
CD do Tango 14 – Futebol e Rock Argentino
Essa é pra quem curte futebol e punk rock!
Já falamos do Tango 14 antes (leia aqui).
Agora é hora de você escutar um dos disco deles:
Essa é pra quem curte futebol e punk rock!
Já falamos do Tango 14 antes (leia aqui).
Agora é hora de você escutar um dos disco deles:
Quarta feira, 23 de março de 2022.
Um dia muito especial para a torcida do Santo André! Mais uma vez, contrariando as estatísticas chegamos às quartas de final do Campeonato Paulista, sem dúvidas, o estadual mais difícil do Brasil. Então, ao som do Tango 14 fomos até Bragança conferir o que prometia ser uma incrível peleja!
Bragança não é assim tão longe mas ainda mantém um ar de cidade do interior…
Vale lembrar que não é a primeira vez que estivemos lá, clique aqui e veja como foi nosso último rolê por Bragança para acompanhar os estádios da cidade.
Infelizmente o histórico de incidentes entre torcedores do passado coloca em alerta aqueles que vão ao jogo de maneira “autônoma”, então para evitar qualquer problema, cheguei cedo pra conseguir parar próximo à entrada dos Visitantes (ainda bem que o pessoal do trabalho entende a importância desse jogo pra mim).
Aproveitei pra encontrar bons amigos: da esquerda pra direita temos o Raoni, o Rodrigo e o Mário Gonçalves, este último escreveu o livro sobre o time do SC Atibaia e há 2 anos nos convidou para acompanhar o evento de comemoração de aniversário do Grêmio Atibaiense.
Uma vez celebrada a amizade, era hora de trocar de roupa e seguir para a arquibancada do Estádio Nabi Abi Chedid, outrora conhecido como Estádio Marcelo Stefani!
Ainda havia sol quando terminei de aprontar as bandeiras. A van com outros torcedores também chegara.
O Mário mandou uma foto lá do outro lado, pra gente poder ter ideia do visual.
Enfim… Pronto para a partida, mas ainda faltava quase uma hora pro jogo começar kkkk.
Nem todo mundo entende o prazer de estar em um estádio tanto tempo antes da partida começar, mas é aí que as amizades se fortalecem, que as boas conversas acontecem e que a relação com os estádios se constrói.
Nem percebi quando finalmente o sol se foi e os times se colocaram em campo.
O jogo começa e não dá pra negar… O time do Red Bull Bragantino é mais forte que o nosso, e simplesmente não conseguimos criar nenhuma jogada. Ao menos, nossa zaga mantém-se firme e vamos segurando o 0x0 enquanto possível. Aguenta aí, Marques…
O estádio até que tinha bastante gente, mas confesso que esperava uma loucura muito maior por parte da torcida local…
Mas ainda assim, a festa estava feita no Estádio Nabi Abi Chedid!
O nosso lado até que estava animado, mesmo sem a chegada das torcidas organizadas do Santo André.
Não me senti mal quando o habilidoso atacante Artur veio costurando e fez 1×0 para o time local. Realmente os primeiros 45 minutos não foram nossos. Aliás, dê uma olhada nos melhores momentos do jogo:
E não deu nem pra dizer que passou um filme na cabeça, porque infelizmente nesse modelo que ainda precisamos enfrentar, de montar um time em janeiro para jogar apenas até o fim de março, deu no máximo para passar uma série da Netflix… Um enredo sempre emocionante, mas só agora alguns personagens começavam a marcar nossa lembrança… Mas fica aí o registro dos nossos heróis de 2022:
Provavelmente não veremos a maioria deles de novo. Mas mesmo perdendo de 1×0, e com poucas chances de virar o jogo, o início do segundo tempo fez nossa torcida se animar… Chegavam as nossas Torcidas Organizadas – Fúria Andreense e Esquadrão Andreense (que ficaram por mais de uma hora sendo revistadas na entrada da cidade):
Aí, mesmo com o placar adverso, tivemos 45 minutos de uma despedida como deveria ser…
Esses, entra ano e sai ano, continuam aí na bancada. Fazendo o possível e o impossível para apoiar o time e pra manter viva a cultura do torcer.
A animação seguiu independente do placar, mas necessário dizer que o próprio time pareceu ter sentido a boa energia e teve nos 30 minutos finais uma atuação bem melhor.
Destaque para as lindas bandeiras homenageando os campeões da Copa do Brasil de 2004.
Assim, entre a tristeza da desclassificação e a alegria de estar em meio aos amigos, aquela quarta de final em jogo único foi se esvaindo e dando lugar à lembranças do passado, mesmo recente e também ao futuro…
Pra alguns, trata-se de um esporte. Pra outros, um jogo. Pra mim, uma cultura, um estilo de vida, uma paixão.
Confesso que ainda acreditava num empate até os acréscimos… Uma disputa por pênaltis seria incrível!
