na nossa última viagem ao Chile) que só se entra pagando a visita guiada, então preferimos apenas dar essa olhada…
Já escrevemos sobre a camisa do Colo Colo, veja aqui como foi.
Claro que um cartaz celebrativo do centenário do Colo-Colo veio para Santo André…
Hora de ir embora…. E voltar para mais um ano de muito trabalho no Brasil!
A capital chilena vem se desenvolvendo bastante nas últimas décadas, tornando-se mais uma dessas metrópoles globais e a Grand Torre Santiago está aí para ilustrar esse progresso.
Mas você pode questionar o que é o progresso e se como ele se materializa no nosso dia a dia, e pra você não pensar sozinho, deixo abaixo um som da Plebe Rude que questiona a dualidade progresso x retrocesso nesse processo.
O fato é que esse mundo de guindastes, cimento e construção civil se mistura com o nosso rolê de hoje, porque o estádio da Universidade Católica está em obras.
O que se espera após esta faraônica obra é algo similar ao projeto abaixo:
A Universidad Católica foi fundada em 21 de abril de 1937 e seus torcedores são chamados de “Los Cruzados”e já adesivaram todos os postes e placas da região do estádio.
Até 2024, a Universidad Católica já conquistou dezesseis campeonatos chilenos, sendo o primeiro título em 1949, registrado abaixo em foto do site Memória Chilena!
Depois vieram títulos em 1954, 61, 66, 1984 e 1987, com o time abaixo:
A partir daí o Campeonato passou a ter dois títulos e em 1997 e 2022,a Católica vence o Torneo Abertura, com o time abaixo:
Em 2005 e 2010, ganha o Torneo Clausura.
Em 2016, ganha o dois, depois o campeonato volta a ser único e a Católica levanta o caneco em 2018, 2019, 2020 e em 2021, com o time:
Além disso foi vice campeã da libertadores em 1993.
No ano seguinte, como o São Paulo abre mão da disputa da Copa Interamericana, a Católica joga em seu lugar e levanta mais um título!
Voltando a falar do Estádio San Carlos de Apoquindo, sua inauguração foi em 4 de Setembro de 1988.
Sua capacidade é de 20.000 torcedores e ele fica dentro da Universidade, em Las Condes, na região metropolitana de Santiago do Chile quase no pé da cordilheira. Demoramos quase uma hora pra chegar lá.
Ao chegar, esperávamos poder olhar alguma parte do lado de dentro, mas as obras estavam paradas e todas as portas de acesso fechadas…
Registrei um pouco das máquinas presentes no seu entorno:
Mas achei um vídeo da parte interna das obras:
O jeito foi registrar um pouco do entorno…
E fazer a foto em frente do que será um moderno estádio em alguns meses…
Nos posts anteriores mostramos algumas coisas de Santiago, mas talvez tenha faltado falar que há alguns anos, além de gostar da história dos povos originários, a gente começou a pegar gosto pela história natural dos locais que visitamos.
Assim, aproveitamos a oportunidade de conhecer o Museu Nacional de História Natural do Chile em Santiago.
Na ocasião da nossa visita, uma exposição especial de dinossauros!
Mas também faltou falar da 90 minutos!
E aí um pouco das camisas de times que você encontra por lá!
Um outro ponto que vale a pena é o bairro Lastarria, que lembra um pouco a Vila Madalena.
Destaque também para a rua dos brechós em Santiago, a Calle Bandera. Na verdade não são bem brechós, mas “lojas de roupa americana”, onde pessoas revendem roupas de segunda mão que compram em containers vindos dos USA.
Andando pelo centro da cidade, pudemos ver o monumento aos povos indígenas, que rememora a bravura do povo mapuche.
E terminamos essa parte cultural mostrando que em Santiago o mercado musical está muito aquecido, não apenas com as lojas de vinil espalhadas em shoppings e até supermercados, como também com as lojas de instrumento que vendem das coisas mais tradicionais até essa batera eletrônica que eu pirei!
Mas, falemos do tema deste post, o Estádio Bicentenário Municiplidad de La Florida.
