Seleção Brasileira

“Para quem (assim como eu) critica a seleção brasileira” compara as seleções recentes (anos 80 até hoje) às do passado (anos 2010).
Hoje, minutos após assistir à semi-final da Copa das Confederações 2009, sinto me na obrigação de escrever um novo post e além de renovar a minha crítica.
Seria superficial criticar apenas o técnico Dunga.
Até porque aquele Dunga jogador raçudo, que não só incentivava, como cobrava o time inteiro, foi abduzido por alienígenas.
Com aquele Dunga, essas estrelinhas não teriam vez.

dunga raçudo

Esse Dunga que colocaram no lugar tem cara de “obediente”.
Ainda que mostre sinais de pensamento próprio quando lida com a mídia.
Ele, sem reclamar, segue comandando um time apático, ruim tecnicamente, sem força de conjunto, sem brio, sem raça, formado por atletas que parecem não ter nada a perder ou a ganhar com o jogo.
Um time que perdeu a identificação com aquele torcedor que gosta de futebol. Hoje, quem consegue torcer para a seleção é aquele tipo de torcedor que não está acostumado a torcer pra um clube.
Ele xinga quando perde e aplaude quando ganha.

vai ou fica

Será que um dia alguém vai confessar o que acontece de verdade?
As convulsões do Ronaldo, a estranha eliminação da última Copa, a apatia irritante num jogo como o de hoje, enfim…
Nada disso faze sentido nem lógica pra mim…
Como aquele Robinho do Santos pode ter se transformado num jogador tão normal, tão chato, que só olha pra ele mesmo?

Robinho

Como deixamos um “playboy” metido a galã, alimentado com farinha láctea e que na primeira dificuldade se esconde e deixa de ser a referência do time?

kaka pede pra kaga

Aliás, a torcida do São Paulo o “escurraçou” do clube por isso.
Muitos jornalistas dizem: “A torcida do São Paulo foi burra, fez o time perder dinheiro.” Mas ninguém aguenta um cara assim no clube que torce.
Aliás, é por isso que ninguém fica mais tão irritado com o Brasil, no fundo, ninguém mais torce nem se identifica com o tipo de futebol que essa seleção joga há tempos (exceto no período Felipão, o último cara de verdade que pisou no solo da CBF).

felipao

O pior é não ter uma resposta. Olhando pelo lado mercantilista, eu vejo uma marca ser queimada. Do lado romântico, eu vejo o fim dos tempos.
O que mais pode acontecer?
Acreditem, o brasileiro está deixando de gostar de futebol e isso é irreversível.
As gerações atuais já dedicam muitíssimo mais tempo a games, orkut, msn e à música da última moda, do que ao futebol.
Não se trata de ganhar, não se trata de jogar bonito…
Se trata de envolver quem assiste, quem acompanha, quem faz parte…
As más fases de times como o Palmeiras e Corinthians fizeram aumentar o envolvimento torcida/clube mesmo com os times na 2a divisão. Por que? Porque havia o algo mais.
O jogo de hoje só segurou o torcedor até o fim porque ainda valia vaga na final.

Golzinho chato...

O gol foi triste. Foi decepcionante. Na sala, eu e meu pai ficamos como se fosse um gol contra nosso time. “Agora o Dunga é gênio”…

Não é possível que a mídia, a CBF, o Dunga e os jogadores não percebam que estão matando o espetáculo. O suspense acabou, a emoção se foi… O final foi previsível, o Brasil ganhou, o jogo foi chato, sem graça, mal jogado…

Mas… Antes que eu seja chamado de extremo pessimista, ou que digam que é fácil criticar e não sugerir uma solução, quero dizer que pra mim, existe uma saída. Meio maluca, mas existe.

É transformar a seleção brasileira no maior clube do mundo.

Um clube que não disputa só Copa do Mundo e etc, mas um time que vai ficar constantemente em tour pelo mundo desafiando os melhores clubes e seleções em suas casas.