Mas, permito me parafrasear uma amiga que recentemente escreveu sobre seu time “Quando você perde, eu te amo mais!”. E é isso mesmo. Se ficamos felizes com as nossas vitórias e conquistas, é nesse momento, a poucos minutos do fim do campeonato que o nosso amor pelo Ramalhão não cabe mais em nós e se transforma em lágrimas, em emoção, em orgulhos… Só nos resta agradecer. Ao time, diretoria e torcida, que ficou quase 10 minutos depois do fim do jogo cantando seu amor ao time…
Independente do modelo “Red Bull” ter pontos que não me agradam, eu não seria hipócrita em desmerecer a alegria da torcida local e a força do time em campo. Parabéns aos torcedores de Bragança.
E aqui, meio desfocada, fica a foto com que fechamos o Paulistão 2022, já na saída do estádio. Obrigado, Ramalhão!
“O tempo te ensina a valorizar mais a amizade, porque isso não se vende e tampouco se pode comprar”.
Foi com letras como essa que o TANGO 14, banda de “rock de rua” de Buenos Aires, decidiu cruzar a América do Sul em uma kombi e vir até o ABC, pra mostrar seu som e curtir um pouco do clima da Copa do Mundo. Esse é a música que contém a citação acima: Conhecemos o pessoal do TANGO 14 há alguns anos, em uma de nossas passagens pela Argentina, se não me engano, em 2009:A mistura de viagem e turnê foi feita de maneira totalmente independente, sem patrocínio nenhum, só contando com a força da amizade entre pessoas que preferiram desprezar os preconceitos entre brasileiros e argentinos tão incentivado pela mídia e por um bando de idiotas.
Aqui no ABC, quem recebeu o pessoal e ofereceu a própria sede para que eles ficassem hospedados foi a rapaziada da Torcida Fúria Andreense:
O pessoal da Fúria Andreense foi muito responsa e conseguiu lugar para todos dormirem e ainda dividiram experiências, cervejas, histórias, comilança…
As aventuras desses 9 argentinos pelas estradas do Brasil foram muitas. Pra se ter uma ideia, eles saíram de Buenos Aires em 2 veículos, porém, chegando em Porto Alegre, um deles teve um problema com o motor e teve que ficar no conserto, a solução foi alugar uma kombi e fazer o percurso RS-SP nela. Ali no fundo dá pra ver a famosa kombi heehehe:
Com isso, eles acabaram chegando um dia depois do esperado e tendo que cancelar o primeiro show deles, que seria na Zona Norte de SP, numa sexta feira.
Enquanto isso, seguíamos “monitorando” a viagem via celular, Internet, Whatsapp e as vezes passávamos algumas horas sem contato, imaginando onde eles haviam se perdido hehehe.
Enfim, no sábado, depois de alguma espera, finalmente o TANGO 14 fez sua estreia em terras brasileiras…
Guillerme foi à loucura….
Eles puderam tocar quase todas as músicas de seu primeiro disco para um público que misturava punks, rockeiros e torcedores, como já de costume em seus shows!
Já era madrugada quando deixamos o pessoal na sede da Fúria Andreense, onde o pessoal da torcida ainda os aguardava para conversar…
No dia seguinte, foi a vez de tocarem em São Paulo, no Centro de Cultura Marginal e mais uma vez, show e clima inesquecíveis!
Pudemos participar de um momento incrível unindo TANGO 14 e 88Não! tocando um som do 2 minutos:
O role foi muito bacana por lá e novamente misturou punx e torcedores…
Para nós, a idéia de “ir para Buenos Aires” já não faz mais sentido. Já há algum tempo, tratamos a viagem como “Voltar para Buenos Aires“.
Reencontrar amigos, lugares e sensações que nos fazem compreender cada dia mais nosso espiríto latino.
Pela 4a vez, ficamos no “Brisas del Mar“, um hotel residencial, em San Telmo, próximo do metrô, ponto de ônibus, mercearia, supermercado, quioscos…
Foi um rolê bastante boleiro, mas não deixamos de apreciar as demais facetas da cultura local. A começar pelo Tango portenho…
Também dedicamos uma boa parte do tempo ao punk rock Argentino. Dessa vez, a grata surpresa foi a possibilidade de estar no ensaio do Tango 14, banda Punk/Oi! que mistura a realidade do dia a dia suburbano portenho às emoções do futebol, com um certo teor alcoólico cervejeiro.
Resumindo: Os caras são gente boa pra caramba e o som divertidíssimo!
Dá pra ouvir um pouco do som dos caras pelo myspace: www.myspace.com/tangocatorce
As antigas amizades mantém sua força, por isso sempre agradecemos “El Maluko” Martin, hincha do River, um dos maiores conhecedores do punk latino e também do futebol!
Cresceu, hein menina?
Tio Gui tentando ensinar o hino do Santo André… Punk Rock no berço! Aproveitamos para “devorarmos” o DVD do Doble Fuerza (Otra vuelta de Cerveza), banda em que o Hugo (papai da Augustina) canta:Ao fundo, o Hugo encomendava nossa pizza…
Pra fechar, todos unidos!
Bom, pra gente não perder tempo, paro por aqui e continuo em breve…]]>