Ou, simplesmente o “Estádio do Audax Italiano“.
O time foi fundado em 30 de novembro de 1910, ainda como Audax Club Ciclista Italiano. Como o nome indica, seus fundadores eram membros da colônia italiana que tinham como hobby o ciclismo.
O futebol só foi surgir no clube no início da década de 1920, com os irmãos Domingo e Tito Frutero. E só em 2007, passou a se chamar Audax Italiano La Florida. O time se inscreveu na Liga Metropolitana, e em 1924 sagrou-se campeão pela primeira vez!
Em 1927, o Audax começou a participar na Liga Central, a qual conquistou em 1931. Em 1933, o clube foi um dos primeiros a participar da Primeira Divisão do Campeonato Chileno.
Em 1936, sagra-se campeão nacional!
O título se repete na década seguinte, em 1946 e 1948!
Em 1957, seu quarto título.
Em 1961, o brasileiro Zizinho jogou no Audax.
De lá pra cá, muitas disputas, mas ausência de títulos… As glórias terão ficadas no passado? Fomos até o Estádio La Florida para sentir o clima do campo…
Olha aí um dos ônibus do time!
A gente foi naquele esquema de “vai entrando antes que alguém reclame”… E quando percebi… Estava ali embaixo das arquibancadas…
Então, vamos ao campo!
O Estádio Bicentenário Municipal de La Florida tem capacidade de 12 mil torcedores e é todo coberto!
Dá uma olhada na arquibancada moderna da casa do Audax Italiano!
A torcida do Audax se denomina Los Tanos (provavelmente uma derivação de “Los Italianos”).
O Estádio foi inaugurado em 1986, na época com capacidade para 7 mil torcedores. A obra de expansão para a capacidade atual ocorreu em 2007.
Como não deu pra gente estar no meio do campo, fizemos as tradicionais fotos um pouco “tortas”. Esse é o gol da direita:
O gol da esquerda:
E uma visão geral…
Mais um belo estádio chileno registrado!
O Estádio fica num bairro bem distante do centro mas conversamos bastante com moradores do local e as pessoas disseram adorar morar lá.
É ou não é um visual incrível?
Mas agora em 2025 tenho acompanhado algumas partidas do Audax, aqui do Brasil e parece que a média de público tem sido bem baixa!
Que o Audax Italiano possa encher seu estádio para a alegria dos imigrantes italianos e comunidade local!!!
O rolê pelo Chile foi tão legal que não tem como voltar e não nos sentirmos parte do que vivemos. Realmente fronteiras são apenas linhas em um mapa… Somos todos latinos, fazemos parte disso tudo, desde muito tempo atrás…
O principal povo que viviam na região de Santiago era os Mapuches, grupo mais representativo do país. Esta é a bandeira deles:
Eram chamados de Araucanos pelos espanhóis, mas os próprios Mapuches consideram este termo pejorativo.
A Santiago atual é uma capital moderna e super desenvolvida e oferece muitas opções para diversão e cultura. Aqui, o Cerro Santa Lucía, que oferece um visual bem bacana!
Do outro lado da rua dele tem uma feirinha de bugigangas legal também!
Pra comer em Santiago sempre recomendamos o El Naturista, um restaurante vegetariano bem gostoso e no centro da cidade.
De sobremesa umas frutas nas ruas sempre cai bem!
Ou, um Mote com Huesillo, uma das melhores coisas que nasceram da união dos espanhóis com os povos locais.
A bebida é um suco de pêssego com grãos cozidos de trigo (contribuição dos espanhóis) com um pêssego em calda em cima pra dar um tchan! Eu adoro!
Muito bem alimentados, é hora de conhecer mais um time importante para a história do futebol chileno: o Club Deportivo Ferroviários de Chile.