Um time que vai jogar contra o campeão brasileiro da série A, B, C e D, porque além de bom, esse time precisa entender o inferno que é disputar uma competição dessas, conhecer esses estádios que não abrigarão jogos da Copa do Mundo, mas abrigam os corações dos torcedores dos clubes menores.

Um time que vai gerar renda de verdade, que não vaio precisar se vender para outras marcas.

Um time que vai ter tempo de treinar, e que vai trazer de volta o amor ao futebol, porque será um time feito para ganhar e jogar bem.

É mais ou menos como a história de Rocky VI, o campeão só será realmente valorizado quando mostrar energia, quando mostrar que tem coração.

Por hora, essa seleção me dá é nojo…

Pra quem (assim como eu) critica a seleção brasileira

Antes de mais nada, situe-se que este é um texto escrito em 2008 e é um dos dois posts que já fiz sobre a seleção. Veja aqui o outro: http://asmilcamisas.br/com/2009/06/25/selecao-brasileira/

A seleção brasileira nunca enfrentou tantas críticas de seus torcedores quanto nos tempos atuais. Um pouco devido à campanha pífia nas eliminatórias, ou pelo jeito “Dunga” de trabalhar, e pelo recente “jejum” de mundiais que enfrenta.

Mas na verdade a identificação do brasileiro com a seleção começou a desandar há tempos. Em 82 e 86 o time jogava bonito, dava show. Mas não ganhou nenhuma Copa do Mundo, e não adianta que torcedor de seleção não se contenta com Copa América.

Em 90, com Sebastião Lazaroni, iniciamos a era Dunga, e além de não ganharmos, ainda exibimos um futebol pouco convincente.

O que justificou a formação da seleção de 94, com Parreira no comando e um time metódico, sem graça e jogando pro gasto, que só não recebeu mais críticas porque acabou campeão.

Veio 1998 e novo fracasso, mas pior que isso a era dos “novos deuses” chegava ao seu auge. Representados principalmente pelo “fenômeno” Ronaldinho, a seleção brasileira exibia atletas que cada vez mais dominavam o mercado do futebol europeu, transformando-se em astros. Bom, quando a coisa ameaçava ficar realmente feia, veio 2002 e um pouco da volta da emoção do futebol. Mesmo com um time cheio de estrelinhas, Felipão soube colocar as coisas no lugar e foi uma das últimas vezes que eu vi dedicação dos atletas.

2006 trouxe um novo fiasco. Dava impressão que a maioria dos jogadores foi à Copa somente para aumentar sua visibilidade no mercado e garantir novos contratos publicitários. E pra piorar, 2010 está por vir e não parece transmitir muita esperança. Mas o que mudou? O que aconteceu? Será que foi sempre assim? Buscando no passado, pude encontrar algumas provas de que jogar pela seleção brasileira já foi levado bem mais a sério. A primeira partida da seleção brasileira ocorreu em 21 de julho de 1914. O adversário foi o Exeter City, equipe inglesa que estava pelo Brasil. O time brasileiro jogou com Robinson. Marcos, Píndaro e Nery; Lagreca, Rubens Salles e Rolando; Abelardo, Oswaldo Gomes, Friendereich, Osman e Formiga, e venceu por 2×0. Buscando pela net, achei o distintivo da então Federação Brasileira de Sports.

Segundo dizem, Arthur Friedenreich saiu sem 2 dentes com a camisa (branca na época) coberta de sangue, mas jogou o tempo todo  e ajudou a seleção a conquistar seu primeiro resultado. Aliás, existe um livro sobre ele. Em breve posto algo aqui, por hora dê uma olhada na cara do Tigre:

Quem da seleção atual faria isso? Eu não sei responder. Infelizmente, pra mim, esses atuais atletas encaram a seleção como um emprego, e ao que me parece eles sequer gostam do que fazem.

Se o futebol é profissional, acredito que falta profissionalismo de muitos desses atletas. Se o futebol é questão de paixão, então falta-lhes amor ao uniforme que vestem.

O futebol moderno está perdendo cada vez mais a graça… Vamos nos mexer pra evitar essa tragédia anunciada.

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