O clube foi fundado em 14 de julho de 1916, por trabalhadores ferroviários no bairro San Eugenio e começou se dedicando às competições amadoras. Na época, o time se denominava Unión Ferroviarios e mandava seus jogos no Estádio do próprio bairro, que hoje se encontra em demolição, como dá pra ver pela imagem do Google:
Em 1927, o CD Ferroviários passou a disputar a divisão de acesso da Asociación de Fútbol de Santiago, mas em 1933, como muitos dos clubes da Asociación abandonaram a entidade para formar a Liga Profesional de Fútbol, o Ferroviários passou a fazer parte da primeira divisão. Aqui a tabela do campeonato de 1934:
De 1935 a 1945, disputou o segundo nível do Campeonato Chileno. Olha o time de 1943:
Nesse período, mais especificamente em 14 de julho de 1941 foi inaugurado o Estádio Ferroviário Hugo Arqueros Rodríguez, também chamado de Estádio San Eugenio, a casa do time, no bairro “Estação Central” com incrível capacidade para 31 mil torcedores.
Infelizmente, assim como ocorreu no Brasil, no Chile, a Ferrovia acabou perdendo espaço e com o seu “esvaziamento” o estádio acabou sendo tomado do time…
Em 1947, fez parte dos 15 times que deram origem a Divisão de Acesso (depois Divisão de Honra Amadora – DIVHA), da qual saiu campeão em 1949 obtendo o acesso à Primeira Divisão. Em 1950, o time funde-se com o Bádminton surgindo o Ferrobádminton.
O novo time teve sucesso e permaneceu na primeira divisão até 1964, quando cai para a “1ª B”, voltando para a 1ªA no ano seguinte. Novamente desce para a 1ª B. A união entre os dois times durou até 1969, quando voltaram a ter vidas independentes.
Assim, até 82, o Ferroviários permanece na divisão de acesso, a 1ªB, com destaque para o time de 72 que foi vice campeão, não obtendo vaga para a primeira divisão.
O time passa a disputar as divisões amadoras do Campeonato Chileno: 3ªA e 3ªB. 3ªA em 1983 e fica até 87, quando cai para a 3ªB. Disputa a 3ª B até 1997, quando volta para a 3ªA. Fica na 3ªA até o ano 2000, volta para a 3ªB e fica até 2003. De volta à 3ª A permanece aí até 2008. Disputa a 3ª B até 2018. Em 2019 disputa sua última (até então) edição da 3ªA e fica até atualmente a 3ªB.
Esse é o grupo do time esse ano de 2025:
Atualmente o CD Ferroviários manda suas partidas no Estádio Arturo Rojas Paredes e fomos até lá pra registrar esse campo e para bater um papo com o Luís Tapia, um apaixonado pelo time!
Mais uma estádio incrível e construindo sua história no futebol chileno!
O Estádio é simples, mas bem aconchegante, se liga na arquibancada com 4 degraus, com uma exclusiva cobertura!
A arquibancada vista por baixo:
O recado é claro, mas eu tenho a permissão…
Dá um giro com a gente pelo campo!
O Estádio fica em um bairro residencial na região da Estación Central e é referência para os atletas da região, sendo a base para diversos projetos sociais e também sendo a casa do CD Ferroviários.
O estádio do CD Ferroviarios é muito mais do que um simples campo de futebol. Ele carrega a história de um clube fundado por trabalhadores ferroviários em 1916, refletindo a tradição operária e a identidade de uma comunidade que cresceu ao redor das ferrovias.
Embora seja um estádio modesto, sem grandes arquibancadas ou infraestrutura luxuosa, ele mantém um ambiente intimista e acolhedor, onde a torcida fica próxima ao campo e cada jogo se torna uma celebração do futebol de verdade. Los Nogales é um daqueles lugares onde o futebol ainda preserva seu espírito mais puro, onde os torcedores comparecem não pelo espetáculo, mas pelo amor à camisa e à tradição.
Olha aí a rapaziada da base do Ferroviários. Será que algum deles um dia fará história no futebol? Espero que sim!
No pós jogo apareceu até uma camisa do Santos ali…
O fim do treino foi marcado por uma preleção da comissão técnica.
E também surgiu uma camisa do Atlético Paranaense…
Esse é o gol do lado esquerdo:
Aqui o meio campo
E o gol do lado direito, onde existe um ginásio. Mais do que um campo de futebol, o estádio é um símbolo de resistência. Assim como o Ferroviarios luta para se manter vivo no futebol chileno, seu campo sobrevive como um refúgio do futebol romântico, onde o esforço supera os recursos e a história se mantém viva a cada partida disputada.
E aí está o homem que conduz o time e todas as ações do Ferroviários: Luis Tapia, o presidente!
Luis Tapia é um homem guiado pela paixão. Primeiro, foi a ferrovia, onde dedicou anos de sua vida, vendo os trilhos cortarem o Chile como veias de um país em movimento. Depois, veio o Club Deportivo Ferroviarios, um time que, assim como os trens que ele tanto admirava, segue firme no caminho, apesar dos desafios e dos obstáculos.
Algumas fotos históricas ilustram o escritório do time:
Mas o ponto alto são as camisas oficiais do time do coração do Luis, que ele guarda com muito carinho.
Hoje, como presidente do clube, Tapia comanda um time que batalha na 3ªB chilena, a sexta divisão do futebol nacional. Para muitos, uma posição tão modesta poderia ser motivo de desistência, mas para ele, é apenas um detalhe. Seu amor pelo Ferroviarios é romântico, daqueles que não dependem de glória ou grandes conquistas. Ele vê no clube o reflexo da resistência e da história dos trabalhadores ferroviários que deram origem à equipe, e isso basta para continuar lutando. Assim como um maquinista nunca abandona sua locomotiva, Luis Tapia segue à frente do Ferroviarios, com a mesma fé que um dia o fez acreditar na força das ferrovias. Porque, no fim, mais importante do que a chegada é a jornada. E Tapia seguirá nos trilhos desse amor, custe o que custar.
Janeiro de 2025. 5º post sobre nosso rolê pelo Chile. Após falarmos sobre Viña del Mar (clique para ver os posts), Valparaíso, Algarrobo e Curacaví agora vamos dedicar alguns posts para falar sobre o futebol na capital chilena, começando pelo Estádio Municipal de La Cisterna, a casa do Palestino!
Santiago é uma cidade bem interessante e pudemos fazer várias conexões com a nossa realidade.
A primeira delas foi ao visitar o Museu da Memória e dos Direitos Humanos que ajuda as novas gerações de chilenos a não esquecer o golpe militar.
O Museu reúne muito material da época e ao mesmo tempo que é super informativo é um soco no estômago, ao ver que nossos irmãos chilenos passaram pela mesma dor e sofrimento que os brasileiros.
O Chile sofreu demais com assassinatos, sequestros e diversos crimes causados pelo próprio estado, sob domínio militar que tomaram o poder à força, após a eleição do presidente Alende.
Se quiser conhecer mais, dê uma olhada na página deles no Insta deles.
Também fizemos muito rolê pelo centro da cidade, nos calçadões (os “paseos”).
As duas primeiras compras que fiz no Paseo Ahumada foram bem distintas: um espremedor (de laranja!) e uma flâmula do Palestino!
Outro ponto de destaque da cidade foram os deliciosos cachorro-quentes vegetarianos do Dominó, com molho de abacate!
Fizemos também um rolê no mercado da cidade…
Eu gosto dessas estruturas antigas e espaçosas dos mercados municipais. Sempre me pergunto quanta história aconteceu embaixo desse teto.
O Mercado Municipal de Santiago foi inaugurado em 1872 e substituiu a Plaza del Abasto, destruída por um incêndio em 1864.
Uma das lojas tinha até adesivos dos times do interior de São Paulo:
Outro fenômeno comercial de Santiago são as lojas de vinil. Incrível o número de lojas não só focadas em material usado, como também lançamentos e relançamentos. Existem lojas nos shoppings, nos supermercados e nas diversas galerias e galpões como o Galpón Bio Bio!
Trouxe esse clássico de “Los Miserables” pra casa:
Olha aí o “Um mundo de sensaciones”, de 2006, do 2 Minutos embalado como novo:
Outra banda incrível do Chile é a Ocho Bollas, aqui, o disco “Al servício”. O preço médio varia entre 18 e 30 dolares.
Santiago também tem muitas livrarias…
Trouxe dois livros do Chile, um terror político (El sótano rojo) que traz para uma casa de 1991, fantasmas dos torturados na ditadura do Pinochet, bem pesada a leitura…
E trouxe também um livreto sobre a história do Palestino:
Animado pelo livro, nos dirigimos ao Estadio Municipal de La Cisterna, a casa do Club Deportivo Palestino!
O Estádio Municipal de La Cisterna é um espaço único e inesquecível, a começar pelos painéis pintados em sua entrada pela Avenida El Parrón, se liga que lindos:
Pra mim, acostumado a ver a polícia reprimir qualquer relação com a bandeira palestina nos Estádios foi uma sensação de grande liberdade admirar as imagens e frases nos muros.
O Club Deportivo Palestino tem mais de 100 anos de história! Foi fundado em 20 de agosto de 1920, por imigrantes em homenagem à cultura palestina.
Vale lembrar que o Chile possui a maior colônia palestina do mundo, com cerca de 350 mil pessoas!
Depois de caminhar e fotografar seu entorno, hora de entrar no Estádio!
Cabe aqui o nosso agradecimento ao amigo Felipe que cuida das redes sociais do clube e nos recebeu nesse rolê!
Então, vamos lá, entre conosco na casa do Palestino !!!
A primeira sensação ao entrar ao Estádio La Cisterna foi um leve mal estar…
É que por um momento eu não reconheci o Estádio (onde estivemos em 2011, veja aqui como foi) e fiquei com a impressão que naquele ano havíamos assistido à partida do sub 20 em algum campo “interno”. Depois, vendo as fotos novamente (como essa abaixo), confirmei que era sim o mesmo estádio:
O Estádio está super bem cuidado, com as cadeiras pintadas, tudo muito limpo e organizada.
E se lá fora, os murais chamam a atenção, na parte interna também existe uma verdadeira “exposição artística”!
Aqui, um grafite especial de um torcedor emblemático do Palestino, don Aníbal Canales Soto, o tio Camello que faleceu em 2024.
O Estádio de La Cisterna possui capacidade para 12 mil torcedores e foi construído em 1988. Aqui, o gol da direita:
O meio campo, com as cadeiras cobertas:
O gol da esquerda, com o trator dando um trato no campo:
O Palestino foi campeão chileno em duas oportunidades, em 1955 e 1978, quando ficou 44 jogos invicto!
O Palestino também foi campeão da segunda divisão por duas vezes, em 1952 e 1977. Conquistou ainda a Copa Chile em 1975, 77 e 2018.
De volta ao estádio, para terminarmos este rolê!
A arquibancada atrás do gol:
A charmosa entrada dos vestiários:
E olha que linda é a arquibancada coberta:
Deu até pra passarmos na loja do clube!
A outra entrada para as arquibancadas:
Mais que um time, ou uma torcida, o Palestino carrega o amor de todo um povo!
Viva o Palestino! Viva a Palestina!
Um último olhar mais próximo na arquibancada coberta e…
A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacana, lá de Santiago, o José e a Javi.
Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas. Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.
Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!
A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.
O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:
A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:
Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.
Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.
Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.
Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.
Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:
Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo.
Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão.
No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão.
Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99:
Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!
O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura).
Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos.
A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011.
Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores.
Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.
Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011:
Aqui, dentro do Estádio:
Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!
A gente sempre mostra muito dos jogos e estádios que fomos ver, mas esse rolê (que denominamos Futebol & Rock Rompendo Fronteiras) tem como objetivo uma troca de opiniões e cultura, por isso vou mostrar outras coisas que fizemos por lá, seja as fotos levando o nome do nosso time (Santo André) a novos espaços, seja conhecer lugares legais, como o “Cerro Santa Lúcia”, no centro de Santiago, onde se pode ter uma bela vista da cidade.
Nessa nossa última visita, encontramos nos muros da cidade alguns cartazes feitos pela torcida ou pela própria diretoria do time da Universidad do Chile, comemorando as conquistas de 2011.
Pra quem gosta de passear com a camisa do seu time por um bairro cheio de bares, restaurantes e gente pelas ruas até de madrugada, o negócio é descer no metro Universidad Católica se divertir pelas ruas do centro.
E o metro em Santiago do Chile é super de boa, lembra até um pouco o de São Paulo.
Ok! Várias bolas pelas ruas, mas… evite chutá-las…
Esse é um bar que está ali pelo centro também, chamado “The clinic”. É meio de boy, mas até que é legal.
Essa campanha contra as drogas é muito foda!!
“Quando sua cabeça está no que você quer, você não quer drogas”
O imponente rio Mapocho! E a banda “Visitantes” com cara de mau…
Os cães pela rua são comuns na região do centro velho. Eles são dóceis e companheiros. Nos acompanharam em alguns roles por várias e várias quadras.
Na época, o show parecia longe, agora já passou e aqui no Brasil sequer soubemos da vinda do Gatillazo à América Latina…
Para quem ainda curte comprar cds e é do rolê punk/oi!/hc, a loja Hooligan é a parada ideal, ali na galeria do calçadão “Paseo Ahumada“, número 85.
Outra loja bacana, ali mesmo na galeria é a Mercado Futbol. Camisas usadas e novas de times do Chile!
Falando em camisas, minha frustração foi ter voltado de lá sem uma do time La U…
Devido ao sucesso do time, em 2011 estavam todas “agotadas”…
Bom, acho que deu pra ter uma idéia do que foi o rolê “urbano” né? Ah, na hora de irmos embora, ainda encontramos um torcedor do Flamengo, que havia ido a Lanus ver Lanus x Flamengo…
Além de assistir a partidas, eu gosto bastante de visitar os estádios e poder vivenciar experiências mais “intimistas”.
E foi o que aconteceu em Santiago quando fomos visitar o Estádio do Union Española.
Ah, vale reforçar que visitar um estádio em dia normal é sempre uma aventura. E nem sempre dá certo. Tem estádios onde preferem manter os vistantes longe. No Estádio Santa Laura (esse é o nome do campo do Union Esapañola), tivemos a sorte de contar com dois seguranças muito gente boa.
Após uma espera de quase 1 hora (o time profissional estava treinando e o técnico não permitiu nossa entrada…) finalmente conseguimos conhecer a parte interna do estádio.
Além de conhecer o Estádio, pudemos bater um papo com alguns dos jogadores sub-20 que estavam por ali. A categoria de base do time é levada a sério e o sub-18 é o atual campeão chileno.
As cores amarelo e vermelho são homenagem à Espanha, mas confesso que também me fez pensar em como seria o estádio do Red Bull…
Ah, e por falar em Espanha, algumas pessoas tem um pouco de bronca em relação ao time da Union Española porque dizem que foi fundado por admiradores do General Franco, fascista espanhol. Atualmente, parece que o time não matém nenhuma ligação com esse tipo de corrente ideológica.
A gente pode andar pelas arquibancadas tranquilamente, mas o calor era muito forte, nem deu pra exagerar, mas valeu a pena!
Ali ao fundo, pode se ver ao longe os prédios que ficam lá no centro. Pra se ter uma ideia a gente demorou mais ou menos 15 minutos num taxi.
O Estádio é muito bem cuidado. Tem uma capacidade para mais de 30 mil pessoas e foi usado na semana seguinte à nossa visita, pela La U, num jogo da Libertadores contra o Godoy Cruz.
Mais um estádio para termos em nossa memória.
Aliás, comecei a forçar a memória e tentar lembrar de algum jogo da Union Española e foi quando eu ouvi o nome do treinador, que tudo ficou claro. O treinador é um ex jogador deles que também jogou no Brasil, pelo São Paulo: Sierra!
Enquanto andávamos pelo campo e observávamos alguns detalhes os caras começaram a irrigar o campo. Confesso que achei estranho, pois num calor daqueles a grama ia ser cozida.
Para maiores informações sobre o Union Española, o site do time é www.unionespanola.cl .
Fica aí mais uma experiência no rolê boleiro que segue nos ensinando tanto…